Caro Papousse,
Em política, um Manuel Alegre nunca é apenas um Manuel Alegre. Em política, um Manuel Alegre é um Manuel Alegre mais as circunstâncias políticas que o rodeiam. E, como eu referi, as circunstâncias são as seguintes:
1- Direita unida em torno de um candidato forte, em contexto favorável de recandidatura;
2- Para a esquerda ter a mínima hipótese neste combate presidencial, tem que estar: (a) igualmente unida; (b) encontrar um candidato forte.
3- Alegre é um bom candidato para unir a esquerda, na medida em que: (a) pertence à ala esquerda do PS; (b) participou na luta anti-fascista; (c)
tem criticado abertamente Sócrates pela viragem social-liberal do seu partido; (d) teve uma candidatura independente do PS nas últimas presidenciais; (e) estabeleceu diálogos construtivos com outras forças políticas à sua esquerda.
4- Alegre é um candidato forte porque: (a) teve um excelente resultado nas últimas eleições, ainda para mais sem o apoio de qualquer partido; (b) é o pré-candidato de esquerda mais falado e mediatizado.
4- Face ao atrás exposto, Alegre parece ser o candidato de esquerda não só mais forte como também em melhores condições para unir a esquerda.
Posso estar enganado, mas se o tiver passo a batata quente para ti de me provares quais são, afinal, os pré-candidatos mais fortes e mais capazes de unir a esquerda do que Alegre.
Com as melhores saudações esquerdistas,
o homem do estupefacto amarelo
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
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1 comentário:
O fim não justifica o meio.
Só por teimosia: se o Alegre é o melhor que a esquerda arranja (até agora só nos dizes que é o que tem mais hipótese de ganhar), então azarucho. Garanto-te que não voto no Manuel Alegre, a menos que à direita concorra o Hermann Göring.
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