segunda-feira, 11 de outubro de 2004

A saga de Sacana Lopes VI (acho eu)
Continua a rebaldaria.
As duas mais importantes figuras do Governo português, Santana Lopes e Paulo Portas, passaram o fim de semana na mais promíscua e vergonhosa acção da história da democracia portuguesa.
Em campanha eleitoral pelos Açores, que por acaso está a ser coordenada pelo actual Ministro da Agricultura (estamos a pagar-lhe o ordenado para quê?), Santana aproveitou para fazer alguns anúncios: a descida das tarifas aéreas para o arquipélago, o perdão da dívida do serviço regional de saúde dos Açores, redução do tempo de entrega do correio para as ilhas, entre outras benesses.
A Ministra do Ensino Superior, que também está mais preocupada com a campanha que com o seu trabalho, tinha já anunciado uma viagem anual grátis para todos os estudantes dos Açores a estudar no continente
E Portas, o sempre saltarico Portas, chegou ao ponto de prometer pôr em acção helicópteros para acudir grávidas e doentes. (Não haverá uma campanha eleitoral na minha zona? É que às vezes o trânsito faz-me chegar atrasado ao trabalho...).
Um magnífico cabaz de benesses, por coincidência anunciados em plena campanha da coligação de direita, com os abraços compadres entre pequenos caudilhos locais e os principais governantes deste país.
Quando, em 1996, a TAP baixou as tarifas de transporte aéreo para os Açores na altura das eleições, a direita gritou a plenos pulmões contra o que chamou de oportunismo.
E agora?
Mais pequena que a memória, só a vergonha dos fachos populistas que se agarraram ao poleiro.

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