terça-feira, 24 de novembro de 2009

Isto não é um post, é um rabisco electrónico

Acabamos de avisar o mundo que, afinal, a guita não chega, pelo que vamos pedir ao estrangeiro aí mais uns cinco mil milhões de euros, em trocos, se faz favor. O primeiro-ministro é apanhado nas escutas a trocar favores com um amigo vice-presidente de um banco. O Benfica é eliminado da Taça.
E nós estamos a discutir o quê?
Exacto: semântica.

No processo de avaliação de professores, anda a oposição a dizer que há uma suspensão do processo; já o PS insiste em que nada disso, há mas é uma paragem seguida de uma substituição.

Por outro lado, pedimos mais cinco mil milhões ao estrangeiro através de um documento chamado orçamento rectificativo. Rectificativo?! Nada disso, diz o cabeça-de-giz dos Santos. Isto é mas é um grandessíssimo de um orçamento redistributivo. E ai de quem diga o contrário, apesar do conceito agora introduzido nunca ter existido.

Será que esta gente não percebe que, enquanto estão nestas discussões estéreis, o povo que neles votou não percebe minimamente que raio andam eles a fazer? Por outro lado, será que o povo quer saber?
Mais, depois de tudo o que soube nas últimas semanas, se houvesse hoje eleições não iria tudo votar outra vez no Pinócrates?

Pois. De uma estranha maneira, tudo isto encaixa. Não merecemos mais, de facto.

1 comentário:

o homem do estupefacto amarelo disse...

A polémica da avaliação de desempenho dos professores não é só lexical mas também substantiva. Há posições distintas em relação a questões como: (1) o impacto que a avaliação de desempenho deve ter sobre a diferenciação da progressão na carreira; (2) a pertinência das quotas; etc.