segunda-feira, 27 de setembro de 2004

A farsa
A vitória de Sócrates lembrou-me aquele sketch (ou rábula, como diria o Vítor Espadinha) dos Monty Pythons, em que os filósofos, o grande Sócrates incluído, disputavam uma bela partida de futebol, hilariante mas sem sentido nenhum.
O PS teve, nas mãos, uma questão simples mas muito importante: a fidelidade aos ideiais da esquerda (que de resto já andam há muitos anos escondidos na gaveta) ou o abraço definitivo ao Big Show Sic mediático, centrista e, perdoem-me a expressão, enconado.
A escolha foi feita.
Aqui, como nos outros partidos do eixo do poder, quem vota não o faz por boas intenções ou pelos bonitos olhos dos candidatos. Vota naquele que mais facilmente chegará ao poder e, como tal, melhores condições terá de lhes arranjar, a ele e aos filhos e amigos, um lugarzinho conveniente e bem pago.
O PS fez a sua escolha. Caberá aos portugueses responder nas urnas, provavelmente com a sua habitual cegueira intelectual.

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