quarta-feira, 20 de abril de 2005

Amnésia prolongada
No debate de hoje sobre o aborto, na Assembleia, houve vários fenómenos que me divertiram. Um deles foi a Teggy Caeiro, que para além de assuntos do mar e de artes e espectáculos (e presumivelmente um ou outro felatio estratégico), também percebe imenso de abortos e quejandos, talvez devido à convivência prolongada com Telmos Correias, Nunos Melos e companhia.
Mas gostei sobretudo do discurso da ex-soviética Zita Seabra, que reclamou para si a responsabilidade da elaboração da lei espanhola (!) sobre o assunto.
Numa intervenção digna de Bagão Félix, só faltando o jingle bells e as benzeduras, a Zita Cuja defendeu a férrea aplicação da lei actual.
Mas vale a pena recuar no tempo, até ao ano da graça de 1982, e revisitar um discurso proferido pela mesma senhora, em plena Assembleia da República, que discutia então exactamente o mesmo assunto.
"A verdadeira alternativa que se coloca aqui hoje (...) é se vão continuar a morrer mulheres nos hospitais portugueses, diariamente, nos meandros do aborto clandestino, nesse sórdido negócio a que a lei põe termo".

Pois.

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