Há coisas que me fazem impressão.
Coisas que nós estamos mesmo a ver que vão acontecer mas nada conseguimos fazer para o evitar. Mais ou menos o que um adepto do Sporting deveria estar a pensar neste momento, não estivesse cego de cagança injustificada.
Neste campo, custa-me muito que um merdas como o António Costa venha a ser nosso Primeiro-Ministro. Eu sei, depois do Sócrates já nada parece chocante, mas para mim é. Até vos digo quando é: entre 2017 e 2019.
É que este bardamerdas monhé* me anda a irritar solenemente. Ele anda por aí, a dizer larachas e banalidades, e não fazendo absolutamente nada, apesar de nós lhe pagarmos.
Anda todo contente, presidente da CMLisboa, que em termos de política nacional é um bocado como ganhar a taça do Inatel mas chumbar nos treinos de captação do Torreense. Mas vai lá chegar, o cabrão, nem que seja por falta de comparência dos outros.
Aliás, em Portugal, a falta de comparência tende a decidir as coisas.
Durão nunca lá teria chegado não fosse a falta de comparência de Guterres. Sampaio só foi presidente por causa do timing, porque anunciou a candidatura uns 3 anos antes das eleições, e depois o PS não foi capaz de arranjar outro gajo. O Santana conseguiu mesmo ser PM sem eleições, devido à falta de comparência de Durão. E o Sócrates ganhou porque, let's face it, ter o Santana ou ninguém é a mesma merda.
Enquanto António José Seguro vai dando alegremente tiros de morteiro em ambos os pés, nos braços e na cabeça - feito refém dos socráticos que, não contentes por não estarem presos, ainda controlam o partido - este chamuças de merda* vai fazendo o seu caminho.
Para qualquer lisboeta, o mandato de António Costa tem um único marco: o cabrão do Piquenicão. Sim, esse, o dos porcos, o do Tony Carreira, do Continente do Engenheiro Belmiro. Deve ser a única capital do mundo que aluga a sua mais importante avendida por uma semana, recebendo em troca umas obras numas hortas (isto é verdade, foi este o fantástico negócio).
Costa anda lixado. Não tem dinheiro. E como não tem dinheiro, inventa parvoíces com um de dois objectivos (de preferência os dois): sacar dinheiro aos munícipes e fingir que está a fazer alguma coisa de útil.
Mas a sua grande marca é o ataque concertado e sistemático aos condutores. Ando em Lisboa há muitos anos, e por acaso até acho que o trânsito já esteve muito pior. Não para António Costa. Para António Costa, o condutor é um bicho para abater, mas só depois de lhe ter sacado todos os euros que possa.
Vem agora este monhé* iluminado com duas novas ideias, que passo a explicar:
1 - instituir uma nova taxa sobre os combustíveis vendidos em Lisboa, para financiar os transportes públicos
2 - proibir ou taxar a circulação da avenida da liberdade. Esta está muito poluída e, como tal, um dia levamos uma multa a sério. É claro que isto não acontecerá, nunca aconteceu, etc, mas dá jeito ao argumento ideológico do senhor. Se fosse a Emel a multar já estava tudo falido.
Claro que para o senhor estas ideias não se cruzam com o facto de a) os transportes serem uma merda e cada vez mais inseguros; b) andar de carro não é um direito exclusivo dos ricos, a cidade é de todos; c) os transportes estão cada vez mais caros e ainda vão aumentar mais; d) os transportes vão ser reduzidos em termos de horários e de áreas cobertas.
Este é o senhor que, assim que pode, fecha o trânsito em ruas da cidade. Não interessa a ocasião: um desfile de bicicletas, uma maratona que pode ir para outro lado qualquer, uma parada gay. Interessa é cortar o trânsito, para entalar esses filhos da puta desses condutores.
Eu moro na Estefânia e trabalho em Alcântara. Para chegar lá de transportes é metro até ao Cais do Sodré e comboio ou eléctrico até Alcântara. Demoro quase uma hora, face aos 15 mins de carro. Ah, e às horas que saio demoro mais, porque há menos frequência de transportes.
Nada disto interessa a este senhor, na sua facínora cruzada contra os condutores.
Portanto, senhor Quéfrô* do caralho, peço-lhe algumas coisas.
Em primeiro lugar, vá trabalhar. Vá fazer qualquer coisinha que é para isso que eu lhe pago. Vá fazer alguma coisa para resolver as dificuldades de arranjar casa em Lisboa (o fundo de arrendamento da quantidade monstruosa de casas vazias da CML ia avançar, onde está ele?). Vá fazer alguma coisa para resolver o défice de creches nesta cidade. Qualquer merda. Agora deixe de perseguir quem, ao contrário de si, trabalha. E tem que andar na cidade, por vários pontos da cidade, com horas marcadas.
Em suma: se não tem nada para dizer, fique calado, sff.
* o Vodka adopta a máxima de Jorge Jesus, que o que se passa dentro do campo fica dentro do campo. Portanto, lá dentro tal como aqui, pode dizer-se tudo, incluindo insultos racistas e à mãe do interlocutor. É tudo na paz. CARREGA, JAVI!
domingo, 20 de novembro de 2011
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