sábado, 1 de novembro de 2008

O Porto em Lisboa

Confesso que não percebo o poder que o Porto de Lisboa (PL) tem sobre o resto da cidade. Toda a gente sabe que são responsáveis pelo divórcio entre a cidade e o rio. Que fazem edifícios absurdamente desproporcionados, enormes, tapando a cidade, tornando-a mais feia. Que enchem de contentores uma área completamente irrazoável para o que fazem. Que não deviam estar onde estão, mas noutro lado qualquer, no Barreiro, onde quer que seja.
E é do Estado. É por isso que não percebo por que razão o Estado não mete ordem naquilo, e os senhores da administração do PL continuam a tratar a cidade e a Câmara Municipal como a sua coutada privada. É claro que os Júdices desta vida não ajudam, sempre a comer de todos os pratos ao mesmo tempo.
O Sousa Tavares, esse arrogante, tripeiro e romancista amador, chamou-os de bando de malfeitores. E tem razão.
Eles vão fazer o que querem, lixar mais um pouco a cidade, tapando o rio com uma charmosa parede de contentores Evergreen. Mas pronto, isto ao menos serviu para ver o Sousa Tavares ser insultado publicamente por dezenas de trabalhadores braçais. E para ver que, para além do seu 'bravado' habitual, não foi à cara a ninguém. É pena.

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