terça-feira, 9 de novembro de 2010

Homenagem

Aqui há uns dias, a japonesa Sony fez um triste mas esperado anúncio: vai deixar de fabricar um dos seus inventos mais populares, o walkman.
Toda a gente teve um walkman, e toda a gente queria ter um walkman. O meu era parecido com o desta imagem, e estava sempre a ficar sem pilhas. Mas eu adorava-o.
Podia dizer muitas coisas acerca deste objecto tão marcante, que tão bem me acompanhou. Mas não o saberia fazer melhor do que o artigo de hoje do Público, esse jornal que insiste, apesar de tudo, a reservar-me bons momentos de leitura.

Aqui fica:

"Não é propriamente o fim do walkman, que nunca trocaríamos hoje por qualquer um dos seus incrivelmente mais práticos e eficientes descendentes, que se celebra com nostalgia; é o fim de mais um bocadinho da adolescência da geração nascida na década de 1970, quando a vida era ritmada pelo rodar infatigável de cassetes de 90 minutos com um álbum de cada lado - cassetes onde, quais camadas de experiência, se ouviam ainda os álbuns que ali tinham estado antes, preservados na fita como ruído de fundo espectral que se revelava no silêncio dos intervalos entre canções (perceber que ouvíamos Nirvana ou Black Sabath onde antes tinham estado Brian Adams ou os Dire Straits, era sinal inequívoco que caminhávamos na direcção certa, a caminho da iluminação)" - Mário Lopes, in Público

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