segunda-feira, 10 de maio de 2010

Foi bonita a festa, pá

Chorei. Ainda em pleno estádio, quando soou finalmente o bendito apito final, não aguentei mais e chorei.
O meu Benfica, o nosso Benfica, o Benfica de milhões, o Benfica do povo, era de novo campeão, fechando com chave de ouro uma época mítica.
Ainda no estádio uma atmosfera incrível, uma comunhão, uma crença que roçou o religioso. A família benfiquista, atacada e humilhada durante tanto tempo, finalmente redimida.
A festa espalhou-se à cidade, e ao mundo. Cabo Verde, EUA, Paris, Bruxelas, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor, Macau. E todas as cidades e vilas e aldeias deste país. Onde havia um benfiquista, onde havia um homem do povo português, tudo foi esquecido e deixado para trás das costas. O Benfica era campeão, e para tanta gente em todo o mundo foi e é altura de festejar. Muitos que, infelizmente, mais nenhuma alegria têm no seu duro dia a dia. Quanto terminou, assim que terminou, liguei à minha mãe, como fiz há cinco anos, e como há cinco anos não pude impedir-me de chorar. Porque sei que ela, como tantos e tantos, precisa de alegria na sua vida. E é para mim motivo de grande, enorme orgulho, ser sócio de um clube que tem entre si o povo, que é feito de povo, de todas as raças e feitios.
E no Marquês, e nos Restauradores, Picoas, Rossio, em todo o lado, um mar de gente feliz. Brancos, pretos, ciganos, brasileiros, chineses, turistas, velhos e novos, tudo e todos, unidos na alegria de pertencermos e podermos festejar o maior clube do mundo, uma verdadeira paixão. 
A festa dos nossos jogadores, dos nossos técnicos e responsáveis, todos eles unidos a nós, por saberem que a única riqueza de qualquer clube é a sua gente.
Foi bonita a festa, pá.

CARREGA BENFIIIIIIIIIIIIICCAAAAAAAAAAAAAA!!! 

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