Confesso que, hoje em dia, praticamente não ouço rádio. Não tenho paciência para playlists formatadas por um quarentão que acha que sabe qual a merda que os adolescentes querem ouvir naquele dia. Salva-se o futebol, que ainda é bem bom de ouvir na rádio (recomendam-me a Renascença, dizem-me que ainda é um verdadeiro relato à moda antiga), e a Radar, com um pouco de Marginal de vez em quando.
Tudo isto para prestar homenagem à mais respeitada voz da rádio, que morreu hoje. António Sérgio, um tipo que, para mim, é sinónimo de integridade, verticalidade e verdadeira paixão pela música. Teve vários programas míticos ao longo de perto de 40 anos de carreira, ajudou a lançar e a editar bandas (como os Xutos) e, apesar de toda a sua autoridade moral, nunca deixou de evoluir, nunca caiu naquela de "no meu tempo é que era bom". Tinha actualmente mais um bom programa na Radar. Aos 59 anos, o coração falhou-lhe.
Merece todo o nosso respeito, numa época em que cada vez temos menos referências.
2 comentários:
Ainda há lá por casa muita cassete com a voz dele.
Gravações da saudosa da XFM.
já há uns tempos que me tinha habituado a ouvi-lo na Radar. Era uma optimo. Em homenagem fica a sintonia fixa numa rádio que ainda consegue ser diferente. thank god!
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