sexta-feira, 29 de outubro de 2004

Cara de pau à hora do jantar
José Eduardo Moniz, director de informação da TVI, esteve ontem a ser entrevistado, na TVI, sobre a atitude censória que o seu patrão, Miguel Paes do Amaral, teve sobre Marcelo Rebelo de Sousa.
Na entrevista, que só por acaso não foi conduzida pela sua esposa, Moniz falou durante meia hora, procurando explicar por que razão, agora que se conhece boa parte do que aconteceu, não se demite.
E justificou-o com a assinatura, por parte de Paes do Amaral, de um acordo escrito de que este garante total autonomia da informação da TVI.
Em primeiro lugar, isso é mentira. A atitude desse senhor, em relação a todos os trabalhadores das suas empresas, foi sempre de pressão, directa ou indirecta.
Em segundo lugar, um papel?! Basta o gajo assinar um papel?!
Em terceiro lugar, a censura, não apenas pressão, já foi feita, dita pela vítima e não contestada por ninguém com credibilidade. Ó Moniz, já aconteceu, pá!!! Tavas a dormir?! Tiveste em Abu Dhabi no último mês e ninguém te contou nada?!!!
Obviamente, só lhe restava a demissão, e não deveria ser o único.
De tantas explicações que deu ontem, nenhuma foi de jeito.
Bastava dizeres a verdade: que tens inimigos em todas as outras televisões e nunca lá terias lugar, e que a consciência e a deontologia são muito bonitas mas não pagam as plásticas da esposa.
Tenho pena dos portugueses que, por preferirem ver telejornais à moda da novela venezuelana, continuam a ver a TVI.
Haja vergonha.

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