domingo, 5 de junho de 2011

O meu voto

Quebrando o dia de reflexão, a qual não foi muito necessária, passo a explicar o meu voto.
Vou votar, novamente, no Jerónimo.
Não vou votar no PC, não votar nessa ficção chamada CDU. Vou votar no Jerónimo.
Eu voto sempre. E normalmente não é em branco. Escolho uma das cruzes e zás. Mas desta vez o meu voto será provavelmente, o voto menos convicto, aquele do qual estou menos convencido, de sempre.
Nunca votaria no Sócrates, e não estou preparado, de forma alguma, para votar na direita.
O Bloco desiludiu-me forte e feio, nos últimos anos. Assim como o PC, mas mais.
Se ao PC censuro fortemente a recusa em sequer encontrar-se com a troika, abdicando da hipótese de vincar os seus pontos de vista, ao Bloco junto isso ao apoio impossível ao Manuel Alegre e ao episódio da crítica à ameaça de moção de censura do PC, para logo de seguida apresentar a sua.
Nestas eleições, o que importa é correr com o Sócrates. De preferência que ele tenha não apenas uma derrota, mas uma derrota o mais humilhante possível. O que, infelizmente, não vai acontecer. Vai perder, mas terá milhões de mentecaptos e iludidos que lhe darão o voto. É pena.
Fora isso, todos os votos são legítimos. Tenho amigos que vão votar Portas, e isso para mim é normal. É até saudável. Outros Passos Coelho, etc, etc. É legítimo. Até no Partido dos Animais e no MEP, cujo líder parece ser um bom tipo. Mas não consigo entender quem vote no Sócrates.
Sim, também o PC me desiludiu, e não é de agora. É claro que isso acontece em todos os partidos. Vou votar no Jerónimo porque, depois do Sócrates, peço muito pouco. Um tipo honesto e bem intencionado. E nisso, para mim, Jerónimo é imbatível.
Infelizmente, isso basta-me.
Que muita gente vote, é o que desejo.
Logo à noite há mais.

1 comentário:

carpe vitam! disse...

é um ponto de vista válido. mas eu pergunto: em Lisboa, existiam 16 partidos a concorrer. por que é que as pessoas pensam que só os que têm assento parlamentar têm propostas válidas? será que se deram ao trabalho de saber quais são as propostas dos outros?