...é porque aquilo é de um aborrecimento pegado.
Sim, jogam bem. Sim, têm grandes jogadores. Sim, controlam, etc, etc.
Mas irrita-me solenemente aquela aversão ao risco. Aqueles 15 minutos seguidos a passar a bola uns aos outros, todos contentinhos, à espera de uma aberta para fazer o passe mortífero, como se estivessem num interminável e aborrecido jogo de andebol, como são todos os jogos de andebol.
Não há um chuto para a frente, um centro especulativo a ver se bate em alguém, um tipo que apanhe a bola e tente fintar os adversários todos. Não há um cabrão de um remate de fora da área.
Os jogadores espanhóis estão para a bola como o Sting está para o sexo tântrico. Ok, sim senhor, és o maior, mas será que alguém quer realmente estar com ele metido, todo quietinho, sete horas seguidas?
Eu cá gosto de um pouco de arrojo numa equipa de futebol. Que dê um esticão de repente. Que faça merda. Que enfrente o futebol como futebol e não como um jogo de xadrez entre Kasparov e o Deep Blue.
É por isso que estou pela Holanda. Para que alguém prove que aquele carrossel aborrecido de morte também pode perder. Nem que seja por alguém que marque um golo às três tabelas. Aliás, sobretudo se perderem com um golo às três tabelas, ou um autogolo.
Tanto controlo não é saudável, minha gente.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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1 comentário:
o Paul-German-Octopuss nao falhou...
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