domingo, 5 de setembro de 2010

Triste fado

A nossa Selecção lá nada, no seu triste fado.
Continuando a senda que já vem do discreto Mundial que fizemos, ontem empatámos com o Chipre. E conseguimos a proeza de levar quatros golos desse adversário, na nossa casa.
Do que vi no jogo, vi vontade. Acho que os jogadores foram sérios, até porque, no meio desta trapalhada da Selecção, são os únicos que, de facto, têm sido sérios. Trabalham, lutam, tentam. Mas isso não chega.
Gostei do empenho da equipa. Gostei do Coentrão, mais uma vez um dos melhores em campo. De ver Quaresma de volta à equipa. Do Manuel Fernandes, que continua a demonstrar que, não fosse a falta de cabeça, seria um jogador de classe mundial.

Nesta verdadeira guerra civil que se instalou no futebol tuga, alguma coisa tem de acontecer. Dirigentes, clubes, jornalistas e políticos, toda a gente tem um "lado" nesta matéria, seja matar Queiroz ou salvá-lo. E muita gente, sobretudo aqueles que têm um "lado", vêm agora dizer que o mau resultado da Selecção é fruto do caso Queiroz.
Eu cá não estou tão seguro disso. A verdade é que, tirando os absolutos e incompreensíveis disparates defensivos, ontem vi a Selecção jogar como nunca o fez, sob a batuta de Queiroz. E é por isso que ele deve sair. Porque é mau treinador. Assumir a coisa e resolvê-la, com tranquilidade e normalidade. O facto de ele ser um arrogante de merda não é para aqui chamado.

A capa de "A Bola" dizia, em manchete, "Não gozem mais com o povo!". A verdade, é "A Bola" sabe-o melhor que ninguém, o "povo" está-se cagando, mais do que nunca, para a Selecção.
E esse é o principal problema.

PS - Quando Quim levou 6 golos do Brasil, praticamente sem culpa, foi crucificado e nunca mais voltou à Selecção. Eduardo levou ontem quatro do Chipre, nas mesmas circunstâncias.
E ninguém diz nada.

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