A máquina de propaganda do Governo, que naturalmente se confunde com a máquina de propaganda do PS, mandou para os jornais uma nota de agenda que prometia que Sócrates inauguraria, simultaneamente, 100 novas escolas. Brutal!! Acontece que, afinal, ele ia apenas inaugurar a centésima escola reformulada ao abrigo de um daqueles programas muito interessantes para Pinócrates e seus correlegionários, e irrelevantes para todas as outras pessoas. É claro que isto foi apenas um já habitual excesso de voluntarismo daqueles rapazitos que pululam pela máquina do Governo e que, através destes truquezitos, se procuram salientar aos olhos do líder. Mas é significativa esta tentativa de atribuir significado mediático a algo relacionado com a Educação. É engraçado este número, 100 escolas. É redondinho. Chega a ser fofinho. Mas fica ligeiramente abaixo das 3200 (Sim, 3200!!!) escolas encerradas nos últimos cinco anos. Pelo grande camarada Pinócrates, esse amante do Estado Social e da, como ele não se cansa de dizer, "Escola Pública".
Mas esta verdadeira obsessão de Sócrates com a defesa dos serviços de todos nós - obrigado, pá! - vai mais longe. Ele, sempre modesto, referiu com amargura que ninguém reparou que "nos últimos anos deu-se uma verdadeira revolução silenciosa nas creches". Fantástico.
De facto, houve uma revolução silenciosa, "com a abertura de centenas de creches". Mas, como mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo, também aqui a história não é bem assim. Porque o Jornal de Negócios pediu os números ao Governo. E este diz que só tem números actualizados até 2008. É estranho que o Governo não tenha números desde 2008. É mais estranho ainda que, não os tendo, o Primeiro-Ministro ande a falar do que não sabe. Mas é mais interessante ainda saber que nos três anos anteriores a 2008, a esmagadora maioria das creches que abriram são...privadas.
Sócrates consegue a proeza de fazer anúncios falsos; anúncios que têm por base números que não existem ou que, se existem, o desmentem, pelo que não os fornece à Comunicação Social; e consegue ainda reclamar para si os louros de algo que foi feito pelos privados, graças ao contributo estatal de desmantelamento do seu querido "Estado Social".
Porreiro, pá.
domingo, 12 de setembro de 2010
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2 comentários:
Está um homem morto na varanda.
Vamos mas é prá rua partir esta merda toda, pá!!
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