Não sei se repararam, mas já está em vigor, em Portugal, o novo aborto...perdão, acordo ortográfico. Para quem não sabe o que é, a gente explica: supostamente é uma forma de uniformizar a forma escrita da língua portuguesa junto de todos os povos que a utilizam; na prática, quer dizer que nós passamos a escrever igual aos brasileiros, enquanto o resto do mundo lusófono se está, e muito bem, realmente cagando.
Andam os catolicuzinhos preocupados com os casamentos gay, a pedirem referendos, e não vejo ninguém preocupado com aquilo que é, na minha modesta opinião, um assassinato à nossa língua. Eu, que estou entre os 17 portugueses que sabem escrever, adoro esta língua e considero que é provavelmente o património mais valioso que temos. E custa-me ver ser tomada esta decisão, de mansinho, como se não fosse nada, como se fosse irrelevante.
Na verdade, é bastante coerente com tudo o que tem acontecido na sociedade portuguesa nas últimas décadas, nomeadamente a queda brutal do nível cultural das pessoas. É ainda a medida perfeita para os nossos últimos governantes, entre eles o Sócrates. É exactamente o seu estilo. Uma medida modernaça, que vai dar dinheiro a alguns amigos seleccionados, que não serve para nada.
O desprezo com que os nossos governantes olham para a nossa cultura e para a nossa língua é simples de explicar: basta olhar para o seu miserável nível intelectual.
Por mim, continuarei a escrever como dantes.
E, atrevo-me a falar em nome de todos os proprietários deste tasco, o Vodka não adere a essa merda.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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3 comentários:
meu caro soíce, por aqui vai-se a continuar a escrevinhar mal e porcamente como de costume...
De fato, é uma ecatombe o que o mau álito deste acordo está atualmente a fazer à nossa outrora armónica língua.
Não adere o vodka, nem adiro eu! Nem a essa merda do acordo ortopédico nem ao casamento da bicheza!
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