terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

É Carvalhal, ninguém leva a mal

Um ponto prévio: o Carnaval deixa de ter piada aos 13 anos. A partir daí, há algo de seriamente errado contigo. Um latagão vestido de Zorro ou de bombeiro já faz levantar o sobrolho de gente séria e a pila aos homosexuais/pedófilos (riscar o que não interessa).

O Carnaval à tuga é, de facto, uma coisa estranhíssima. Estão menos 3 e neva, mas em Viseu há um tal de corso com meninas roliças meio despidas dançando ao som do samba. Mas enfim, gajas são gajas, e quem não gosta não come.
Mas depois há os gajos, e isso é um campeonato à parte. Basicamente, não há terra parola em Portugal que não tenha o seu belo Carnaval, e normalmente mete gajos vestidos de gaja. E isto, lamento dizê-lo aos nossos leitores transformistas, é um bocado bizarro.

Atenção, isto é o Vodka Atónito, e como tal aplaudimos de forma veemente qualquer cerimónia que tenha como objectivo beber até cair. Mas isto do Carnaval lembra-me um bocado as tunas: passam tanto tempo a cantar sobre beber que, quando levam o copo à boca, já eu despejei três garrafas de palheto.

Não é necessário entrar numa de traveca em part-time. Graças a Deus e à hipocrisia da sociedade, em cada esquina há um supermercado, a abarrotar de bebida.

Beber é uma coisa séria. Tratem-no com o respeito que merece.

Sem comentários: