She's back! Is she, really?!....
Depois de uma hibernação de 37 anos, Manuela Ferreira Leite falou. Saiu da gruta, desceu do alto da sua montanha, e veio espalhar a verdade a todos nós, pobres camponeses à procura de luz e caminho.
O que ela disse? Bem, eu ouvi o discurso, mas foi de tal forma oco e vazio de conteúdo que já não me lembro muito bem. Perdoem-me, mas a sapiência da senhora não pode ser transmitida por intermediários.
Nenuma ideia nova, nenhuma que a distinga do PS.
Fez uma crítica interessante, à mediatização da política e à máquina comunicacional do PS. Neste último ponto, tem toda a razão. O PS é o Governo que mais investiu nesta máquina, no controlo das notícias, na pressão encapotada sobre os jornalistas, no 'timing' ao segundo da altura em que se revelam novidades (no preciso momento em que o Executivo está sob pressão devido a qualquer notícia que lhe é desfavorável).
Diz a nossa dama de ferro que falará quando for importante, e não quando qualquer soundbyte faça correr os jornalistas para a sua porta. Tem toda a razão. No entanto, pela gestão que tem feito dos momentos em que considera importante falar, mostra que não tem um filtro minimamente competente para tomar esta decisão.
O problema de Manuela Ferreira Leite é outro. Acha-se demasiado boa, demasiado superior, para estar na política à portuguesa. Faz as coisas com enfado, a contragosto. Eu até a percebo, embora não a ache metade do que ela se acha.
Ela esquece-se é que estamos em Portugal. É esta a política que temos, e ela não tem hipótese de ganhar, nem sequer de perder graciosamente, se se recusar a ver a realidade. Ainda por cima, como líder de um partido sem ideologia, a intervenção mediática ganha o dobro da importância. Já que não há nada para dizer, é importante dizer esse nada muitas vezes (veja-se o que faz o PS).
Sócrates está confortável. A sua maioria absoluta depende apenas dos votos que a esquerda lhe poderá retirar.
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2 comentários:
E a Maddie? Foi encontrada?
Declaração de interesses antes de mais: eu detesto a Ferreira Leite, não lhe reconheço competência política nem técnica nem para ser ministra das Finanças, quanto mais primeira-ministra (iiiarrrghhh!!!).
Acho LA-MEN-TA-VEL (assim mesmo, com maiúsculas e hifens) que a mulher seja líder do maior partido da oposição sem um caderno eleitoral, sem uma única proposta e sem dizer nada sobre nada).
E acho pior o PSD não ter ninguém melhor para contrapor a este gajo que tem a mania que é bom chamado Sócrates (é que eu até gosto do outro Sócrates, o tal que nasceu há uns bons 2 mil anos).
Em resumo: badamerda para quem não diz ao quem vem!
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