sexta-feira, 2 de julho de 2004

Vamos lá a ver se a gente se entende!

A Direita e alguma comunicação social estão, mais uma vez, a tentar atirar-nos areia para os olhos, na questão da pseudo-legitimação de Pedro Santana Lopes como PM. Dizem agora que Santana Lopes deveria ser legitimado como o sucessor de Durão Barroso através de um Congresso Extraordinário do PSD, e não apenas através de um "cozinhado" na Comissão Política. Esses iluminados, percebendo que esta hitória do PM cheira a esturro daqui até ao Pólo Norte, tentam, através dessa solução, garantir à nomeação de Santana como PM uma solenidade e um cunho de dignidade que nunca poderá ter.
Muito sinceramente, estou-me bem cagando para quem os laranjinhas escolhem para seu líder e, consequentemente, se candidatar a PM. Agora, alguém me explica por que carga de água o país deve ser governado pelo tipo que o PSD designar como seu líder?! Que eu saiba, o PSD não é dono do país, embora eles ajam como se fosse.
Santana não se candidatou a PM, tal como ninguém escolheu Carmona Rodrigues para Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Santana foi PM, lá isso foi, que eu lembro-me dele na televisão a esgrimir argumentos com Artur Albarran e Torres Couto, esses eternos candidatos a liderar este país.
Lembro-me também de outras coisas, como Santana dizer que nunca deixaria a presidência do Sporting para voltar a dedicar-se a um cargo político, passando pelo memorável momento em que anunciou ao país e ao Presidente Jorge Sampaio que abandonava a vida política.
Na cena político-capelista do facto consumado, provavelmente vão ganhar, se Sampaio mantiver a sua linha de inexistência política.
Mas não ganharão mais nada. Nem razão, nem respeito, e nem, muito provavelmente, vergonha na cara.
Só mais uma coisa: já repararam o apoio histérico que os empresários ricaços estão a dar a Santana Lopes? Porque será?

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