segunda-feira, 12 de julho de 2010

Se eu conseguia viver sem o PS ou o PSD no poder? Conseguir, conseguia, mas o nosso país corrupto e desigual não seria a mesma coisa



Há 35 anos consecutivos que o nosso segundo rectângulo favorito (logo a seguir às notas de 50 euros) tem sido dominado por um rotativismo entre o liberalismo-Coca-Cola do PS e o liberalismo-Pepsi-Cola do PSD (ocasionalmente, apoiados na bengala do liberalismo-Spur-Cola do CDS). O camarada Bastard apresentou há uns dias atrás uma engenhosa proposta para maximizar a hipótese das verdadeiras alternativas chegarem ao arco de governação: apoiar a formação de um governo “Bloco central”, de forma a que a tendência tuga para o voto-contra beneficie os partidos periféricos.

Sendo o “Vodka Atónito” o principal Think Tank da esquerda bêbado-leninista (logo a seguir aos blogues “Rum Espantado” e “Bagaço Surpreendido”), a nossa responsabilidade para pensar uma alternativa às práticas predatórias do centrão político (assentes num conveniente pacto de regime do “vira o disco e tacho ao mesmo”) é especialmente relevante, pelo que decidimos transformar este exercício em rubrica regular.

Ora, o nosso “Se eu conseguia viver sem o PS ou o PSD no poder? Conseguir, conseguia, mas o nosso país corrupto e desigual não seria a mesma coisa” de hoje reza assim.

A Rádio Clube Português foi encerrada domingo passado. O jornal “A Capital” foi encerrado em 2005. O principal coveiro de ambos foi um senhor chamado Luís Osório (que é também o irmão gémeo do carteiro nazi da “Música no Coração”, conforme é possível constatar nas fotos em anexo), que os dirigia com a mesma perícia com que um camionista bêbado, cego e com as mãos decepadas conduziria um camião TIR sem direcção assistida.

A solução é, então, simples e cristalina: ponham o Osório como director da Campanha do PS e o Carlos Queirós como director de campanha do PSD, e aposto com vocês uma grade inteirinha em como o sector da cerveja iria, logo à seguir às próximas eleições legislativas, voltar a ser nacionalizado. Que os liberais brinquem com a saúde, a educação e a segurança social dos portugueses, ainda vá que não vá. Agora brincarem com o principal bem público do país é que já não é admissível.

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