O Engenheiro é que sabe
Depois do debate de ontem fiquei dividido, a sério.
Um benfiquista que vê uma equipa que, no início da época, não era mais do que um grande e verdadeiro aborto, em segundo lugar, a cinco pontos do Porto e com grandes chances de ganhar o campeonato, só pode dar razão ao Engenheiro. Vale a pena lutar pela vida!
terça-feira, 30 de janeiro de 2007
segunda-feira, 29 de janeiro de 2007
Mais abortos
Na caixa de correio deparo-me com uma brochura do Movimento Acção Família. Nela fico a saber que:
- Nossa Senhora de Fátima chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido
- Dizer sim é permitir que se matem inocentes, indefesos e pequeninos, que aguardam apenas o momento de vir ao mundo
- Que o referendo por si só já constitui uma ofensa a Deus
- Dar uma quantia em dinheiro em troca de um terço para rezar e participar da grande súplica nacional a Nossa Senhora, não é uma compra é uma doação.
E assim de repente, lembrei-me de uma história da Bíblia em que Deus pede a Abraão para sacrificar um dos filhos e quando o punhal tá quase a cortar as goelas ao puto, o grande chefe aparece e diz: "Atão maluco? Nã vês que estava a brincar contigo, pá! Isto era só para testar a tua fé!"
Epá os católicos são uma barrigada de riso!
Na caixa de correio deparo-me com uma brochura do Movimento Acção Família. Nela fico a saber que:
- Nossa Senhora de Fátima chora por milhares de inocentes que podem perder a vida antes mesmo de dar o primeiro gemido
- Dizer sim é permitir que se matem inocentes, indefesos e pequeninos, que aguardam apenas o momento de vir ao mundo
- Que o referendo por si só já constitui uma ofensa a Deus
- Dar uma quantia em dinheiro em troca de um terço para rezar e participar da grande súplica nacional a Nossa Senhora, não é uma compra é uma doação.
E assim de repente, lembrei-me de uma história da Bíblia em que Deus pede a Abraão para sacrificar um dos filhos e quando o punhal tá quase a cortar as goelas ao puto, o grande chefe aparece e diz: "Atão maluco? Nã vês que estava a brincar contigo, pá! Isto era só para testar a tua fé!"
Epá os católicos são uma barrigada de riso!
E se dúvidas houvesse...
... quanto ao que irei votar no referendo do aborto, depois de ver as imagens dos atrasados mentais do PNR na marcha pelo Não, dissipariam-se de imediato.
Para mim é simples, sou contra qualquer causa que essas bestas defendam.
Se eu fosse adepto do Não, tivesse naquela marcha e visse esses merdas a desfilar, teria vergonha na cara e retirava-me. Porque como já dizia o outro, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Ah e tal, a democracia, a liberdade, todos temos direito de nos manifestar... pois para mim a democracia acaba nesses filhos da puta.
... quanto ao que irei votar no referendo do aborto, depois de ver as imagens dos atrasados mentais do PNR na marcha pelo Não, dissipariam-se de imediato.
Para mim é simples, sou contra qualquer causa que essas bestas defendam.
Se eu fosse adepto do Não, tivesse naquela marcha e visse esses merdas a desfilar, teria vergonha na cara e retirava-me. Porque como já dizia o outro, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Ah e tal, a democracia, a liberdade, todos temos direito de nos manifestar... pois para mim a democracia acaba nesses filhos da puta.
domingo, 21 de janeiro de 2007
A minha mais estúpida tentativa de fazer uma piada, usurpando a ideia do post anterior do meu caro camarada Ninja e ao mesmo tempo contribuir para este blog, algo que não acontece há algum tempo visto que as coisas às vezes não são como nós queremos e as vicissitudes da vida por vezes cortam as pernas às nossas vontades e tal... De salientar, ainda, a minha preocupação em explicar a origem do termo utilizado na suposta piada. Explicação essa, fruto de um hercúleo trabalho de pesquisa, de modo a que o sujeito da frase fosse caracterizado de uma forma hilariante.
Um apoiante do Não é um pinto calçudo*
* Expressão utilizada pelos índios Tupi como evocação sarcástica das botas de cano alto usadas pelos portugueses que vinham da Metrópole para sacar e enviar para Lisboa o ouro do Brasil.
Um apoiante do Não é um pinto calçudo*
* Expressão utilizada pelos índios Tupi como evocação sarcástica das botas de cano alto usadas pelos portugueses que vinham da Metrópole para sacar e enviar para Lisboa o ouro do Brasil.
sexta-feira, 19 de janeiro de 2007
Foi azar, pá
António Oliveira, de 54 anos, era o senhor que morreu no hospital de Santa Maria, 6 horas depois de ter sido atropelado, em Odemira. Entre o acidente e a hora efectiva da morte, andou de cá para lá, numa terra sem ambulâncias como deve de ser e sem hospitais com capacidade para o tratar.
Nestas coisas, a primeira coisa que qualquer político de meia tijela faz é ordenar a abertura de um inquérito. É fácil, é barato e, pelo menos durante algum tempo, cala os chatos dos jornalistas. Mas o nosso ministro da Saúde, o senhor Correia de Campos, conseguiu a proeza de, depois de admitir essa hipótese, finalmente concluir que não era preciso inquérito algum. Não era preciso. O senhor ministro chegou à conclusão de que todos os procedimentos correctos foram cumpridos e que o estado do senhor era mesmo mau, pelo que dificilmente ele escaparia. Ah, e é importante dizer que o senhor ministro chegou a esta conclusão depois de ouvir algumas entidades, esquecendo-se de ouvir os bombeiros, aqueles que em primeiro lugar socorreram o acidentado.
Ou seja, se todos os procedimentos mais indicados foram cumpridos, e se o senhor chegou ao único lugar onde o podiam tratar, a Lisboa, seis horas depois do acidente e apenas para morrer, que raio quer isto dizer?
Que não havia nada a fazer, né?
Teve azar, o senhor António Oliveira. Teve o azar não apenas de ser apanhado por um automóvel mas teve sobretudo o azar de viver numa terra na qual o ministério da Saúde (pago com os impostos de todos nós e também dos cidadãos de Odemira) não tem condições para assegurar primeiros socorros de qualidade mínima.
Na prática, os senhores de Odemira não podem ser atropelados; não podem sentir-se mal; não podem estar seriamente doentes; olhem, pelo sim pelo não, estejam sempre todos saudáveis e não saiam de casa.
Já escrevi algumas vezes acerca do trabalho de destruição sistemática que este Governo está a fazer sobre as instalações de saúde no interior e genericamente longe das grandes cidades.
Este é apenas um caso, entre muitos, e concerteza não será o último. Vai continuar a acontecer, porque todas as semanas fecham urgências hospitalares, obrigando os doentes e acidentados a percorrerem cada vez mais quilómetros em busca de auxílio.
Dizem que "não é uma questão de dinheiro" mas sim de "racionalização de estruturas". Pois sim. Digam isso à família do pobre coitado que morreu por causa da vossa mentalidade de merceeiro e do vosso completo desprezo pelo bem-estar das populações.
António Oliveira, de 54 anos, era o senhor que morreu no hospital de Santa Maria, 6 horas depois de ter sido atropelado, em Odemira. Entre o acidente e a hora efectiva da morte, andou de cá para lá, numa terra sem ambulâncias como deve de ser e sem hospitais com capacidade para o tratar.
Nestas coisas, a primeira coisa que qualquer político de meia tijela faz é ordenar a abertura de um inquérito. É fácil, é barato e, pelo menos durante algum tempo, cala os chatos dos jornalistas. Mas o nosso ministro da Saúde, o senhor Correia de Campos, conseguiu a proeza de, depois de admitir essa hipótese, finalmente concluir que não era preciso inquérito algum. Não era preciso. O senhor ministro chegou à conclusão de que todos os procedimentos correctos foram cumpridos e que o estado do senhor era mesmo mau, pelo que dificilmente ele escaparia. Ah, e é importante dizer que o senhor ministro chegou a esta conclusão depois de ouvir algumas entidades, esquecendo-se de ouvir os bombeiros, aqueles que em primeiro lugar socorreram o acidentado.
Ou seja, se todos os procedimentos mais indicados foram cumpridos, e se o senhor chegou ao único lugar onde o podiam tratar, a Lisboa, seis horas depois do acidente e apenas para morrer, que raio quer isto dizer?
Que não havia nada a fazer, né?
Teve azar, o senhor António Oliveira. Teve o azar não apenas de ser apanhado por um automóvel mas teve sobretudo o azar de viver numa terra na qual o ministério da Saúde (pago com os impostos de todos nós e também dos cidadãos de Odemira) não tem condições para assegurar primeiros socorros de qualidade mínima.
Na prática, os senhores de Odemira não podem ser atropelados; não podem sentir-se mal; não podem estar seriamente doentes; olhem, pelo sim pelo não, estejam sempre todos saudáveis e não saiam de casa.
Já escrevi algumas vezes acerca do trabalho de destruição sistemática que este Governo está a fazer sobre as instalações de saúde no interior e genericamente longe das grandes cidades.
Este é apenas um caso, entre muitos, e concerteza não será o último. Vai continuar a acontecer, porque todas as semanas fecham urgências hospitalares, obrigando os doentes e acidentados a percorrerem cada vez mais quilómetros em busca de auxílio.
Dizem que "não é uma questão de dinheiro" mas sim de "racionalização de estruturas". Pois sim. Digam isso à família do pobre coitado que morreu por causa da vossa mentalidade de merceeiro e do vosso completo desprezo pelo bem-estar das populações.
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
Ó pra mim a querer concentrar-me imenso no mandato de deputado e estes camaradas, malandros, sempre a darem-me "trabalho"
Manuel Maria Carrilho deverá ser convidado para, dentro de um ano, assumir o lugar de representante na missão permanente de Portugal junto da UNESCO, em Paris, substituindo José Duarte Ramalho Ortigão, o actual embaixador.
Manuel Maria Carrilho deverá ser convidado para, dentro de um ano, assumir o lugar de representante na missão permanente de Portugal junto da UNESCO, em Paris, substituindo José Duarte Ramalho Ortigão, o actual embaixador.
Alguém me alcança um revólver?
"Quando o senhor Jean-Francois Trichet [presidente do BCE] anuncia novas subidas traz boas notícias para a economia portuguesa".
Carlos Tavares, actual presidente da CMVM, antigo Ministro da Economia.
"Quando o senhor Jean-Francois Trichet [presidente do BCE] anuncia novas subidas traz boas notícias para a economia portuguesa".
Carlos Tavares, actual presidente da CMVM, antigo Ministro da Economia.
O que lá vai, lá vai
Vamos começar com uma citação de um velho conhecido nosso:
"Começa a ser caricata a guerra entre Ana Gomes e Luis Amado sobre os voos da CIA, como se daí surgisse um grande espanto nacional ou um imenso escândalo internacional. Aviões alugados pela CIA passaram pela Base das Lajes e outros aeroportos nacionais? Obviamente que sim, como eventualmente todos os dias passam por muitos países europeus. Levavam prisioneiros para Guantanamo ou outros locais? Vá lá saber-se, mas olhar e analisar a História em retrospectiva é sempre um exercício ridículo e perda de tempo e dinheiro. Convém ter os pés assentes na terra, por poucas vezes que seja: a CIA não é propriamente uma polícia política de uma ditadura, sem controlo nem vigilância dos poderes instituídos e constitucionais da democracia mais estabilizada do mundo. Será que não temos mais nada que fazer?",
pergunta-nos Luis Delgado, na sua diatribe semanal no DN, entre outros disparates do mesmo quilate (o senhor desta vez estava inspirado, parecia mesmo como nos bons velhos tempos).
Gostei particularmente da frase "olhar e analisar a História em retrospectiva é sempre um exercício ridículo e perda de tempo e dinheiro". De facto, como todos sabemos, deve-se analisar a História entrando numa máquina do tempo e dirigindo-nos para o futuro.
Este belíssimo artigo lembrou-me de toda esta história dos voos da CIA. E, algo que me era relativamente indiferente há uns tempos, deixa de o ser quando vejo o completo embaraço que toma conta de PSD, CDS e, espante-se, PS, quando a questão vem à baila.
Estava no poder a coligação, depois de o José Barroso ter servido as bicas nos Açores, então por que raio o PS se mija todo quando se fala no assunto? Será que o Sócrates, esse grande esquerdalho, também tem algo a esconder?
Por outro lado, por que razão o Governo não autoriza o envio para o Parlamento Europeu, que o solicitou, da informação detalhada sobre esses voos e os seus protagonistas? Quando Ana Gomes, essa histérica que devia andar ocupada a ser só feminista e a abolir os soutiens e a depilação, questiona exactamente isso - por que razão o envio dos dados ao PE foi impedido à última da hora pelo ministro Luis Amado - este limita-se a ser deselegante e a acusar a coleguinha do PS de "não ter sentido de Estado" e de querer fazer "chicana política", o que quer que isto seja. Por que raio não se limita a responder à pergunta, sem vir com mais retórica de merda?
Quem não deve não teme, creio eu.
Só uns rabetas como estes ministros me conseguiriam levar a dar razão a Ana Gomes...
Vamos começar com uma citação de um velho conhecido nosso:
"Começa a ser caricata a guerra entre Ana Gomes e Luis Amado sobre os voos da CIA, como se daí surgisse um grande espanto nacional ou um imenso escândalo internacional. Aviões alugados pela CIA passaram pela Base das Lajes e outros aeroportos nacionais? Obviamente que sim, como eventualmente todos os dias passam por muitos países europeus. Levavam prisioneiros para Guantanamo ou outros locais? Vá lá saber-se, mas olhar e analisar a História em retrospectiva é sempre um exercício ridículo e perda de tempo e dinheiro. Convém ter os pés assentes na terra, por poucas vezes que seja: a CIA não é propriamente uma polícia política de uma ditadura, sem controlo nem vigilância dos poderes instituídos e constitucionais da democracia mais estabilizada do mundo. Será que não temos mais nada que fazer?",
pergunta-nos Luis Delgado, na sua diatribe semanal no DN, entre outros disparates do mesmo quilate (o senhor desta vez estava inspirado, parecia mesmo como nos bons velhos tempos).
Gostei particularmente da frase "olhar e analisar a História em retrospectiva é sempre um exercício ridículo e perda de tempo e dinheiro". De facto, como todos sabemos, deve-se analisar a História entrando numa máquina do tempo e dirigindo-nos para o futuro.
Este belíssimo artigo lembrou-me de toda esta história dos voos da CIA. E, algo que me era relativamente indiferente há uns tempos, deixa de o ser quando vejo o completo embaraço que toma conta de PSD, CDS e, espante-se, PS, quando a questão vem à baila.
Estava no poder a coligação, depois de o José Barroso ter servido as bicas nos Açores, então por que raio o PS se mija todo quando se fala no assunto? Será que o Sócrates, esse grande esquerdalho, também tem algo a esconder?
Por outro lado, por que razão o Governo não autoriza o envio para o Parlamento Europeu, que o solicitou, da informação detalhada sobre esses voos e os seus protagonistas? Quando Ana Gomes, essa histérica que devia andar ocupada a ser só feminista e a abolir os soutiens e a depilação, questiona exactamente isso - por que razão o envio dos dados ao PE foi impedido à última da hora pelo ministro Luis Amado - este limita-se a ser deselegante e a acusar a coleguinha do PS de "não ter sentido de Estado" e de querer fazer "chicana política", o que quer que isto seja. Por que raio não se limita a responder à pergunta, sem vir com mais retórica de merda?
Quem não deve não teme, creio eu.
Só uns rabetas como estes ministros me conseguiriam levar a dar razão a Ana Gomes...
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
domingo, 7 de janeiro de 2007
Paragem cerebral
O futebol português é como a pesca da sardinha. Há um período de defeso, quando a malta vai de férias no Verão, mas depois há defesos extraordinários, para mamar filhoses e ir aos saldos, no período natalício que engloba Dezembro e Janeiro.
Isto resulta de uma fantástica medida, apadrinhada pelo fabuloso Gilberto Madaíl e de forma não oficial pelo novo leitãozinho presidente da Liga, que é a redução do número de clubes na Superliga, ou Primeira Liga, enfim, a primeira divisão, que era assim que se dizia nas colecções de cromos.
Ora vamos por partes.
Em primeiro lugar, gostava que alguém me provasse que esta redução aumenta a "competitividade" do nosso campeonato. Por que carga de água isto é mais animado com 16 equipas do que com 18? Será que o colosso Beira-Mar é melhor do que o irritante Guimarães? Por que razão andámos então a construir estádios de milhões para clubes regionais e menos que isso, para depois reduzirmos as suas hipóteses de jogarem no escalão principal?
Depois, em termos económicos, que sentido faz isto? Menos dois jogos por ano, menos duas equipas que têm hipótese de, pelo menos três vezes por ano, fazerem uma receita que lhes encha os cofres e ajude a pagar os salários. Mais regiões do país que não beneficiam do dinheiro trazido pela bola, nomeadamente o comércio local (excepto quando é visita do Porto, porque os Super Dragões gamam e não pagam nada). Mais tempo de paragem, em que os fanáticos como eu percebem que é possível viver sem futebol.
Nada disto tem grande lógica.
A minha teoria é simples.
Os Madailes e Loureiros (hum....será coincidência?) perceberam que isto estava uma merda, o povo andava a chatear com apitos dourados e azulados, então "bora lá fazer uma cena qualquer, de preferência sem qualquer utilidade, para fingir que estamos empenhados em mudar o estado das coisas, carago!".
E prontes. Deu a merda que se vê.
O Xôr Loureiro III (depois de valentim e do gajo dos Ban), que sabia de tudo e até aplaudia, faz agora cara de preocupado com a paragem prolongada do campeonato, e até já tem uma medida, vejam lá a eficiência do tipo!!!
Quer criar a Taça da Liga, uma merda que não tem qualquer tradição no nosso país, não servindo para nada senão de remendo de calendário depois da merda feita.
Provavelmente agora vai apressar-se a avançar com a ideia, agora que o FCP foi corrido da Taça a sério.
PS - hihihihiahaiahiahiahiiehehahiaiaiaiaiahaihaiha.......com o Atlético...........ihihiiahahahehehehoehaoaoohhoiiiiihahahiaih...e no Dragôun......
Ganda Jesualdo. Eu sabia que podia contar contigo.
O futebol português é como a pesca da sardinha. Há um período de defeso, quando a malta vai de férias no Verão, mas depois há defesos extraordinários, para mamar filhoses e ir aos saldos, no período natalício que engloba Dezembro e Janeiro.
Isto resulta de uma fantástica medida, apadrinhada pelo fabuloso Gilberto Madaíl e de forma não oficial pelo novo leitãozinho presidente da Liga, que é a redução do número de clubes na Superliga, ou Primeira Liga, enfim, a primeira divisão, que era assim que se dizia nas colecções de cromos.
Ora vamos por partes.
Em primeiro lugar, gostava que alguém me provasse que esta redução aumenta a "competitividade" do nosso campeonato. Por que carga de água isto é mais animado com 16 equipas do que com 18? Será que o colosso Beira-Mar é melhor do que o irritante Guimarães? Por que razão andámos então a construir estádios de milhões para clubes regionais e menos que isso, para depois reduzirmos as suas hipóteses de jogarem no escalão principal?
Depois, em termos económicos, que sentido faz isto? Menos dois jogos por ano, menos duas equipas que têm hipótese de, pelo menos três vezes por ano, fazerem uma receita que lhes encha os cofres e ajude a pagar os salários. Mais regiões do país que não beneficiam do dinheiro trazido pela bola, nomeadamente o comércio local (excepto quando é visita do Porto, porque os Super Dragões gamam e não pagam nada). Mais tempo de paragem, em que os fanáticos como eu percebem que é possível viver sem futebol.
Nada disto tem grande lógica.
A minha teoria é simples.
Os Madailes e Loureiros (hum....será coincidência?) perceberam que isto estava uma merda, o povo andava a chatear com apitos dourados e azulados, então "bora lá fazer uma cena qualquer, de preferência sem qualquer utilidade, para fingir que estamos empenhados em mudar o estado das coisas, carago!".
E prontes. Deu a merda que se vê.
O Xôr Loureiro III (depois de valentim e do gajo dos Ban), que sabia de tudo e até aplaudia, faz agora cara de preocupado com a paragem prolongada do campeonato, e até já tem uma medida, vejam lá a eficiência do tipo!!!
Quer criar a Taça da Liga, uma merda que não tem qualquer tradição no nosso país, não servindo para nada senão de remendo de calendário depois da merda feita.
Provavelmente agora vai apressar-se a avançar com a ideia, agora que o FCP foi corrido da Taça a sério.
PS - hihihihiahaiahiahiahiiehehahiaiaiaiaiahaihaiha.......com o Atlético...........ihihiiahahahehehehoehaoaoohhoiiiiihahahiaih...e no Dragôun......
Ganda Jesualdo. Eu sabia que podia contar contigo.
Goodfellas
Gilberto Madaíl concorre sozinho nas próximas eleições para a Federação Portuguesa de Futebol tendo em vista os próximos três anos de mandato.
As coisas são estranhas, ou talvez não. Em primeiro lugar, quando só há uma lista a concurso, seja qual for a eleição, normalmente é sinal de que tudo vai bem, tão bem que ninguém mais acredita que pode conseguir fazer melhor. E o futebol português é o perfeito exemplo disto, não é?...
Depois há a alguns pormenores com a sua lista. Desta constam dois arguidos no processo do Apito Dourado. Felizmente que estão na lista em lugares de pouca importância e sensibilidade, como candidatos a Presidente e Vice-presidente do Conselho de Arbitragem.
Provavelmente é coincidência.
Mas ainda há outras coisas giras. Como vice-presidente da direcção da FPF temos Hermínio Loureiro, presidente da Liga e sportinguista de ar rústico e simpático que, julgam outros ingénuos, quer limpar o futebol português. No entanto, as associações perigosas de Hermínio Loureiro, esse Baltazar Garzon do futebol português, não ficam por aqui. Não é verdade que o senhor colocou na sua lista, "vendida" como a grande varridela de que o desporto nacional precisa, o major Valentim Loureiro como presidente da mesa da assembleia geral?
Eu em relação ao Pai Natal ainda tenho algumas dúvidas, mas em relação a esta maltosa.....
Gilberto Madaíl concorre sozinho nas próximas eleições para a Federação Portuguesa de Futebol tendo em vista os próximos três anos de mandato.
As coisas são estranhas, ou talvez não. Em primeiro lugar, quando só há uma lista a concurso, seja qual for a eleição, normalmente é sinal de que tudo vai bem, tão bem que ninguém mais acredita que pode conseguir fazer melhor. E o futebol português é o perfeito exemplo disto, não é?...
Depois há a alguns pormenores com a sua lista. Desta constam dois arguidos no processo do Apito Dourado. Felizmente que estão na lista em lugares de pouca importância e sensibilidade, como candidatos a Presidente e Vice-presidente do Conselho de Arbitragem.
Provavelmente é coincidência.
Mas ainda há outras coisas giras. Como vice-presidente da direcção da FPF temos Hermínio Loureiro, presidente da Liga e sportinguista de ar rústico e simpático que, julgam outros ingénuos, quer limpar o futebol português. No entanto, as associações perigosas de Hermínio Loureiro, esse Baltazar Garzon do futebol português, não ficam por aqui. Não é verdade que o senhor colocou na sua lista, "vendida" como a grande varridela de que o desporto nacional precisa, o major Valentim Loureiro como presidente da mesa da assembleia geral?
Eu em relação ao Pai Natal ainda tenho algumas dúvidas, mas em relação a esta maltosa.....
sexta-feira, 5 de janeiro de 2007
Bloqueio de Esquerda
Li por aqui que o dirigente bloquista João Teixeira Lopes terá manifestado o seu descontentamento pela adesão de Rui Rio à campanha pelo SIM à IVG.
Percebo-o e estou solidário.
É que não deve ser nada simpático andar anos a defender absurdamente a realização de um referendo (quando se podia resolver com total legitimidade o assunto na AR) e aparecer um qualquer manfio laranja com quem temos que partilhar uma causa, uma bandeirinha e um megafone que, bem lá no fundo, queríamos só para nós.
Assim não vamos lá.
Li por aqui que o dirigente bloquista João Teixeira Lopes terá manifestado o seu descontentamento pela adesão de Rui Rio à campanha pelo SIM à IVG.
Percebo-o e estou solidário.
É que não deve ser nada simpático andar anos a defender absurdamente a realização de um referendo (quando se podia resolver com total legitimidade o assunto na AR) e aparecer um qualquer manfio laranja com quem temos que partilhar uma causa, uma bandeirinha e um megafone que, bem lá no fundo, queríamos só para nós.
Assim não vamos lá.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2007
A fresh start
O cabrão do chinoca que aqui aparece é o Ban Ki Moon, o tipo que sucedeu ao Kofi Anan à frente das Nações Unidas. Este senhor conseguiu a proeza de, no seu primeiro dia de trabalho, fazer merda. O Moon (não confundir com o excelentíssimo e mortíssimo baterista dos The Who) recusou-se a condenar a execução de Saddam Hussein, pelos xiitas e com o apoio dos americanos, isto apesar de a ONU condenar oficialmente a pena de morte e as execuções. O Xôr Moon mostrou saber bem quem lhe paga o ordenado, ao responder que, e passo a citar, "Saddam Hussein foi responsável por crimes e atrocidades hediondas contra o povo iraquiano". Pois foi.
Obrigado por nos lembrares disto, Moon-san.
Os EUA já limpavam o cu à ONU, mas parece que agora já não precisam.
E já agora, fiz uma visitinha cibernáutica ao covil do Bush e deparei-me com as seguintes frases:
"Temos importantes desafios pela frente ao lutar uma batalha de longo prazo não apenas contra os terroristas, mas contra a ideologia que os suporta".
E ainda:
"A nossa estratégia reconhece que a guerra contra o terror é uma guerra de tipo diferente, envolvendo igualmente uma batalha de armas e uma batalha de ideias".
Ou seja, o que é interessa não é apenas matar aqueles que matam pessoas de forma "terrorística", mas também aqueles que se nos opõem, nesta "batalha de ideias".
E ainda há quem se surpreenda com o que se continua a passar no Iraque....
PS - Para efeitos comparativos, aqui vos deixo uma imagem do Keith Moon, um ganda baterista e um ganda maluco.
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
O Cabo das tormentas
Este é um post que só fará sentido para tipos ricos como eu, que têm TV Cabo.
Os senhores da TV Cabo, que são praticamente um monopólio, voltaram a fazer das suas. Acordei esta tarde, com uma ressaca descomunal em cima e, da minha televisão, desapareceu a Sic Comédia. Estava lá a Sic Mulher, o Porto Canal, a TV Record e essas bostas todas, mas o único canal que eu via, desapareceu.
Eu já tinha ouvido falar nisto, mas pensei que seria demasiado estúpido se acontecesse, uma coisa tipo o Porto ser campeão europeu. Mas aconteceu, e não me peçam mais argumentos para suportar a inexistência de Deus.
Segundo a Sic, o canal era rentável e eles estavam dispostos a continuar. Mas a TV Cabo "não está na disposição de continuar a assegurar a sua distribuição". Ou seja, que se vão todos foder.
É apenas mais um gesto despótico desta empresa monopolista e acéfala, que desrespeita os otários como eu que ainda pagam por aquela merda (não, nunca tive uma box desbloqueada, mas é uma ideia cada vez mais atraente). Já me tinha habituado aos gajos, de repente, mudarem completamente a ordem dos canais, meterem as merdas todas nos 20 primeiros e esconder os canais fixes; já me tinha habituado ao facto de eles simplesmente terem desligado a minha box antiga (e legal), e fazerem-me perder um dia inteiro numa loja do Alvaláxia ou lá que é aquela merda, para a trocar; já me tinha habituado aos gajos telefonarem-me a horas incríveis para me tentarem vender canais de filmes e o Sailing Chanel (!!!). Sim, mas agora fiquei lixado.
Adeus Seinfeld. Adeus Thermoman. Adeus Smith & Jones. Adeus Conan.
Olá Floribela. Olá Goucha. Olá Pastor caralho brazuca que saca a guita aos velhos. Olá pastéis de nata (parece que acabou mas o atrasado da boina vai ter outro programa, foda-se).
Eu sei que há a Cabovisão, mas isso só há na província e eles mandam um aileron, um brinco de brilhante e um boné com a instalação, ou coisa assim.
Não sei qual é o objectivo. Se calhar é obrigar a malta a pagar um canal decente de comédia (o que não vai acontecer, meus cabrões). Sei que acabaram com o canal com que eu sonhava quando era puto, deram-mo a cheirar, e agora fode-te.
Salva-se a Sic radical, o family guy e o south park, e pouco mais.
A minha televisão está de luto.
Se calhar vou ter de começar a ler.
Foda-se.
Este é um post que só fará sentido para tipos ricos como eu, que têm TV Cabo.
Os senhores da TV Cabo, que são praticamente um monopólio, voltaram a fazer das suas. Acordei esta tarde, com uma ressaca descomunal em cima e, da minha televisão, desapareceu a Sic Comédia. Estava lá a Sic Mulher, o Porto Canal, a TV Record e essas bostas todas, mas o único canal que eu via, desapareceu.
Eu já tinha ouvido falar nisto, mas pensei que seria demasiado estúpido se acontecesse, uma coisa tipo o Porto ser campeão europeu. Mas aconteceu, e não me peçam mais argumentos para suportar a inexistência de Deus.
Segundo a Sic, o canal era rentável e eles estavam dispostos a continuar. Mas a TV Cabo "não está na disposição de continuar a assegurar a sua distribuição". Ou seja, que se vão todos foder.
É apenas mais um gesto despótico desta empresa monopolista e acéfala, que desrespeita os otários como eu que ainda pagam por aquela merda (não, nunca tive uma box desbloqueada, mas é uma ideia cada vez mais atraente). Já me tinha habituado aos gajos, de repente, mudarem completamente a ordem dos canais, meterem as merdas todas nos 20 primeiros e esconder os canais fixes; já me tinha habituado ao facto de eles simplesmente terem desligado a minha box antiga (e legal), e fazerem-me perder um dia inteiro numa loja do Alvaláxia ou lá que é aquela merda, para a trocar; já me tinha habituado aos gajos telefonarem-me a horas incríveis para me tentarem vender canais de filmes e o Sailing Chanel (!!!). Sim, mas agora fiquei lixado.
Adeus Seinfeld. Adeus Thermoman. Adeus Smith & Jones. Adeus Conan.
Olá Floribela. Olá Goucha. Olá Pastor caralho brazuca que saca a guita aos velhos. Olá pastéis de nata (parece que acabou mas o atrasado da boina vai ter outro programa, foda-se).
Eu sei que há a Cabovisão, mas isso só há na província e eles mandam um aileron, um brinco de brilhante e um boné com a instalação, ou coisa assim.
Não sei qual é o objectivo. Se calhar é obrigar a malta a pagar um canal decente de comédia (o que não vai acontecer, meus cabrões). Sei que acabaram com o canal com que eu sonhava quando era puto, deram-mo a cheirar, e agora fode-te.
Salva-se a Sic radical, o family guy e o south park, e pouco mais.
A minha televisão está de luto.
Se calhar vou ter de começar a ler.
Foda-se.
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