Uma das coisas bonitas do futebol é que, em campo, podemos ver praticamente todas as emoções e desejos humanos. Dor, religião, amor, raiva, frustração, perseverança, superstição, paixão.
Mas depois de ver os adeptos do Sporting aplaudirem de pé um jogador que lhes estava apalavrado e que, mais uma vez, foi desviado para o plantel do Porto, fiquei a ver ainda um outro lado do jogo.
Eu sei que o Sporting sofre de um estranho (ou talvez não) complexo de inferioridade em relação ao Benfica. Só isso explica a razão pela qual continua a atacar o seu rival lisboeta - que não ganha nada há bué -, em vez do rival nortenho que, curiosamente, lhe tem papado os campeonatos todos. Devido a esta obsessão com os benfiquistas, o Sporting e os seus presidentes desde Dias da Cunha têm assumido uma postura submissa em relação ao Papa. Este agradece, aposto que até se ri do pequenote que quer muito ser seu amigo, e depois dá-lhe a bela da encavadela por trás.
E agora, ao ver o jovem Ruben Micael - hoje já jogador do FCP - ser aplaudido ao abandonar o relvado lagarto, descobri mais uma característica humana que se reflecte no mundo da bola: o sado-masoquismo.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
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