domingo, 13 de junho de 2010

Ora obrigadinho, sim?

Vieram uns senhores do PS explicar agora que, afinal, a redução "simbólica" dos salários dos titulares de cargos políticos não se aplica a assessores ou chefes de gabinete.
Ora isto para mim tem alguns problemas, nomeadamente deixar escapar a esta norma - ainda por cima meramente simbólica - exactamente os gajos que são grande parte do problema. O problema não são os deputados. Ou os ministros ou os presidentes de Câmara. Esses nós sabemos quem são e, bem ou mal, vamos vendo o que eles fazem.
O problema está nos putos acabadinhos de sair da Católica, ou das Jotas, ou das duas coisas, que nunca trabalharam na vida e que vão logo papar uns valentes milhares de euros por mês. São gente sem rosto, que conspira na sombra. E são muitas centenas, em todo o lado.
São esses os Paulos Penedos e os Rui Pedros Soares deste país, os verdadeiros lambões, os assessores desta máquina de manipulação que mais não serve que para mascarar e perpetuar a podridão em que nos encontramos.
São estes os meninos, que vão saltando de gabinete em gabinete, sem nunca sofrerem o escrutínio público, porque ninguém sabe ao certo quem são.

Alguém me explica por que carga de água estes tipos não são atingidos? Ou vão voltar à velha lengalenga de que não se pode cortar senão a causa pública não consegue atrair os melhores?
Os melhores em quê?
Por 5 mil euros por mês, conheço muita gente competente disposta a trabalhar bem. Mas é gente honesta, e talvez o impedimento esteja aí...

Haja um mínimo de vergonha, por favor.

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