sábado, 27 de fevereiro de 2010

A Solidariedade

Curti bué ver o Alberto João Jardim a falar na televisão. Já fez as contas, e reconstruir a Madeira vai custar, diz ele, mil milhões de euros. Quase 150 Sinama-Pongolles, mais coisa menos coisa. Mai nada.
Mas o meu problema é este: como ser solidário com aqueles gajos?
Nós, os cubanos, fazemos galas e choradinhos, especiais de corrida e missas cantadas. Enquanto isso, aqueles cabrões estão de mangas arregaçadas, como verdadeiros homens e mulheres de bigode, a limpar pazadas de merda e a limpar a sua terra. Enquanto, por cá, enviamos mantimentos suficientes para soterrar toda a ilha, os madeirenses agem como se aquilo tivesse sido um mero arranhão.
De cada vez que vejo na Tv aquele presidente da Câmara Municipal do Funchal - que não conheço de lado nenhum mas considero obviamente um facho do pior - não consigo deixar de pensar que ele era tipo para dar cabo do Rambo em três tempos. Aquele gajo era capaz, apenas com a feroz mandíbula que exibe orgulhosamente na televisão, de comer três Arnolds ao pequeno-almoço.
Como podemos ser solidários, assim?
Nós gostamos é dos haitianos. Fomos lá, fizemos o brilharete, e antes de virmos embora até jogámos uma futebolada com os nativos. Jogámos de botas da tropa e demos-lhes uma ganda abada, para verem de que é feito um país de Ronaldos. Assim é que é. Aquilo é que é malta agradecida. Ficaram todos destruídos, os chorões, quando viemos embora e perderam os comparsas da bisca lambida, para além da refeição seguinte.
Porque assim estamos bem. Sentimos o quentinho por dentro. Assim podemos fazer o papel do tuga bacano, aquilo que realmente achamos ser.
Mas os madeirenses?
Eu nem me importo de ver corpos e o caraças quando estou a jantar. Mas não me metam à frente o Guilherme Silva ou o Hugo Velosa, foda-se.
Aqueles cabrões são tão duros, tão reactivos, que quando falam parece que nos consolam a nós. Que estão sensibilizados com o nosso apoio, e tal, mas que está tudo encaminhado e não precisamos de nos preocupar, só falta darem-nos eles a palmadinha nas costas. Como se atrevem?
Enquanto choramos baba e ranho, os gajos estão noutra. Daqui a uma semana já estão a descer aquele calhau no meio do mar em cima dos carros de verga. Alías, só para nos foderem são gajos para começar a descer o calhau em cima da própria verga, só para vermos o quão machos eles são.
É por estas e por outras que de mim não levam nada.
A ver se para a próxima aprendem a chorar, como as pessoas.

3 comentários:

Anónimo disse...

YOU ARE A DISGUSTING INDIVIDUAL AND YOU WILL GET 100X WHAT YOU WISH THE PEOPLE OF MADEIRA! YOU'RE SPOT IS HELL IS RESERVED FOR YOU!

funafunanga disse...

Ó Bastard, o que é que o cámone está praí a dizer?
No my friend... we no afraid of hell... we all been to IC19 on point hour...

raviolli_ninja disse...

Não sei quem terá divulgado a falsidade de que andávamos a oferecer sandes de torresmo, porque isto ultimamente tem sido só malucos.