terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Omo lava mais branco

E pronto, o Polvo contra-ataca.

Nos últimos dias, todo o Estado -Maior socialista saiu em defesa do corrupto-mor do reino.
À frente de todos eles o velho Soares, que mais uma vez desvaloriza o conteúdo da corrupção e valoriza a forma. É a estratégia oficial escolhida, e todos a seguem à risca.

Os jornais são estranhamente inundados de crónicas e artigos de opinião que passam todos, exclusivamente, por branquear a actuação do ainda primeiro-ministro de Portugal.

Começa amanhã uma comissão de inquérito no parlamento, para discutir a liberdade de imprensa em Portugal. Dali não vai sair nada, a não ser escandaleira televisiva. Os queixosos vão repetir as queixas, das quais não têm provas, e os supostos especialistas vão dizer que está tudo normal. Estou particularmente ansioso pelo depoimento de alguns directores de jornal que estão no bolso do Sócrates. Pior do que o que corrompe é aquele que, como é o caso, não precisa sequer de ser pressionado para fazer o trabalho sujo. Faz de moto próprio, oferece-se de perna aberta, na esperança de receber benesses. E alguns desses serão ouvidos no parlamento.

No meio de tudo isto, há um silêncio que começa a ser ensurdecedor.
O de Manuel Alegre. O "a mim ninguém me cala", o "Senhor liberdades de Abril", o "Senhor anti-censura". Estará a preparar um dos seus belos poemas?

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