segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Essa (malandrice) de Queirós: a sua pátria é também a sua língua
Num artigo da Y desta semana sobre o sexo e a literatura portuguesa, vem a seguinte citação do "Primo Basílio" do Eça:
"Basílio achava-a irresistível ; quem diria que uma burguesinha podia ter tanto chique, tanta queda? Ajoelhou-se, tomou-lhe os pezinhos entre as mãos, beijou-lhos; depois, dizendo muito mal das ligas "tão feias, com fechos de metal", beijou-lhe respeitosamente os joelhos; e então faz-lhe baixinho um pedido. Ela corou, sorriu, dizia: "não! não!" E quando saíu do seu delírio tapou o rosto com as mãos, toda escarlate; murmurou repreensivamente:
- Oh, Basílio!
Ele torcia o bigode, muito satisfeito. Ensinara-lhe uma sensação nova; tinha-a na mão!"
Tenho a certeza de que se houvesse um maior cuidado na escolha dos clássicos da literatura a constar nos currículos escolares obrigatórios, haveria certamente muito mais portugueses interessados pela leitura.
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1 comentário:
foooda-se, acho que nunca mais vou conseguir ter tusa na vida.
Se a minha mulher te processar não te queixes.
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