quarta-feira, 18 de junho de 2008

I love "The Jews"

Estou finalmente em casa, depois de mais um dia daqueles em que a ironia me impulsiona a exclamar, em alta voz, "mais um dia espectacular, pá!".
Ouço "Lookout mountain, lookout sea", o novíssimo álbum dos Silver Jews, e acho que vale a pena acreditar.
Descobri os Jews, AKA David Berman, há talvez ano e meio, com o seu disco anterior, uma coisa sublime em forma de rodela de plástico chamada "Tanglewood Numbers". Foi nesse álbum que descobri como a música pode ser boa e fodida, e melhor por isso mesmo. Berman, um tipo que passou a vida a tentar livrar-se de vários vícios, não perdeu o vício de fazer canções com o nome de "Sometimes a pony gets depressed". No mesmo álbum, a faixa que o abre dá pelo nome de "Punks in the beerlight", e tem um dos momentos mais poéticos que já ouvi alguma vez. Ela canta, insistentemente "If it gets really, really bad...", "If it gets really, really bad...", assim, com uma urgência de quem diz, "se alguma vez as coisas ficarem demasiado desesperantes e tudo parecer perdido....", e ele limita-se a responder, naquela voz grave de quem está cansado de tudo "let's not kid ourselves: it's really, really bad".

Fui à Fnac comprar o novo álbum, mas não há. Há Tonis e Micaeis Carreiras em barda, Kizomba Brasil e Luis Represas, mas não há o novo álbum dos Silver Jews (na do Chiado há o "Tanglewood Numbers", a 18 euros!). Vim para casa e saquei da net.
Ainda não tenho o livrinho, o cd bonitinho, mas por hoje já posso ouvir David Berman.
Good enough for me.

1 comentário:

Anónimo disse...

Cuidado. O lobby judeu continua a estender os seus tentáculos. Agora, até já controla o indie rock que melhor se faz por aí. Sem qualquer dúvida que Adolf tinha razão.

P.S.- Se bem que os Silver Jews sempre tenham sido o Berman e seus anexos (Berman compõe quase tudo e escreve sempre as letras), confesso que do pouco que ouvi do último álbum (via my space) senti a falta da guitarra do Stephen Malkmus (ex-Pavement).