Como tal, mais vale eu assumir já que não vou dizer nada de novo.
Mas como eu gosto de ler coisas a dizer mal do Relvas, mesmo que já as tenha lido 50 vezes, aí vai disto.
Miguel Relvas é, de facto, um sobredotado.
É espantoso o número de imbróglios em que o senhor se meteu, no espaço de um (!) anito de governo.
Senão vejamos:
1 - começou com a Antena 1 e com o Pedro Rosa Mendes. Toda a gente percebeu que o senhor não gostou de uma crónica do dito jornalista e fez pela sua demissão. Resultado: Rosa Mendes down.
2 - Depois foi o delicioso caso da Maçonaria, da Ongoing, dos Serviços Secretos e de Jorge Silva Carvalho, tudo ligado. Curiosamente, aqui quem perdeu o emprego foi o superespião do clipping e um assessor de Miguel Relvas (tinha mentido a mando do chefe e quando este foi apanhado em contradição, demitiu-se para arcar com as culpas de ter dado informações falsas). Two more down.
3 - Depois veio o Público. As ameaças à jornalista e aos directores do jornal, as inúmeras mentiras em que foi apanhado, etc. Resultado: Jornalista do Público down.
4 - Agora é a turbo-licenciatura, que cheira a marosca por tudo o que é lado. Quem se demitiu foi o Reitor da Lusófona do Porto. Another man down.
E Relvas lá vai. Alegre e contente, serpenteando qual peixe ensaboado que não se deixa agarrar.
É um "não assunto". "Fui totalmente ilibado" pela ERC, um órgão que, apesar de ser a voz do dono e lhe ter feito o frete, ainda teve a desfaçatez de considerar "inaceitável" o que o Ministro fez, apesar de "não ilegal". Mas, para Relvas, o Super-Bolonha, só lhe ficou na memória parte da decisão. Quanto ao facto de, pelo menos politicamente, ser intolerável o que fez (já para não falar de mentir, que é coisa que me incomoda num tipo eleito e pago por mim), isso não o incomoda. Nem lhe parece estranho que, depois dos casos Rosa Mendes e Público continue a ter a tutela da Comunicação Social!!! Fabuloso.
Tal como na super-licenciatura, Relvas é um moço que não tem tempo a perder. Depois de ter feito um curso inteiro num ano, a sua faceta de crónico ejaculador precoce manifesta-se agora na incontinência no campeonato dos casos, das trafulhices e das gaffes.
Apesar de tudo, ele continua. A fingir que é alguém. A fingir que é Ministro. A fingir que alguém dá um grama de credibilidade ou sequer de atenção a seja o que for que ele diga ou faça, depois de tudo isto. Ele não é um cadáver político, mas para lá caminha. É, na verdade, um zombie político, ainda aí anda mas sem esperança de voltar à vida. E o espantoso é que tudo isto foi conseguido no espaço de um ano. Embora para Relvas um ano dê para muita coisa, como sabemos.

Quando o Cavaleiro Negreo, já sem um braço e a espichar 30 litros de sangue, diz que aquilo "não passa de um arranhão", é o equivalente de Passos dizer que as trafulhices de Relvas são "um não assunto".
O homem sangra por todos os lados e nem toda a arrogância, autismo e bazófia do mundo o poderão esconder.
Relvas é, já ou a prazo, "um Não Ministro".
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