sexta-feira, 27 de agosto de 2004

O boomerang suíço
Em entrevista a um jornal do sector do imobiliário (?), Isaltino Morais não esconde as suas ambições de regressar à presidência da Câmara Municipal de Oeiras, não se coibindo de atacar violentamente a sua sucessora, Teresa Zambujo, que ficou com a criança nos braços quando ele se lançou na curta aventura no Governo.
"Infelizmente, a dra Teresa Zambujo corre o risco de ficar a marcar passo, porque não soube motivar e dinamizar aquela equipa que estava na Câmara", diz o tio do taxista suíço.
Para Isaltino, Teresa Zambujo não esta a cumprir o programa do PSD para a autarquia mas é também "uma espécie de catavento", sem capacidades de liderança.
Mais, "o PSD correria sérios riscos de perder esta Câmara se ela fosse candidata", insiste o senhor com aspecto de mocho encharutado.
Questionado sobre se pretende candidatar-se em 2005, Isaltino não concretiza (é preciso concretizar mais?), dizendo que primeiro tem de saber "o que pensa o partido do assunto".
O partido, não o país, não os cidadãos, não os munícipes, sim o partido. Um pouco como aquele primeiro-ministro de um país terceiro mundista, que se sentiu legitimado para o cargo ao ser o número dois do seu partido e, como tal, não tendo qualquer necessidade de ir a votos.
Recorde-se apenas que a investigação de contas secretas na Suíça, alegadamente pertença de um sobrinho taxista, está ainda a decorrer, depois de ter provocado a demissão de Isaltino do Governo.

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