quinta-feira, 19 de agosto de 2004

Linhas Direitas
Aproveitando o título da crónica diária de Luís Delgado, vou falar de um tema que lhe é muito querido.
À direita, já se sabe, não vale a pena falar de razão e sobretudo de coisas tão lamechas como as liberdades individuais e o primado da paz e do diálogo. Responde apenas a uma coisa, a que eles chamam de economia e eu de "o seu bolso". Ora então falemos disso, da suposta saúde da maior economia do mundo, recorrendo a um artigo de jornal.
A central sindical norte-americana AFL-CIO afirma que George W. Bush está a caminho do pior registo de crescimento do emprego de qualquer Presidente norte-americano em mais de 50 anos.
A média mensal de criação de postos de trabalho apresentada pelo actual inquilino da Casa Branca é negativa em 27 mil, quando todos os presidentes obtiveram valores positivos desde o primeiro mandato de Harry Truman, de 1945 a 1948. Como referência, aponte-se que a média de criação de postos de trabalho da era de Bill Clinton foi de 240 mil no primeiro mandato e de 233 mil no segundo. Mesmo George Bush pai conseguiu um registo positivo, com uma média mensal de 54 mil novos empregos, no seu único mandato como Presidente.
Desde que Bush tomou posse, terão sido destruídos 1,8 milhões de empregos no sector privado, pelo que, segundo a AFL-CIO, o actual presidente poderá ser o primeiro desde Herbert Hoover (1928-1932) a acabar o mandato com menos empregos do que quando começou.
Só que Hoover teve como tarefa enfrentar a Grande Depressão.
A economia não é o grande trunfo de George W. Bush. É apenas mais um, e talvez o menor, dos motivos para que ele perca as eleições.

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