quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Auto-conhecimento

Um tipo sabe que é um bocado cromo quando, ao deparar-se com uma rapariga chamada Hulva, em vez de se lembrar de genitália feminina, lembra-se de um episódio do Seinfeld.


Para os descrentes, a Hulva trabalha nas caixas do supermercado do Corte Inglés.

Boas Festas o caneco

Não fossem as constantes e sempre urgentes viagens ao wc, explicava-vos o temporário problema de saúde de que padeço.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Fuck Christmas, I've Got The Blues


James Brown 1933-2006

p.s. Titulo solenemente surrupiado ao 2º album do Legendário Homem-Tigre

domingo, 24 de dezembro de 2006

É de bom tom engolir

Estou com uma puta de uma dor de dentes que me "obrigou" a, desde o acordar, bochechar um quarto de uma garrafa de aguardente.
Estou pronto para a consoada.

sábado, 23 de dezembro de 2006

Podia estar a chover

E o Natal continua a bombar. O Natal tem algumas coisas fixes, como as dezenas de jantares de Natal das empresas em que toda a gente se embebeda. A única diferença é que para nós, atónitos, é mais ou menos a noite do costume, enquanto para os outros é das poucas bubas do ano.
Adiante.
Daqui a 24 horas estarei em casa de um familiar, a levar com uma seca descomunal e a tentar não agredir ou ser abertamente hostil para com pessoas que, na verdade, desprezo. Faço-o pela minha mãe, e pelo meu lugarzinho no céu, mas foda-se, é uma merda.
Tenho duas prendas para comprar, amanhã, dia 24. Tenho andado a fingir que há sérias hipóteses de essas prendas me aparecerem cá em casa, embrulhadas e tudo, mas até agora nicles.
O Natal não é fácil, excepto para as crianças felizes.
Resta-nos enfrentar estes dias, com este fabuloso sol de Outono que torna Lisboa estupidamente bela. Puxar a gola para cima e enfrentar a vida. Temos tempo para pensar um pouco, e às vezes não pensamos nas coisas mais felizes. Mas há que levantar a cabeça e seguir em frente. Acreditar não que tudo vai correr bem, mas esperar que sim e continuar a tentar. É-me mais fácil ser estóico quando está frio e Lisboa tem este sol que leva às lágrimas.
Bom natal para todos.
Um forte abraço do pequeno bastardo.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Mouraria :: Aluga-se


Escadinhas na Mouraria


Vista do Miradouro da Graça


Vista da Senhora da Graça

Procuro pessoa para dividir casa na Mouraria, para residência ou para atelier.

A casa é um T3+1 está em muito boas condições (o prédio foi recuperado há cerca de 3 anos) e fica numas muito tipicas escadinhas na Mouraria.

Tem dois quartos com janela para a rua, mais um interior.

A cozinha está equipada, casa de banho de boas dimensões.

Sala com um pequeno escritório.

Varanda com uma pequena arrecadação e vista sobre o Miradouro da Graça e a Senhora do Monte.

A casa fica entre o Martim Moniz e a Costa do Castelo. A 2 minutos do Teatro Taborda. A 5 da Baixa e da Graça e a 10 do Bairro Alto.

Transportes perto Martim Moniz, Praça da Figueira, Graça... autocarro, metro e eléctrico.

Água, luz e gás tudo em ordem.

Possibilidade de alugar um ou dois dos quartos... a combinar.

Possibilidade de entrar já em Janeiro.

Obrigado

.mais info > mail: idle.consultant@gmail.com
Post (mortem)

O meu contributo para o blog tem sido menos do que isto.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

AGORA QUE O VODKA SE TORNOU NA SECÇÃO DE CLASSIFICADOS

Vende-se:




















Fígado semi-novo, experimentado nas mais duras provas conhecidas pelo homem, tendo resistido, quase inteiro, a tudo. Habituado a situações extremas, é um fígado amante de desportos radicais. Se és aventureiro, este é o fígado para ti! Não hesites!

Tem algumas vistas interessantes. Senão vejamos.

Como esta, bastante frequente:




Ou esta, que nos aquece a alma só de a contemplar:














Ou ainda esta:

















Também se aceita permuta, por uma coisa destas:















Enfim, algo que permita ao seu dono continuar a apreciar belas vistas por muitos e longos anos:




Informações podem ser obtidas através do endereço electrónico vodka.atonito@gmail.com

A Gerência agradece.

PLUGS

O Rui Unas é um tipo que anda por aí há uma data de anos, assim como a Sida.
Desde tempos imemoriais, há três coisas certas acerca do Unas.

1 - É careca
2 - Todos os seus programas são patrocinados pelos chocolates Crunch.
3 - Não tem piada

Acontece que o mundo não pára de evoluir, todos nós estamos mais maduros e, vendo no outro dia um novo programa do Unas, percebi que nem tudo está igual:

O Unas já não é careca.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Às Vezes o Que é Demais Enjoa...

...e o que é de menos também.

O Benfica tem jogadores a mais...

e treinador a menos.
Curiosidades Cientificas



Maria José Morgado Agarra Apito



Nuno Melo Quer Agarrar Apito de Paulo Portas

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Quase... Quase...

O Pinochet finou-se...

O Parque de Campismo da Costa da Caparica ia sendo levado p'lo mar...

...quase perfeito, quase... quase...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Idle Consultant vs FTV (Fatelas, Trambolhos & Vacas)



Ainda a propósito da posta anterior, também este vosso escriba fez parte do "Copo Expedicionário" que se deslocou na malograda sexta-feira passada a esse local de culto que é o BBC, sigla esse que desconfio não querer significar Bar Belém Café, mas sim Bardajonas, Badalhocas & Coironas.

Partilho na sua maior parte da descrição e dos comentários ao "evento"... Já em relação à questão da "filha" do Néné, não posso estar de acordo... quer dizer também ainda não apanhei uma cardina de benzeno com 605 Forte... acho...

Os objectivos do "Copo Expedicionário" sairam completamente logrados:

01 - O BAR ABERTO não era lá muito aberto e o nosso elemento a quem foi confiada a dita pulserinha trazedoura de álcoois, não foi muito eficaz... um tal de Freud, diminutivo de Freuderico. De qualquer forma bebemos mais "à pala" de que muitos pseudo-vaipes.

02 - Não conseguimos ser detidos pela polícia, ser expulsos, espancados p'los seguranças, nem sequer um destaquezinho na capa do 24 Horas de Sábado, quanto mais o GRANDE OBJECTIVO... a capa ser toda nossa.

03 - Mesmo na eventualidade de o BAR ABERTO ser mesmo ABERTO, seria eventualmente dificil de secar o dito cujo, os vodkas tónicos, de vodka apenas um cheirinho tinha... era a dose infantil.

04 - Eu que não sou muito versado nestas coisas das revistas e programas de TV especializados no "glamúrre" estou desconfiado que o Mozer só tem um casaco de napa e usa-o em todas as festas a que vai.

05 - Chamar "música" aquilo que me estava a magoar as "zorelhas" devia de ser crime contra a Humanidade e os responsáveis abatidos com um tio na nuca no próprio local, sem apelo nem agravo.

06 - O resto há foi dito p'lo Little Bastard na sua posta anterior.

Em relação à moçoila, de seu nome Raquel Loureiro, que ilustra esta peça... duas silabas: mula, calmeirona, matulona e com um "granda" par delas. Esta moçoila pode muito bem ir mudar as lâmpadas da minha casa, que até tem um pé direito altinho e ela não precisava de se colocar em bicos de pés.

Duas e meia da manhã pusemo-nos alheta...

Incógnito.

Sábado.

Depois do fiasco da Sexta-feira, "Copo Expedicionário" que é "Copo Expedicionario" não desiste de uma boa peleja... e dirigiu-se a uma tal de festa, aonde a imperial era dois euros em copo de plástico... mas ninguém se queixou... porque sim esta era uma festa digna do "Copo Expedicionário"... tinha "música" e bastante bem frequentada.

Muito de salutar uma tal de T.T. que já fez um tal de C.C. e outras cousas na TV, no seu vestidinho a abanar o rabinho. Veredicto: Micro-Tesuda.

E assim sendo cá estamos.

Anúncio: Se quer ou vai organizar uma festa e teme que esta vai ser um fracasso, não hesite contacte o "Copo Expedicionário Consulting & Drinking" para o mail aqui da tasca, que teremos o maior prazer em transformar a sua festa num acontecimento inesquecivel.

sábado, 9 de dezembro de 2006

Little Bastard in Model's party

Tudo parecia tão simples que tinha de acabar por ser complicado. Uma amiga de um amigo de um amigo tinha arranjado seis entradas para uma festa no BBC, essa catedral que gostava-bué-de-ser-in-tamos-a-tentar-bué-mas-somos-parolos-e-não-tá-a-colar.
Uma festa é sempre bom, excepto se for uma com abraçoterapia ou uma convenção de amantes do fisting, mas esta tinha dois elementos que faziam toda a diferença: era uma "Festa de Modelos" e, sobretudo, tinha BAR ABERTO!
As perspectivas eram bastante óbvias: seis marmanjos com entrada à pala para uma festa com BAR ABERTO e cheia de modelos. Qualquer coisa abaixo de uma detenção com termo de identidade e residência seria uma desilusão.
Ora como os meus amiguinhos são tipos ambiciosos, a história do BAR ABERTO não era suficiente. Tinha de se começar com umas na Ginja, depois um jantar bem regado, depois uma aguardentezita marota na casa de outro amigo, e só então a festarola.
E prontos, lá chegamos, já quentinhos.
E a festa era um bocado para o merdosa. Pseudo-vips, modelos de trazer por casa, mais uns quantos marmanjos como nós que estavam lá para ver as gajas (nós ao menos estávamos tanto ou mais empenhados em secar o BAR ABERTO), música de merda.
Fogo de vista, muito. Cotas "has been" e pitas "wannabe", modelos que são modelos porque, enfim, são altas, só que levaram com uma porta na tromba, tipo Drulovic.
E, perante a falta de decisão dos meus companheiros, Little Bastard faz-se ao bar para tirar a limpo aquilo do BAR ABERTO.
Peço uma imperial a uma loiraça, uma das poucas realmente boas que por lá estava (Ver Disclaimer no final). Visto ser um teste, optei pela baratucha imperial, porque se tivesse a certeza iria direitinho para o viske. Ela dá-me a imperial e diz-me que são cinco heróis. Cinco! Five! Caralhos ma fodam!
Tirei a notita do bolso com ar cool e descontraído, enquanto dentro do meu corpo se dava um ataque cardíaco, três apoplexias e uma crise de rins. Eu, que aqui vos escrevo, paguei cinco euros por uma bjeca, sem direito sequer a um brochezito ou coisa assim da bargirl (mais, uma vez, ver Disclaimer no final do post). Foda-se.
Depois lá apareceram as pulseirinhas do BAR ABERTO, três para seis gajos, com os portadores do símbolo cor de rozinha a trazerem copázios de vodka para os outros. Apesar da boa vontade, aquela merda estava cheia, e o reabastecimento estava a correr mal.
Lá aguentámos mais uma horita, a ver as gajas a bailar.
Tudo lá para ser visto, a tentar desesperadamente ser visto. A filha/filho do Néné, com todos, excepto eu, dizendo que nunca comeriam uma coisa daquelas (pois, que nojo). Gajas à procura de guita, pobretanas a fingir ter guita, sem sucesso, cotas com guita mas sem força na verga. O costume.
Saída à má-fila, táxi, mija na porta de um Porsche. Incógnito.
Neste, estranhamente conseguia-se mexer os bracinhos e a música não estava nada de especial. Copos.
Táxi.
Casa.
Espetei o pé no carregador de telemóvel, fodi o pé e o carregador e já gastei dinheiro nos paquistaneses do centro comercial do lumiar ("se quer carregador original é mais caro").
Ressaca.
E foi assim A NOITE EM QUE PAGUEI 5 EUROS POR UMA IMPERIAL.

DISCLAIMER
Sendo um rapaz comprometido, quaisquer comentários acerca de eventuais fodas ou perspectivas de tal devem ser tomados como meros exercícios académicos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

I'm on a Highway to Hell

Hoje, no Jornal da Tarde da Sic, uma atleta portuguesa no Campeonato de Ténis de Mesa para Deficientes Intelectuais, dizia: "...estamos um pouco lentos e a bater mal a bola".
Concordo inteiramente.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Trabalhas na Revista Atlântico? Fixe. Quando é que essa merda fecha?

Deambulando por essa net fora, dei comigo no blog da perigosa Revista Atlântico, a tal que só publica textos de gajos com três nomes (e se houver por lá um hifenzito melhor ainda).
E os tipos andam todos entretidos numas grandes discussões, pá. Coisas sérias, pá, terrorismo, economia, até escravatura. É claro que o elemento comum entre a malta escrevedora é a sua crença na superioridade moral do Ocidente (leia-se EUA), bem como o facto de vários deles terem filhos chamados Martim e Francisca. Ah, e são todos de direita, ia-me esquecendo de dizer este pormenor.
E foi então que dei comigo a pensar noutras coisas, como por exemplo por que raio os pseudo-intelectuais de direita (sim, não há só os outros) continuam alegremente a debater estas coisas, a tentar intervir, a defender os seus pontos de vista umbiguistas. A resposta mais evidente, e provavelmente a correcta, é que o fazem para satisfazer os seus gigantescos egos cultivados em colégios internos, mas isso não explica tudo. Também os esquerdalhos como nós têm o seu egozito, e nenhuma vergonha de o demonstrar, mas por alguma razão a malta faz-se à vida e caga.
E a coisa até é simples.
É mais fácil cagar postas de pescada quando temos empregadinhas para fazer tudo, quando a nossa preocupação é saber se já chegou a Portugal o novo modelo da BMW, quando nos debatemos mais com as alterações ao IRC do que com a manutenção do próprio emprego, ou a ter de escolher entre este e a nossa sanidade.
E o problema está, em grande parte, aqui.
Como ser de esquerda neste mundo? Como ser de esquerda e ainda assim trabalhar para comer, aturar o cabrão do patrão, ser mais uma vez enrabado pelos governantes (de esquerda, dizem eles)? Para alguns é fácil, deixam de tomar banho, arranjam uns cães e vão para o Chiado pedir dinheiro por atirarem umas merdas para o chão. Mas, e para os outros?
Os outros. Nós.
É fodido.
Nós desistimos.
A fraca produção do Vodka nos últimos tempos é disso sinal. Onde andam os grandes protestos, as farpas políticas, as sátiras venenosas? Ainda existem, mas morrem entre um e outro copo, que falar sempre dá menos trabalho que escrever.
Há quem diga que a esquerdice é uma doença que passa com a idade. Não concordo. Sou tanto de esquerda como sempre fui. Não mudei a minha forma de pensar, não passei a gostar do Cavaco e do Sócrates. Simplesmente estou cansado.
Cansado de ter de lutar por algo em que não acredito, para poder comer e não ter de andar a pedir nada a ninguém. Cansado de esta vida estúpida me esgotar sem me deixar consumar seja o que for.
Cansado de escrever em casa, sem expectativas de divulgação, de saber que as coisas estão mal mas cansado demais para deixar que isso me incomode verdadeiramente. Quanto a tua preocupação é saber se vais aguentar o emprego mais uma semana, se vais resistir a esbofetear o chefe, é difícil ter energia para dizer mal do Bush.
A revolta é a mesma, mas o cansaço é infinitamente maior. Daí as bubas, as drogas, as noitadas, as aventuras inconsequentes que buscam apenas que aconteça mais alguma coisa naquela noite, seja o que for. É para aí que vai a frustração, e graças a deus por tudo isso.
Eles ganharam. Nós continuaremos a beber.
Ao menos isso.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Cristo!!!



Lázaro!!!



Maria Amélia!!!

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Quá, Quá... Quáaaaaaaaaaa!!!



Les Rabins Volants

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

JET SET!!!

Alcântara Café, Lisboa. Prémios Sapo Publicidade Online 2006. 16 de Novembro. Bar aberto.

Mictei ao lado do TOY!!!
Para que não tenhamos que ouvir mais descrições dos orgãos sexuais dos Carlos Cruzes desse mundo

Mais uma iniciativa louvável, esperemos que dê frutos:

http://www.lightamillioncandles.com

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Em honra e memória do Ex.mo Sr. Ministro da Educação, Dr. José Hermano Saraiva

http://www.drel.min-edu.pt/drelofcirc/abrirofcirc.aspx?documentid=79

domingo, 12 de novembro de 2006

O Futuro Portugal

Acabo de ler o Correio da Manhã, experiência que, como habitualmente, me marcou profundamente.

"Miúdo de seis anos guia escavadora", era o título da notícia. Começa bem.

Uma retroescavadora de oito toneladas é o ‘brinquedo’ preferido de Gil Miguel, um miúdo de seis anos que sonha ser operador de máquinas, a mesma profissão do pai. Por enquanto, contenta-se em abrir e fechar valas no quintal da residência, em Meirinhas, Pombal, e em acompanhar o pai nos trabalhos que faz na zona.

Encantador, de facto.
Mas há mais.

"Isto para ele é tudo, quem lhe dá a máquina dá-lhe tudo”, conta o pai, Virgílio Gonçalves, enquanto observa o empenho do filho a abrir uma vala com a pá de trás, a mais leve, que trabalha com a retroescavadora assente em duas sapatas.

Enternecedor, este comentário do papá.

Gil Miguel é o filho mais velho de Susana e Virgílio Gonçalves e tem uma paixão tão grande pela retroescavadora que não deixa o pai trocá-la por outra, de um modelo mais recente. A máquina, uma Fermec 860, custou 64 500 euros (13 mil contos) há quatro anos e já cumpriu oito mil horas de trabalho.

Realmente, as crianças de hoje fazem tudo. Então no que toca aos brinquedos, as birras de que elas são capazes!!!

Aluno do 1.º ano da Escola Primária das Meirinhas, Gil Miguel é mesmo craque ao volante da retroescavadora, revelando uma “sensibilidade” só habitual nos operadores muito experientes, diz João Henriques, vendedor da Fermec, que acompanhou a exibição do miúdo.“Ele nasceu com o dom para operar estas máquinas pesadas”, garante João Henriques, adiantando que conhece profissionais que não são tão cuidadosos como o pequeno Gil Miguel.

Sim, de facto. Isto deve-se ao facto de o pequeno Gil Miguel, ao contrário dos "profissionais" do ofício, só beber quatro minis por dia, e nenhuma antes do almoço.

Susana Gonçalves não gosta de ver o filho a manobrar a máquina: “Não acho normal, com a idade dele, fico um bocadinho assustada, mas como o pai está por perto, não digo nada.” Virgílio Gonçalves garante que só deixa o filho manobrar a máquina no quintal, não o deixando fazer qualquer trabalho a sério nem conduzir na estrada.

Ah, pronto, assim está bem!
Brilhante país este. Numa clara aposta na formação profissional, nada como começar desde pequenino. Se continuar com este empenho, Gil Miguel promete ter o seu primeiro acidente profissional antes dos 10 anos, o que promete ser um novo recorde, não de Portugal, mas pelo menos de todo o Pombal e arredores.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Grandes ideias fazem nix!

Telefonema para a assistência técnica do Clix:

Eu - Tenho um problema na minha ligação à net, está sempre a cair, blá, blá, blá...
Operador (depois das perguntas da ordem) - Qual o modem que tem?
Eu - Um siemens
Operador - Pois, posso lhe dizer que esse modem tem problemas de ligação à net
Eu - Pois tem, já tinha reparado
Operador - Ah e nã sei quê, o ping para ali, o ping para acolá...
...
silêncio
...
Operador - Estou?
Eu - Sim
Operador - Posso ajudar em mais alguma coisa?
Eu - Não, já vi qual é a solução.

Solução: comprar, eu, outro modem.

Na minha inocência pensei que, sendo um problema do aparelho que o Clix meteu à venda, deveria ser o Clix a substituir o mesmo. Realmente sou muito parvo.

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

RIP

Nesta noite de Halloween (o carnaval dos góticos, como diz o atónito consultant), recebi a triste notícia da morte desse ícone chamado Inspector Varatojo.
Não se sabe se foi o Jack o Estripador, o Estripador da Reboleira, o Paulinho Santos ou a Condoleeza Rice, mas é pena.
Um caso para o saudoso Inspector Rôla?
Exigem-se respostas.
Se nada fizermos quem se seguirá? Será preciso que matem o Vasco Granja?
Acorda, Portugal!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

Vai uma bica?

Marta Crawford, aparentemente a primeira e única sexóloga portuguesa, e tratada como uma vedeta porque é mulher e diz pénis na televisão, acaba de lançar um livro, chamado "Sexo sem tabus".

Nele podemos aprender muita coisa, rapaziada!
Não apenas que o vibrador foi inventado no século XIX ou que a pila dos portugueses tem em média 15 centímetros de comprimento (eu estou na média, mas ainda só a medi em repouso, claro), mas também que o café tem exactamente o mesmo ph que a vagina.

Fascinante.
Ide mamar um nabo de dimensões avantajadas, s.f.f.

Não resisto a partilhar com os camaradas atónitos um e-mail que me foi enviado recentemente (sabe Deus por que motivo).
É algo extenso, mas peço a vossa paciência porque vale a pena.
Bora lá.

Após o sucesso da sua 1ª edição o FEST-i-BALL está de volta, apresentando um cartaz muito mais completo e recheado que a edição anterior. São 3 dias cheios de música e dança, e que contam com a participação de vários nomes da música e dança tradicional não só a nível nacional mas também a nível internacional.

A abrir este FEST-i-BALL temos logo na 6ª feira, a presença de 2 projectos portugueses bem diferentes: Discantus, projecto com influências vindas do jazz e do clássico que encantam com as suas composições e improvisos, e Fol&Ar banda recente mas com grande evolução que nos tem acompanhado em fantásticas noites de música e baile. Para fechar a noite contamos com a presença vinda de França de Stéphane Delicq considerado por muitos o mestre do acordeão diatónico capaz de, sozinho, encantar salas cheias de gentes dançantes.

Sábado e Domingo de tarde estão recheados de workshops para quem queira iniciar-se nestas lidas da dança tradicional europeia ou para quem queira aperfeiçoar a sua técnica. Podemos contar com workshops de valsas, portuguesas, mazurkas, finlandesas, danças do poitou e as suecas polskas, dadas por instrutores e professores já bem conhecidos no panorama nacional.
Como forma de diversificar um pouco o âmbito do festival, teremos também workshops de risoterapia, abraçoterapia e de yoga.


Na noite de sábado podemos contar com o ritmo acústico do contrabaixista Pascal Seixas elemento de vários projectos com grande projecção na música tradicional francesa (Minuit Guibolles, Dites 34, Traduvia); com a animação dos portugueses Roncos do Diabo com o seu repertório inovador da música tradicional portuguesa inteiramente baseado nas gaitas e percussões e novamente com a presença de Stéphane Delicq a fechar a noite.

No Domingo, e porque 2ª feira é dia de voltar ao trabalho, acabamos mais cedo com a apresentação dos Alfa Arroba, um recente trio de músicos que nos encantarão com a sua energia e sonoridade diferente que nos proporcionam devido à junção da concertina, clarinete e sax soprano.



Indeed, meus amigos.
Como rejeitar um convite destes?! Hã?!
Como resistir a Stéphane Delicq, esse génio do acordeão diatónico "capaz de, sozinho, encantar salas cheias de gentes dançantes"?!
Como resistir aos grandes e fabulosos Fol&Ar?
Como dizer que não aos inimitáveis Roncos do Diabo, esses magníficos especialistas da gaita?!
Mas, e sobretudo, como resistir aos apetitosos workshops de abraçoterapia e risoterapia, que prometem muitas horas de saudável paneleiragem comuna?

Já sabem: Festival FEST-i-BALL, no Teatro Ibérico, já este fim de semana!

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Os Grandes Portugueses.
O meu voto, agora a sério:

Niki Lauda
A puta da censura

Depois da autêntica sessão espírita que foi ontem o debate sobre os Grandes Portugueses na RTP 1, o Professor Oliveira Salazar no caminho de volta, entre o Palácio de Queluz e o Inferno, passou pelo tasco e levou o Cantinho das Lamentações.

É um rude golpe na democracia, mas enfim... Para compensar as bebidas são por conta da casa!

terça-feira, 24 de outubro de 2006

Pequeno mas esgravulha!

Ora aqui está a votação mais importante de todos os tempos. Não, não é a legalização do aborto, embora metaforicamente até haja umas coincidências. Vamos lá eleger os pequenos tugas, é só ir a este blog e contribuir:

http://pequenostugas.blogspot.com/

Digam lá que se a RTP fizesse esta versão não era muito mais interessante!

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Rumo ao Socialismo

Sobre o puxadote aumento do preço da electrecidade berrou o secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação que: "São os consumidores que devem este dinheiro. Não é mais ninguém. Foi quem mais consumiu no passado e isso gerou défice. Este défice tem de ser pago por quem o gerou".
Confrontado com o menor aumento no preço para os consumidores industriais, optou o xôr secretário de Estado por adocicar a voz e esclarecer que: "As empresas estão a competir no mercado e não podemos por razões de energia reduzir a competitividade das empresas".

Que seria de nós - mamões de energia - sem esta gente?
Protesto

Eu sei que a malta gosta é de rir e que o blog até está bem jeitoso (ao estilo placard do talho), mas agora vou mandar uma posta a sério.
Porque quero. Porque posso. Porque o Benfica acaba de levar 3 na anilha e não me apetece brincar.
Já houve um tempo em que nem todos os autores deste tasco tinham ainda caído no niilismo. Nessa altura, os bons velhos tempos (em que ninguém cá vinha), dizia-se mal. No Vodka dizia-se mal, pronto. Agora também se diz mal, mas agora é com piada, é com finesse, com suplesse, em folha seca, enfim. Como dizia o Octávio Machado, vocês sabem do que eu estou a falar.
Entremos então na máquina do tempo, e digamos mal.
Bora lá.

And now, for something completely different....

Quero falar das urgências hospitalares.
(Com esta fodi-vos, na foi?)
Pois, as urgências. Estive o fim de semana passado ali na zona de Aveiro, numa das minhas raras incursões ao bárbarro território do norte. E, lendo um jornal local, fiquei a saber que o Governo planeia encerrar nada mais nada menos que 14 urgências hospitalares. Na bonita zona em que fiquei instalado, são afectados os serviços de Ovar, Estarreja, Espinho e São João da Madeira, entre outros, deixando, na prática, milhares de pessoas afastadas de cuidados de saúde em tempo rápido. E atenção, não estamos a falar de centros de operações XPTO, mas sim de urgências, aqueles serviços que deviam existir em todo o lado.
E isto, meus amigos, é uma vergonha.
Depois queixem-se da fuga para as grandes cidades e da morte do interior e das vilas (sim, porque se isto se passa relativamente perto da costa, imaginem no interior).
Para além de tudo o que de grave isto tem, só dá ao resto do país mais argumentos para a velha lengalenga que os tipos de Lisboa decidem tudo num gabinete e os lixam à distância. O que até é verdade, com a simples ressalva de os tipos do Governo serem todos da província, por acaso.
É esta a esquerda que temos no Governo.

Prontes, era isto.
Siga a banda.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Luiz Pacheco, esse grande passado dos cornos

"Puta que os pariu!"
Resposta à pergunta "Que diria às gerações futuras?" no documentário que passou ontem na 2.

Outras péroloas de sabedoria:

"...Salazar, que também não era tão mal como isso... não era tão mal como isso… era péssimo... mas enfim... era péssimo, mas também não era como estes merdas que há agora..."

"Este, o novinho (Eduardo Prado Coelho), tem ideias mas são francesas."

"Esse rapazola (Eduardo Prado Coelho), esse merdas, era um gajo terrível do partido. Não foi por acaso que o gajo veio de Paris para cá quando o Carrilho se tornou ministro. Está a mexer nos cordelinhos do Carrilho e da Bárbara..."

"O Nemésio deu-me 18 valores. Nunca dei graxa ao Nemésio, como o David (Mourão Ferreira) e o Urbano(Tavares Rodrigues). Eram uma espécie de pagens dele. Montaram-se nele."

"...quem tem inveja do Saramago é o Lobo Antunes e muita… porque o Lobo Antunes deve ter-se convencido que com o seu mérito próprio ganhava o prémio... ora o prémio não é um prémio para mérito próprio, o prémio é um prémio político, o prémio é dado com pontaria, com muita pontaria..."

"Como é que foi o seu 25 de Abril? Opá, os colhões do Padre Inácio... já ninguém liga ao 25 de Abril..."

Entrevista completa aqui.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

sábado, 14 de outubro de 2006

Cantinho das Lamentações

O tasco inaugura uma nova funcionalidade. Agora já podem insultar-nos em tempo real, é só escrever na caixinha do lado. Está um bocadinho deslocada da coluna, mas diz que é design...

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Estamos Safos... Um Dia Destes...

"Manuel Pinho anuncia «fim da crise» da economia portuguesa"

Ora tendo em conta de que o "fim da crise" foi anunciado em Aveiro e de que para Sul é a sempre descer e os ventos de Norte são favoráveis, prevê-se que o "fim da crise" chegue a Lisboa ao final da tarde de Domingo e ao Algarve lá para Quinta ou Sexta-feira à noite o mais tardar.

Quanto ao Norte devido à inclinação do terreno e aos ventos desfavoráveis, o "fim da crise" deverá chegar na primeira quinzena de Novembro.

Em relacção a Trás-os-Montes em particular devido à especificidade geológicas do terreno e às agruras da meteorologia, o "fim da crise" só deverá conseguir chegar a esta região em meados de 2009.
São Tubos Senhor, São Tubos...

Ahhh!!! Afinal isto é que é a internet...



p.s. O Jon Steward é o MAÍORE !!!

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Uândarefale!!!

"IR AO BANCO NA HORA ERRADA

O filho de Gina Costa foi ao banco tratar de assuntos profissionais na hora errada. Acabou por ficar refém. Gina procurava ontem um calmante nas imediações"

in Correio da Manhã
Happy Birthday Mr. President

Aqui no tasco estamos sempre atentos às dicotomias civilizacionais. Este mês celebra-se o Ramadão. Eu, por ocasião do 30º aniversário da minha pessoa, este fim de semana vou celebrar um Camadão. Ai coirão!
Faquíngue Ameizingue!!!

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Ainda há ideias de génio

Alfândega russa descobre pipeline de vodka para a Letónia

Infelizmente juramos que o Vodka Atónito não tem nada a ver com esta iniciativa e disponibilizamo-nos desde já para qualquer esclarecimento junto das autoridades russas.

Entretanto, o barril de vodka atingiu o seu máximo histórico nos mercados internacionais. Como produto genuíno que somos, também o nosso blog valorizou bastante, da tuta e meia da semana passada agora valemos duas tutas.

Obrigado camaradas contrabandistas russos.
Worldwide Suicide II

Manuela Moura Guedes vai voltar a cantar

Os antidepressivos têm efeitos secundários perigosos.
Worldwide Suicide I

Nova Zelândia acolhe primeiro festival de cinema vegetariano

Para quando um Festival de Cinema Gay e Lésbico Vegetariano?
Uma questão de timing

Segundo o DN, o grande artista FF, dos Morangos com Açúcar, esteve hoje no "Clube Morangos", e houve mesmo um concurso de imitadores desse fabuloso cantor. Infelizmente soube disto apenas à tarde e já não ia a tempo. Foi pena, porque assim que acordei fiz uma coisa mesmo parecida com ele.
Se eu soubesse tinha guardado.
O nosso incomparável rei

"Quando o meu filho mais velho nasceu recordo-me que no ano seguinte houve um aumento da natalidade no país. Houve um entusiasmo generalizado e isso foi notório" - D. Duarte, in JN.
O orgulho

"A história do Benfica está ligada ao pé descalço e ao garrafão. E eu não renego as minhas origens. Quando era miúdo passava horas no Estádio da Luz com os meus pais, os meus amigos, e o garrafão, realmente, lá ia ao lado deles" - Luis Filipe Vieira.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Fase MTV

Depois do texto a negrito e os letrinhas sublinhadas em que se clica e abre outra página, o Vodka sempre um passo à frente na inovação, entra definitivamente na era do Vídeo.
Ali BasbaQuim e os Coirões das Aves!!!


Um gajo cria um filho para isto:



E depois venham-me falar de direito à vida. Mais uma razão para votar Sim no próximo referendo.

P.S: A sátira ao Sporting é hilariante!
Da Bítles!!!

A Química do Marketing

Al Design - "A Química do Alumínio"

Av. de Madrid - Lisboa

domingo, 1 de outubro de 2006

A nostalgia

Há coisas que passam pelas nossas vidas e deixam marcas. Outras mal nos tocam. E outras há, que de uma forma ou de outra, são nem carne nem peixe.
Falo, está bom de ver, do Credifone.
Para quem não sabe o que é o Credifone, era um cartãozinho igual aos cartões para ligar das cabinas, só que tinha um nome: era “O Credifone”. Depois passou a dizer-se "dá-me aí o credifone", com letra pequena, porque já se tornara o nome do objecto em si, e não do serviço.
Fascinante.
O credifone é um produto desse tempo distante em que tudo era mais simples. Era o tempo dos TLP, em que os chefes eram gajos da administração pública e ninguém sabia quem eram. Não existiam telemóveis e era estranho telefonar da rua sem usar moedas. Não havia OPAs, conselhos de administração, acções ou preocupações com as reduções de custo. Tudo era mais simples, e todas as preocupações ou responsabilidades vinham ainda longe.
Hoje lembrei-me do credifone. E, para o homenagear, deixo aqui um lindo poema, da música “O Atendedor”, do grande disco "Corações de Atum":

“Pouse o auscultador e aguarde
disse-me o teu telefone
pode telefonar mais tarde
ou mesmo deixar seu nome.
Tua voz na gravação
maltrata o meu coração
escarnece do meu amor
no teu atendedor.
O seu cartão não é valido
sim eu sei, já não presta
e o teu semblante pálido
diz-me que já nada resta.
Tu que eras a minha fada
mas numa manhã nevada
ficaste estátua de gelo
dos pés até ao cabelo.
Sei que agora tens telemóvel
se eu tenho estado alerta
e que no teu automóvel
tu tens clientela certa
Vou destruir as cabines
Magoar os telefones
Ver-te passar em limusines
Mastigando credifones”.

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Coisas que não precisavamos de ficar a saber

Casa Pia:Pigmentação nas partes genitais de Cruz domina sessão

"...o perito do INML que hoje testemunhou em tribunal considerou que os sinais de pigmentação no pénis do apresentador só poderiam aumentar 10% a 20% com uma erecção."

"...tal cálculo é importante para a defesa de Cruz, já que um dos jovens que acusa o apresentador, terá dito que a mancha tinha o tamanho de uma moeda de um cêntimo."

Chato é que a frase: "O Carlos Cruz safou-se com uma granda pinta!" deixará, eventualmente, de fazer qualquer sentido!
Lindo!!!...

...é o "Cabelinho à Paulo Bento".

Já ganhou...
Sem futuro

Mais uma notícia, mais ridícula do que preocupante e daí talvez não.

Engraçado como é que um jornal com estes princípios editoriais só existe há 27 anos, aposto que o Professor Oliveira Salazar aplaudiria de pé o apoio "de forma firma a instituição Família, o direito à Vida e assume o seu apreço pelas raízes cristãs da sociedade portuguesa" e a dissimulação do Sr. João Marcelino que diz que o Correio da Manhã não pretende fazer campanha contra a despenalização do aborto, que a criação deste estatuto é uma necessidade de adaptar o jornal "aos novos tempos".

Novo realmente só o tempo, porque o cheiro a bafio da atitude é notório.
Triste futuro

Esta é a notícia mais preocupante dos últimos tempos.

Quer dizer, daqui a 44 anos, se lá chegar, terei 75 e não basta um gajo já não conseguir ir à casa de banho sozinho, não ter segurança social, não poder ir à rua sem o fato protector por causa dos raios ultravioletas e um barco por causa do aumento do nível das águas do mar, ainda por cima não vai quase haver pitas jeitosas para um gajo se babar?

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Benfica - 0 x Cristiano Ronaldo - 1

Um escândalo o que aconteceu ontem na Luz, mais uma vez o glorioso foi roubado injustamente. Segundo as regras do futebol, para que um encontro possa ser realizado, uma equipa deve entrar em campo com um mínimo de sete jogadores, ora toda a gente viu que o Manchester só jogou com três jogadores, Cristiano Ronaldo, Saha e Van Der Sar.

terça-feira, 26 de setembro de 2006

A Melhor Tatuagem

ENGOLE 69

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Pode ser que seja do cansaço!

Mais um momento magnífico de televisão, ontem na TVI. Marco, Marta e filho assistem em casa aos melhores(?) momentos do Big Brother e comentam. Entre o nariz no meio do cú de uma das bardajonas do programa e o famoso "falam, falam e não os vejo a fazer nada" com caralhos e fodasses pelo meio, a criança lá assistiu às figuras tristes do pai.

A pedagogia de subúrbio é uma corrente cada vez mais na moda!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Analyze This

Numa viagem inesperada a Tomar, eu e alguns amigos meus de longa data, visitámos uma agência de publicidade convenientemente localizada num centro comercial semi-abandonado. Curiosamente, havia um manancial de actividades exercidas pela empresa, e nenhuma dessas era publicidade. Entre as quais podiam-se apontar a venda de computadores portáteis - da Dell e da Apple, note-se - e uma piscina de criação de marisco. Após criteriosa escolha do equipamento, decidiu-se experimentar-se a qualidade do mesmo, o que não seria um teste fidedigno se não saltássemos todos para dentro da piscina. Com o equipamento, claro. Fiquei algo decepcionado pelo baixo nível da água, que dava pelos joelhos, e pelas ameijoas que teimosamente me trincavam os pés. Após uma sessão prolongada de mergulhos, mais ou menos bem sucedidos, decidimos abandonar o sítio. Decidiu-se também que os portáteis não eram coisa por aí além, de forma que os deixámos a repousar junto das tenazes ameijoas. Por alguma razão alguém decidiu vazar a piscina, antes de apanharmos o Cacilheiro para a Margem Sul.

Este foi o meu sonho de ontem à noite.
Feitas as contas, é quase tão bom como aquele em que eu e um amigo, pedimos boleia ao Steven Spielberg, que conduzia uma Renault 4L e possuía um português incrívelmente fluente. Levou-nos até à Buraca, onde saltámos uma vala do esgoto de forma a podermos ir acender um fogareiro. Este objectivo foi gorado por um tiroteio, razão pela qual tivémos que regressar, frustados e sem peixe assado.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

Sobre a Etiqueta da Conversação Online Via Messenger e Boas Práticas Para Não Passar Por Cromo

1. Nicks em Inglês.
Lá por estar na língua de Lord Byron não melhora a qualidade literária do nick. Vómito dos vómitos, surge por vezes associado aos Nicks Com Pensamentos 'Profundos' (ver ponto 3).

2. Decorar com caracteres idiotas.
Mais em voga no segmento sub-20, apanha algumas franjas menos esclarecidas dos 30's. Já são crescidinhos, se querem fazer bonecada usem os toalhetes do restaurante enquanto a taça de tinto da casa não chega à mesa.

3. Nicks com pensamentos 'profundos'.
"É sempre preciso amor para compreenderes o que difere de ti."
Se eu quisesse ler merda deste género lia a Xis.

4. Nicks sobre o tempo.
"O bom tempo está de volta!"
Eu sei, por incrível que pareça tenho janelas para perceber o dia de sol que estou a perder aqui em frente ao computador, a trabalhar.

5. Nick seguido de reticências.
A mais falhada das tentativas de parecer um ser misterioso, profundo, e em última instância, sexy. A querer dar ares de tipo complexo, mais vale ter o messenger sempre desligado e deixar toda a gente a pensar: "Tu queres ver que este gajo tem vida?"

6. Nick com mensagem privada
A mais hedionda, e felizmente rara, das práticas do messenger. "Não me telefones", "Estou farta", "Quero-te". Poupem-nos, e vejam se vão dar uma queca a casa na hora de almoço.

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Louvável

Modelos muito magras proibidas de desfilar em Espanha

Nada a dizer. A medida fala por si e que bem que é aplicada a palavra medida neste caso.
Túnel ao fundo da Luz?

É impressão minha ou o Benfica lá conseguiu jogar algum futebol ontem?

P.S: É outra impressão minha ou aquele Miguelito é um verdadeiro portento do futebol?

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Chlép

Dia 30 de Setembro, Lisboa vai ser palco da Lesboa Party, e como o nome indicia, mete fufice.
Depois das sardinhadas dos Santos, será a segunda vez num ano que as ruas da cidade vão cheirar a peixe.
Quinta Dimensão

Apito Dourado pode ser anulado por ser inconstitucional

De certeza que Portugal não fica entre a Colômbia e a Venezuela?
Iniciação a uma vida banal

Escrevo na ressaca do “heróico” empate arrancado pelo Benfica na Dinamarca. Ressaca talvez não seja a palavra mais indicada. Ressaca sugere festa, excesso, atrevimento anterior, e o jogo desta noite foi tudo menos isso.
Custa-me escrever isto mas o Benfica é, actualmente, uma equipa banal. Banalíssima. Um Belenenses a nível europeu. Uma amiba.
Não jogámos a ponta de um corno. Os loirinhos tentaram mas não sabiam mais, mostraram bem que não sabem jogar à bola. O Benfas nem tentou. O nosso único momento de brilhantismo foi protagonizado por um jogador com nome de aspirante a mecânico, um tal de Paulo Jorge, Pájó para os amigos.
É triste, meus amigos.
O Glorioso acabou o jogo a passar para o lado, a assobiar para o lado, a andar de lado. A fingir que não estava num campo de futebol, mas numa divagação filosófica sobre o nada e o seu significado. À imagem do seu treinador.
Fernando Santos, o engenheiro, disse que essa postura da equipa, de jogar para o lado e para o empate, tinha sido um erro.
Mas foi este engenhocas, que tem a mesma capacidade motivacional de um caracol, que defendeu, antes da partida, que “um empate não seria um mau resultado”.
Xôr engenheiro, faça-me o grande favor de ir à merda. O Benfica é o maior clube português, foi duas vezes campeão europeu, esteve presente em sete finais. O Copenhaga é uma equipa de curling. Um empate não é mau, é terrível. Mais terrível só a falta de confiança e ambição deste engenheiro sem obra.
Sei que o Glorioso não é uma grande equipa. Sei que é de longe o mais fraco dos três grandes, neste momento. Mas também sei que o Benfica não se pode esconder, não pode fugir, não pode armar-se em tímido.
Podemos cair, mas já agora que o façamos como homens. Não como burocratazinhos que só sabem ajeitar a gravata.
Não transforme o Benfica no seu Estoril, xôr engenheiro.
Dedique-se a fazer pontes e estradas, porque de futebol vosselência não entende nada.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Bichas doidas

Ao que parece Buenos Aires vai receber o Mundial Gay de Futebol em 2007. De repente, a expressão "Pontapé nas bolas" faz todo o sentido.

A bichice dá-me nos nervos e para mim isto é mais uma iniciativa tipicamente bicha. Ou seja, mais uma demonstração de: "Olhem para nós aqui! Queremos é dar nas vistas!!"

Um Festival de Cinema Gay e Lésbico é uma iniciativa com todo o sentido, pq são filmes que abordam temas que normalmente não são abordados no cinema corrente, mas futebol é futebol, não há diferença entre ser jogado por heterosexuais ou homossexuais, as regras não mudam, penso eu. A única diferença que consigo imaginar é o ambiente no balneário ser mais "alegre", onde o conceito de marcar golo será, provavelmente diferente.

Talvez a ideia seja essa, transmitir um resumo dos jogos e depois mostrar na íntegra a festa da equipa vencedora no balneário, com a participação da equipa derrotada, pq o que conta é o desportivismo.

Se a justificação é a do futebol ser, supostamente, um reduto machista, então sugiro que organizem touradas gay, ainda por cima a lycra justinha e os dourados são um amor, fofos!
Remédio Santo(s)

Não se apoquente camarada Idle Consultant, a FIFA parece ter a solução:

FIFA mantém em aberto possibilidade de suspensão de Portugal

Pelo menos na Liga dos campeões, quanto ao campeonato nacional... enfim...

Ninguém pára o Benfica!
O Glorioso (???)

A questão que me assalta não é se vamos perder o jogo de hoje para a Champignons Ligue contra o FC Copenhaga, esse colosso do futebol mundial, essa 8ª Maravilha do Mundo...

...a questão é saber por quantos vamos perder este jogo, e o próximo de Domingo contra o Nacional e se o Sô Santos ainda estará aos comandos do nosso Glorioso na próxima Segunda-feira.

Esperemos que não. Antes o Capitão Mário Wilson...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Loose Change 2nd Edition

A teoria da conspiração ou Não acredito em bruxas, mas...

Loose Change 2nd Edition


Já tinha visto o documentário "Loose Change" no Google há algum tempo, mas ontem voltei a vê-lo, no canal 1 da RTP por volta da uma da manhã. De louvar a iniciativa, ainda por cima no canal do estado, já que este documentário arrasa por completo o "amigo americano".

Seguidores da escola Michael Moore, Dylan Avery, Jason Bermas e Korey Rowe mostram que os atentados foram, na verdade, um "inside job" e a maior conspiração americana desde que o homem foi à lua. As teorias fazem sentido? Sem dúvida! Há provas que apoiem essas teorias? Há e muitas, não acredito que tenham inventado páginas de net, recortes de jornais, editado vídeos para ilustrar a sua versão dos factos.

É certo que, no meio, há raciocínios insustentáveis, mas o atentado ao Pentágono, onde não houve vestígios de qualquer avião, as chamadas feitas pelos passageiros dos aviões, numa altura em que a taxa de sucesso de uma chamada feita de dentro de um avião comercial a 30 000 pés era de 0,006% e as explosões em cadeia que se vêem nas torres algures andares abaixo no momento do desmoronamento, são dúvidas inquietantes que persistem sem nenhuma hipótese de virem a ser algum dia esclarecidas.

Vejam e tirem as vossas próprias conclusões.

Mais info: www.loosechange911.com
Fenomenal

Diz a Massa ao Queijo:
- Estou massada!...
Responde o Queijo:
- E eu ralado!

sábado, 9 de setembro de 2006

Lauro Atónito Apresenta…….

…”Marie Antoinette”, de Sofia Coppola.
Digo já ao que venho: todos nós sabíamos que, depois de “Lost int Translation”, a coisa tinha que vir abaixo, né?
Depois do drama onírico-suburbano de “Virgens Suicidas” e do drama urbano-alienado de “Lost in Translation”, Coppola mandou-se agora à história da rainha francesa, decapitada pela revolução, a tal que sugeria ao povo que comesse duchaises, já que não tinham pão. O truque, para a realizadora, aquilo que a atraiu na história, não é tanto o lado histórico, mas sim o percurso de uma princesa austríaca que abandona a sua pátria para em nome de uma aliança política, casar com um apanascado príncipe francês. E história passa pela dura adaptação a novas e muito rígidas regras, a responsabilidade de produzir um herdeiro ao trono de França, a descoberta da sexualidade, da maternidade, enfim, de um certo tipo de crescimento. Só que Coppola conta a história como se nos estivesse a relatar uns anos de Erasmus de uma jovem do século XX. Não há na personagem nada da rainha Marie Antoinette altiva, distante, institucional, há apenas uma jovem a aprender a ser rainha, uma jovem que gosta de festas, de jogo, de bailaricos e amantes. E o ângulo nem é desinteressante, juntando música modernaça à França da idade das luzes, Strokes em Versalhes. O problema é, muito simplesmente, a coisa ficar rapidamente algo ridícula. Uma rainha adolescente (Kirsten Dunst de rabo à mostra), que tem a mesma classe que uma chavala do Barreiro a mascar chuínga, que tem um cão chamado Mops (Esfregonas), é um bocado estranho. Parece que a ideia era, em parte, mostrar que ela era uma espécie de revolucionária face aos fechados modos da corte, mas essa ideia fica-se pelo facto de a senhora, ao contrário do que era costume, bater palmas no final de uma representação teatral. Um grande quebra do protocolo, talvez, mas muito pouco revolucionário num período em que o próprio povo não tinha comida e se preparava para sacar a cabeça à família real.
Depois, parece ser um filme sem grandes meios a tentar passar por outra coisa. Não tenho nada contra os pequenos filmes, mas é um bocado foleiro um filme tentar passar por grandioso e perder dimensão em cenas óbvias. Este filme tem Versalhes (e não apenas a pastelaria), mas depois falta povo, falta gente, falta coisas para as quais não basta uma câmara na mão e alguma boa vontade (umas centenas de figurantes ajudavam). Quando a multidão enraivecida chega ao palácio para os lixar, a câmara mostra-nos meia dúzia de foices e archotes no ar, o que é um bocado estranho.
E, já agora, que raio de merda é aquela de metade da corte francesa ter sotaque nova-iorquino? Por que raio as senhoras dizem “Mônsiê”, como uma turista da Florida na Eurodisney? E porque é que toda a gente fala inglês “amaricano” menos o filho varão da rainha? Lost in translation? Parece que sim.
O filme não é mau de todo, de facto, mas é assombrado por estes e outros equívocos. A primeira parte é chata para caraças, só perucas e vestidos e merdas, mas depois lá vai melhorando. Acho que o truque foi fazer parecer aquilo uma merda total no princípio, para depois sairmos da sala a achar que, “até nem ficou mal de todo”.
Uma França clássica-modernaça, com uns toques desse grande filme que é o “Amadeus”, esse sim um que conseguiu a difícil tarefa de actualizar uma história clássica sem ficar ridículo.
Recomendo a todos os atónitos que vejam o filme, ainda assim. Tem momentos bons e, se conseguirem deixar o filtro do ridículo em casa, talvez alguns achem mesmo genial a forma pop como a realizadora tenta contar a história.
Eu apenas apanhei um bocado de seca e senti, em grande medida, que a menina Coppola se espalhou um bocado ao comprido.
Acontece, e já está perdoada.
O Coito
O Governo de José Sócrates descobriu agora uma coisa muita fixe: a declaração de interesse público.
Não vou falar do caso Mateus. Já não há paciência e, por outro lado, o Vodka Atónito já o explicou muito bem, referindo que, obviamente, a culpa é do preto.
Falo desta fantástica instituição que é o “interesse público”. Sócrates já tinha utilizado a marosca na questão do absurdo e tecnocrata fecho das maternidades, passando por cima dos tribunais, e fez agora o mesmo com o Gil Vicente.
O “interesse público” parece aqueles jogos dos putos, em que quando um está à rasca vai para o coito e ninguém lhe pode tocar.
A questão é que isso não pode dar para tudo, e a separação de poderes é um dos factores essenciais para uma democracia saudável.
E por que não mandar Bruxelas e o Pacto de Estabilidade e Crescimento à merda, alegando o “interesse público”, como por exemplo esse estranho conceito do bem-estar dos cidadãos de um país?
E, já agora, por que não usar o “interesse público” para correr com Sócrates?

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Tá quase



4 de Outubro num torrent perto de si!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Caso Mateus: A conclusão do tuga

A culpa é do preto.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

A Herança Genética é uma Coisa Tramada

O indíviduo que se vê na foto, convenientemente marcado por uma seta, a morder uma cadeira, é o meu primogénito.

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

A morte de um sacana

Dizem-me que o Independente acaba hoje. Vou à respectiva página na net e confirmo.
Emoção nenhuma. Mas um post.

O Independente foi um jornal sacana, mas bom.
Tendencioso, de direita, mas legível e prazeiroso, até para gajos de esquerda como eu.

Um pouco através dele aprendi a ler e, de algum modo, a escrever. Um pouco através dele aprendi a gostar e a odiar Portugal.

No fundo (que é onde o Independente está), o saldo é positivo.
O jornal será sempre reconhecido pela sua sacanice, muitas vezes geradora de injustiças, mas também por ter sido feito, em tempos, por homens que não usavam gravata e se orgulhavam de não terem livro de cheques. Homens quase livres.

Longe vão, no entanto, esses dias em que o Independente se constituiu como o terror privativo da quinta-feira de alguns, trocando o sono de ministros e de outros quejandos por suores frios de temor à manchete do dia seguinte.
Isso – confesso – agradava-me desmedidamente.

Do jornal retirei artigos e imagens de grande qualidade, graças a pessoas como o Nuno Saraiva, o MEC, a Inês Gonçalves, o Paulo Portas, a Céu Guarda, o Júlio Pinto, o João Ferreira do Amaral, a Constança Cunha e Sá, o André Carrilho e o Paulo Nogueira.

Nunca deixei, porém, de desprezar aquele excesso estético à la CDS, da calça bege e da camisa azul com risca branca, do cabelo revirado e do gin tónico na pata superior direita, com direito, por exemplo, ao cantinho do Portugal no seu melhor, que mais não era que uma pífia demonstração de desprezo pela populaça.

Vomitei também, claro, e sempre, a linha descomedidamente liberal(ista) e atlântica.

Mas de peito feito recebi algumas doses de patriotismo (coisa eventualmente parola), reflectida na defesa que ainda faço da soberania de Portugal.

Enfim, deu para rir e aprender qualquer coisita.

É mais uma empresa que fecha. Vítima – é curioso – de um capitalismo (também sacana) que condena ao insucesso projectos de imprensa que ousem navegar por águas diferentes das dos grandes grupos. Não deixa de ter a sua ironia.

Há anos que não leio o Independente. Mas hoje, a caminho da Festa do Avante, talvez pare o carro numa qualquer estação de serviço e, pela última vez, o compre. A luta continua!

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Descoberto o Melhor Blog dos Últimos Tempos

Ana Malhoa, chega para lá.
http://hi5porcas.blogspot.com/

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

The New Legendary

Na praia uma jornalista (?) da TVI entrevista crianças:

Jornalista - O que é que queres ser quando fores grande?
Criança - Polícia.
Jornalista - E tu?
Outra Criança – Eu... eu quero ser um tigre.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Ano negro no ciclismo

Começou com o vencedor da Volta à França a perder o título por uso de dopping.
Agora parece que todo o Plutão foi desclassificado.
Faca na Liga

Depois de observar a qualidade oratória do presidente do Gil Vicente, percebe-se que estamos perante um caso Mateus Rosé.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Astronomia para leigos

Recue-se um dia. O empregado aproxima-se da minha mesa, serve o 'galão normal e a sandes mista com pouca manteiga' e fixa os olhos no título da notícia do Público:
"Plutão deve deixar hoje de ser planeta".

Vários segundos se passam sem que eu, gentil, possa mudar de página. Um sentido de urgência emerge na expressão do homem: "Mas vai explodir?!"

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

sexta-feira, 11 de agosto de 2006

As Sete Colinas

Estou a poucos dias de partir finalmente de férias, o que provavelmente chegará a tempo de impedir-me de enlouquecer e cometer uma carnificina laboral. Vou para o norte da Europa, 4 países em 10 dias. Vou para o frio, para onde ninguém me conhece e não conheço ninguém. Ver coisas novas, gente diferente. Beber cervejas de quatro capitais, fumar os cigarros locais, confirmar que temos a melhor aguardente do mundo, ver as louraças de dois metros, a arte, os carros, as ruas.
Mas, por mais que esteja excitado pela viagem, como sempre acontece, desta vez parte-se-me também um pouco o coração por deixar Lisboa. Lisboa, neste tempo tórrido e magnífico que temos tido, é uma coisa linda de se ver. E, por mais interessante que vá ser conhecer Helsínquia ou Vilnius, o que eu gostaria mesmo era viajar para Lisboa enquanto turista estrangeiro, e apanhar de chapa com o banho de personalidade e boa onda que a nossa bela capital consegue ter. Eu vejo-os andar pelo Chiado e pelo Bairro Alto, a destilar do calor abrasador, a tirarem fotos a tudo e a todos, deslumbrando-se com as vielas, as tascas, as casas, as pessoas, as crianças na rua, as ganzas fumadas na descontra, as esplanadas, algumas delas ainda com os coloridos enfeites dos Santos, os miradouros, as imperiais geladinhas, os monumentos e as lojas. Invejo-os terrivelmente, essas caras felizes e excitadas de surpresa e prazer ao descobrir uma cidade assim, e tenho muita pena de nunca ter sentido esse maravilhoso impacto de deslumbramento súbito.
Conheci esta cidade de mansinho, pouco a pouco. Tudo, das noitadas aos museus, do rio aos assaltos, das bubas maradas aos tascos infectos, das lindas casas que caem um pouco todos os dias.
Amo esta puta desta cidade, e tenho orgulho dela e da impressão que deixa a quem nos visita.
Apesar de tudo, temos sorte.
Boas férias a quem as tiver. Muita força para os outros.
Um abraço.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Agosto

Em tardes como esta o mar é uma bênção,
o gesto azul de um deus,
a memória de um tempo sem tempo.

Em tardes como esta cada instante
sabe a eternidade e o horizonte,
este horizonte é um sinal do que ainda pode ser isso a que chamamos beleza:

Uma onda que nasce enquanto outra morre
desfeita em espuma
levando atrás de si o nosso medo,
a nossa esperança demasiado humana,
o pacto que selámos

e quebrámos com os sonhos mais antigos,
os que um dia foram nossos,
mas são agora o mar,
sem nome nem destino,
coisas que vão e fingem regressar
mas já não nos pertencem


Fernando Pinto Amaral

terça-feira, 8 de agosto de 2006

Sexta-Feira em Albufeira

Este é um calor que queima (mesmo). Viro-me para dentro, há uma gata pequena, ensonada, em cima do televisor. Chama-se Frofens. Há gente para tudo. E gatos para essa gente que sou.
(...)
Vou destilando uma incerta dor ou duas: na mona, no peito e, talvez, na alma (por aí).
(...)
É com água salgada e gritos de putos grandes a jogar à bola que se cura uma ressaca. Sem óculos não reconheço ninguém. Um pouco como ontem à noite num bar cheio de Damien Duffs e Eidur Gudjohnsens, loucos e possuídos pelo barulho da cerveja e da música (a)variada de um Esquizo-DJ (dos Bon Jovi a White Stripes vai um pulinho). E não me lembro de muito. Acho que já disse.
Saio d´água com o cabelo possível e provisório puchadinho para trás (pobres figurinhas) e telefonam-me do trabalho pela ____ vez, confirmando que um qualquer merdas (eu) faz falta numa merda qualquer (the office). A sociedade ocidental deveria, em toda a sua mais merdosa actividade, tomar conta de si com outro profissionalismo. É o que penso.
Branco como a cal, encharco-me com um factor 40, tentando morrer de outro cancro que não o da pele. A morte é como o futebol. É mesmo assim.
(...)
Banho tomado. Barba feita. Vestido e mais ou menos giro saio do barraco. Perfumadinho. Começo a beber e, vagamente, a jantar. Vou pagar. Pego na carteira, constato que não tenho dinheiro para meter um litro de gásóile no carro (que, apesar de tudo, é italiano) e vem-me à memória a noite de ontem, repleta de tugas engatatões, gajas iguais e grandes, Duffs, Gudjohnsens e Esquizo-DJs; noite em que – recordo-me agora – paguei à saída de um bar (under the sea) uma coisa chamada “65 euros”.
“Olha, afinal, sou rico”, digo para mim (mesmo!) como quem sentencia “És pouco estúpido, és!”.
Há por aí uns pratos que se possam lavar?
(...)
Nota final: Não há bebida mais linda que uma cerveja. Em copo grande. Não há.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Vira o disco e toca o mesmo

O novo álbum da luso-canadiana Nelly Furtado é de uma falta de originalidade gritante.
No primeiro álbum cantava que era como uma pássaro. Neste quer que lhe comam a pássara.

segunda-feira, 31 de julho de 2006

Simplesmente genial!

Para não dizerem que o Vodka é um blog machista, de gajos rebarbados que só falam e pensam em gajas, aqui vai um post dedicado a todas as nossas queridas leitoras.

É o último gadget para o iPod e é uma ideia magnífica:

http://www.ohmibod.com/

Como disse um amigo meu: "Isto com música trance até deve fazer espuminha!"
Oops, i did it again

Depois de ver os resultados do ataque israelita a Qana, vejo-me forçado a concordar com a expressão 'armas de precisão'.
São armas que precisão de ter mais pontaria.

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Só para lembrar aos nosso leitores a grande iniciativa que é o

COW PARADE 2006







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domingo, 23 de julho de 2006

Vamos lá a ver se a gente se entende

Sexta-feira à noite, encontrei-me ali para os lados do Bairro com dois camaradas atónitos que, tal como eu, têm andado ocupados a curtir o sol e a embebedar-se valentemente e nunca mais têm escrito no nosso querido tasco.
Questionámo-nos acerca da razão para este deserto, este limbo desgraçado, esta triste ausência de vida, o que é particularmente grave num momento em que o Benfica nem reforços tem para apresentar e distrair-nos um pouco com mais umas ilusões desesperadas.
O Blog está a morrer? Claro que sim.
Atenção, não tenhais medo! Já passámos por momentos piores, em que o blog só sobreviveu porque o tipo encarregue de desligar a máquina estava embriagado e, por engano, fez um ataque de hacker ao Abrupto. Passámos por momentos piores, sim, mas sobrevivemos. Nós somos assim, atónitos e alcoólicos, mas aguentamos mais do que se poderia pensar, seguindo o exemplo dos nossos fígados. Voltaremos.
Está a morrer não pela ausência de postas, mas sim porque a malta anda desatenta ao que de realmente importante se está a passar na blogosfera.
Falo, como é evidente, da Ana Malhoa.
Desde o Canadá ao Nepal não se fala de outra coisa, e o Vodka Atónito nada. Nada. Nem um linquesito, nem uma foto marota, nada.
Assim, é com o coração nas mãos que vos exorto: fotos da Malhoa já!
Vocês que têm os insondáveis requisitos tecnológicos nas mãos, façam o vosso papel.
É a nossa sobrevivência que está em causa.
Tenho dito.

quinta-feira, 6 de julho de 2006

Die deutschen französischen Schufte

Ao que parece, dois meliantes berlinenses vinham divertindo-se, nos últimos dias, a encher bolas de futebol com cimento e a colocá-las em locais públicos, convidando os incautos transeuntes a chutá-las.

Houve uns quantos que partiram o pé.

Este aqui tentou cabeceá-la:


Pois

Correm rumores de que Sofia Loren, actualmente com 71 anos, poderá posar nua para a próxima edição do calendário Pirelli.
Bem sei que, se calhar, a senhora já não chega aos calcanhares das Giseles Bundchens de agora, mas não deixa de ser adequado ter uma velhota num calendário que publicita pneus.
Explicações para uma derrota

Mais uma vez, morremos na praia. Mais uma vez às mãos da França, mais uma vez derrotados por um penalti manhoso. Real, mas manhoso.
Em primeiro lugar, há que começar por dizer que os franceses não mereceram ganhar. Os motivos? São um povo afectado, frouxo e apaneleirado. Deviam ser campeões mundias de cricket, ou de curling, mas nunca de futebol, que é coisa de homens de barba rija.
Levámos na anilha, e não consigo dizer que não foi justo. Em grande medida foi.
Entrámos bem no jogo, estávamos até por cima da França, até que um acaso normal de um jogo de futebol, aquele penalty, nos deixou em clara desvantagem. Queremos encontrar lógica, justiça ou injustiça, mas o futebol é um jogo em que um acontecimento, uma bola ao lado ou uma falta estúpida podem influenciar tudo o resto, e foi isso que aconteceu.
Nós tivemos o azar/azelhice e os franceses tiveram a sorte/mérito de se dar aquele penalty. Tal como na célebre mão do Abel Xavier, é uma situação esquisita. Podemos sempre dizer que “se fosse ao contrário o gajo não marcava”, mas de facto ambos foram penaltis. É duro, mas é a vida.
O penalty deu aos franciús a vantagem que até aí não tinham tido, de poder ser a França a controlar o ritmo do jogo, e isso eles fazem como ninguém.
Podia ter sido diferente, mas desta vez (mais uma vez) foi assim. E eles estiveram irrepreensíveis. Dou-lhes os meus parabéns, desde que nunca mais tenha que ver na televisão a claque feminina da França (Blherk!).

Algumas notas soltas:

1- A táctica
A França é, tão só, a melhor equipa do mundo em termos tácticos. O posicionamento, a ocupação dos espaços, as compensações, tudo o que uma boa equipa faz, a França faz melhor. Portugal entrou taco a taco, mas assim que a França marcou, Portugal levou um banho táctico até final.

2- Cristiano Ronaldo
Muito talento, mas ainda em bruto. Quando aquelas hormonas acalmarem (trata disso, ó Merche!), e aquela energia for canalizada para um jogo não apenas mais colectivo mas sobretudo mais útil, poderá vir a ser o melhor jogador do mundo. Deu à equipa a sede de vitória de que ela precisava.

3 – O árbitro
Um uruguaio qualquer. Bem nos penaltis, esteve sempre mais do lado deles do que do nosso, em inúmeros lances divididos e em alguns cartões. Deixou-se claramente influenciar pelo jogo psicológico dos franciús durante a semana, e a gente até deu alguma razão para isso, em alguns mergulhos para a piscina.

4 – Deco
Esteve em campo? Alguém o viu? Deco é o jogador que faz mexer toda a equipa, e o falhanço dele sente-se mais do que o falhanço de qualquer um dos colegas. Bem sei que aquele meio campo dos franceses é lixado, mas do “Mágico”, como dizem os tripeiros, seria de esperar muito, mas muito mais.

5 – Pauleta
Esteve em campo? Alguém o viu (já agora, isto aplica-se também ao Ministro Costinha, que já nem chega a secretário de Estado).
A França não é o Azerbeijão, e Pauleta mais uma vez mostrou que não tem fibra para os grandes jogos. Em cinco jogos tem 1 golo e meia assistência. Para uma selecção que quer ganhar alguma coisa, um ponta de lança destes é muito pouco. Devia ter vergonha de ter roubado o recorde ao Deusébio.

6 – Os franciús
Depois de tanta conversa sobre o jogo sujo dos portugueses, os brioches também não foram nenhum dream team. Demoras na reposição, fitas, pressão sobre os árbitros, retranca, foi o que se viu. E aquele treinador dos gajos, com cara de impotente foleiro como só os franceses podem ter (vocês sabem, aquele gajo que parece saído da BD do Salomão e Mortadela, ou lá o que é), devia ser enrabado com uma baguete de ferro. Em brasa.

7 – Figo
Um grande, grande capitão.

8 – Zidane
Classe pura. Vai deixar saudades.

9 – Miguel, Maniche e Ricardo Carvalho
Os melhores da selecção durante todo o torneio.

10 – Simão
Continua armado em menino e perdeu a oportunidade de se mostrar a sério. Vai deixar o Glorioso mas deixa-nos uma pipa de massa. Podia ser pior.

11 – Ricardo
Grande influência para um tipo com uma voz tão fininha. Mais uma vez decisivo.

12 – Scolari
Enorme mérito na excelente campanha que Portugal fez. Fez opções estúpidas na convocatória, no banco igualmente (alguém me explica por que carga de água o Nuno Gomes não joga?!), não soube mexer na equipa neste jogo e levou um banho táctico, mas fez-nos acreditar até ao fim. Neste último jogo, no sítio onde eu estava a assistir, cada ataque de Portugal era vivido com intensidade, com a esperança de que Portugal, por mais um passe de mágica, conseguisse chegar ao golo. Nunca vi uma coisa assim antes. E isto é mérito de Scolari, que nos fez saber o que é acreditar, ao contrário do nosso tão natural pessimismo e desencanto. Deve continuar e saber fazer a renovação da equipa.

Foi giro. Chegámos onde podíamos, porque claramente não somos a melhor selecção do mundo. Mas estamos entre as quatro, e isso tem, para um pequeno país como o nosso, grande valor. Estejamos orgulhosos dos nossos rapazes.

Viva Portugal.
FORZA ITALIA!!

Nunca pensei em vir a dizer isto, mas prefiro o sebo dos Italianos à arrogância dos Franceses. Além disso não vejo melhor desforra que a França levar uma lição de anti-jogo com os senhores que o inventaram.
O bode expiatório

Qual árbitro, qual anti-jogo francês, a culpa foi do Ricardo! Um penaltiezito de merda e a menina não conseguiu defender. Que vergonha!

segunda-feira, 3 de julho de 2006

Factos interessantes do Mundial

1 - O Ricardo defender três penalties

2 - O Ricardo nunca conseguir agarrar uma bola

3 - O "Joga Miserável" do Brasil

4 - A táctica do Scolari em meter a Nossa Senhora do Caravaggio a trinco

5 - A presença de uma selecção do norte de África nas meias-finais

terça-feira, 27 de junho de 2006

Classificados “sentimentais” do Público – Verídico e precioso

CLÍNICA CHINESA
Terapia oriental, Shiatsu, Tui-na, Anti-Stress. Não convívio.

AFONSO
Ladies Only. Parço D’Arcos, Priv. Apart.

JOVEM SENHORA
Dificuldades económicas convive cavalheiros.

MODELO
Precisa de rapazes esculturais para acompanhar em jantares de negócios (?!?!?!?!?)

BENFICA 2 AMIGA QUARENTONA
Simpática bem constituída peluda completa quente

DOLCE VITA- PURO PRAZER!
Apolo, dotado, activo. Desl/privSpeak English

A EMPRESÁRIA
Linda, sofisticada, provocante, convida-o para uma renião escaldante

E o meu preferido:

JOVEM BALZAQUEANA
Elegante, convívio.
A Arte da Guerra

A vitória portuguesa na “Batalha de Nuremberga”, como os jornais portugueses tão sabiamente lhe chamaram (títulos é com eles), encheu a alma deste país, e também a minha.Entre nós instituiu-se, durante e depois do jogo, a corrente de pensamento segundo a qual os portugueses foram uns meninos magoados pelos mauzões dos holandeses. Bom. Uma coisa é certa. Os laranjas entraram para partir e, pior que isso, para intimidar. No fundo, para mandar sem serem melhores, apenas porque eram mais arrogantes. Entraram para partir, porque só assim se sentende que tenham metido um trolha central (o marroquino feioso) a defesa direito, deixando o titular no banco. Era o tipo do trabalhinho sujo, nada mais nada menos que partir as pernas ao Ronaldo. Entraram para intimidar, numa fuga para a frente de quem tinha bem viva na memória as últimas derrotas contra os pobretanas dos tugas, esse povo bárbaro do sul da europa que enfarda sardinhas e dorme nas ruas de Amesterdão, com os cães e os tambores. A intimidação estava em cada lance, em cada empurrão gratuito quando o jogo estava parado. Em cada ar de desprezo perante os nossos jogadores. Mas, se eles entraram assim, rapidamente nós fomos atrás. E bem. Repito, e bem.Este foi um daqueles jogos ganhos no braço, na garra, na alma, como dizem os brasileiros, foi ganho na marra. E deu mais gozo por ser assim. Foi um daqueles jogos em que, se fôssemos meninos, tínhamos perdido de certeza, porque os holandeses nos perderiam o respeito. A entrada sobre o Ronaldo foi uma declaração de intenções. Era a guerra, e os nossos rapazes foram uns bravos guerreiros. Se eles começaram, nós não ficámos atrás. Não vale a pena armarmo-nos em anjinhos. Fodemos os gajos na porrada mas, sobretudo, na ratice. A entrada assassina foi maldosa e demonstrou falta de fair-play? Sim. Mas também a fita do Figo na expulsão do marroquino, também a fita do Van Bommel (precisava de fazer um estágio com o Liedson para ao menos aprender a atirar-se para o chão), também a demora na reposição por parte do Ricardo e do Deco, também, e sobretudo, o ataque à traição dos laranjas quando deviam dar-nos a bola. Quando o Deco viu aquilo e saiu disparado para lhe dar uma trancada, aplaudi tanto como no golo. No futebol, aquilo não se faz. Até na guerra há uma espécie de código de honra, e os holandeses, por quem sempre tive uma grande simpatia, mostraram não ter honra nenhuma. Qualquer jogador daria aquela porrada, e eu aplaudiria. Tudo isto para dizer que, naquele jogo, não houve bons e maus. Houve uns meninos (os laranjas) que se armaram em homens, e depois houve homens (os portugueses), que se recusaram a amochar humildemente e aceitar, mais que a pancada, o desaforo, e lhes deram uma lição de coragem, de determinação e, muito importante, de “ratice” (aquela falta cavada pelo Petit foi absolutamente genial e merecia estar no DVD dos melhores momentos do Gil Vicente). Foi uma guerra e, como costuma acontecer, ninguém saiu limpo. Mas, numa guerra, o importante é sair vivo, e de pé. E isso nós fizemos, com toda a justiça de um povo que aprendeu cedo demais a comer e calar.

Notas finais:

Costinha: Xôr Ministro, vá comprar urgentemente um cérebro.

Ricardo: Os arrepios do costume, a apetência e a alma do costume nos momentos decisivos, pela selecção.

Scolari: Fantástico a unir a equipa e a transmitir-lhe uma garra que nunca vi em qualquer selecção portuguesa. Acertadíssimo nas substituições.

Deco: Esqueceu-se que já não joga no Porto, e infelizmente fica de fora no próximo jogo.

Ricardo Carvalho: Em bom futebolês, o “esteio da defesa”.

Petit: A experiência e a pós-graduação em “ratice”.

Miguel: Um pulmão e uma alma que nunca mais acaba. Tás perdoado, Chelas.

Bifes: Venham com a cagança do costume, que é assim que a gente gosta.

segunda-feira, 26 de junho de 2006

16 amarelos + 4 vermelhos

Ainda está por perceber porque razão o Maniche marcou um golo numa partida de Paintball.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

Falando simplesmente de bola

Lamento imenso a opção da SIC em transmitir mais logo o jogo entre Japão e Brasil.
Consta que à mesma hora decorrerá um espectáculo bem mais grandioso: Croácia contra Xanana & Ramos Horta.
A não perder na Sport TV 2.
Ponto G

Não resisto a partilhar com os camaradas atónitos a intervenção do incomparável Gimba, no Blitz.

Blitz: Acredito que noutra encarnação fui...
Gimba: Não acredito em Encarnações. Sempre duvidei de Marias, Isabéis e Teresas. O meu negócio é mesmo Fátimas - e de preferência com busto 40.

B: Uma vez (quase) andei à pancada por causa de....
G: Um betinho que não queria andar à pancada (o urso!). O assunto resolveu-se com um par de capilés.

B: Gostava de ter dinheiro para...
G: Abrir uma conta bancária - daquelas em que até se fazem depósitos.

B: E se eu não tive nascido, o mundo seria...
G: Órfão de Gimba. Nem quero pensar. É difícil conceber o planeta Terra nesses moldes. Seria a aridez total. Um Sahara global. Um montão de poeira cósmica à deriva na galáxia, tendo como único elemento hídrico "as lágrimas de minha mãe".

quarta-feira, 21 de junho de 2006

Welcome back

Hoje comprei o Blitz. Fui à tabacaria ao pé do trabalho e pedi o Blitz, e o gajo fez um sorrisinho maroto e respondeu "o Blitz não temos, mas temos a Blitz!".
Não relatarei aqui o que me apeteceu fazer ao citado Badaró, mas serve isto para dizer que o Blitz é agora uma revista. E toda janota, por sinal. Parecida com a Mojo, com grafismo razoável, até traz coisas de jeito para ler!!!!
Durante anos comprei o Blitz. No início adorava-o, depois foi só o hábito que ficou (não é sempre assim?), até porque a qualidade do jornal foi caindo consideravelmente no espaço de poucos anos. Deixei de o comprar quando as capas alternavam invariavelmente entre o MárioLino Manson e um rapper manhoso qualquer, o que ainda durou um bom tempo.
Mas agora estou de volta. A solução, ditada pelos tempos mercantilistas que todos vivemos, era fechar de uma vez ou reformular a coisa em revista. Ainda bem que adoptaram esta segunda via. Pelo primeiro número, está uma coisa decente e até interessante. Espero que continue assim, e terá aqui um leitor fiel, nem que seja por motivos sentimentais.
Tenho saudades do jornal dos velhos tempos, mas sei que hoje em dia as coisas já não se fazem assim, "como deve ser". E para suplemento semanal, o Y continua a ser bem melhor do que o Blitz estava a ser.
Sim, comprarei o Blitz. "O" Blitz, não entro cá nessas merdas de comprar "A" Blitz, parece que tou a comprar uma magazine de gaja. Da mesma forma que um Português Suave, dos amarelos e castanhos, nunca poderá ser, apenas, um "Português".
Welcome back, novo-velho Blitz.
Futebol espectáculo é na TVI

No noticiário do almoço da TVI fomos presenteados com mais um suculento naco de boa informação. Neste caso, o título forte da notícia era "D. Duarte detecta armas ilegais em Timor".
O tom surrealista desta frase deixou-me colado ao ecrã, e o resultado não desiludiu. Aparentemente, o nosso rei esteve em Timor, e relatou "em exclusivo" à TVI que, quando vinha de jipe nas estradas à volta de Dili, viu uns rapazotes de G3 na mão. Ora aí está! Qual James Bond, pá, o D. Duarte é que deslinda estes mistérios difíceis, pá!
E também gostei muito da frase de encerramento da notícia, de viva voz pelo rei de todos nós e de todos os mongolóides deste mundo: "Vínhamos no jipe e mandaram-nos parar. Depois o nosso motorista disse-lhes que no carro vinha o Rajá de Portugal, e eles vieram todos cumprimentar-me. Foi muito engraçado".
De facto.
A sugestão

Vendo belas imagens desse pardieiro chamado Timor, apercebi-me que Portugal, sempre na vanguarda, descobriu finalmente um sítio onde alguém gosta da GNR.
Próximo passo: mandem para lá os gajos da Emel e o Nuno Melo.
Portugal 2 x México 1


Inés Sainz a tal periodista da TV Azteca (México)

Portugal x México: lá que eles tinham vaca, tinham... mas a vitória foi nossa!!!

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Do mesmo dono da Pastelaria Salmonela

A caminho do elevador, vejo que este tem um papel afixado: "Manutenção efectuada".
Nome da empresa responsável pela manutenção? Bonne Chance.

Deixe estar, vou pelas escadas.

quarta-feira, 14 de junho de 2006

A Mística do Cholé

“A razão do sucesso foi o balneário” .
Augusto Inácio, treinador do Beira-Mar

terça-feira, 13 de junho de 2006

A emocionante saga de Carlo Rasmussen

Carlo Rasmussen era uma loura criança italo-germânica. Nascera em Colónia, na Alemanha, o seu pai era alemão, a sua mãe era alemã, mas os seus óculos de sol preferidos eram italianos, obra de um artesão florentino. Colónia era nessa altura uma cidade pacífica e agradável, especialmente para aqueles que não detinham o sentido do olfacto. O pai de Carlo era o Dr. Strauss Rasmussen, um cientista especializado em engenharia genética. A sua mãe era também o Dr. Strauss Rasmussen, o que sempre causou à criança muita estranheza. Carlo era fruto de uma experiência de laboratório, um ser criado de raiz a partir de uma semente de sésamo, matéria que o Dr. Rasmussen sempre considerou detentora de “um grande potencial creativo, se lhe forem dadas as oportunidades”. Era grande preocupação do cientista dar a Carlo uma infância o mais normal possível, pelo que entendia fundamental a existência de um pai e de uma mãe. Para solucionar esta dificuldade, o doutor passava os dias vestidos de pai e as noites vestido de mãe. Contudo, esta regra era violada algumas vezes, pois havia certas ocasiões em que o Dr. Rasmussen se julgava sozinho em casa e se vestia de mulher mesmo durante o dia, mas desta feita para seu próprio prazer. Mesmo assim, Carlo teve uma infância normal, se exceptuarmos o facto de se recusar a mascarar-se de Zorro, excepto no Natal, ocasião em que o fazia de bom grado e até com alguma excitação. Por outro lado, nunca se deu bem a jogar ao pião, porque quando o lançava era o próprio Carlo que começava a girar sem parar, o que até podia ser divertido não fosse o facto de os seus colegas o tentarem girar na palma das suas mãos, o que o deixava muito irritado, além de despenteado. Mas a escola corria-lhe bem, apesar de sentir algumas dificuldades em dizer a tabuada dos sete enquanto fazia o pino e cantava tirolês. Isto fez com que chumbasse vários anos seguidos, até que propôs que o seu exame fosse constituído por uma prova ainda mais difícil, no caso a tarefa de comer dez pratos de esparguete à bolonhesa por uma palhinha. Voltando a casa depois de ter finalmente passado no exame, o seu pai ficou felicíssimo e ofereceu-lhe um livro de banda desenhada e uma fotobiografia do Clemente. Adorou ambas as prendas, especialmente o livro, e isso foi o início de um mundo novo para ele. Passava horas seguidas a ler livros aos quadradinhos, mas só o conseguia fazer se tivesse um revólver à mão, pois olhava para os bonecos e insistia que os anõezinhos coloridos o queriam matar. Um dia, um anãozinho colorido tentou de facto matá-lo ao tentar desenhar-lhe um bigode ridículo na testa, mas Carlo conseguiu escapar e correu a esconder-se dentro de um vaso de crisântemos que tinha no jardim. Passou lá vários anos, saindo apenas de vez em quando, quase sempre na altura dos saldos. Foi envelhecendo e tornando-se mais maduro e equilibrado, fruto da luz correcta e de ser regado regularmente. Dez anos depois de estar no vaso decidiu sair, até porque o facto de estar lá dentro tornava-lhe muito difícil jogar golfe, um dos seus passatempos preferidos. Voltou ao seu quarto um homem novo, e agora chamava-se André Mokenga e era um cabide de arame. Afirmava ter visto a luz, e ter percebido finalmente que o seu objectivo neste mundo era encontrar Deus, cuja figura lhe fora revelada em sonhos ainda dentro do vaso. Passou a vaguear pela terra em busca do seu criador, e insistia com as pessoas para que lhe pusessem os casacos em cima, dizendo “Ponha, ponha, é para isso que eu sirvo, oh que bom!”, o que levou um vizinho seu a pôr-lhe a alcunha de André Mokenga, o cabide de arame. Os anos passaram e André não encontrava Deus. Um dia, já grisalho, voltou para casa de seu pai e de sua mãe, o Dr. Rasmussen. Foi aí que, ao voltar a ver o seu pai, encontrou finalmente o ser que buscava há tantos anos: à sua frente, o seu pai tinha-se transformado no ser que vira em sonhos, a divindade. Em vez do Doutor sisudo e de meias de nylon que era antes o seu progenitor, Strauss Rasmussen parecia-se agora com um Eládio Clímaco com pés de pato e com uma equação complicada tatuada nos dentes.
“Meu Deus!”, gritou André, e correu na direcção do Todo-Poderoso.
“Sim, sou eu! O verdadeiro castor conhece sempre a melhor omeleta!”, e dizendo isto abriu os braços para abraçar o crente. Depois colocou-lhe o casaco em cima e pendurou-no no armário, onde Carlo Rasmussen ou André Mokenga (como quiserem) vive feliz até hoje, apesar de atormentado por uma traça ateia.

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Joint-Venture


Director Criativo: idle consultant
Monta-cargas: raviolli ninja