sábado, 17 de abril de 2010

Sem título

1. No Carnaval a minha filha mascarou-se de Pippi das Meias Altas, toda orgulhosa de encarnar uma das suas personagens favoritas. Quando chegou à festa de Carnaval da escola, reparou em pânico que todas as suas colegas sem excepção estavam mascaradas de princesa. Começou imediatamente a chorar e não parou enquanto não improvisámos um disfarce de princesa também para ela.

2. A maioria do povo alemão, obedecendo escrupulosamente a ordens superiores e imitando o exemplo dos amigos, vizinhos e colegas, colaborou activamente nos crimes nazis, denunciando, humilhando, perseguindo e exterminando judeus, ciganos, doentes mentais, homossexuais e qualquer gente potencialmente considerada inimiga do regime.

4 comentários:

. disse...

Daí concluis que a tua filha não gosta de judeus? :D

Mais a sério: psicologia de grupo (ou no caso dos alemães na década de 30 e 40, de gangue) tem esse efeito. A necessidade de pertença a um grupo e a censura social pelo que é diferente (no caso da tua filha, seria 'a única' diferente) fazem pressão no indivíduo e levam a colocar a racionalidade e a individualidade de lado em prol da sociabilidade. É interessante a correspondência que fizeste entre uma coisa inocente como uma festa de Carnaval para crianças e o exemplo nazi, faz parte da natureza humana. Em grupo as atitudes más são mais desculpáveis, por assim dizer. Temos até um exemplo parecido na nossa legislação penal, sobre a participação em rixa, mas já não me recordo bem qual era a particularidade. Se me lembrar volto cá.

o homem do estupefacto amarelo disse...

Barco de 3 canos ao fundo, carregadinho de judeus. Nenhum sobrevivente.

jack disse...

Batalha naval?

Little Bastard disse...

Deixa mas é de ser frouxo, caralho. Era a Pipi, era a Pipi! Mai nada.
Mas não, foste fazer a vontadinha à menina e a toda a carneirada.
Bravo.