terça-feira, 28 de junho de 2005

Púbiscidade

Há vezes que fico a pensar o que vai na cabeça dos nossos publicitários. Imagino reuniões de criativos e directores de marketing. Imagino um deles, mais ousado, jogar para cima da mesa: "Tive uma ideia". "Um jovem vai ao frigorífico, saca de lá um B Maracujá. Vem uma miúda tesuda e diz-lhe num sotaque ligeiramente porno-nórdico: 'Quero fazer sabor contigo!', enquanto aparentemente lhe mexe nos tomates. Genial não?!"

De facto, genial. Está um gajo com sede, vai de beber um B sacado dos tomates de um gajo. É do caralho, literalmente.

Meus amigos, isto de associar produtos a sexo já é velho e tem que se lhe diga. Já lá vai o tempo em que toda a população masculina da secundária dava mortais encarpados ao ver as mamas das gajas do Fá. Aquele par estabeleceu um benchmark e foi, lado a lado com a Tenente Makepeace, motivo de muito esgalhanço.

Agora vêm os tipos da Olá a vender gelados com gajas a gemer e tal, muito roça-roça, trinca na orelha, sugestões pouco escondidas, mas mamas que é bom, tá quieto. A meu ver, associar um clitóris a um gelado faz tanto sentido como o Magnum Bacalhau.

Além disso, se é para associar sexo a um gelado, o Callipo cumpria na totalidade.

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