segunda-feira, 23 de maio de 2011

Hasta la victoria, siempre!

Onze da manhã de um dia da semana passada. A minha mulher já tinha saído para trabalhar e eu, em pleno gozo de um mês de licença de paternidade, estava ainda deitado, com a minha filha no berço. Era uma daquelas manhãs boas e preguiçosas, com o sol a insinuar-se pelas portadas. E eu na ronha, ainda a babar a almofada e a gozar mais um bocadinho daquela doçura de um dia sem obrigações.
E depois, meio inconscientemente mas 'not really', solto um valente peido, daqueles de início de dia, que enchem a alma (salvo seja) de um gajo.
Menos de um minuto depois, uma réplica: a minha filha, que palrava meio acordada no berço, dá o seu próprio traquezito.
Entre o orgulho e a surpresa, foi difícil não me rir.
Depois ela larga outro.
E foi aí - e aqui eu já estava realmente acordado portanto não há desculpa - que mandei um fortíssimo trovão, um Pavarotti em forma de flatulência.
Esperei.
E ela sem resposta.
"Ganhei", pensei.

Depois levantei-me, ela deu-me aquele riso matinal que me faz sentir que tudo vale a pena, e fui-lhe mudar a fralda.
Claramente, a minha prestação foi muito superior em termos de escala de Richter. Mas quando um tipo acha que ganha e a seguir vai limpar a merda do derrotado, não consegue evitar pensar que, às vezes, a vitória não é assim tão relevante.

1 comentário:

Carlos Carvalho disse...

E a sopa de peixe? O resultado é MEDONHO.