U2
Nestes dias, milhares de portugueses têm sido tratados como gado para ir a um concerto daqui a seis meses e pagando, no mínimo, 10 contos.
Para estes, deixo-lhes aqui uma palavra: OTÁRIOS!
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005
Fight Diver de fim de semana
A partir de 1 de Março, as vacas suíças estarão proibidas de consumir cannabis, para além do que também vai acontecer com os cidadãos propriamente ditos. Parece que há lá umas pastagens valentes e apareceram vestígios de THC no leitinho de algumas milkas, por isso toca a proibir.
É caso para dizer: meus amigos, deixem jogar o Mantorras!...
A partir de 1 de Março, as vacas suíças estarão proibidas de consumir cannabis, para além do que também vai acontecer com os cidadãos propriamente ditos. Parece que há lá umas pastagens valentes e apareceram vestígios de THC no leitinho de algumas milkas, por isso toca a proibir.
É caso para dizer: meus amigos, deixem jogar o Mantorras!...
Já reparou........
....que o Nuno da Câmara Pereira será deputado na nova legislatura? E que, para além desta besta quadrada, o PSD garantiu mais um lugar aos monárquicos e dois ao Partido da Terra?
Alto preço a pagar por um chavão, para provar que o PPD/PSD fazia parte de uma "plataforma política que abrange a sociedade civil", ao estilo da coligação militar de Bush, que de alargada não tinha nada.
Já se fala, inclusivamente, de que o PPM poderá criar o seu grupo parlamentar, ao estilo d' Os Verdes, o que faria tanto sentido como o Trapatoni ir tirar o Cartão Jovem.
Ganda Santana. Obrigado por tudo e volta sempre.
....que o Nuno da Câmara Pereira será deputado na nova legislatura? E que, para além desta besta quadrada, o PSD garantiu mais um lugar aos monárquicos e dois ao Partido da Terra?
Alto preço a pagar por um chavão, para provar que o PPD/PSD fazia parte de uma "plataforma política que abrange a sociedade civil", ao estilo da coligação militar de Bush, que de alargada não tinha nada.
Já se fala, inclusivamente, de que o PPM poderá criar o seu grupo parlamentar, ao estilo d' Os Verdes, o que faria tanto sentido como o Trapatoni ir tirar o Cartão Jovem.
Ganda Santana. Obrigado por tudo e volta sempre.
Prémio Melão da Semana
Vai para o estratosférico José Mourinho, que levou um banho de bola em Barcelona e voltou a demonstrar o seu grande fair-play, ao acusar (sem grande convicção, diga-se de passagem) o treinador do Barça de pressionar o árbitro.
Depois do episódio com a camisola do Rui Jorge, em que pediu a Pinto da Costa para o deixar sair de Portugal, parece que também a Europa é demasiado mesquinha para o genial português.
Vai para o estratosférico José Mourinho, que levou um banho de bola em Barcelona e voltou a demonstrar o seu grande fair-play, ao acusar (sem grande convicção, diga-se de passagem) o treinador do Barça de pressionar o árbitro.
Depois do episódio com a camisola do Rui Jorge, em que pediu a Pinto da Costa para o deixar sair de Portugal, parece que também a Europa é demasiado mesquinha para o genial português.
O mal habituado
António Vitorino já avisou. O Governo não vai ser feito na comunicação social, e acrescentou: "Habituem-se!".
Começa mal, o Xôr Vitorino. Quanto à sua afirmação, nada de errado, o estranho seria o contrário.
Já o tom arrogante com que o disse e o momento escolhido- a noite da vitória e em pleno festejo da primeira maioria absoluta do PS- são de uma grande falta de oportunidade.
Vitorino faz-me lembrar um daqueles emigras pato-bravo, que vão para o estrangeiro, fazem fortuna e voltam para a terrinha ao volante de um mercedes amarelo a mandar ares de superioridade.
Para quem já foi falado para tudo, e acabou por ser uma figura de bastidores no PS, Vitorino arrisca-se a ser o José Dominguez do PS, "passando ao lado de uma grande carreira".
António Vitorino já avisou. O Governo não vai ser feito na comunicação social, e acrescentou: "Habituem-se!".
Começa mal, o Xôr Vitorino. Quanto à sua afirmação, nada de errado, o estranho seria o contrário.
Já o tom arrogante com que o disse e o momento escolhido- a noite da vitória e em pleno festejo da primeira maioria absoluta do PS- são de uma grande falta de oportunidade.
Vitorino faz-me lembrar um daqueles emigras pato-bravo, que vão para o estrangeiro, fazem fortuna e voltam para a terrinha ao volante de um mercedes amarelo a mandar ares de superioridade.
Para quem já foi falado para tudo, e acabou por ser uma figura de bastidores no PS, Vitorino arrisca-se a ser o José Dominguez do PS, "passando ao lado de uma grande carreira".
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2005
O reforço que faltava
Luis Filipe Menezes, o laranja que nunca ganhará nem à moeda a sul do Mondego, quer ser líder da nação(zinha) laranja.
Ele, o Manuel Cajuda da política portuguesa, que está sempre a meter-se em bicos de pés a ver se alguém se lembra dele para treinar uma equipa grande (a gente até se lembra, só que ele é mesmo uma merda).
Quando ouvi dizer que Luis Filipe Menezes se ia candidatar à liderança do PSD, lembrei-me de muitas coisas.
Lembrei-me da sua já histórica falta de coluna vertebral, lambendo os tomates a qualquer líder à espera de lhe dar a facada nas costas.
Lembrei-me do seu oportunismo básico ao tentar colar-se ao FCP por interesses pessoais.
Enfim, lembrei-me da sua completa falta de carácter, tão grande que até consegue sobressair no meio do laranjal.
E depois lembrei-me da sua bela frase, num dos últimos comícios de Santana, no Porto: "Aqui será o início do Tsunami laranja!".
E aí lembrei-me que um gajo com tamanha falta de gosto e de escrúpulos seria um grande contribuinte para o nosso blog.
Luis, man, o convite tá feito. Aqui é de tsunamis para cima, carago!
Luis Filipe Menezes, o laranja que nunca ganhará nem à moeda a sul do Mondego, quer ser líder da nação(zinha) laranja.
Ele, o Manuel Cajuda da política portuguesa, que está sempre a meter-se em bicos de pés a ver se alguém se lembra dele para treinar uma equipa grande (a gente até se lembra, só que ele é mesmo uma merda).
Quando ouvi dizer que Luis Filipe Menezes se ia candidatar à liderança do PSD, lembrei-me de muitas coisas.
Lembrei-me da sua já histórica falta de coluna vertebral, lambendo os tomates a qualquer líder à espera de lhe dar a facada nas costas.
Lembrei-me do seu oportunismo básico ao tentar colar-se ao FCP por interesses pessoais.
Enfim, lembrei-me da sua completa falta de carácter, tão grande que até consegue sobressair no meio do laranjal.
E depois lembrei-me da sua bela frase, num dos últimos comícios de Santana, no Porto: "Aqui será o início do Tsunami laranja!".
E aí lembrei-me que um gajo com tamanha falta de gosto e de escrúpulos seria um grande contribuinte para o nosso blog.
Luis, man, o convite tá feito. Aqui é de tsunamis para cima, carago!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2005
Long live the king
Hunter S. Thompson, ou como eu gosto de lhe chamar, "o máiór", suicidou-se ontem, na sua casa nas montanhas do Colorado.
Thompson, de 67 anos, matou-se com um tiro na cabeça, pondo um triste fim a uma vida de escrita, drogas, curte, alcool e uma crítica social que não encontra paralelo.
Descobri os seus escritos há uns anos, quando um antigo namorado da minha irmã, na altura preso, me enviou um dos seus livros quando descobriu que eu tinha começado a escrever.
Era uma grande colectânea de cartas, chamada "Proud Highway", e é uma das mais deliciosas coisas que já li.
Fiquei agarrado, e fui comprando lá fora os livros que não existem cá dentro, consumindo quase tudo o que consegui encontrar. Descobri então a vida deste homem, jornalista por acidente, escritor e alcoólico por militância, rebelde e genial por natureza.
Foi o inventor do que chamou de "Gonzo Journalism", um estilo muito próprio que colocava o jornalista no lugar central, como protagonista, cagando de alto para a pseudo-objectividade desse ofício.
As suas crónicas sobre a campanha presidencial norte-americana de 72, salpicadas pelas suas ressacas e por inúmeros esquemas para arranjar as drogas mais estranhas, são um marco na história da cobertura política por jornalistas.
Sempre foi um marado, "bigger than life", e agora matou-se.
Hoje beberei um copo por ele.
Recomendo qualquer livro dele, mas especialmente "Proud Highway: the fear and loathing letters vol.1" e "Fear and Loathing in Las Vegas", disponível em Portugal.
Long live the gonzo king.
Hunter S. Thompson, ou como eu gosto de lhe chamar, "o máiór", suicidou-se ontem, na sua casa nas montanhas do Colorado.
Thompson, de 67 anos, matou-se com um tiro na cabeça, pondo um triste fim a uma vida de escrita, drogas, curte, alcool e uma crítica social que não encontra paralelo.
Descobri os seus escritos há uns anos, quando um antigo namorado da minha irmã, na altura preso, me enviou um dos seus livros quando descobriu que eu tinha começado a escrever.
Era uma grande colectânea de cartas, chamada "Proud Highway", e é uma das mais deliciosas coisas que já li.
Fiquei agarrado, e fui comprando lá fora os livros que não existem cá dentro, consumindo quase tudo o que consegui encontrar. Descobri então a vida deste homem, jornalista por acidente, escritor e alcoólico por militância, rebelde e genial por natureza.
Foi o inventor do que chamou de "Gonzo Journalism", um estilo muito próprio que colocava o jornalista no lugar central, como protagonista, cagando de alto para a pseudo-objectividade desse ofício.
As suas crónicas sobre a campanha presidencial norte-americana de 72, salpicadas pelas suas ressacas e por inúmeros esquemas para arranjar as drogas mais estranhas, são um marco na história da cobertura política por jornalistas.
Sempre foi um marado, "bigger than life", e agora matou-se.
Hoje beberei um copo por ele.
Recomendo qualquer livro dele, mas especialmente "Proud Highway: the fear and loathing letters vol.1" e "Fear and Loathing in Las Vegas", disponível em Portugal.
Long live the gonzo king.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005
Absolut
PS – Vencedor sem esforço. Sem programa. Sem brilho. Com muitos, muitos votos. Sem uma menção à palavra esquerda nos vários discursos do líder triunfante.
Sentimento dominante: “Consegui”
Dúvida pungente: E agora?
Desafio emergente: Formar governo. Começar a revelar uma ou outra medida... Era capaz de não ser má ideia.
PSD – Santana Lopes é, sem dúvida, um lutador, mas correu rodeado de realidade. A sua. Só podia perder.
Sentimento dominante: Cagandatareia!
Dúvida pungente: O Prof. Cavaco avança ou não avança?
Desafio emergente: Varrer o Santana.
CDU- Jerónimo de Sousa transformou em votos dez dias de boa imprensa. Tem grande mérito pessoal. Pena que (grande parte d)essa boa imprensa insistisse exclusivamente na humanidade e autenticidade do candidato, desvalorizando o mérito e a consistência do programa eleitoral.
Sentimento dominante: Estamos satisfeitos, mas o governo do PS que não durma.
Dúvida pungente: Há quantos anos não crescíamos?
Desafio emergente: Manter o élan do Jerónimo e evidenciar a qualidade dos novos deputados.
BE – Pula de três para oito deputados (e só por azar não consegue mais dois ou três) e concretiza o seu grande objectivo: o aumento significativo de mandatos. Indo contra muitas sondagens, mantém-se como quinta força, mas é a aquela que mais cresce em termos relativos.
Sentimento dominante: Somos bons.
Dúvida pungente: Será sempre a subir?
Desafio emergente: Manter, agora com mais peso institucional, o registo anti-sistema.
CDS – Adivinhava-se a queda. Mais um guerreiro derrotado pela realidade, agora e a cores. Portas deu muito ao partido, pouco ao país. Acaba engolido na esquizofrenia do Ministro Portas e do Paulinho das Feiras.
Sentimento dominante: Onde é que estávamos com a cabeça para andar a pedir 10%?
Dúvida pungente: Em que corpo renascerá Paulo Portas?
Desafio emergente: Arranjar um novo (ou uma nova) líder.
PS – Vencedor sem esforço. Sem programa. Sem brilho. Com muitos, muitos votos. Sem uma menção à palavra esquerda nos vários discursos do líder triunfante.
Sentimento dominante: “Consegui”
Dúvida pungente: E agora?
Desafio emergente: Formar governo. Começar a revelar uma ou outra medida... Era capaz de não ser má ideia.
PSD – Santana Lopes é, sem dúvida, um lutador, mas correu rodeado de realidade. A sua. Só podia perder.
Sentimento dominante: Cagandatareia!
Dúvida pungente: O Prof. Cavaco avança ou não avança?
Desafio emergente: Varrer o Santana.
CDU- Jerónimo de Sousa transformou em votos dez dias de boa imprensa. Tem grande mérito pessoal. Pena que (grande parte d)essa boa imprensa insistisse exclusivamente na humanidade e autenticidade do candidato, desvalorizando o mérito e a consistência do programa eleitoral.
Sentimento dominante: Estamos satisfeitos, mas o governo do PS que não durma.
Dúvida pungente: Há quantos anos não crescíamos?
Desafio emergente: Manter o élan do Jerónimo e evidenciar a qualidade dos novos deputados.
BE – Pula de três para oito deputados (e só por azar não consegue mais dois ou três) e concretiza o seu grande objectivo: o aumento significativo de mandatos. Indo contra muitas sondagens, mantém-se como quinta força, mas é a aquela que mais cresce em termos relativos.
Sentimento dominante: Somos bons.
Dúvida pungente: Será sempre a subir?
Desafio emergente: Manter, agora com mais peso institucional, o registo anti-sistema.
CDS – Adivinhava-se a queda. Mais um guerreiro derrotado pela realidade, agora e a cores. Portas deu muito ao partido, pouco ao país. Acaba engolido na esquizofrenia do Ministro Portas e do Paulinho das Feiras.
Sentimento dominante: Onde é que estávamos com a cabeça para andar a pedir 10%?
Dúvida pungente: Em que corpo renascerá Paulo Portas?
Desafio emergente: Arranjar um novo (ou uma nova) líder.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005
Eleições
No Domingo, vou votar, como habitualmente.
Devo confessar que ainda não sei em quem, não por cinismo de achar que não serve de nada e todos eles são maus, apenas porque não sei, de entre dois partidos, aquele que merece mais o meu voto.
Mas isso não é, agora, o mais importante.
O importante é que vai ser feita alguma justiça, às mãos dos votantes.
Justiça porque esta direita vai ser finalmente despejada do poleiro, mais ainda do que pela vitória do PS, que nada de relevante, por si só, mudará.
É importante que o país dê este sinal, de que está farto. A esquerda irá subir, o que muito me agrada, embora considere que não se pode falar de uma viragem do país à esquerda. Viragens destas já vi muitas, e em larga medida não querem dizer nada a não ser o desejo de penalizar quem lá está.
Mas, ainda assim, é de extrema importância a derrota da direita.
Desta direita puritana e mesquinha, que se mascara de popular para enganar o povo com gravatas pretas e lágrimas de crocodilo, tratando o povo como idiotas, como sempre fizeram.
O povo é burro? Sim, em boa parte. Mas a postura do poder deveria ser de tentar alterar isso, e não apenas tentar tirar partido desse facto, como os três partidos do eixo do poder estão a fazer.
É preciso correr com esta direita. A sua derrota será a derrota da estratégia de terra queimada, do marketing barato, do boato, da manipulação, do choradinho do menino guerreiro e da virgem santíssima.
Não quero o meu país governado por santanetes, advogados e gestores. Não quero o meu país governado pelos 10 por cento mais ricos, que fingem, em campanha, compreender e amar o povo, mas que têm como único objectivo a manutenção dos seus sujos privilégios.
Quero um governo de pessoas que trabalham, que sabem o que é a vida. Que sabem das dificuldades em criar uma família, pagar as contas, estudar à noite e aproveitar as promoções da TAP para viajar ao estrangeiro. Quero um governo de gajos que não têm barcos e não fazem propaganda de serem, ou não, católicos.
Quero um governo de pessoas, comuns como nós, e não de tecnocratas impotentes com filhos betos, que estão nas jotas para serem iguais aos papás, continuando o roubo das últimas décadas.
Quero um governo que saiba falar de felicidade, e não apenas de défice, que saiba falar de alegria, e não apenas de sacrifício, que saiba falar de ganas de viver, e não apenas da sobrevivência de tachos e privilégios.
Chega de betos, tias, santanetes, advogadozinhos a lamber os beiços. Isso não é Portugal, é apenas o cancro que anda a comer Portugal.
Espero que se confirme o cenário que previ: a vitória do PS SEM maioria absoluta, e a subida de Bloco e CDU; que o PPD/PSD (filhos da puta!) tenha 30 por cento no máximo e que o PP não seja a terceira força política; e, se ainda houver brindes, gostava de ver o Garcia Pereira na assembleia e o Manuel Monteiro a cantar no metro.
Boas eleições, caros atónitos.
No Domingo, vou votar, como habitualmente.
Devo confessar que ainda não sei em quem, não por cinismo de achar que não serve de nada e todos eles são maus, apenas porque não sei, de entre dois partidos, aquele que merece mais o meu voto.
Mas isso não é, agora, o mais importante.
O importante é que vai ser feita alguma justiça, às mãos dos votantes.
Justiça porque esta direita vai ser finalmente despejada do poleiro, mais ainda do que pela vitória do PS, que nada de relevante, por si só, mudará.
É importante que o país dê este sinal, de que está farto. A esquerda irá subir, o que muito me agrada, embora considere que não se pode falar de uma viragem do país à esquerda. Viragens destas já vi muitas, e em larga medida não querem dizer nada a não ser o desejo de penalizar quem lá está.
Mas, ainda assim, é de extrema importância a derrota da direita.
Desta direita puritana e mesquinha, que se mascara de popular para enganar o povo com gravatas pretas e lágrimas de crocodilo, tratando o povo como idiotas, como sempre fizeram.
O povo é burro? Sim, em boa parte. Mas a postura do poder deveria ser de tentar alterar isso, e não apenas tentar tirar partido desse facto, como os três partidos do eixo do poder estão a fazer.
É preciso correr com esta direita. A sua derrota será a derrota da estratégia de terra queimada, do marketing barato, do boato, da manipulação, do choradinho do menino guerreiro e da virgem santíssima.
Não quero o meu país governado por santanetes, advogados e gestores. Não quero o meu país governado pelos 10 por cento mais ricos, que fingem, em campanha, compreender e amar o povo, mas que têm como único objectivo a manutenção dos seus sujos privilégios.
Quero um governo de pessoas que trabalham, que sabem o que é a vida. Que sabem das dificuldades em criar uma família, pagar as contas, estudar à noite e aproveitar as promoções da TAP para viajar ao estrangeiro. Quero um governo de gajos que não têm barcos e não fazem propaganda de serem, ou não, católicos.
Quero um governo de pessoas, comuns como nós, e não de tecnocratas impotentes com filhos betos, que estão nas jotas para serem iguais aos papás, continuando o roubo das últimas décadas.
Quero um governo que saiba falar de felicidade, e não apenas de défice, que saiba falar de alegria, e não apenas de sacrifício, que saiba falar de ganas de viver, e não apenas da sobrevivência de tachos e privilégios.
Chega de betos, tias, santanetes, advogadozinhos a lamber os beiços. Isso não é Portugal, é apenas o cancro que anda a comer Portugal.
Espero que se confirme o cenário que previ: a vitória do PS SEM maioria absoluta, e a subida de Bloco e CDU; que o PPD/PSD (filhos da puta!) tenha 30 por cento no máximo e que o PP não seja a terceira força política; e, se ainda houver brindes, gostava de ver o Garcia Pereira na assembleia e o Manuel Monteiro a cantar no metro.
Boas eleições, caros atónitos.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005
There´s a Starman
Assisti, hoje, às oito da manhã, na RTP, a uma reportagem sobre o desemprego no nosso país.
Enquanto eram apresentados os tristes números, passavam aquelas imagens recorrentes de transeuntes a circular pelas ruas de Lisboa com um ar meio activo, meio melancólico. Portugueses.
Entre estes, uma cara conhecida: a do Xôr Raviolli Ninja.
Vais longe, Miúdo!
Assisti, hoje, às oito da manhã, na RTP, a uma reportagem sobre o desemprego no nosso país.
Enquanto eram apresentados os tristes números, passavam aquelas imagens recorrentes de transeuntes a circular pelas ruas de Lisboa com um ar meio activo, meio melancólico. Portugueses.
Entre estes, uma cara conhecida: a do Xôr Raviolli Ninja.
Vais longe, Miúdo!
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Mete nojo!
Mesmo que não tivesse razões de sobra para não votar Santana, depois de ter visto ontem a figurinha a aparecer no debate com gravata preta já é razão suficiente.
Para mim demonstra como o Sr. Lopes faz tudo para ganhar votos mais uns votos.
Epá, é que nem a Maria Beata do Portas se lembrou de tal coisa.
Mesmo que não tivesse razões de sobra para não votar Santana, depois de ter visto ontem a figurinha a aparecer no debate com gravata preta já é razão suficiente.
Para mim demonstra como o Sr. Lopes faz tudo para ganhar votos mais uns votos.
Epá, é que nem a Maria Beata do Portas se lembrou de tal coisa.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
A Saga de Sacana Lopes XV (?)
Sacana Lopes, o bébé que tarda em crescer, escreveu uma missiva aos portugueses abstencionistas. Como ele sabe quem são esses eleitores é um mistério, e não nos atrevemos sequer a especular nesse domínio.
Sacana pede aos portugueses que vão votar, de forma a que se possa "fazer frente aos poderosos".
Diz ele que "Portugal precisa do seu voto de justiça" e acrescenta que, se os malandros dos abstencionistas não lerem a carta, farão "o mesmo que o Presidente da República fez a Portugal, ao interromper um conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses".
Sacana compreende os portugueses. Diz ele que "você não costuma votar, e não é por acaso".
O bébé queixa-se de"alguns poderosos a quem interessa que fique tudo na mesma", mas diz que isso não pode ser!
"Provavelmente nós temos algo em comum: não nos damos bem com este sistema", diz o Sacana, que até compreende o povo perseguido.
"Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum político em Portugal que eles tratem tão mal como a mim? Também o tratam mal a si. Já somos vários", diz ele, antes concluir pedindo o voto dos portugueses, "por favor!".
Sem comentários.
Sacana Lopes, o bébé que tarda em crescer, escreveu uma missiva aos portugueses abstencionistas. Como ele sabe quem são esses eleitores é um mistério, e não nos atrevemos sequer a especular nesse domínio.
Sacana pede aos portugueses que vão votar, de forma a que se possa "fazer frente aos poderosos".
Diz ele que "Portugal precisa do seu voto de justiça" e acrescenta que, se os malandros dos abstencionistas não lerem a carta, farão "o mesmo que o Presidente da República fez a Portugal, ao interromper um conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses".
Sacana compreende os portugueses. Diz ele que "você não costuma votar, e não é por acaso".
O bébé queixa-se de"alguns poderosos a quem interessa que fique tudo na mesma", mas diz que isso não pode ser!
"Provavelmente nós temos algo em comum: não nos damos bem com este sistema", diz o Sacana, que até compreende o povo perseguido.
"Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum político em Portugal que eles tratem tão mal como a mim? Também o tratam mal a si. Já somos vários", diz ele, antes concluir pedindo o voto dos portugueses, "por favor!".
Sem comentários.
BE ( não confundir com Boa Educação)
Frei Louçã continua a deixar marcas da sua indelével superioridade moral.
Depois de, em pleno debate televisivo, ter confrontado Paulo Portas com a sua falta de hábitos reprodutivos, voltou hoje à carga, ainda que numa versão claramente mais light (Não amoleças, Francisco!!).
A vítima foi este gajo.
Frei Louçã continua a deixar marcas da sua indelével superioridade moral.
Depois de, em pleno debate televisivo, ter confrontado Paulo Portas com a sua falta de hábitos reprodutivos, voltou hoje à carga, ainda que numa versão claramente mais light (Não amoleças, Francisco!!).
A vítima foi este gajo.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
Ele continua a dar-nos música
Em: www.luisdelgado.net
PS: Com o agradecimento ao sempre atento Karlo Vasco.
Em: www.luisdelgado.net
PS: Com o agradecimento ao sempre atento Karlo Vasco.
Finalmente!
Michael Bolton, esse grande senhor da canção romântica, fará a sua estreia nos palcos portugueses a 10 de Março, no Casino Estoril.
Esperam-se temas deliciosos do seu 22º albúm (verdade!), bem como algumas pérolas perdidas dos BlackJack, banda heavy-metal que o ex-guedelhudo liderou, em início de carreira.
Michael Bolton, esse grande senhor da canção romântica, fará a sua estreia nos palcos portugueses a 10 de Março, no Casino Estoril.
Esperam-se temas deliciosos do seu 22º albúm (verdade!), bem como algumas pérolas perdidas dos BlackJack, banda heavy-metal que o ex-guedelhudo liderou, em início de carreira.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005
Notas soltas sobre a campanha (ou os mais e menos do aterro sanitário)
Muitos menos, apenas dois mais, aviso já, que a gente não está aqui para dizer bem.
Menos 1 - Os jotas. Os irritantes jotas. Todos os jotas são irritantes, mas os mais irritantes de todos são os do PP e os do PSD, com os seus cabelos e vestuária de beto, entrando em comitiva numa fábrica que felizmente cheira a suor. Guardo algumas recordações que qualquer dia me levarão a comprar uma caçadeira: os cânticos futeboleiros da JSD, na sua presença no exterior do estúdio do debate; o seu comportamento na campanha de rua de ontem, em Loulé, Faro e Setúbal, já que de cada vez que pressentiam um início de crítica ao bébé Santana desataram a gritar slogans, para abafar a voz do povo e ficar bem na televisão.
Menos 2 - Paulo Portas mostra que gosta do povo trabalhador ao visitar uma fábrica. Acontece que marcou a visita para quando os trabalhadores já tinham saído. Sempre se evitam chatices.
Menos 3 - A questão Cavaco, com base na pseudo-notícia do Público. Quando mais tempo se perde com estas merdas, menos se discutem os verdadeiros problemas.
Menos 4 - Toda a campanha do PSD. Desde o menino guerreiro à tarde informal de Santana com a imprensa, aos outdoors e aos boatos, passando pelos Falcons e pelo discurso à novela venezuelana. O PSD transformou-se no escarratório da política portuguesa.
Menos 5- O tom cada vez mais moralista de Francisco Louçã.
Menos 6 - A péssima representação de Paulo Portas e do PP, que merecia um "razzie" por falta de talento. Fingem pose de Estado e apelam ao levantamento popular; são parceiros do PSD mas não perdem uma oportunidade para os criticar, dizendo sempre que nunca os apanharão a criticar os laranjas.
Mais 1 - Os tempos de antena do BE. Hilariantes.
Mais 2- Jerónimo de Sousa. Anunciado como o coveiro do PCP, ganha em toda a linha na comparação com os medíocres adversários. Será a boa surpresa destas eleições.
Siga a banda.
Muitos menos, apenas dois mais, aviso já, que a gente não está aqui para dizer bem.
Menos 1 - Os jotas. Os irritantes jotas. Todos os jotas são irritantes, mas os mais irritantes de todos são os do PP e os do PSD, com os seus cabelos e vestuária de beto, entrando em comitiva numa fábrica que felizmente cheira a suor. Guardo algumas recordações que qualquer dia me levarão a comprar uma caçadeira: os cânticos futeboleiros da JSD, na sua presença no exterior do estúdio do debate; o seu comportamento na campanha de rua de ontem, em Loulé, Faro e Setúbal, já que de cada vez que pressentiam um início de crítica ao bébé Santana desataram a gritar slogans, para abafar a voz do povo e ficar bem na televisão.
Menos 2 - Paulo Portas mostra que gosta do povo trabalhador ao visitar uma fábrica. Acontece que marcou a visita para quando os trabalhadores já tinham saído. Sempre se evitam chatices.
Menos 3 - A questão Cavaco, com base na pseudo-notícia do Público. Quando mais tempo se perde com estas merdas, menos se discutem os verdadeiros problemas.
Menos 4 - Toda a campanha do PSD. Desde o menino guerreiro à tarde informal de Santana com a imprensa, aos outdoors e aos boatos, passando pelos Falcons e pelo discurso à novela venezuelana. O PSD transformou-se no escarratório da política portuguesa.
Menos 5- O tom cada vez mais moralista de Francisco Louçã.
Menos 6 - A péssima representação de Paulo Portas e do PP, que merecia um "razzie" por falta de talento. Fingem pose de Estado e apelam ao levantamento popular; são parceiros do PSD mas não perdem uma oportunidade para os criticar, dizendo sempre que nunca os apanharão a criticar os laranjas.
Mais 1 - Os tempos de antena do BE. Hilariantes.
Mais 2- Jerónimo de Sousa. Anunciado como o coveiro do PCP, ganha em toda a linha na comparação com os medíocres adversários. Será a boa surpresa destas eleições.
Siga a banda.
Pública inocência
Leio vários jornais por obrigação, mas o Público é o meu jornal preferido.
Mas desta vez, estampou-se, com a história de Cavaco Silva.
A manchete rezava "Cavaco aposta em maioria absoluta de Sócrates" e agitou dois dias de campanha, em que não se falou de nada de relevante.
Abrindo o jornal, a notícia ocupa nada menos que uma página inteira. Leio, leio, leio, e em nenhum sítio se percebe de onde saiu a informação que possa sustentar o título da manchete. Não só não há fonte, ainda que fosse não identificada ou "pessoa próxima de", como tudo o que se refere ao título é uma especulação pegada.
Diz o Público que Cavaco sempre foi defensor das maiorias absolutas. Diz ainda que Sócrates é o único em posição de conseguir. Logo, um mais um são dois, e "Cavaco aposta em maioria absoluta de Sócrates".
E quem diz isto? Não Cavaco, que não foi tido nem achado na notícia; não alguém próximo de Cavaco, que possa saber o que ele quer; não um porta-voz político de Cavaco, que não aparece citado em lugar algum.
Quem o diz é o próprio Público, ou as jornalistas que escreveram a notícia, quiçá na posse das capacidades adivinhatórias do falecido professor Zandinga.
Como está escrita, a notícia só pode ser uma de duas coisas: ou pura incompetência ou uma notícia encomendada. Nada mais.
No dia seguinte ao estouro da bronca, o Público volta à carga, procurando desmentir o desmentido de Cavaco, sim, claro, porque se há alguém que sabe o que Cavaco pensa é o Público, ainda mais que o próprio!
Recuando ligeiramente, o Público precisa que aquilo é o que Cavaco pensa mas não pode dizer. Ah!
Já hoje, três dias depois de um erro infantil ou uma missão política, o Público finalmente dá a mão à palmatória. Reconhece que "fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia".
Esta é a pior desculpa de todas as possíveis. Em vez de reconhecer que fez uma notícia incompetente ou um frete (este último que nunca poderia admitir), tenta distrair a atenção com a expressão utilizada, que é tudo menos inocente.
Quem sabe como são feitos os jornais em qualquer parte do mundo, e sobretudo com temas quentes, sabe que aquele título foi ou deveria ter sido discutido até à exaustão, e não é um erro inocente a utilização daquela palavra "aposta".
Não foi mais que uma cedência à tentação de fazer um título mais "sangrento", que chamasse mais a atenção, como qualquer pasquim de quinta categoria.
Depois de ter feito manchete com uma opinião, a pseudo-vitória de Santana no debate, o Público volta a dar um tiro no pé.
Infelizmente acontece a todos, mas o mais grave de tudo é a lentidão e renitência demonstrada pela direcção do jornal em admitir o erro. Evidente e grave.
Leio vários jornais por obrigação, mas o Público é o meu jornal preferido.
Mas desta vez, estampou-se, com a história de Cavaco Silva.
A manchete rezava "Cavaco aposta em maioria absoluta de Sócrates" e agitou dois dias de campanha, em que não se falou de nada de relevante.
Abrindo o jornal, a notícia ocupa nada menos que uma página inteira. Leio, leio, leio, e em nenhum sítio se percebe de onde saiu a informação que possa sustentar o título da manchete. Não só não há fonte, ainda que fosse não identificada ou "pessoa próxima de", como tudo o que se refere ao título é uma especulação pegada.
Diz o Público que Cavaco sempre foi defensor das maiorias absolutas. Diz ainda que Sócrates é o único em posição de conseguir. Logo, um mais um são dois, e "Cavaco aposta em maioria absoluta de Sócrates".
E quem diz isto? Não Cavaco, que não foi tido nem achado na notícia; não alguém próximo de Cavaco, que possa saber o que ele quer; não um porta-voz político de Cavaco, que não aparece citado em lugar algum.
Quem o diz é o próprio Público, ou as jornalistas que escreveram a notícia, quiçá na posse das capacidades adivinhatórias do falecido professor Zandinga.
Como está escrita, a notícia só pode ser uma de duas coisas: ou pura incompetência ou uma notícia encomendada. Nada mais.
No dia seguinte ao estouro da bronca, o Público volta à carga, procurando desmentir o desmentido de Cavaco, sim, claro, porque se há alguém que sabe o que Cavaco pensa é o Público, ainda mais que o próprio!
Recuando ligeiramente, o Público precisa que aquilo é o que Cavaco pensa mas não pode dizer. Ah!
Já hoje, três dias depois de um erro infantil ou uma missão política, o Público finalmente dá a mão à palmatória. Reconhece que "fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia".
Esta é a pior desculpa de todas as possíveis. Em vez de reconhecer que fez uma notícia incompetente ou um frete (este último que nunca poderia admitir), tenta distrair a atenção com a expressão utilizada, que é tudo menos inocente.
Quem sabe como são feitos os jornais em qualquer parte do mundo, e sobretudo com temas quentes, sabe que aquele título foi ou deveria ter sido discutido até à exaustão, e não é um erro inocente a utilização daquela palavra "aposta".
Não foi mais que uma cedência à tentação de fazer um título mais "sangrento", que chamasse mais a atenção, como qualquer pasquim de quinta categoria.
Depois de ter feito manchete com uma opinião, a pseudo-vitória de Santana no debate, o Público volta a dar um tiro no pé.
Infelizmente acontece a todos, mas o mais grave de tudo é a lentidão e renitência demonstrada pela direcção do jornal em admitir o erro. Evidente e grave.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005
BE - Esquerda Moderna, Xofisticada e Doxinha
“Pretendemos destruir o actual sistema capitalista-imperialista e lançar as bases do socialismo em Portugal não apenas por adesão afectiva ou ideológica ou por obrigação moral por sermos de “esquerda”, mas também porque compreendemos a realidade”
”O programa revolucionário integra “claims” bem precisos: expropriação dos grupos monopolistas; nacionalização dos principais meios de produção, circulação e troca; monopólio estatal do comércio externo; planificação democrática da economia; democracia socialista para as amplas massas e repressão concentrada sobre os capitalistas e os seus aliados armados; dissolução do exército de caserna e dos corpos especiais de repressão policial...”
”Trata-se de um programa que só é sacado em palavras-de-ordem para as amplas massas em situações revolucionárias”
"O “programa de transição” elaborado por Trotsky em 1938 procura elevar as massas do seu nível de consciência imediato até à tarefa da tomada do poder. Aparecem aqui os “piquetes armados”, “o controlo operário da produção”(...) o “governo operário e camponês” ou os “sovietes””.
“O PCP afastou-se definitivamente do objectivo da revolução socialista e, como corolário lógico do seu jogo institucional no parlamento e nas câmaras, construiu um perfil de gestor de esquerda do sistema capitalista”
"Os eixos políticos para a acção são as palavras-de-ordem mais adequadas ao nível de consciência das massas no contexto de conjunturas bem determinadas. Apenas coincidem com o programa histórico em situações revolucionárias, mas podem perfeitamente coincidir com “claims” de transição e são normalmente “claims” democráticos, económicos, mínimos e parciais. Os exemplos são inúmeros, podendo ir desde as campanhas do Bloco “pelo fim do sigilo bancário” e “pela despenalização do aborto” até aos “piquetes armados” em certas situações pré-revolucionárias”.
Estas pérolas foram retiradas de do site da Ruptura/FER - www.rupturafer.org - grupo cuja totalidade dos membros integra o Bloco de Esquerda, “impulsionando o debate político e a sua construção”.
“Pretendemos destruir o actual sistema capitalista-imperialista e lançar as bases do socialismo em Portugal não apenas por adesão afectiva ou ideológica ou por obrigação moral por sermos de “esquerda”, mas também porque compreendemos a realidade”
”O programa revolucionário integra “claims” bem precisos: expropriação dos grupos monopolistas; nacionalização dos principais meios de produção, circulação e troca; monopólio estatal do comércio externo; planificação democrática da economia; democracia socialista para as amplas massas e repressão concentrada sobre os capitalistas e os seus aliados armados; dissolução do exército de caserna e dos corpos especiais de repressão policial...”
”Trata-se de um programa que só é sacado em palavras-de-ordem para as amplas massas em situações revolucionárias”
"O “programa de transição” elaborado por Trotsky em 1938 procura elevar as massas do seu nível de consciência imediato até à tarefa da tomada do poder. Aparecem aqui os “piquetes armados”, “o controlo operário da produção”(...) o “governo operário e camponês” ou os “sovietes””.
“O PCP afastou-se definitivamente do objectivo da revolução socialista e, como corolário lógico do seu jogo institucional no parlamento e nas câmaras, construiu um perfil de gestor de esquerda do sistema capitalista”
"Os eixos políticos para a acção são as palavras-de-ordem mais adequadas ao nível de consciência das massas no contexto de conjunturas bem determinadas. Apenas coincidem com o programa histórico em situações revolucionárias, mas podem perfeitamente coincidir com “claims” de transição e são normalmente “claims” democráticos, económicos, mínimos e parciais. Os exemplos são inúmeros, podendo ir desde as campanhas do Bloco “pelo fim do sigilo bancário” e “pela despenalização do aborto” até aos “piquetes armados” em certas situações pré-revolucionárias”.
Estas pérolas foram retiradas de do site da Ruptura/FER - www.rupturafer.org - grupo cuja totalidade dos membros integra o Bloco de Esquerda, “impulsionando o debate político e a sua construção”.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005
O grande debacle
Falando mal e depressa, o debate foi uma bela merda.
Dito isto, vamos alegremente escarafunchar na merda em que está transformada (há anos, e não só com esta campanha) a política portuguesa.
Sem dúvida alguma, Sócrates ganhou.
Santana apreceu acabrunhado, tímido, amorfo, num modelo que não favorecia o seu show-off de bébé na incubadora. Apareceu, numa palavra, derrotado.
Sócrates apareceu algo nervoso, sem conseguir explicar nada de nada, como é habitual. Esteve agressivo, mas permitiu em demasia que Santana fingisse que não tem nada a ver com o estado em que está o país.
Nada de fundamental se debateu, as respostas saíram decoradas e inócuas mas, sejamos sinceros, ninguém esperava outra coisa dos dois protagonistas.
Gostei de vários momentos, nomeadamente quando Santana, apertado por uma interpelação de Sócrates, lhe disse "eu respondo, eu respondo mas não me aponte o dedo". Parecia um puto da primária, no claro sinal de quem não tem argumentos para debater o fundamental, atacando a forma como é questionado.
Gostei também do ênfase dado por Santana quando falou nas promessas do choque fiscal do PSD, nas últimas eleições, quando disse que "o que Durão Barroso prometeu" foi tal e tal. Logo depois, atirou para cima da mesa com números aprendidos à pressa, dizendo que "nós fizemos", e aí eram números dos últimos três anos, não apenas de Durão Barroso. Elucidativo.
Gostei ainda de quando Santana, dizendo que não suportava boatos e queria acabar com isso se dedicou a habilmente enumerá-los, metendo ainda a martelo a questão da posição de Sócrates sobre o casamento homossexual.
Por último, fartei-me de rir quando Santana se desculpou com o nível da campanha, alegando que isso é feito nos EUA, "mas se o Engº Sócrates prefere a política portuguesa.........". Eu prefiro, mas isso sou eu, que não percebo nada disto.
Tirando o tom demasiado agressivo, no cômputo geral Sócrates foi melhor, quando lhe bastava empatar.
Ia caindo para o chão a rir quando vi hoje em alguns jornais que Santana ganhou. O Público justifica esta opinião (!), como principal manchete de primeira página, com o facto de Sócrates ir à frente, e como tal haver expectativas mais altas quanto ao seu desempenho.
Não é apenas mentira, é a análise mais idiota que ouvi nos últimos tempos.
Sócrates entrou a ganhar, bastava-lhe manter o resultado. Para Santana, o debate seria inútil ao não ser que ele obtivesse uma vitória claríssima. E ele perdeu.
Quatro notas finais:
1- A hilariante comitiva da JSD, que armou arraial à porta dos estúdios, equipados com os seus penteados à beto (talvez contra o frio) e do grito de guerra PPD!, com a música do grito futeboleiro do Glorioso SLB. Grande nível.
2- A opinião de Luis Delgado, o único dos oito comentadores da SIC Notícias a defender que Santana tinha ganho o debate.
3- A resposta a Delgado do gajo do clube de jornalistas, também na SIC Notícias.
Delgado: "Ninguém, nem um jornalista, nem um cameraman, nem um primeiro-ministro, ninguém pode ser avaliado com base em quatro meses de trabalho".
Outro Gajo: "Pois, mas eu diria que ninguém pode fazer em quatro meses tantos disparates como fez Santana Lopes".
Vai buscar!
.4- Na sondagem telefónica (a pagar 60 cêntimos) feita na Sic Notícias, 65 por cento dos telefonantes deram a vitória do debate a Santana Lopes.
Grande aquisição, para o PPD/PSD, do computador utilizado por Mourinho noutra célebre e limpíssima votação.
Falando mal e depressa, o debate foi uma bela merda.
Dito isto, vamos alegremente escarafunchar na merda em que está transformada (há anos, e não só com esta campanha) a política portuguesa.
Sem dúvida alguma, Sócrates ganhou.
Santana apreceu acabrunhado, tímido, amorfo, num modelo que não favorecia o seu show-off de bébé na incubadora. Apareceu, numa palavra, derrotado.
Sócrates apareceu algo nervoso, sem conseguir explicar nada de nada, como é habitual. Esteve agressivo, mas permitiu em demasia que Santana fingisse que não tem nada a ver com o estado em que está o país.
Nada de fundamental se debateu, as respostas saíram decoradas e inócuas mas, sejamos sinceros, ninguém esperava outra coisa dos dois protagonistas.
Gostei de vários momentos, nomeadamente quando Santana, apertado por uma interpelação de Sócrates, lhe disse "eu respondo, eu respondo mas não me aponte o dedo". Parecia um puto da primária, no claro sinal de quem não tem argumentos para debater o fundamental, atacando a forma como é questionado.
Gostei também do ênfase dado por Santana quando falou nas promessas do choque fiscal do PSD, nas últimas eleições, quando disse que "o que Durão Barroso prometeu" foi tal e tal. Logo depois, atirou para cima da mesa com números aprendidos à pressa, dizendo que "nós fizemos", e aí eram números dos últimos três anos, não apenas de Durão Barroso. Elucidativo.
Gostei ainda de quando Santana, dizendo que não suportava boatos e queria acabar com isso se dedicou a habilmente enumerá-los, metendo ainda a martelo a questão da posição de Sócrates sobre o casamento homossexual.
Por último, fartei-me de rir quando Santana se desculpou com o nível da campanha, alegando que isso é feito nos EUA, "mas se o Engº Sócrates prefere a política portuguesa.........". Eu prefiro, mas isso sou eu, que não percebo nada disto.
Tirando o tom demasiado agressivo, no cômputo geral Sócrates foi melhor, quando lhe bastava empatar.
Ia caindo para o chão a rir quando vi hoje em alguns jornais que Santana ganhou. O Público justifica esta opinião (!), como principal manchete de primeira página, com o facto de Sócrates ir à frente, e como tal haver expectativas mais altas quanto ao seu desempenho.
Não é apenas mentira, é a análise mais idiota que ouvi nos últimos tempos.
Sócrates entrou a ganhar, bastava-lhe manter o resultado. Para Santana, o debate seria inútil ao não ser que ele obtivesse uma vitória claríssima. E ele perdeu.
Quatro notas finais:
1- A hilariante comitiva da JSD, que armou arraial à porta dos estúdios, equipados com os seus penteados à beto (talvez contra o frio) e do grito de guerra PPD!, com a música do grito futeboleiro do Glorioso SLB. Grande nível.
2- A opinião de Luis Delgado, o único dos oito comentadores da SIC Notícias a defender que Santana tinha ganho o debate.
3- A resposta a Delgado do gajo do clube de jornalistas, também na SIC Notícias.
Delgado: "Ninguém, nem um jornalista, nem um cameraman, nem um primeiro-ministro, ninguém pode ser avaliado com base em quatro meses de trabalho".
Outro Gajo: "Pois, mas eu diria que ninguém pode fazer em quatro meses tantos disparates como fez Santana Lopes".
Vai buscar!
.4- Na sondagem telefónica (a pagar 60 cêntimos) feita na Sic Notícias, 65 por cento dos telefonantes deram a vitória do debate a Santana Lopes.
Grande aquisição, para o PPD/PSD, do computador utilizado por Mourinho noutra célebre e limpíssima votação.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005
Indiana Guedes
Por debaixo daquela capa de gentleman com ar de atrasado mental, Nobre Guedes é um ranger. Não do Texas, mas talvez da Arrábida.
Hoje, o senhor ministro Nobre Guedes passou-se completamente da cabeça e apelou ao levantamento da populaça de Coimbra, para "impedir" a entrada de José Sócrates na cidade, devido à sua defesa da co-incineração.
Para o Indiana Guedes, que apenas imaginamos a comer scones e no cu, ainda estamos na Idade Média, e temos que fechar as portas da cidade para manter a peste à distância. Pede levantamento popular, que a malta pegue nas forquilhas e vá queimar, não lixo, mas bruxas, o satânico Sócrates.
Isto é poesia pura, e é lindo ver que a direita, por baixo da sua capa de pseudo-seriedade de Estado, não consegue evitar mostrar a sua verdadeira natureza fascistóide e ridícula.
Como simples exercício de "Descubra as diferenças", é favor comparar as declarações de Indiana Guedes com as do "estadista" GI Portas, afirmando que "o PP marca a diferença, com uma campanha pela positiva".
Fantástico....
Por debaixo daquela capa de gentleman com ar de atrasado mental, Nobre Guedes é um ranger. Não do Texas, mas talvez da Arrábida.
Hoje, o senhor ministro Nobre Guedes passou-se completamente da cabeça e apelou ao levantamento da populaça de Coimbra, para "impedir" a entrada de José Sócrates na cidade, devido à sua defesa da co-incineração.
Para o Indiana Guedes, que apenas imaginamos a comer scones e no cu, ainda estamos na Idade Média, e temos que fechar as portas da cidade para manter a peste à distância. Pede levantamento popular, que a malta pegue nas forquilhas e vá queimar, não lixo, mas bruxas, o satânico Sócrates.
Isto é poesia pura, e é lindo ver que a direita, por baixo da sua capa de pseudo-seriedade de Estado, não consegue evitar mostrar a sua verdadeira natureza fascistóide e ridícula.
Como simples exercício de "Descubra as diferenças", é favor comparar as declarações de Indiana Guedes com as do "estadista" GI Portas, afirmando que "o PP marca a diferença, com uma campanha pela positiva".
Fantástico....
GI Portas
Quando pensamos que a pouca-vergonha desta campanha não pode ir mais longe, vai.
Gi Portas, o tipo que não foi à tropa mas adora os antigos combatentes, enviou para a casa destes uma carta de pura campanha eleitoral. Faz o choradinho do costume, apelando ao sentimento, e relembra o enorme esforço feito na atribuição de pensões a quem "defendeu a pátria".
Para isto, apetece sugeri-lo a ir mamar um ganda nabo, mas isso provavelmente torna-lo-ia feliz.
Um governo em gestão, em pré-campanha que é campanha de facto, gasta o dinheiro de todos nós na sua suja progressão pessoal.
Até os próprios combatentes, alguns saudosos do velho Ultramar, denunciaram esta manipulação.
A pouca vergonha é tão grande que até os cegos a vêm.
Quando pensamos que a pouca-vergonha desta campanha não pode ir mais longe, vai.
Gi Portas, o tipo que não foi à tropa mas adora os antigos combatentes, enviou para a casa destes uma carta de pura campanha eleitoral. Faz o choradinho do costume, apelando ao sentimento, e relembra o enorme esforço feito na atribuição de pensões a quem "defendeu a pátria".
Para isto, apetece sugeri-lo a ir mamar um ganda nabo, mas isso provavelmente torna-lo-ia feliz.
Um governo em gestão, em pré-campanha que é campanha de facto, gasta o dinheiro de todos nós na sua suja progressão pessoal.
Até os próprios combatentes, alguns saudosos do velho Ultramar, denunciaram esta manipulação.
A pouca vergonha é tão grande que até os cegos a vêm.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005
Sprint
Numa altura em que a produtividade continua na ordem do dia, nada como um Governo que dá o exemplo. Depois de dois anos a coçar a micose, o ritmo de aprovação de legislação por parte do Governo duplicou (!!!) desde que este entrou em gestão.
Para além das urgentes entradas de (ainda mais) boys & girls, há que fechar dossiers nas mais variadas áreas, para que quem vier a seguir não lhes possa estragar os planos.
Será do Guaraná?
Numa altura em que a produtividade continua na ordem do dia, nada como um Governo que dá o exemplo. Depois de dois anos a coçar a micose, o ritmo de aprovação de legislação por parte do Governo duplicou (!!!) desde que este entrou em gestão.
Para além das urgentes entradas de (ainda mais) boys & girls, há que fechar dossiers nas mais variadas áreas, para que quem vier a seguir não lhes possa estragar os planos.
Será do Guaraná?
terça-feira, 1 de fevereiro de 2005
Adivinha quem quer voltar
Isaltino Morais está farto de ser um comum mortal e ter de trabalhar para viver. Assim, voltou a anunciar que está a planear o regresso ao seu habitat de nidificação natural, a presidência da Câmara de Oeiras.
O tio do sobrinho taxista milionário disse hoje que ainda não tem apoios oficiais, mas afirma que não duvida de que o PSD estará com ele nesse regresso.
Acho que ninguém duvida.
Isaltino Morais está farto de ser um comum mortal e ter de trabalhar para viver. Assim, voltou a anunciar que está a planear o regresso ao seu habitat de nidificação natural, a presidência da Câmara de Oeiras.
O tio do sobrinho taxista milionário disse hoje que ainda não tem apoios oficiais, mas afirma que não duvida de que o PSD estará com ele nesse regresso.
Acho que ninguém duvida.
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