quinta-feira, 15 de abril de 2010

Toma lá morango

Tanto queria o Bloco e o Amarelo que o Pateta..., perdão, o Poeta Alegre fosse a mãe de todas as esquerdas (sendo muito generoso com este termo e incluindo aqui o PS) e, afinal, querem ver que o Alegre vai ficar a falar sozinho com o Louçã?

Ora agora veio falar o Capoulas Santos. Sim, aquele gajo com ar de saloio que achávamos esquecido num tacho qualquer. Afinal o gajo é qualquer coisa como vice-presidente da comissão política do PS, o que quer que isso seja, mas soa a importante.
E o que veio dizer esta alta personalidade?

Passo a citar:
"Custa-me a acreditar que o candidato do PS possa vir a ser o candidato do Bloco de Esquerda".
" Com um CDS consolidado, com um sector do eleitorado radicalizado à esquerda e com um 'liberal' à frente do PSD, o bloco conservador e liberal acantona-se ainda mais à direita, deixando completamente vazio o espaço eleitoral da esquerda moderada e do centro, o tal que só quem o conquista ganha eleições em Portugal".

Ora aí está o PS. O próprio Sócrates - e o ressabiado Soares - não o diriam melhor.

À direita está um "bloco conservador e liberal". À esquerda, um perigoso e taliban "eleitorado radicalizado".

E por onde vai andar o PS? Pelo meio, claro. Meias-tintas, borra-botas, torradinha do meio, aquela aparadinha.

Estas eleições já me estão a dar um gozo tremendo.

Nem o nosso morno amigo Amarelo, que tinha sonhos húmidos com o Alegre, esperaria que fosse o PS a não querer a suposta "união de todas as esquerdas".

Se já o pateta Alegre não levaria o meu voto, nem quero pensar na alternativa que o PS possa vir a propor.

Isto vai ser giro...

8 comentários:

o homem do estupefacto amarelo disse...

O Alegre só sai beneficiado deste adiamento da decisão do PS em o apoiar porque vai consolidando a sua imagem de candidato independente de esquerda supra-partidário (como o demonstrou, por exemplo, nas críticas ao PEC de Sócrates) para no final beneficiar ainda com o apoio tardio do PS, que não se pode dar ao luxo de novamente medir forças com o Alegre e perder (como aconteceu nas últimas eleições presidenciais), o que iria enfraquecer a actual liderança do PS e a ala direita que a sustenta.

Tipo Que Percebe Bué Disto Tudo disse...

Beneficiado? Seria verdade se abécula não andasse com o rabinho entre as pernas a suplicar o apoio do PS: "... a minha família política é o PS e é meu desejo ter o apoio do meu partido...".

Little Bastard disse...

Críticas ao PEC?!
Foda-se, não há pior cego do que o que não quer ver.
Continuas a achar que a questão aqui é táctica, de ele ganhar ou não.
A questão é de princípio: votar num manso-socrático armado ao revolucionário ou não.
E muita gente, como eu, nunca se conspurcará a votar nesse merdas.

o homem do estupefacto amarelo disse...

É racional. Para que o menino que é muito lavadinho não se conspurque ideologicamente, vamos todos levar com o Cavaco em cima mais cinco anos. Que o teu voto te garanta o reino dos céus.

raviolli_ninja disse...

A higiene é importante, mas o Bastard lá saberá responder por ele próprio. Por mim, ainda estão por me convencer que o Alegre é melhor que o Cavaco. Sim, exactamente.

o homem do estupefacto amarelo disse...

Depende do ponto de vista. Para alguém de direita, o Cavaco seria a melhor escolha (conservador nos costumes, liberal na economia, pouco sensível ao problema da desigualdade); para alguém de esquerda, o Alegre seria a melhor escolha (mais libertário nos costumes, mais defensor do papel do Estado na regulação da economia, mais sensível às questões sociais). O que já não consigo entender é como é que alguém de esquerda possa preferir o Cavaco ao Alegre.

o homem do estupefacto amarelo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
raviolli_ninja disse...

Estás a falar em superlativos e isso a mim não me diz nada.

Ao menos o Cavaco teve tomates para fazer aquilo que defendia. Já o Alegre, supostamente defendendo o meu campo, nunca o vi a fazer nada a não ser bazófia.
Agora é demasiado velho para ter acesso a crédito na minha banca. O outro também não leva nada, descansa.