segunda-feira, 22 de março de 2010

Benfica 3 - Marines das tripas 0


Sim, o campeonato é a prioridade. Sim, temos alguns jogadores cansados. Sim, jogámos sem quatro titulares.
E porém, apesar disso, uma grande vitória. Sem espinhas, com grande controlo emocional, com enorme confiança e querer.
As finais não são para se jogar, são para se ganhar, disse o grande JJ. E esta, contra o clube corrupto, teve um sabor ainda mais especial.
O Porto jogou dentro do seu esquema habitual. Porrada, fitas, vitimizações. Basicamente, o mesmo esquema que durante anos e anos foi suficiente para ganhar. E ainda por cima, com o ex-Super Dragão Jorge Sousa a apitar. Mas, temos pena. Contra uma equipa destas, contra um Benfica destes, isso já não chega. É preciso jogar, é preciso ser melhor. E isso vocês não são, e não é de agora.
O jogo correu sempre de feição ao Benfica. O Nuno, o melhor suplente crónico do mundo, deu uma grande ajuda, e fez-me lembrar a sua cara de bandido da favela a dizer "Somos Porto, e agora com licença que eu vou dar um peru do tamanho do mundo". E, a partir daí, controlámos totalmente os adversários corruptos.
Estes imitaram o exemplo dos seus selvagens adeptos e, desesperados por os velhos truques não funcionarem, decidiram partir para o jogo sujo. Cada vez que perdiam a bola, atiravam-se para o chão. Cada vez que faziam falta (com o árbitro a só marcar metade) intimidavam o árbitro. Quando já não conseguiam contrariar a superioridade do adversário, começaram a funcionar as agressões, as cotoveladas, as pisadelas.
É que, no grémio corrupto, a violência, a intimidação e os esquemas são mais do que ferramentas: são o seu modo de vida, desde que um mentecapto tacanho chamado Pedroto se lembrou de declarar guerra ao resto do país. Por falar nisto, gostei bastante de, antes do jogo, ter visto o Jesualdo queixar-se do jogo ser no Algarve "o que obriga os nossos adeptos a fazer muitos quilómetros". De uma penada, assumiu, sem querer, que o clube corrupto não passa de uma organização regional, que não tem adeptos relevantes forma do tripanário.
Este ano tentaram de tudo. De tudo menos jogar à bola. Antigamente funcionava, desta vez tá difícil.

Uma vitória clara, de uma equipa que joga um futebol bonito, solto, positivo. Que não perde tempo com esquemas acessórios, e que encara cada lance com uma seriedade louvável. Que troca titulares por miúdos, sem perder identidade ou qualidade. Uma vitória à Benfica.

Mais algumas notas:

David Luiz - mais um grande jogão. Faz-me confusão como conseguem sequer compará-lo, enquanto jogador, ao Bruno Alves. Tem potencial mais que suficiente para ser o melhor central do mundo em poucos anos. Deu continuidade à magnífica época que está a fazer.

Luisão - sério no seu papel de capitão, ajudando a impedir que alguns jogadores mais massacrados respondessem à letra aos corruptos deseperados. Marcação quase sempre perfeita a Falcao, o jogador corrupto mais perigoso.

Ruben Amorim - está feito um grande jogador. Entra e sai da equipa e está sempre em grande nível. Está no primeiro e no terceiro golos, sempre com grande entrega, inteligência, jogo colectivo e simplicidade de processos.

Carlos Martins - pela primeira vez na sua carreira, está a conseguir aliar qualidade a consistência exibicional. A sua importância nesta equipa cresce de jogo para jogo.

Airton - um menino de 20 anos. Confirmou-se a primeira impressão: temos jogador.

Maxi Pereira - um jogador à Benfica.

Kardec - passou o jogo sozinho e a levar porrada de Bruno Alves, perante a complacência de Jorge Sousa. Fez bem o seu trabalho e tem sangue de barata. Qualquer outro jogador teria respondido, e dado a oportunidade ao Dragão Sousa de o meter na rua.

Jorge Sousa - Fez o que pôde, mas não chegou. Conseguiu deixar em campo Meireles e , sobretudo, Bruno Alves, o que para qualquer árbitro normal teria sido impossível. Para alguém que, enquanto jovem, foi membro dos SuperDragões e sócio do Porto, esteve à sua altura. 

Falcao - um grande jogador, sempre demasiado isolado. O melhor dos corruptos.

Ruben Micael - tal como mostrou passados poucos dias, aprendeu depressa a cartilha da fruta e dos chocolatinhos. Queixinhas, adorei a birra que fez quando sofreu a primeira falta do jogo. Não jogou a ponta. No lance do primeiro golo do Benfica, perdeu a bola e atirou-se para a piscina. Esquece-se que, apesar de estar no Porto, isso já não chega. Passou o jogo todo a amuar, a tentar perceber o que se passava, a dar pau e a mandar vir com o árbitro. Magnífico.

Bruno Alves - Absolutamente descontrolado. Sem recorrer a faltas (e Jorge Sousa deixou passar muitas) não consegue ganhar uma bola. Massacrou Kardec, tentou partir a espinha a Aimar (que levou amarelo nesse lance!!!) e conseguiu agredir Cardozo na primeira vez que este disputou a bola. Cotoveladas, joelhadas, pisadelas, Bruno Alves demonstrou todo o seu arsenal de grande jogador, já para não falar do facto de ter passado o jogo todo a mandar o seu consócio Jorge Sousa para o caralho. Que grande jogador, pá.

Jorge Jesus - o grande mestre da época fantástica que o Glorioso está a fazer. Aquele momento emotivo, ao dedicar a vitória ao seu pai, tocou no coração de todos os benfiquistas. Porque o Benfica é também, e sobretudo, isso.

1 comentário:

. disse...

Por partes:

1) Estive sem internet no fim de semana, e fiquei a saber da vitória pelo vodka atónito. Os meus agradecimentos e felicitações, já que mais depressa corri aos blogs que aos jornais nacionais.

2) VAI BUSCAR!! O Pedroto está às voltas na campa!