É aproveitar enquanto dura!
Mais um fim de semana em que o Glorioso se mantém na liderança do campeonato.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Custa ganhar a vida
Quero falar-vos de uma senhora, de seu nome Solange F. (aqui devia vir um ponto final, mas devido ao nome estúpido da senhora a coisa fica estranha).
É aquela senhora que era apresentadora do programa execrável Curto Circuito e que, perante a total indiferença do "grande público", decidiu anunciar no Expresso que era lésbica. Quero ainda recordar que a capa da revista do Expresso tinha a frase "Sou lésbica. E então?", mas foi ela quem veio gritar isso na capa de uma revista. "E então" pergunto eu.
Agora, que a coisa começava a esfriar, a dita senhora decidiu despir-se para a FHM. E em boa hora o fez, como se pode ver pela imagem anexa. Em entrevista ao Correio da Manhã, a senhora justifica a sessão fotográfica como uma "luta contra o preconceito". Sim, de facto, é uma enorme luta contra o preconceito uma tipa despir-se para a FHM, com uma cabeleira loira na cabeça. Não só contra o preconceito, também contra os clichés, digo eu.
E que refrescante é alguém se assumir, "corajosamente", homossexual, num meio em que isso é tão raro - a televisão - e, ainda assim, promover algo tão machista (no bom sentido) como posar nua para uma revista.
Solange F. é lésbica. Bom para ela. Na minha rua há uma também, igualmente sem qualquer talento especial, mas não aparece nas revistas nem é bandeira de coisa nenhuma. Talvez seja por ter um cu do tamanho de uma casa.
Enfim, não se perdeu tudo:
PS - ao pesquisar na net o nome da senhora, dei com alguns endereços que, apesar de parecer, não são a gozar, nomeadamente um blog chamado mirandelagay.
Fabuloso.
Quero falar-vos de uma senhora, de seu nome Solange F. (aqui devia vir um ponto final, mas devido ao nome estúpido da senhora a coisa fica estranha).
É aquela senhora que era apresentadora do programa execrável Curto Circuito e que, perante a total indiferença do "grande público", decidiu anunciar no Expresso que era lésbica. Quero ainda recordar que a capa da revista do Expresso tinha a frase "Sou lésbica. E então?", mas foi ela quem veio gritar isso na capa de uma revista. "E então" pergunto eu.
Agora, que a coisa começava a esfriar, a dita senhora decidiu despir-se para a FHM. E em boa hora o fez, como se pode ver pela imagem anexa. Em entrevista ao Correio da Manhã, a senhora justifica a sessão fotográfica como uma "luta contra o preconceito". Sim, de facto, é uma enorme luta contra o preconceito uma tipa despir-se para a FHM, com uma cabeleira loira na cabeça. Não só contra o preconceito, também contra os clichés, digo eu.
E que refrescante é alguém se assumir, "corajosamente", homossexual, num meio em que isso é tão raro - a televisão - e, ainda assim, promover algo tão machista (no bom sentido) como posar nua para uma revista.
Solange F. é lésbica. Bom para ela. Na minha rua há uma também, igualmente sem qualquer talento especial, mas não aparece nas revistas nem é bandeira de coisa nenhuma. Talvez seja por ter um cu do tamanho de uma casa.
Enfim, não se perdeu tudo:
PS - ao pesquisar na net o nome da senhora, dei com alguns endereços que, apesar de parecer, não são a gozar, nomeadamente um blog chamado mirandelagay.
Fabuloso.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Good Lord, He's Back!
E, no final de 2008, Santana Lopes está de volta. Acaba de ser anunciado oficialmente como candidato à CM de Lisboa, naturalmente pelo PSD.
Acontece que toda a cerimónia, feita para a televisão, teve a sofisticação e o toque de génio só vistos em festas de garagem e galas da TVI. Manuela Ferreira Leite, para quem aparentemente a credibilidade é tudo, terá engolido um sapo do tamanho dos Jerónimos, e não esteve presente. Foi o seu pequeno lacaio, Paulo Rangel, quem fez o anúncio, mascarando o evento com a divulgação do nome de mais meia dúzia de candidatos desconhecidos e irrelevantes. Tudo para tentar tirar peso mediático ao anúncio de Santana Lopes, como se não fosse esse o único objectivo da iniciativa. É lixado, quer-se apresentar um gajo mas depois tem-se vergonha do gajo. É a história da vida de Santana Lopes que, qual José Castelo Branco, se vai passeando por este país fora aparentemente convencido de que alguém o está a levar a sério.
2009 será um ano bem divertido.
E, no final de 2008, Santana Lopes está de volta. Acaba de ser anunciado oficialmente como candidato à CM de Lisboa, naturalmente pelo PSD.
Acontece que toda a cerimónia, feita para a televisão, teve a sofisticação e o toque de génio só vistos em festas de garagem e galas da TVI. Manuela Ferreira Leite, para quem aparentemente a credibilidade é tudo, terá engolido um sapo do tamanho dos Jerónimos, e não esteve presente. Foi o seu pequeno lacaio, Paulo Rangel, quem fez o anúncio, mascarando o evento com a divulgação do nome de mais meia dúzia de candidatos desconhecidos e irrelevantes. Tudo para tentar tirar peso mediático ao anúncio de Santana Lopes, como se não fosse esse o único objectivo da iniciativa. É lixado, quer-se apresentar um gajo mas depois tem-se vergonha do gajo. É a história da vida de Santana Lopes que, qual José Castelo Branco, se vai passeando por este país fora aparentemente convencido de que alguém o está a levar a sério.
2009 será um ano bem divertido.
O Bardo de Águeda
Manuel Alegre, o deputado-poeta, anda por aí todo ufano, tonitroante, qual adriano correia de oliveira cantando as faias e as boas novas da esquerda.
Acontece que ele gosta é de fóruns. Fóruns. Fóruns, debates, iniciativas, coisas, pá, cenas, man.
O que ele não gosta é de, efectivamente, fazer alguma coisa.
Depois de se ter entusiasmado no último fórum da esquerda desgarrada, alucinando que ainda estava em 1978 e que ainda não era mais um deputado aburguesado desta desgraçada nação, disse que o seu movimento devia ser uma alternativa de poder. É claro que os jornalistas, esses magarefes, tiraram a conclusão, e fizeram disso títulos, de que Alegre ponderava criar um novo partido.
Mas, enfim, lá veio o poeta hoje pôr os pontos nos i. Afinal, não. Nada disso.
Foi tudo um erro de interpretação.
«Falei de alternativa de poder, não disse que ia fazer um partido, nunca falei em partido. Disse que depois de termos quebrado o tabu de que a esquerda não dialoga, há outro tabu que é preciso quebrar que é o de que a esquerda não quer ser poder», argumentou Manuel Alegre, disparando, em seguida, contra os jornalistas: «Não me queiram forçar para vender jornais, não ponham na minha boca o que eu não disse.»
Pois. Alegre pode não querer vender jornais, mas na verdade não tem nada para vender a não ser ele próprio, algo que ele faz todos os dias há pelo menos quatro anos.
Vi-o há pouco na televisão. Manda vir com o governo, diz que vai por mau rumo. Quer unir as esquerdas, mas o PS obviamente não se quer unir com ninguém, até porque há muito deixou de ser de esquerda. A única vez que foi a votos, lembre-se, foi apenas porque o lugar de candidato oficial do PS lhe tinha sido prometido, e foi depois dado a Soares. Foi apenas o reflexo de um ressabiado. A verdade é que, no momento certo, não age. Não sai do partido, sabendo perfeitamente que o PS só o quer para fazer o papel de "idiota útil". Fala em unir as esquerdas, mas espera que o PC e o BE lhe venham beijar as botas, sendo ele o líder e, ainda assim, deputado e membro do PS.
Mas a vidinha santa de São Bento, essa ninguém lha consegue tirar.
A esquerda começa a dar, finalmente, sinais de vitalidade e de renovação, ainda que nao de juízo. E onde estava Alegre quando as coisas estavam realmente más?
Na verdade, é só bazófia, o que é óbvio em alguém que consegue dizer a absurda frase de "o meu camarada Sócrates".
Alegre não fode nem sai de cima.
Manuel Alegre, o deputado-poeta, anda por aí todo ufano, tonitroante, qual adriano correia de oliveira cantando as faias e as boas novas da esquerda.
Acontece que ele gosta é de fóruns. Fóruns. Fóruns, debates, iniciativas, coisas, pá, cenas, man.
O que ele não gosta é de, efectivamente, fazer alguma coisa.
Depois de se ter entusiasmado no último fórum da esquerda desgarrada, alucinando que ainda estava em 1978 e que ainda não era mais um deputado aburguesado desta desgraçada nação, disse que o seu movimento devia ser uma alternativa de poder. É claro que os jornalistas, esses magarefes, tiraram a conclusão, e fizeram disso títulos, de que Alegre ponderava criar um novo partido.
Mas, enfim, lá veio o poeta hoje pôr os pontos nos i. Afinal, não. Nada disso.
Foi tudo um erro de interpretação.
«Falei de alternativa de poder, não disse que ia fazer um partido, nunca falei em partido. Disse que depois de termos quebrado o tabu de que a esquerda não dialoga, há outro tabu que é preciso quebrar que é o de que a esquerda não quer ser poder», argumentou Manuel Alegre, disparando, em seguida, contra os jornalistas: «Não me queiram forçar para vender jornais, não ponham na minha boca o que eu não disse.»
Pois. Alegre pode não querer vender jornais, mas na verdade não tem nada para vender a não ser ele próprio, algo que ele faz todos os dias há pelo menos quatro anos.
Vi-o há pouco na televisão. Manda vir com o governo, diz que vai por mau rumo. Quer unir as esquerdas, mas o PS obviamente não se quer unir com ninguém, até porque há muito deixou de ser de esquerda. A única vez que foi a votos, lembre-se, foi apenas porque o lugar de candidato oficial do PS lhe tinha sido prometido, e foi depois dado a Soares. Foi apenas o reflexo de um ressabiado. A verdade é que, no momento certo, não age. Não sai do partido, sabendo perfeitamente que o PS só o quer para fazer o papel de "idiota útil". Fala em unir as esquerdas, mas espera que o PC e o BE lhe venham beijar as botas, sendo ele o líder e, ainda assim, deputado e membro do PS.
Mas a vidinha santa de São Bento, essa ninguém lha consegue tirar.
A esquerda começa a dar, finalmente, sinais de vitalidade e de renovação, ainda que nao de juízo. E onde estava Alegre quando as coisas estavam realmente más?
Na verdade, é só bazófia, o que é óbvio em alguém que consegue dizer a absurda frase de "o meu camarada Sócrates".
Alegre não fode nem sai de cima.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Vergonha nacional
Agora que começaram as alegações finais do processo Casa Pia, há coisas que me estão a fazer confusão.
Em primeiro lugar, o tribunal continua a ignorar olimpicamente vários assuntos "laterais" que, perdidos na voragem da comunicação social acéfala, vão caindo no esquecimento.
Em primeiro lugar, ninguém pede indemnização nem ao Estado nem à Casa Pia. Dois dos alegados abusadores eram funcionários da instituição. Mesmo que não fossem, o Estado tem a obrigação legal e moral de cuidar daqueles que, desprotegidos e fustigados pelas incidências da vida, ficaram à guarda da Casa Pia. O Estado falhou em toda a linha. A própria Catalina Pestana, que aparece agora como protectora dos coitadinhos, já tinha funções de responsabilidade na instituição quando havia abusos, alguns dos quais estão agora em julgamento. E a sua responsabilidade? E a responsabilidade do Estado, que devia proteger quem mais precisava, sobretudo numa instituição em que há muito corriam as informações sobre o que se passava?
Talvez haja uma explicação para o facto de as vítimas não pedirem indemnização ao Estado. Sabem que é o advogado das vítimas? O mesmo advogado da Casa Pia. A própria instituição pede indemnização aos arguidos devido aos efeitos nefastos que estes tiveram sobre o bom nome da instituição! Quanto à sua própria responsanbilidade, ao seu extremo desrespeito pelos seus mais elementares deveres, nem uma palavra.
Pois.
Mas há mais.
Há pessoas - todos sabemos quem são - que não chegaram a ser acusadas com base em tecnicalidades que ninguém percebeu, apesar de terem sido claramente identificadas. Toda a gente sabe o que aconteceu. E ninguém faz nada.
Toda a gente sabe - ouviram-se escutas em julgamento - que Paulo Pedroso foi avisado de que ia ser constituído arguido. Que falou com Ferro Rodrigues, que falou com António Costa, que falou com Jorge Sampaio, que falou com o então procurador Souto Moura para ver como limitar os danos. Que a informação chegou ao PS através de Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado - a campeã anti-corrupção - que soube da notícia no leito conjugal. Este nojento tráfico de influências foi exposto, através de escutas, em julgamento, e ninguém faz nada. A lei manda que se abrisse um processo autónomo, mas nada foi feito. Estranho? Não sejamos ingénuos.
E assim vamos no campeonato do Totobola, apostamos se os arguidos vão ser condenados ou absolvidos, quando nada disso é o que realmente importa.
Este processo mostra até que ponto o país, o Estado e os partidos estão podres, e "no pasa nada".
É a vergonha nacional.
Agora que começaram as alegações finais do processo Casa Pia, há coisas que me estão a fazer confusão.
Em primeiro lugar, o tribunal continua a ignorar olimpicamente vários assuntos "laterais" que, perdidos na voragem da comunicação social acéfala, vão caindo no esquecimento.
Em primeiro lugar, ninguém pede indemnização nem ao Estado nem à Casa Pia. Dois dos alegados abusadores eram funcionários da instituição. Mesmo que não fossem, o Estado tem a obrigação legal e moral de cuidar daqueles que, desprotegidos e fustigados pelas incidências da vida, ficaram à guarda da Casa Pia. O Estado falhou em toda a linha. A própria Catalina Pestana, que aparece agora como protectora dos coitadinhos, já tinha funções de responsabilidade na instituição quando havia abusos, alguns dos quais estão agora em julgamento. E a sua responsabilidade? E a responsabilidade do Estado, que devia proteger quem mais precisava, sobretudo numa instituição em que há muito corriam as informações sobre o que se passava?
Talvez haja uma explicação para o facto de as vítimas não pedirem indemnização ao Estado. Sabem que é o advogado das vítimas? O mesmo advogado da Casa Pia. A própria instituição pede indemnização aos arguidos devido aos efeitos nefastos que estes tiveram sobre o bom nome da instituição! Quanto à sua própria responsanbilidade, ao seu extremo desrespeito pelos seus mais elementares deveres, nem uma palavra.
Pois.
Mas há mais.
Há pessoas - todos sabemos quem são - que não chegaram a ser acusadas com base em tecnicalidades que ninguém percebeu, apesar de terem sido claramente identificadas. Toda a gente sabe o que aconteceu. E ninguém faz nada.
Toda a gente sabe - ouviram-se escutas em julgamento - que Paulo Pedroso foi avisado de que ia ser constituído arguido. Que falou com Ferro Rodrigues, que falou com António Costa, que falou com Jorge Sampaio, que falou com o então procurador Souto Moura para ver como limitar os danos. Que a informação chegou ao PS através de Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado - a campeã anti-corrupção - que soube da notícia no leito conjugal. Este nojento tráfico de influências foi exposto, através de escutas, em julgamento, e ninguém faz nada. A lei manda que se abrisse um processo autónomo, mas nada foi feito. Estranho? Não sejamos ingénuos.
E assim vamos no campeonato do Totobola, apostamos se os arguidos vão ser condenados ou absolvidos, quando nada disso é o que realmente importa.
Este processo mostra até que ponto o país, o Estado e os partidos estão podres, e "no pasa nada".
É a vergonha nacional.
República das bananas
Nesta quinta-feira, deu-se na Madeira - aquele calhau no meio do mar - uma cena espectacular a fazer lembrar os vídeos do parlamento de Taiwan com os deputados à porrada. Desta feita, infelizmente não houve molho a sério, mas só não houve isso. Com Alberto João Jardim presente no parlamento, houve insultos de parte a parte, a um nível só igualado pela última série dos Mini-Malucos do Riso.
Alberto João perdeu a paciência, e fez uma ameaça que, aposto, nos vai deixar a todos sem dormir nas próximas 23 semanas:
"Ou respeitam o povo madeirense ou a república vai sofrer as consequências!", foi a sua frase.
Vais fazer o quê? Cortar o fornecimento de bananas?
Nesta quinta-feira, deu-se na Madeira - aquele calhau no meio do mar - uma cena espectacular a fazer lembrar os vídeos do parlamento de Taiwan com os deputados à porrada. Desta feita, infelizmente não houve molho a sério, mas só não houve isso. Com Alberto João Jardim presente no parlamento, houve insultos de parte a parte, a um nível só igualado pela última série dos Mini-Malucos do Riso.
Alberto João perdeu a paciência, e fez uma ameaça que, aposto, nos vai deixar a todos sem dormir nas próximas 23 semanas:
"Ou respeitam o povo madeirense ou a república vai sofrer as consequências!", foi a sua frase.
Vais fazer o quê? Cortar o fornecimento de bananas?
O regabofe
Muita tinta correu acerca das faltas dos deputados na sexta-feira passada. Basicamente, não estava lá ninguém.
Percebe-se. Era feriado segunda-feira, e com uma baldazita na sexta, aí tínhamos um belo fim de semana de quatro dias. Que português não percebe isto, hã, meus amigos? Vá, sejamos justos. Eu percebo. Eu também gostava. Pois, mas não posso.
A balda de sexta-feira é uma tradição portuguesa tão nobre como as touradas e o passeio dos tristes a Sintra, ao domingo.
E agora, depois da bronca, veio a solução para o problema. Afinal, era bem simples. Guilherme Silva, mais um excelente deputado do PSD, teve a ideia genial, um verdadeiro ovo de Colombo: acabem-se com os plenários à sexta-feira. Pronto, fazem os plenários de segunda a quinta, vá lá, e sexta ficam livres para fazer...aaaa...como é que se chama a desculpa deles?....ah, já sei, "trabalho político-partidário".
Espectáculo.
Isso é como acabar com as operações Stop na estrada porque a malta bebe uns copos e vai conduzir. Pronto, acaba-se com as operações Stop e já ninguém fala mais nisso.
Eu percebo os nossos deputados. A sério.
Só me custa é trabalhar doze horas por dia, muitas vezes seis dias por semana, para lhes pagar o ordenado. Isso é que me custa um bocadinho.
Muita tinta correu acerca das faltas dos deputados na sexta-feira passada. Basicamente, não estava lá ninguém.
Percebe-se. Era feriado segunda-feira, e com uma baldazita na sexta, aí tínhamos um belo fim de semana de quatro dias. Que português não percebe isto, hã, meus amigos? Vá, sejamos justos. Eu percebo. Eu também gostava. Pois, mas não posso.
A balda de sexta-feira é uma tradição portuguesa tão nobre como as touradas e o passeio dos tristes a Sintra, ao domingo.
E agora, depois da bronca, veio a solução para o problema. Afinal, era bem simples. Guilherme Silva, mais um excelente deputado do PSD, teve a ideia genial, um verdadeiro ovo de Colombo: acabem-se com os plenários à sexta-feira. Pronto, fazem os plenários de segunda a quinta, vá lá, e sexta ficam livres para fazer...aaaa...como é que se chama a desculpa deles?....ah, já sei, "trabalho político-partidário".
Espectáculo.
Isso é como acabar com as operações Stop na estrada porque a malta bebe uns copos e vai conduzir. Pronto, acaba-se com as operações Stop e já ninguém fala mais nisso.
Eu percebo os nossos deputados. A sério.
Só me custa é trabalhar doze horas por dia, muitas vezes seis dias por semana, para lhes pagar o ordenado. Isso é que me custa um bocadinho.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Há petróleo no Beato?
E, de repente, é só guita. Falo do nosso Estado, é claro. São 4 mil milhões de euros para reforçar o capital dos bancos, são 20 mil milhões de garantia para os mesmos bancos poderem emitir dívida, são 900 milhões para o sector automóvel, é TGV's e tudo o mais.
Partilho do asco de muito boa gente acerca do salvamento dos bancos em dificuldades. Por uma questão ideológica, e pelo preconceito de classe que, felizmente, ainda me acompanha, custa-me muito aceitar naturalmente que o nosso dinheiro seja utilizado para salvar instituições cujos gestores - muitos com ligações perigosas ao poder político - enterraram com práticas fraudulentas ou apenas de má gestão. Custa-me ver isso e saber que, por este país fora, estão a fechar centenas de pequenas e médias empresas sufocadas pela concorrência externa, e a quem o Estado não dá a mão, porque aí deve funcionar o mercado, o sacrossanto mercado do socialismo de pacotilha do modernaço Sócrates.
Custa-me, é verdade, mas entendo-o.
Os bancos são o coração de qualquer economia, e ainda mais da nossa. O mundo vive a crédito. Não são apenas os plasmas gigantes e as playstations e o carro novo de que, de facto, não precisamos. Ao nível das empresas, tudo funciona a crédito: qualquer novo investimento, qualquer reforço relevante de pessoal, qualquer plano de expansão para novos mercados. Até as simples actividades correntes se socorrem, muitas vezes, do crédito, em momentos de maior aperto. Bancos na falência significa quebra de confiança no sistema, significa buracos financeiros para os outros bancos (todos emprestam dinheiro entre si), significa, sobretudo, um congelamento ainda mais intenso da concessão de crédito. E se, ao nível individual, um pouco mais de dificuldade no acesso ao crédito não é mau, já ao nível das empresas poderia ter resultados graves, ao nível do desemprego.
É por tudo isto que, se ideologicamente a ideia me repugna, consigo aceitar que o Estado ajude alguns bancos.
Mas a minha questão não é essa.
Nós levámos com uma crise internacional em cima. O Sócrates está a tentar convencer-nos que a culpa é desse fenómeno, mas a verdade é que Portugal já estava bem enterrado na merda antes do furacão financeiro e do 'subprime'. Há um ano e meio atrás, com altos preços dos combustíveis, perda generalizada do poder de compra e o desemprego a subir, o discurso era, ainda, o da cartilha do défice. Não se podia esbanjar, não se podia gastar, porque o país tinha um problema grave de contas públicas. Acontece que, hoje, as contas públicas estão piores do que estavam há um ano, e de repente há dinheiro para tudo. O facto de termos um ano eleitoral cheio em 2009 não é alheio a isto.
Mas o que eu pergunto é: estamos ou não perante a prova inequívoca de que andámos a ser enganados? De que havia dinheiro, de que havia mecanismos para ajudar o povo em dificuldades, mas que sempre nos foi dito o contrário.
É esta a profunda contradição. Não se pode pedir rigor e seriedade agindo com desonestidade, contando ao povo apenas parte da história, a parte que nos convém.
E, de repente, é só guita. Falo do nosso Estado, é claro. São 4 mil milhões de euros para reforçar o capital dos bancos, são 20 mil milhões de garantia para os mesmos bancos poderem emitir dívida, são 900 milhões para o sector automóvel, é TGV's e tudo o mais.
Partilho do asco de muito boa gente acerca do salvamento dos bancos em dificuldades. Por uma questão ideológica, e pelo preconceito de classe que, felizmente, ainda me acompanha, custa-me muito aceitar naturalmente que o nosso dinheiro seja utilizado para salvar instituições cujos gestores - muitos com ligações perigosas ao poder político - enterraram com práticas fraudulentas ou apenas de má gestão. Custa-me ver isso e saber que, por este país fora, estão a fechar centenas de pequenas e médias empresas sufocadas pela concorrência externa, e a quem o Estado não dá a mão, porque aí deve funcionar o mercado, o sacrossanto mercado do socialismo de pacotilha do modernaço Sócrates.
Custa-me, é verdade, mas entendo-o.
Os bancos são o coração de qualquer economia, e ainda mais da nossa. O mundo vive a crédito. Não são apenas os plasmas gigantes e as playstations e o carro novo de que, de facto, não precisamos. Ao nível das empresas, tudo funciona a crédito: qualquer novo investimento, qualquer reforço relevante de pessoal, qualquer plano de expansão para novos mercados. Até as simples actividades correntes se socorrem, muitas vezes, do crédito, em momentos de maior aperto. Bancos na falência significa quebra de confiança no sistema, significa buracos financeiros para os outros bancos (todos emprestam dinheiro entre si), significa, sobretudo, um congelamento ainda mais intenso da concessão de crédito. E se, ao nível individual, um pouco mais de dificuldade no acesso ao crédito não é mau, já ao nível das empresas poderia ter resultados graves, ao nível do desemprego.
É por tudo isto que, se ideologicamente a ideia me repugna, consigo aceitar que o Estado ajude alguns bancos.
Mas a minha questão não é essa.
Nós levámos com uma crise internacional em cima. O Sócrates está a tentar convencer-nos que a culpa é desse fenómeno, mas a verdade é que Portugal já estava bem enterrado na merda antes do furacão financeiro e do 'subprime'. Há um ano e meio atrás, com altos preços dos combustíveis, perda generalizada do poder de compra e o desemprego a subir, o discurso era, ainda, o da cartilha do défice. Não se podia esbanjar, não se podia gastar, porque o país tinha um problema grave de contas públicas. Acontece que, hoje, as contas públicas estão piores do que estavam há um ano, e de repente há dinheiro para tudo. O facto de termos um ano eleitoral cheio em 2009 não é alheio a isto.
Mas o que eu pergunto é: estamos ou não perante a prova inequívoca de que andámos a ser enganados? De que havia dinheiro, de que havia mecanismos para ajudar o povo em dificuldades, mas que sempre nos foi dito o contrário.
É esta a profunda contradição. Não se pode pedir rigor e seriedade agindo com desonestidade, contando ao povo apenas parte da história, a parte que nos convém.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
É por isto que este país não vai para a frente
Kowalski diz:
não apareceste na festa, foi bacano
Kowalski diz:
tive a meter som com outro gajo, ele era uma ganda nódoa
freud diz:
foda-se estava meio engripado e com uym frio do caralho
freud diz:
mas esteve fixe?
Kowalski diz:
eu tb, mas o viske resolveu
Kowalski diz:
sim
freud diz:
nem sequer fui aos anos do luis, ao chefe nando, vê lá
Kowalski diz:
eh lecas
Kowalski diz:
mas ouve, foi lindo. o outro só metia , a malta a cagar para ele
Kowalski diz:
eu entrava e era o delírio
Kowalski diz:
é sempre bom quando a concorrência é uma
freud diz:
vês
freud diz:
nada como desistir
freud diz:
quando a concorrência exige um esforço em demasia
Kowalski diz:
claro
Kowalski diz:
é da natureza humana
freud diz:
mas há aqueles que se esfalfam até ao fim
Kowalski diz:
otários
freud diz:
eu se fosse atleta de competição, assim que visse que ía peder, desistia
Kowalski diz:
eu no máximo podia ser atleta de média competição
Kowalski diz:
ou baixa competição, mesmo
Kowalski diz:
alta competição é para aqueles freaks que fazem desporto desde os 3 anos
freud diz:
mesmo com gajas, quando vejo a coisa muito difícil, perfiro o descanso
Kowalski diz:
pois
Kowalski diz:
sobretudo no inverno
Kowalski diz:
que custa mais a actividade e é mais difícil avaliar a mercadoria
freud diz:
sim, e depois estar em casa nem é tão mau
Kowalski diz:
ou seja, o esforço pode redundar mais facilmente numa desilusão, escondida no meio das camisolas
freud diz:
andar aí na noite desaustinado à procura de rabos de saia + jaqueta + cachecol + sobretudo + impermeável + + +
freud diz:
nããããã....
Kowalski diz:
too much trouble
freud diz:
imagina, estares a descascar a cena e sai-te o tiro pela culatra, depois de uma noite e,m que pagas copos e mais copos?
Kowalski diz:
não apareceste na festa, foi bacano
Kowalski diz:
tive a meter som com outro gajo, ele era uma ganda nódoa
freud diz:
foda-se estava meio engripado e com uym frio do caralho
freud diz:
mas esteve fixe?
Kowalski diz:
eu tb, mas o viske resolveu
Kowalski diz:
sim
freud diz:
nem sequer fui aos anos do luis, ao chefe nando, vê lá
Kowalski diz:
eh lecas
Kowalski diz:
mas ouve, foi lindo. o outro só metia , a malta a cagar para ele
Kowalski diz:
eu entrava e era o delírio
Kowalski diz:
é sempre bom quando a concorrência é uma
freud diz:
vês
freud diz:
nada como desistir
freud diz:
quando a concorrência exige um esforço em demasia
Kowalski diz:
claro
Kowalski diz:
é da natureza humana
freud diz:
mas há aqueles que se esfalfam até ao fim
Kowalski diz:
otários
freud diz:
eu se fosse atleta de competição, assim que visse que ía peder, desistia
Kowalski diz:
eu no máximo podia ser atleta de média competição
Kowalski diz:
ou baixa competição, mesmo
Kowalski diz:
alta competição é para aqueles freaks que fazem desporto desde os 3 anos
freud diz:
mesmo com gajas, quando vejo a coisa muito difícil, perfiro o descanso
Kowalski diz:
pois
Kowalski diz:
sobretudo no inverno
Kowalski diz:
que custa mais a actividade e é mais difícil avaliar a mercadoria
freud diz:
sim, e depois estar em casa nem é tão mau
Kowalski diz:
ou seja, o esforço pode redundar mais facilmente numa desilusão, escondida no meio das camisolas
freud diz:
andar aí na noite desaustinado à procura de rabos de saia + jaqueta + cachecol + sobretudo + impermeável + + +
freud diz:
nããããã....
Kowalski diz:
too much trouble
freud diz:
imagina, estares a descascar a cena e sai-te o tiro pela culatra, depois de uma noite e,m que pagas copos e mais copos?
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