quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Completely GaGa

Este é um post sobre música que não terá, no fim, o habitual vídeo. Aliás, pensando bem, este não é um post sobre música, mas sim sobre a indústria musical.
Lendo revistas e sites sobre música, ou vendo televisão, há uma personagem que está em todo o lado: Lady GaGa.
A menina descascada; a menina vestida de bifes; a menina vestida como um cagalhão com um laçarote.
Depois os números: milhões de discos vendidos, prémios MTV e merdas parecidas em barda, milhões de seguidores no facebook, milhões de dólares, milhões de tudo.
E, na base de tudo isto, está o quê? Um disco.
Exacto.
Um disco. Unzinho. One. Um só disco.
E uma bela merda, por sinal.
Aliás, minto. Já são três discos. Um de originais; um que mistura faixas novas com outras do primeiro; e outro de remixes.
Só falta uma compilação e um disco ao vivo, para mostrar como a mesma poia pode ser formatada e reembrulhada de inúmeras formas: merda, cagalhão, diarreia, etc, etc....
Lembro-me bem, de quando o disco saiu, da crítica da Blitz. Um paneleiro qualquer deu-lhe umas 3 estrelas (mas queria ter dado quatro, o maroto) e elogiava a forma desavergonhada como a senhora fazia pop.
E este é um dos problemas.
Smiths era pop. Beatles era pop. Lily Allen é pop. Lady GaGa é merda.
Eu adoro música. E música, para mim, é em grande parte melodia. Não é preciso necessariamente grande mensagem, grande substrato, grandes ideias. São precisas boas melodias, frescura, adolescência, juventude, garra e sonho.
Esta menina gaga é apenas mais uma desta indústria, a que chamo fábrica de merda. Que paga produtores a peso de ouro para lhe escrever as músiquinhas e mascarar as falhas na voz. Que se distingue apenas pelas fatiotas e pelo mais que gasto truque da provocação sexual/religiosa. Que não vale, pardon my french, um caralho.
É claro que os milhões de fãs de Lady Gaga são pré-adolescentes. Que gostam de outros grandes montes de bosta como Tokyo Hotel, Katy Perry ou My Chemical Romance, por exemplo. Mas isto não é o errado. A pop sempre foi terreno de pré-adolescentes, quer gostassem de Bros, da Sabrina ou do David Fonseca. É mais grave é quando gente de barba rija e com idade para ter juízo, começa a abichanar com estas merdas de frases como "pop descaradamente simples e provocadora". Desligar o cérebro e abrir o cu.
Esta senhora tem um disco, e uma gigantesca máquinade marketing. E isso, mais uma vez e mais do que nunca, basta.
Ainda por cima sem a originalidade dessa rainha da bosta fumegante, Madonna, que sempre foi terrível demais para ser verdade, mas cuja provocação ainda tinha algo de novo, ainda que a sua música não.

Pop não tem que ser acéfala, como não tem que ser erudita. Mas tem que existir. E um vestido de bifes é apenas isso, uma coisa estúpida. E uma melodia vale, sempre, muito mais o que isso.

PS - na imagem acima, deixo-vos o melhor ângulo da Lady Gaga. De costas, de cu ao léu, até disfarça.

2 comentários:

Filipe disse...

Bom posto e até concordo contigo, mas esta tipa sabe mesmo cantar... E as músicas são escritas por ela... antes de editar o álbum ela escrevia para outros pop merda.

professor x disse...

Antes que venha para aí o Boby/Tareco dizer que toda a pop é merda e que o Jorge Palma é que é bom, desde, mais ou menos, os anos 80 que existem estes fenómenos...
Pouca música e muito marketing é a receita, claro que o clichê do sexo lá está bem presente tal como uma suposta irreverência que de verdadeiro não tem nada. E pronto, o povão adere, ao fim ao cabo estes fenómenos são de consumo fácil e efémero (tipo MacDonalds). Para finalizar e como em todos os géneros musicais, existe o bom e o mau (independentemente dos gostos).