sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004

Dean e JFK

Howard Dean, a única esperança de alguém de esquerda governar a América, está politicamente morto. Os democratas entretêm-se com guerras fratricidas, e Dean foi uma das tristes vítimas. Oficialmente morreu às mãos de John F. Kerry, o marido da portuguesa, o gajo com o pior penteado desde George Bush Senior. Mas a verdade é que ele morreu às mãos do sistema democrático (?) norte-americano. A campanha de Dean começou nas ruas, na internet, nas marchas anti-guerra e anti-globalização. Morreu no Iowa, lugar desprezível e insignificante mas que marcou o destino dos EUA nos próximos anos. Dean morreu porque não é um republicano disfarçado de democrata, como os outros. Tem ideias próprias, não tem medo de as dizer, não pactua com os 'lobbies'. Morreu porque não tinha hipóteses de ganhar, porque tudo o que interessa aos democratas é o mesmo que aos republicanos: ganhar para beneficiar os amigos, as indústrias do seu lado, o seu sistema.
John Kerry, nas sondagens, mostra que pode ganhar a Bush. Se isso acontecer, ficarei feliz. No fundamental nada mudará, é apenas o menos mau.

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