quinta-feira, 20 de maio de 2004

Mão de ferro

O soldado norte-americano Jeremy Sivits, envolvido na tortura a iraquianos, foi ontem julgado em tribunal militar, onde lhe foi atribuída a pena máxima. Mai nada!
A pena máxima que é, segundo as normas aplicáveis aos GI Joes americanos, um ano de prisão.
Há dezenas de civis presos preventivamente em Guantanamo há mais do dobro desse tempo, sem quaisquer direitos ou sem que se sabia sequer de que são efectivamente acusados. Terrorismo, dizem eles, são tipos beras, árabes e tudo......
Os EUA ignoraram olímpicamente a sujeição ao Tribunal Penal Internacional, e agora confirmam-se todas as suspeitas acerca dos motivos.
Um ano, quando em qualquer estado norte-americano um tipo comum se arrisca a levar o triplo por roubar um chupa-chupa. Mas isso se o chupa-chupa pertencer a um americano, senão ninguém quer saber.
Rumsfeld, esse grandessíssimo filho da puta, agarra-se à cadeira, Bush assobia para o lado e lava as mãos como Pilatos, assegurando que o veredicto de hoje mostra que a justiça na América, pátria da democracia, funciona.
Funciona para alguns, poder-se-ia dizer. Ou, como dizia o outro, funciona é o caralho!

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