Entre todos os assuntos importantes que os nossos excelentes deputados têm entre mãos, há um que tem passado despercebido.
Uma das comissões parlamentares vai discutir a situação da actriz-deputada socialista Inês de Medeiros (é a gira das duas irmãs, não é a outra que entrou no Pulp Fiction e tem cara de ovo).
E a situação é esta:
A senhora deputada tem residência em Paris, coitada. E como é deputada da República, diz que de vez em quando tem que estar no parlamento, nomeadamente quando o PS precisa, nas votações importantes, de todos os deputados presentes.
Ora qual é a solução em cima da mesa? Obviamente, a senhora terá direito a um bilhete de ida e volta, em primeira classe, todas as semanas, entre a fossa de Lisboa e a cidade das luzes. Mais, terá também direito a ajudas de custo de valor superior, para lhe compensar o sacrifício de vir à pátria-mãe dizer umas patacoadas de vez em quando.
Eu, que estou sempre a clamar contra os partidos e os deputados de carreira, sempre defendi que o parlamento devia contar com mais gente diferente, da sociedade civil, e de preferência com uma cultura cívica mais robusta que os pequenos caciques que por lá dominam.
Mas não basta não ser político de carreira para ser bom. Aliás, se há coisa que esta senhora mostrou é que aprende depressa, e já se comporta como uma veterna de São Bento.
Basta ver que aprendeu bem a cartilha, de tal forma que, das suas intervenções, não ressalta nada de diferente do que saíria da boca de qualquer outro deputado. Basta ver que, há dois dias, recusava liminarmente a necessidade de que o caso TVI/Sócrates fosse analisado na assembleia. Já ontem, depois da mudança do ditame oficial do PS, afinal veio dizer que sim, que era boa ideia.
Quanto às viagens...PAGA, ZÉ!!!
3 comentários:
Notícias como estas fazem a fuga ao fisco uma espécie de dever patriótico.
A prestação desta senhora tem sido, pelo que já vi, bastante fraca. Já a conta que a república paga...
Uma espécie de Pongolle da AR.
Ainda que ela mantivesse a frescura que exibia na altura da foto, um gajo podia considerar isto como tónico de assiduidade para os deputados da nação. Tipo a Joana Amaral Cardoso.
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