quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Custa ganhar a vida

Quero falar-vos de uma senhora, de seu nome Solange F. (aqui devia vir um ponto final, mas devido ao nome estúpido da senhora a coisa fica estranha).
É aquela senhora que era apresentadora do programa execrável Curto Circuito e que, perante a total indiferença do "grande público", decidiu anunciar no Expresso que era lésbica. Quero ainda recordar que a capa da revista do Expresso tinha a frase "Sou lésbica. E então?", mas foi ela quem veio gritar isso na capa de uma revista. "E então" pergunto eu.
Agora, que a coisa começava a esfriar, a dita senhora decidiu despir-se para a FHM. E em boa hora o fez, como se pode ver pela imagem anexa. Em entrevista ao Correio da Manhã, a senhora justifica a sessão fotográfica como uma "luta contra o preconceito". Sim, de facto, é uma enorme luta contra o preconceito uma tipa despir-se para a FHM, com uma cabeleira loira na cabeça. Não só contra o preconceito, também contra os clichés, digo eu.
E que refrescante é alguém se assumir, "corajosamente", homossexual, num meio em que isso é tão raro - a televisão - e, ainda assim, promover algo tão machista (no bom sentido) como posar nua para uma revista.
Solange F. é lésbica. Bom para ela. Na minha rua há uma também, igualmente sem qualquer talento especial, mas não aparece nas revistas nem é bandeira de coisa nenhuma. Talvez seja por ter um cu do tamanho de uma casa.

Enfim, não se perdeu tudo:




PS - ao pesquisar na net o nome da senhora, dei com alguns endereços que, apesar de parecer, não são a gozar, nomeadamente um blog chamado mirandelagay.
Fabuloso.

10 comentários:

David disse...

quando a solange fez capa no expresso a dizer que era lésbica eu disse "e onde está a novidade?" mas pronto, quem não sabia ficiou a saber...

fixe para ela que vai comer gajas com ainda maior facilidade x)

Anónimo disse...

Não querendo opinar sobre a situação concreta desta apresentadora (de quem pouco mais sei do que o tamanho das suas mamas), quero contudo pronunciar-me sobre a questão em abstracto: faz ou não sentido que um homossexual assuma publicamente a sua orientação sexual? Na minha opinião, não existe evidentemente qualquer obrigação pessoal de o fazer(cada qual tem o direito de revelar ou esconder o que quiser da sua vida privada, desde que não devasse a vida privada de outrem). Contudo, do ponto de vista político, faz todo o sentido que um homossexual assuma publicamente a sua orientação, como reacção à pressão cultural homófoba que empurra muitos homosexxuais para a clandestinidade, para o "armário" ou para a interiorização de um complexo de inferioridade (em que alguns homossexuais sentem vergonha ou culpa da sua orientação sexual). Alguém que assuma publicamente a sua homossexualidade está a anunciar publicamente que para ela a sua orientação sexual é algo perfeitamente normal e legítimo(não é um crime, nem pecado, nem doença, nem perversão), pelo que não há qualquer razão para o esconder (tal como nenhum heterossexual sente necessidade de esconder a sua orientação sexual). No caso de uma figura pública, o impacto político potencial desta revelação é maior, pela sua visibilidade mediática e pela maior propensão para uma figura pública poder ser vista como um role model a imitar.

Anónimo disse...

Caro Ricardo,

Não tem emprego? Vida social? Amigos?

trigolimpofarinh@mparo disse...

A meu ver, mesmo com um emprego que me ajuda a pagar contas e uma presença assídua na sociedade, o dito anúncio no Expresso da senhora em causa foi nada mais nada menos do que tentar puxar a brasa à sua sardinha dado - lá está - a total indiferença do grande público para com a sua pessoa. Assim, e continuando no meu ver, ser “diferente” no mundo das artes é, muitas vezes, uma mais valia mas, e uma mais uma vez no meu ver, mais valia estar quieta embora o título deste Post diga tudo pois também ela tem necessidade em pagar as suas contas.

raviolli_ninja disse...

Fosse isto a América e daqui a 2 meses surgiria um vídeo íntimo home-made, para fazer relançar a carreira. Ehr...desculpem, relançar a 'luta contra o preconceito'.

Anónimo disse...

Lésbicas existem mais do que imagina. São é muito discretas.
Gays, no entanto, são aos milhões e nomeadamente na Imprensa escrita e falada, fora os governantes e por aí fora...
Quem é que se importa com isso?
Eu, não. Nem um pouco. O corpo é deles e eu não tenho nada a ver com isso.
Curtam a vida e sejam felizes!

Anónimo disse...

Se ela não fosse publicamente lésbica nunca na vida iria parar à FHM. Isto até denigre a imagem da FHM.
E a tipa está toda retocada com Photoshop, até as tatuagens brilham. Se não estivesse, a FHM mais pareceria a National Geographic.
Bolas, entre ela e a Martina Navratilova... ao menos a Martina jogava bem ténis.

Não precisamos de lésbicas que adoram Denim e que rapam o cabelo. Precisamos de lésbicas que nos façam sentir pena delas serem lésbicas - como aquelas da série da RTP2. Isso sim, são lésbicas com L grande!

Marketing, pá. Esta Solange F. (de fufa?) sabe de marketing pra caraças.

professor x disse...

F. de fufa ou de fussureira? eis a questão

Ska disse...

"a tipa está toda retocada com Photoshop, até as tatuagens brilham. "

Até as mamas cresceram. Essa é que é essa!

Anónimo disse...

Também é verdade, Ska. Mas aquilo pode ser silicone. Acho que não é tão caro assim e as fotos devem ter rendido algum €. Para além de dar uma consistência permanente. Se convence homens, também deve convencer outras Efes.

A Solange Efe vai aparecer na GQ do próximo mês, mas desta vez com bigode e carteira no bolso de trás das calças de ganga, assumindo a pele de uma camionista em trânsito pela Europa. Título da peça: "Tenho carta de pesados. E então?".