Os pós-modernaços
Eu não sou tipo de traçar objectivos no revelhão. Logo se vê, é o melhor. Mas a minha grande promessa para dia 1 de Janeiro é que continuarei a fumar, assim que a ressaca me deixar.
No dia 1 entra em vigor mais uma lei fantástica no nosso país, a do anti-fumo, a dos anti-fumadores, a do salvem-as-criancinhas, a do vamos-limpar-por-cima-e-atirar-a-merda-para-debaixo-do-tapete.
Como é óbvio, acho bem que as pessoas não levem com o meu fumo. Acho bem que as criancinhas não ganhem cancro aos 3 anos de idade porque eu, ganda malandro, saquei de um Camel depois de destroçar uma travessa de cozido à portuguesa. E acho bem que haja espaços diferenciados para quem fuma e para quem não o faz. E, já agora, que as criancinhas que me berram aos ouvidos num restaurante ou num avião fossem transferidas para uma ala especial, dedicada a quem tem paciência para isso.
O meu problema é outro.
É que esta lei é apenas mais um sinal da cruzada pela pseudo-saúde, e pela superioridade, inclusivamente moral, dos limpinhos. Sim, aqueles que se deitam a horas decentes, cumprem o horariozinho, vêm a Praça da Alegria e não bebem café à noite porque senão não dormem. Odeio o ar presunçoso com que alguns colegas de trabalho - os limpinhos - me dizem, quando me vêm de cigarro na mão, "a partir de 1 de Janeiro acabou-se, ehehe".
Cambada de palhaços.
Não vou entrar sequer na conversa do quanto dinheiro eu dou a ganhar ao Estado - e que serve também os limpinhos - pelo facto de fumar. Não interessa.
Mas esta lei é mais um marco do Portugal modernaço. O Portugal de Sócrates é, cada vez mais, um país modernaço. E mais atrasado, é claro, porque o modernaço é a tarefa básica de quem é demasiado preguiçoso para tentar realmente ser moderno. Tantas preocupações com a saúde do povo português toca-me o coração. A sério. Depois acabam de fechar mais três urgências hospitalares no interior, mas pronto, não se pode ter tudo. Desde que haja uma medida mediática, uma lei modernaça (o Sócrates andou a oferecer GPS topo de gama aos membros do Governo), então tudo está bem, podemos todos dormir descansados.
Dia 1 de Janeiro, continuarei a dar dinheiro ao Estado. Almoçarei num restaurante que me permita fumar um cigarro com o café, que para mim faz parte da refeição. E terei de aturar as piadolas dos limpinhos, enquanto correm para casa para dobrar o pijaminha a horas.
É a vida.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
O Natal
Finalmente acabou, é a primeira coisa que me aptece dizer. Eu não desgosto do Natal, mas isto tem muito menos piada quando se é suposto ser adulto. Aliás, um gajo percebe que é adulto quando oferece prendas melhores do que as que recebe. "Quanto tive filhos deixei de comer pernas de frango, tive que me dedicar às asas, que ninguém gosta", dizia-me o meu pai antigamente. Se calhar tem a ver com isso.
Os cínicos, como eu, tendem a não gostar do Natal. Gostam de dizer mal do Natal, isso sim.
Quero partilhar uma imagem que me ficou, quando estive uma hora à espera da minha mãe no Cais do Sodré, na véspera de Natal. A estação estava estranha, com pouca gente e poucos comboios para um dia de semana. Entre os passageiros, o português do Paraná (e aquela merda do aborto ortográfico, hã?) era o mais parecido com a nossa língua que se conseguia ouvir.
E, no meio dos poucos passageiros, naquela noite gelada em que todos os cafés estavam fechados (e eu cheio de dores de cabeça e a morrer por uma bica), estava um homem na plataforma.
50 e tal anos, de pele escura e ar magrebino. Rosto cansado, dorido, batido pelo trabalho, provavelmente. Ia apanhar o comboio para Cascais, onde aparentemente iria ter com a sua família. Nas mãos - e isto foi o que realmente me impressionou - tinha duas coisas: uma caixa com um bolo e um ramo de flores, de aspecto pobre e simples.
Ia ter com a sua família, e levava um bolo e flores, para a sua mulher, talvez?...
E o Natal é para estas pessoas. Para quem sofre diariamente, muitas vezes num país que não é o seu, lutando de manhã à noite por um salário de miséria. É para eles, para quem a família os leva a sacrifícios impensáveis para nós, niilistas de pacotilha.
O Natal não é para nós, os cínicos, os irónicos profissionais.
É para os velhos - e que chatos eles conseguem ser - e para os solitários, que às vezem conseguem ignorar essa solidão por apenas um dia, uma noite que seja.
O Natal é para aquele homem na plataforma, à espera do comboio para Cascais, com um bolo numa mão e um ramo de flores na outra.
Bom Natal para todos, meus amigos.
Finalmente acabou, é a primeira coisa que me aptece dizer. Eu não desgosto do Natal, mas isto tem muito menos piada quando se é suposto ser adulto. Aliás, um gajo percebe que é adulto quando oferece prendas melhores do que as que recebe. "Quanto tive filhos deixei de comer pernas de frango, tive que me dedicar às asas, que ninguém gosta", dizia-me o meu pai antigamente. Se calhar tem a ver com isso.
Os cínicos, como eu, tendem a não gostar do Natal. Gostam de dizer mal do Natal, isso sim.
Quero partilhar uma imagem que me ficou, quando estive uma hora à espera da minha mãe no Cais do Sodré, na véspera de Natal. A estação estava estranha, com pouca gente e poucos comboios para um dia de semana. Entre os passageiros, o português do Paraná (e aquela merda do aborto ortográfico, hã?) era o mais parecido com a nossa língua que se conseguia ouvir.
E, no meio dos poucos passageiros, naquela noite gelada em que todos os cafés estavam fechados (e eu cheio de dores de cabeça e a morrer por uma bica), estava um homem na plataforma.
50 e tal anos, de pele escura e ar magrebino. Rosto cansado, dorido, batido pelo trabalho, provavelmente. Ia apanhar o comboio para Cascais, onde aparentemente iria ter com a sua família. Nas mãos - e isto foi o que realmente me impressionou - tinha duas coisas: uma caixa com um bolo e um ramo de flores, de aspecto pobre e simples.
Ia ter com a sua família, e levava um bolo e flores, para a sua mulher, talvez?...
E o Natal é para estas pessoas. Para quem sofre diariamente, muitas vezes num país que não é o seu, lutando de manhã à noite por um salário de miséria. É para eles, para quem a família os leva a sacrifícios impensáveis para nós, niilistas de pacotilha.
O Natal não é para nós, os cínicos, os irónicos profissionais.
É para os velhos - e que chatos eles conseguem ser - e para os solitários, que às vezem conseguem ignorar essa solidão por apenas um dia, uma noite que seja.
O Natal é para aquele homem na plataforma, à espera do comboio para Cascais, com um bolo numa mão e um ramo de flores na outra.
Bom Natal para todos, meus amigos.
Blogs 2007
Não me apetece escrever, mas menos me apetece mamar com a fronha do José Bosingwa cada vez que visito este antro. Assim - e porque apagar o último post está fora de questão, e porque é fim-do-ano, hoje sei lá porquê escritinho com hífens, e porque acabei de comer o arroz de pato que trouxe de casa, que ando a perder poder compra vai para mais de seis anos e não me permito ir a restaurantes, e me sobra ainda algum tempo - venho aqui fazer um rápido apontamento ("Ele é burro. Nem sabe fazer um apontamento", dizia o meu querido Avô do próprio irmão, com crueldade e graça. E tenho saudades dele) sobre blogs.
Assim tipo prémios. Que não valem nada. Quase tão nada como um globo de ouro do Balsas.
É todo um então é assim:
Melhor blog: o aqui linkado Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...
Melhor blogger apesar de: maradona.
Melhor blogger mesmo: Senhor Doutor besugo.
Tudo gente do sporting.
Puta de escolha, também lhes digo.
Não me apetece escrever, mas menos me apetece mamar com a fronha do José Bosingwa cada vez que visito este antro. Assim - e porque apagar o último post está fora de questão, e porque é fim-do-ano, hoje sei lá porquê escritinho com hífens, e porque acabei de comer o arroz de pato que trouxe de casa, que ando a perder poder compra vai para mais de seis anos e não me permito ir a restaurantes, e me sobra ainda algum tempo - venho aqui fazer um rápido apontamento ("Ele é burro. Nem sabe fazer um apontamento", dizia o meu querido Avô do próprio irmão, com crueldade e graça. E tenho saudades dele) sobre blogs.
Assim tipo prémios. Que não valem nada. Quase tão nada como um globo de ouro do Balsas.
É todo um então é assim:
Melhor blog: o aqui linkado Olhe que não, shô Doutor! Olhe que não...
Melhor blogger apesar de: maradona.
Melhor blogger mesmo: Senhor Doutor besugo.
Tudo gente do sporting.
Puta de escolha, também lhes digo.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
O cúmulo das ironias é...
... o director regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) do Algarve, ser um senhor cujo apelido é Van der Kellen.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Mail da semama (pelo menos até hoje, quarta-feira)
Estas são piadas retiradas do livro 'Desordem no tribunal'. São coisas que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram que permanecer calmos quanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.
Advogado : Qual é a data do seu aniversário?
Testemunha: 15 de julho.
Advogado : Que ano?
Testemunha: Todo ano.
Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
Testemunha: Sim.
Advogado : E de que modo ela afeta sua memória?
Testemunha: Eu esqueço das coisas.
Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
Advogado : Que idade tem seu filho?
Testemunha: 38 ou 35, não me lembro.
Advogado : Há quanto tempo ele mora com você?
Testemunha: Há 45 anos.
Advogado : Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou aquela manhã?
Testemunha: Ele disse, 'Onde estou, Bete?'
Advogado : E por que você se aborreceu?
Testemunha: Meu nome é Célia.
Advogado : Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a
pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
Advogado : Seu filho mais novo, o de 20 anos...
Testemunha: Sim.
Advogado : Que idade ele tem?
Advogado : Sobre esta foto sua...o senhor estava presente quando ela foi tirada?
Advogado : Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
Testemunha: Sim, foi.
Advogado : E o que você estava fazendo nesse dia?
Advogado : Ela tinha 3 filhos, certo?
Testemunha: Certo.
Advogado : Quantos meninos?
Testemunha: Nenhum
Advogado : E quantas eram meninas?
Advogado : Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
Testemunha: Por morte do cônjuge.
Advogado : E por morte de que cônjuge ele acabou?
Advogado : Poderia descrever o suspeito?
Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
Advogado : E era um homem ou uma mulher?
Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...
Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você freqüenta?
Testemunha: Oral.
Advogado : Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?
Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20:30 h.
Advogado : E o sr. Décio já estava morto a essa hora?
Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.
Advogado : O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?
******* Essa é a melhor ********
Advogado : Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
Testemunha: Não.
Advogado : O senhor checou a pressão arterial?
Testemunha: Não.
Advogado : O senhor checou a respiração?
Testemunha: Não.
Advogado : Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a
autópsia começou?
Testemunha: Não.
Advogado : Como o senhor pode ter essa certeza?
Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
Advogado : Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!!!
Estas são piadas retiradas do livro 'Desordem no tribunal'. São coisas que as pessoas realmente disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos, que tiveram que permanecer calmos quanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente.
Advogado : Qual é a data do seu aniversário?
Testemunha: 15 de julho.
Advogado : Que ano?
Testemunha: Todo ano.
Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
Testemunha: Sim.
Advogado : E de que modo ela afeta sua memória?
Testemunha: Eu esqueço das coisas.
Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
Advogado : Que idade tem seu filho?
Testemunha: 38 ou 35, não me lembro.
Advogado : Há quanto tempo ele mora com você?
Testemunha: Há 45 anos.
Advogado : Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou aquela manhã?
Testemunha: Ele disse, 'Onde estou, Bete?'
Advogado : E por que você se aborreceu?
Testemunha: Meu nome é Célia.
Advogado : Me diga, doutor... não é verdade que, ao morrer no sono, a
pessoa só saberá que morreu na manhã seguinte?
Advogado : Seu filho mais novo, o de 20 anos...
Testemunha: Sim.
Advogado : Que idade ele tem?
Advogado : Sobre esta foto sua...o senhor estava presente quando ela foi tirada?
Advogado : Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
Testemunha: Sim, foi.
Advogado : E o que você estava fazendo nesse dia?
Advogado : Ela tinha 3 filhos, certo?
Testemunha: Certo.
Advogado : Quantos meninos?
Testemunha: Nenhum
Advogado : E quantas eram meninas?
Advogado : Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
Testemunha: Por morte do cônjuge.
Advogado : E por morte de que cônjuge ele acabou?
Advogado : Poderia descrever o suspeito?
Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
Advogado : E era um homem ou uma mulher?
Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...
Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você freqüenta?
Testemunha: Oral.
Advogado : Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?
Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20:30 h.
Advogado : E o sr. Décio já estava morto a essa hora?
Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele.
Advogado : O senhor está qualificado para nos fornecer uma amostra de urina?
******* Essa é a melhor ********
Advogado : Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
Testemunha: Não.
Advogado : O senhor checou a pressão arterial?
Testemunha: Não.
Advogado : O senhor checou a respiração?
Testemunha: Não.
Advogado : Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a
autópsia começou?
Testemunha: Não.
Advogado : Como o senhor pode ter essa certeza?
Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
Advogado : Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!!!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Pub
Eu cá gosto de publicidade. Sempre gostei, mesmo quando éramos putos e dava sempre os mesmos três anúncios. E gosto dos bons e dos maus. Gosto mesmo mais do que quase toda a programação. E de todo o tipo de produtos, também. Bebidas, claro, em que te tentam convencer a beber que nem um javardo, mas sendo um gentleman, cheio de classe e moderação. De pensos higiénicos, em que normalmente há gajas boas e andam sempre de cuecas, não sei porquê. Do Malibu, a gozar com os pretos seriamente na boa.
Serve este entróito para falar de algumas campanhas que, por motivos diferentes, me têm chamado a atenção.
1 - A Popota.
Mas quéstamerda?! Aparece um boneco animado todo tecnológico, a atirar para o gorducho, a dançar na TV com uns gestos libidinosos ao som de um 'ripoff' da Gwen Stefani? E depois fala-se do "Natal da Popota", e mai na sei o quê?
Who the fuck is Popota?!
Como se atrevem estes imbecis?!
Popota? E metem adultos, quer dizer, uns seres das novelas que dizem que são famosos, a dizer para apoiarem o Natal da Popota? Será que esta malta tem consciência do ridículo que é estarem a falar como um bébé de x meses (não percebo nada de bébés, não sei quando começam a falar. Um ano, talvez?...)?
E que é feito da Leopoldina? Sim, essa galdéria, que também era uma boa merda mas ao menos tinha um nome como deve ser, não se chamava Pôpôdina!
2 - Cerveja Tagus.
E aqui as coisas complicam-se. Eu nunca peço Tagus, nem me lembro que existe, gosto de Superbock e de Sagres Mine e, no Verão, marcha uma Carlsberg fresquinha. Mas já provei a Tagus, e até é bem boa.
Os tipos tinham uma campanha que proclamava o "Orgulho Hetero".
Ui, ganda bronca em que eles se meteram.
Os críticos dos jornais ficaram malucos, a blogosfera a ferro e fogo, pelo grande mau gosto da campanha.
Eu também não gosto da campanha. Mas gosto ainda menos desta merda desta mania do politicamente correcto e "se disserem orgulho hetero estão a discriminar os homossexuais". Não! O que os homossexuais e os politicorrectos ainda não perceberam, é que EU ME ESTOU OLIMPICAMENTE CAGANDO PARA OS HOMOSSEXUAIS. E para os heterossexuais, e para os sócios do Gil Vicente e para o Chavez e o Rei de Espanha. Who cares?
Quando olho para uma rapariga, estarei a ser discriminatório para com os gays? Pelo andar das coisas talvez...
Isto faz-me lembrar um tipo de onde eu trabalho, que hoje me disse uma coisa fantástica: "Eh pá, ontem a minha mulher quase não me deixava entrar em casa por causa do cheiro dos vossos cigarros".
Eehehe, que giro.
O que é estranho é que ele supostamente não é capado, nem nada.
Bom, adiante.
A campanha é uma merda, mas pior são as críticas enfurecidas, que por acaso vieram todas de heterossexuais bué preocupados com o bem-estar da comunidade gay. Esta, presumo eu, estará ainda a viver normalmente como sempre faz, em vez de andar em cruzadas ridículas contra moinhos de vento.
E a cerveja é boa. E tem um anúncio ali na Cril, que é uma senhora com um senhor decote que até distrai os olhos da estrada. Mas isto se calhar também devia ser proibido, não sei, não tem nenhum gajo de cu espetado e rego à mostra a brincar com a garrafa.
3 - Os Gato Fedorento
O que dizer? Uma bela merda. Falta de piada e..., bem, falta de piada. Mesmo.
4 - A dos deficientes que começou agora a dar na TV
Parece que a ideia é que não devemos tratar os deficientes como coitadinhos, mas sim normalmente. A mim parece-me normal avisar um cego que vai dar de mona numa parede, mas os senhores que fizeram o anúncio acham que não. Fazem aquilo como se os deficientes estivessem completamente fartos de nós, dos "normais", que não os largamos a querer ajudar. É claro que isto é mentira, continua a haver muita exclusão e falta de vontade em ajudá-los.
Mas enfim.
Eu, por mim, nunca mais ajudo a ceguinha a sair do metro. Já não é cool.
Eu cá gosto de publicidade. Sempre gostei, mesmo quando éramos putos e dava sempre os mesmos três anúncios. E gosto dos bons e dos maus. Gosto mesmo mais do que quase toda a programação. E de todo o tipo de produtos, também. Bebidas, claro, em que te tentam convencer a beber que nem um javardo, mas sendo um gentleman, cheio de classe e moderação. De pensos higiénicos, em que normalmente há gajas boas e andam sempre de cuecas, não sei porquê. Do Malibu, a gozar com os pretos seriamente na boa.
Serve este entróito para falar de algumas campanhas que, por motivos diferentes, me têm chamado a atenção.
1 - A Popota.
Mas quéstamerda?! Aparece um boneco animado todo tecnológico, a atirar para o gorducho, a dançar na TV com uns gestos libidinosos ao som de um 'ripoff' da Gwen Stefani? E depois fala-se do "Natal da Popota", e mai na sei o quê?
Who the fuck is Popota?!
Como se atrevem estes imbecis?!
Popota? E metem adultos, quer dizer, uns seres das novelas que dizem que são famosos, a dizer para apoiarem o Natal da Popota? Será que esta malta tem consciência do ridículo que é estarem a falar como um bébé de x meses (não percebo nada de bébés, não sei quando começam a falar. Um ano, talvez?...)?
E que é feito da Leopoldina? Sim, essa galdéria, que também era uma boa merda mas ao menos tinha um nome como deve ser, não se chamava Pôpôdina!
2 - Cerveja Tagus.
E aqui as coisas complicam-se. Eu nunca peço Tagus, nem me lembro que existe, gosto de Superbock e de Sagres Mine e, no Verão, marcha uma Carlsberg fresquinha. Mas já provei a Tagus, e até é bem boa.
Os tipos tinham uma campanha que proclamava o "Orgulho Hetero".
Ui, ganda bronca em que eles se meteram.
Os críticos dos jornais ficaram malucos, a blogosfera a ferro e fogo, pelo grande mau gosto da campanha.
Eu também não gosto da campanha. Mas gosto ainda menos desta merda desta mania do politicamente correcto e "se disserem orgulho hetero estão a discriminar os homossexuais". Não! O que os homossexuais e os politicorrectos ainda não perceberam, é que EU ME ESTOU OLIMPICAMENTE CAGANDO PARA OS HOMOSSEXUAIS. E para os heterossexuais, e para os sócios do Gil Vicente e para o Chavez e o Rei de Espanha. Who cares?
Quando olho para uma rapariga, estarei a ser discriminatório para com os gays? Pelo andar das coisas talvez...
Isto faz-me lembrar um tipo de onde eu trabalho, que hoje me disse uma coisa fantástica: "Eh pá, ontem a minha mulher quase não me deixava entrar em casa por causa do cheiro dos vossos cigarros".
Eehehe, que giro.
O que é estranho é que ele supostamente não é capado, nem nada.
Bom, adiante.
A campanha é uma merda, mas pior são as críticas enfurecidas, que por acaso vieram todas de heterossexuais bué preocupados com o bem-estar da comunidade gay. Esta, presumo eu, estará ainda a viver normalmente como sempre faz, em vez de andar em cruzadas ridículas contra moinhos de vento.
E a cerveja é boa. E tem um anúncio ali na Cril, que é uma senhora com um senhor decote que até distrai os olhos da estrada. Mas isto se calhar também devia ser proibido, não sei, não tem nenhum gajo de cu espetado e rego à mostra a brincar com a garrafa.
3 - Os Gato Fedorento
O que dizer? Uma bela merda. Falta de piada e..., bem, falta de piada. Mesmo.
4 - A dos deficientes que começou agora a dar na TV
Parece que a ideia é que não devemos tratar os deficientes como coitadinhos, mas sim normalmente. A mim parece-me normal avisar um cego que vai dar de mona numa parede, mas os senhores que fizeram o anúncio acham que não. Fazem aquilo como se os deficientes estivessem completamente fartos de nós, dos "normais", que não os largamos a querer ajudar. É claro que isto é mentira, continua a haver muita exclusão e falta de vontade em ajudá-los.
Mas enfim.
Eu, por mim, nunca mais ajudo a ceguinha a sair do metro. Já não é cool.
Fly By Lisbon
Há coisas um bocado difíceis de entender, sobretudo para gente burra como eu.
Atão na era para ser aeroporto de Lisboa?
Primeiro a Ota, que francamente ninguém sabe onde fica mas é para cima.
Depois Alcochete, podiam terraplanar o Freeport e era na boa.
Depois Montijo, terra de campinos e maçaricos de autocolante monárquico na traseira da viatura.
E o que é engraçado é que o Governo continua a dizer - e conseguindo manter uma cara séria - que isto se trata do aeroporto de Lisboa. Claro que é mentira, Lisboa já tem ali uma coisa que é parecido com um aeroporto, onde a malta vai perder as malas, tem mas vai deixar de ter.
E por que não Chaves? Alhandra? Nas Berlengas?
O Vodka apurou, ao fumar uma substância chegada pelo correio, que o nosso executivo tem dois projectos em estudo, que passo a enumerar.
1 - Mudar o nome do país para Lisboa. Assim, faziam o aeoroporto lá no meio da merda, onde quisessem e não houvesse ouriços em extinção, e ninguém podia dizer nada.
2 - Fazer uma marina no Alqueva, e chamar-lhe aeroporto de Lisboa.
Sempre à frente, o nosso PM.
Há coisas um bocado difíceis de entender, sobretudo para gente burra como eu.
Atão na era para ser aeroporto de Lisboa?
Primeiro a Ota, que francamente ninguém sabe onde fica mas é para cima.
Depois Alcochete, podiam terraplanar o Freeport e era na boa.
Depois Montijo, terra de campinos e maçaricos de autocolante monárquico na traseira da viatura.
E o que é engraçado é que o Governo continua a dizer - e conseguindo manter uma cara séria - que isto se trata do aeroporto de Lisboa. Claro que é mentira, Lisboa já tem ali uma coisa que é parecido com um aeroporto, onde a malta vai perder as malas, tem mas vai deixar de ter.
E por que não Chaves? Alhandra? Nas Berlengas?
O Vodka apurou, ao fumar uma substância chegada pelo correio, que o nosso executivo tem dois projectos em estudo, que passo a enumerar.
1 - Mudar o nome do país para Lisboa. Assim, faziam o aeoroporto lá no meio da merda, onde quisessem e não houvesse ouriços em extinção, e ninguém podia dizer nada.
2 - Fazer uma marina no Alqueva, e chamar-lhe aeroporto de Lisboa.
Sempre à frente, o nosso PM.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Mail da semana
Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina. E dele não resisti a extrair verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico que decidi compartilhar convosco.
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece com sua licença espermatozóides".
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saíam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
As perturbações da fala impacientam o doente:
"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".
Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:
"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:
"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Alem das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:
"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".
O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:
"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:
"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
O que os doentes pensam do médico:
"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
"Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação?
Ao que o médico retorque: "Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."
Carlos Barreira da Costa, médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina. E dele não resisti a extrair verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico que decidi compartilhar convosco.
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece com sua licença espermatozóides".
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saíam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
As perturbações da fala impacientam o doente:
"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".
Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:
"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:
"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Alem das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:
"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".
O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:
"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:
"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
O que os doentes pensam do médico:
"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
"Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação?
Ao que o médico retorque: "Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
sábado, 24 de novembro de 2007
MUDAR DE VIDA
E o Grémio lá vai, de vitória em vitória até à derrota final.
Na última quinta-feira, a maior enchente que eu alguma vez vi naquele mítico espaço, para ouvir Zé Mário Branco e convidados falarem do projecto Mudar de Vida e, esperava eu, cantar uma cantigas daquelas das boas.
O Zé Mário é um tipo às direitas. De todos aqueles cantores históricos da sua geração, foi o único que, até hoje, nunca me desiludiu. Nunca foi júri do Chuva de Estrelas, nunca vendeu músicas para novelas, nunca se vendeu. E nunca deixou de dar às suas obras o pendor político que lhe é intrínseco, ainda que isso há muito tenha deixado de ser fashionable.
Por não ser como os outros, e por não facilitar, parecia mais interessado em falar do jornal Mudar de Vida, projecto altamente louvável, do que em satisfazer as vontades do fãs mais musicais.
Mas valeu a pena, Zé.
Valeu a pena ver-te, mais velho mas sempre a dar a mão aos mais novos. Valeu a pena ver uma sala cheia de brancos a aplaudir meia dúzia de pretos da Buraca, com o seu hip-hop ingénuo mas evidentemente sentido.
Valeu a pena ver o Grémio cheio, esse espaço que, graças ao nada menos que fantástico e enternecedor esforço de Dina, Olga e Fred, se transformou no verdadeiro Gremlin da noite de Lisboa. Aberto, fraterno, comprometido com a liberdade de tudo.
Pode morrer, meus amigos, uma vez que o despejo continua à porta.
Mas valeu a pena.
Valeu a pena.
E o Grémio lá vai, de vitória em vitória até à derrota final.
Na última quinta-feira, a maior enchente que eu alguma vez vi naquele mítico espaço, para ouvir Zé Mário Branco e convidados falarem do projecto Mudar de Vida e, esperava eu, cantar uma cantigas daquelas das boas.
O Zé Mário é um tipo às direitas. De todos aqueles cantores históricos da sua geração, foi o único que, até hoje, nunca me desiludiu. Nunca foi júri do Chuva de Estrelas, nunca vendeu músicas para novelas, nunca se vendeu. E nunca deixou de dar às suas obras o pendor político que lhe é intrínseco, ainda que isso há muito tenha deixado de ser fashionable.
Por não ser como os outros, e por não facilitar, parecia mais interessado em falar do jornal Mudar de Vida, projecto altamente louvável, do que em satisfazer as vontades do fãs mais musicais.
Mas valeu a pena, Zé.
Valeu a pena ver-te, mais velho mas sempre a dar a mão aos mais novos. Valeu a pena ver uma sala cheia de brancos a aplaudir meia dúzia de pretos da Buraca, com o seu hip-hop ingénuo mas evidentemente sentido.
Valeu a pena ver o Grémio cheio, esse espaço que, graças ao nada menos que fantástico e enternecedor esforço de Dina, Olga e Fred, se transformou no verdadeiro Gremlin da noite de Lisboa. Aberto, fraterno, comprometido com a liberdade de tudo.
Pode morrer, meus amigos, uma vez que o despejo continua à porta.
Mas valeu a pena.
Valeu a pena.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
O Jesualdo da política
Durão Barroso, o ex-quase anarquista de há 30 anos atrás, deu agora uma entrevista, no tom apoteótico de quem fala à comunicação social do seu pequeno país depois de um percurso internacional brilhante. É claro que o seu percurso, a sua carreirazinha, nada tem de brilhante, uma vez que os dois cargos mais significativos que ocupou – primeiro-ministro e presidente da CE - foram ganhos por manifesta e assumida falta de comparência.
E o que diz o senhor na entrevista?
Bom, em primeiro lugar fala do eventual referendo ao tratado europeu, vulgo constituição europeia, que só mudou de nome para fugir à obrigatoriedade – pelo menos moral – de ser referendada. Afinal não interessa nada ouvir a opinião dos cidadãos, curiosamente depois de alguns países europeus terem chumbado a dita constituição. Durão explica: “as pessoas dizem todas que preferem o referendo, como é natural, e depois, curiosamente, não vão votar”.
“Aliás, em Portugal, tanto quanto sei, os referendos não têm tido sequer a maioria necessária para serem vinculativos”, afirma ainda, sublinhando que o que não pode aceitar é que “se desvalorizem os parlamentos, senão teríamos um populismo permanente”.
Ou seja, querem referendos mas depois abstêm-se, esses malandros. Por essa ordem de razões, acabe-se com as eleições, não é, senhor Durão?
Depois vem a guerra do Iraque, na qual o senhor Durão participou na dupla qualidade de mordomo (servindo o chá e os bolinhos) e de emplastro (contorcendo-se para entrar nas fotos). Diz o senhor que está na moda culpar o senhor Bush, mas as pessoas esquecem-se que havia uma “quase unanimidade” em torno da invasão do Iraque. Para além do facto de uma “quase unanimidade” ser uma expressão completamente absurda, Durão explica que a decisão de invadir foi apoiada “tanto pelos republicanos como pelos democratas”. Ninguém explica a este senhor é que NÓS ESTAMOS EM PORTUGAL, temos um sistema político próprio, autonomia jurídica, etc, como tal é irrelevante qual foi o apoio que a iniciativa teve nas terras do Tio Sam.
Por último, diz que “Portugal não tem que estar arrependido do apoio dado” à invasão do Iraque. Porquê? Porque “não perdeu nada com isso”. Esta justificação é fabulosa na ilustração da realpolitik que inunda a cabeça de Durão. Há milhares e milhares de mortos? Há. Há uma grosseira mentira na base dessa guerra? Há. Há ou não um completo desrespeito por todas as regras do direito internacional? Há. Mas há algum problema? Não. Porquê? Porque Portugal “não perdeu nada com isso”.
E explica este argumento. “Repare, depois das decisões que tomei, fui convidado a ser presidente da Comissão Europeia e tive o consenso de todos os países europeus. O que demonstra que o facto de Portugal ter tomado naquela altura aquela posição não prejudicou em nada, em nada, a imagem de Portugal junto dos seus parceiros europeus”. Fantástico. Durão, qual Nero tocando lira enquanto Roma arde, confunde a sua parca pessoa com Portugal, e o sucesso de seu percurso carreirístico com o caminho internacional de Portugal.
Muita gente se esqueceu, mas eu não, de quando ele era líder do PSD e líder da oposição. Como era gozado por todos por ser um líder fraco a todos os níveis. Como dizia uma coisa num dia e outra no seguinte. A sorte bafejou-o, quando Guterres abandonou o poder e quando a Comissão Europeia se entreteve a rejeitar nome atrás de nome até arranjarem um tipo que, de tão inócuo, não incomodava ninguém.
Durão Barroso é o Jesualdo Ferreira da política nacional. Mesmo quando ganha toda a gente sabe que o mérito não é seu. O meu receio é que Portugal, o pequenino e provinciano Portugal, venha a eleger este homem presidente da república, quando se cansar da sua aventura internacional. E, acreditem-me, basta ele querer, neste cantinho burgesso para o qual tudo o que vem de fora é sinónimo de qualidade.
Durão Barroso, o ex-quase anarquista de há 30 anos atrás, deu agora uma entrevista, no tom apoteótico de quem fala à comunicação social do seu pequeno país depois de um percurso internacional brilhante. É claro que o seu percurso, a sua carreirazinha, nada tem de brilhante, uma vez que os dois cargos mais significativos que ocupou – primeiro-ministro e presidente da CE - foram ganhos por manifesta e assumida falta de comparência.
E o que diz o senhor na entrevista?
Bom, em primeiro lugar fala do eventual referendo ao tratado europeu, vulgo constituição europeia, que só mudou de nome para fugir à obrigatoriedade – pelo menos moral – de ser referendada. Afinal não interessa nada ouvir a opinião dos cidadãos, curiosamente depois de alguns países europeus terem chumbado a dita constituição. Durão explica: “as pessoas dizem todas que preferem o referendo, como é natural, e depois, curiosamente, não vão votar”.
“Aliás, em Portugal, tanto quanto sei, os referendos não têm tido sequer a maioria necessária para serem vinculativos”, afirma ainda, sublinhando que o que não pode aceitar é que “se desvalorizem os parlamentos, senão teríamos um populismo permanente”.
Ou seja, querem referendos mas depois abstêm-se, esses malandros. Por essa ordem de razões, acabe-se com as eleições, não é, senhor Durão?
Depois vem a guerra do Iraque, na qual o senhor Durão participou na dupla qualidade de mordomo (servindo o chá e os bolinhos) e de emplastro (contorcendo-se para entrar nas fotos). Diz o senhor que está na moda culpar o senhor Bush, mas as pessoas esquecem-se que havia uma “quase unanimidade” em torno da invasão do Iraque. Para além do facto de uma “quase unanimidade” ser uma expressão completamente absurda, Durão explica que a decisão de invadir foi apoiada “tanto pelos republicanos como pelos democratas”. Ninguém explica a este senhor é que NÓS ESTAMOS EM PORTUGAL, temos um sistema político próprio, autonomia jurídica, etc, como tal é irrelevante qual foi o apoio que a iniciativa teve nas terras do Tio Sam.
Por último, diz que “Portugal não tem que estar arrependido do apoio dado” à invasão do Iraque. Porquê? Porque “não perdeu nada com isso”. Esta justificação é fabulosa na ilustração da realpolitik que inunda a cabeça de Durão. Há milhares e milhares de mortos? Há. Há uma grosseira mentira na base dessa guerra? Há. Há ou não um completo desrespeito por todas as regras do direito internacional? Há. Mas há algum problema? Não. Porquê? Porque Portugal “não perdeu nada com isso”.
E explica este argumento. “Repare, depois das decisões que tomei, fui convidado a ser presidente da Comissão Europeia e tive o consenso de todos os países europeus. O que demonstra que o facto de Portugal ter tomado naquela altura aquela posição não prejudicou em nada, em nada, a imagem de Portugal junto dos seus parceiros europeus”. Fantástico. Durão, qual Nero tocando lira enquanto Roma arde, confunde a sua parca pessoa com Portugal, e o sucesso de seu percurso carreirístico com o caminho internacional de Portugal.
Muita gente se esqueceu, mas eu não, de quando ele era líder do PSD e líder da oposição. Como era gozado por todos por ser um líder fraco a todos os níveis. Como dizia uma coisa num dia e outra no seguinte. A sorte bafejou-o, quando Guterres abandonou o poder e quando a Comissão Europeia se entreteve a rejeitar nome atrás de nome até arranjarem um tipo que, de tão inócuo, não incomodava ninguém.
Durão Barroso é o Jesualdo Ferreira da política nacional. Mesmo quando ganha toda a gente sabe que o mérito não é seu. O meu receio é que Portugal, o pequenino e provinciano Portugal, venha a eleger este homem presidente da república, quando se cansar da sua aventura internacional. E, acreditem-me, basta ele querer, neste cantinho burgesso para o qual tudo o que vem de fora é sinónimo de qualidade.
Prémio Gabriel Alves 2007
"O Eusébio é mais adepto do clima tropical, em Moçambique não faz este frio!"
- comentador da RTP (penso que o António Tadeia) depois de Eusébio sair do banco da selecção e ir para os camarotes. Não sei se o mais espantoso desta frase é a total falta de interesse futebolístico, se é o facto do Eusébio VIVER em Portugal.
"O Eusébio é mais adepto do clima tropical, em Moçambique não faz este frio!"
- comentador da RTP (penso que o António Tadeia) depois de Eusébio sair do banco da selecção e ir para os camarotes. Não sei se o mais espantoso desta frase é a total falta de interesse futebolístico, se é o facto do Eusébio VIVER em Portugal.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Duas ou três ou mais coisas sobre aquela coisa lá no estrangeiro, ontem
1ª coisa - Com o Eng. Timex de Fátima isto pior não estava.
2ª coisa - O Camacho tinha razão, o Benfica mete medo a muita gente. Especialmente a gente benfiquista.
3ª coisa - Uma boa notícia: o Bynia foi finalmente expulso.
Mais coisas - Continuo à espera que o Berardo traga o Mourinho para o Benfas. Aliás, não percebo como é que, com tanta vontade em ajudar de um lado e tanto desemprego do outro, não está já o raio do homem a bulir no Seixal. Depois espantem-se...
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Impõe-se a questão
O jornalismo, por vezes, dá-nos verdadeiras pérolas, no meio do lixo.
Desta feita foi a insuspeita Agência Lusa, que nos presenteou com este naco de prosa:
"Feminista considera criação de lugares de estacionamento para mulheres ideia ridícula"
A feminista Fina D`Armada considerou hoje que a criação de lugares destinados às mulheres num centro comercial de S. João da Madeira revela que a velha ideia de Aristóteles "a mulher é um homem incompleto" permanece no inconsciente masculino.
"Não me parece que tenha sido uma gentileza", disse em declarações à Lusa, a propósito da criação de quatro lugares de estacionamento, pintados a rosa e muito mais largos do que o habitual, num centro comercial recentemente inaugurado em S. João da Madeira.
Fina D`Armada considerou a ideia "ridícula, discriminatória" e a prova de que "a igualdade, apesar de constar na lei, é uma luta que não está ganha e que, por isso, requer um trabalho diário".
Esta defensora da causa feminista, há 37 anos, entende que "nesta medida está implícita a ideia de que as mulheres são aselhas, que conduzem pouco ou que dependem da condução dos homens para se deslocar", sublinhou.
Well, well, well.
O que dizer acerca disto? Meu Deus, por onde começar?
Para além de tudo, deixo-vos apenas com uma questão:
Fina D'Armada?! Feminista ou Dyke on Bike?
O jornalismo, por vezes, dá-nos verdadeiras pérolas, no meio do lixo.
Desta feita foi a insuspeita Agência Lusa, que nos presenteou com este naco de prosa:
"Feminista considera criação de lugares de estacionamento para mulheres ideia ridícula"
A feminista Fina D`Armada considerou hoje que a criação de lugares destinados às mulheres num centro comercial de S. João da Madeira revela que a velha ideia de Aristóteles "a mulher é um homem incompleto" permanece no inconsciente masculino.
"Não me parece que tenha sido uma gentileza", disse em declarações à Lusa, a propósito da criação de quatro lugares de estacionamento, pintados a rosa e muito mais largos do que o habitual, num centro comercial recentemente inaugurado em S. João da Madeira.
Fina D`Armada considerou a ideia "ridícula, discriminatória" e a prova de que "a igualdade, apesar de constar na lei, é uma luta que não está ganha e que, por isso, requer um trabalho diário".
Esta defensora da causa feminista, há 37 anos, entende que "nesta medida está implícita a ideia de que as mulheres são aselhas, que conduzem pouco ou que dependem da condução dos homens para se deslocar", sublinhou.
Well, well, well.
O que dizer acerca disto? Meu Deus, por onde começar?
Para além de tudo, deixo-vos apenas com uma questão:
Fina D'Armada?! Feminista ou Dyke on Bike?
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
De quem gostas mais?
Pedimos desculpas pelo atraso na análise dos resultados da primeira sondagem Vodka Atónito, mas 38 votos dá muito trabalho.
Esta sondagem foi feita num universo para aí bué grande e não tem margem de erro nenhuma, erros é para os betos da Universidade Católica.
Sendo assim podemos concluir que:
- 6 pessoas (15%) gostam mais da mãe, tanto pode ser da própria como de outra qualquer, a mãe do amigo, a Mãe do Máximo Gorki, até da Rita Blanco que era a mãe naquela publicidade do Jumbo.
- 1 pessoa (2%) gosta mais do pai, não sei se diz mais acerca desta pessoa ou das outras todas que não votaram no pai. Talvez a maior parte dos nossos leitores tenham tido visitas estranhas no quarto quando eram pequenos.
- 19 pessoas (50%) gostam mais da vizinha do lado. A opção com mais votos é perfeitamente compreensível, principalmente se a vizinha do lado for podre de boa, do Benfica e mãe. Se tivessem a minha vizinha do lado não teriam concerteza esta opinião.
- 12 pessoas (31%) gostam mais do Benfica. O segundo lugar é resultado de uma cabala contra o glorioso, porque 19 Sportinguistas gostam mais da vizinha do lado, 6 são do Fátima logo percebe-se a escolha da mãe e 1 Portista gosta mais do pai, porque foi carinhoso e usou vaselina.
Pedimos desculpas pelo atraso na análise dos resultados da primeira sondagem Vodka Atónito, mas 38 votos dá muito trabalho.
Esta sondagem foi feita num universo para aí bué grande e não tem margem de erro nenhuma, erros é para os betos da Universidade Católica.
Sendo assim podemos concluir que:
- 6 pessoas (15%) gostam mais da mãe, tanto pode ser da própria como de outra qualquer, a mãe do amigo, a Mãe do Máximo Gorki, até da Rita Blanco que era a mãe naquela publicidade do Jumbo.
- 1 pessoa (2%) gosta mais do pai, não sei se diz mais acerca desta pessoa ou das outras todas que não votaram no pai. Talvez a maior parte dos nossos leitores tenham tido visitas estranhas no quarto quando eram pequenos.
- 19 pessoas (50%) gostam mais da vizinha do lado. A opção com mais votos é perfeitamente compreensível, principalmente se a vizinha do lado for podre de boa, do Benfica e mãe. Se tivessem a minha vizinha do lado não teriam concerteza esta opinião.
- 12 pessoas (31%) gostam mais do Benfica. O segundo lugar é resultado de uma cabala contra o glorioso, porque 19 Sportinguistas gostam mais da vizinha do lado, 6 são do Fátima logo percebe-se a escolha da mãe e 1 Portista gosta mais do pai, porque foi carinhoso e usou vaselina.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Pois, e coiso e tal, tem estado mais fresquinho....
Houve miúdos que me falaram de perversões sexuais que eu, com 59 anos…» “…ficava chocada…” «Qual chocada!? Não sabia o que era! Tive de ir à internet. ‘Chuva dourada’ por exemplo. Um dos miúdos disse-me: “Aquele era mesmo porco, só gostava de chuva dourada”».
Catalina Pestana, no Sol.
Houve miúdos que me falaram de perversões sexuais que eu, com 59 anos…» “…ficava chocada…” «Qual chocada!? Não sabia o que era! Tive de ir à internet. ‘Chuva dourada’ por exemplo. Um dos miúdos disse-me: “Aquele era mesmo porco, só gostava de chuva dourada”».
Catalina Pestana, no Sol.
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
sábado, 13 de outubro de 2007
O insulto
José Sócrates, na sua deriva salazarenta/alucinogénea, insiste em culpar os comunistas de cada ocasião em que alguém se queixa, seja de uma dor de estômago, de uma ressaca, de lhe terem fechado as únicas urgências no raio de 90 km ou de ter levado um tiro na perna. Insiste, feito betinho tótó, de que há uma grande diferença entre o direito à manifestação e o direito ao insulto.
Mas a questão é: desde quando é que é proibido insultar o primeiro-ministro? E se é proibido, por que carga de água?
Não só devia ser ilimitadamente permitido como até obrigatório. E isto independentemente do seu trabalho ou valia pessoal ou profissional. É como a masturbaçãozita diária do tarado sexual que não consegue arranjar gajas, e assim se acalma e não tem que violar a vizinha. O português gosta de se queixar. É assim, pronto, deixa-o estar, coitado. Ladra muito mas não morde. Mas é à custa de tanto ladrar, nem que seja na mesa do café, que sente ter feito o seu trabalho enquanto indivíduo e não desata a fazer bombas e a estripar fiscais da EMEL (infelizmente).
O conceito de não se insultar o primeiro-ministro, e qualquer outro governante, é absurdo. É como ir à bola, pagar bilhete e não se poder insultar o árbitro.
Correndo o risco de não voltar a contribuir para o engrandecimento deste já idoso blogue, eu dou agora o meu grito do Jacarépaguá.
Xôr Primeiro Ministro, vomecê cheira bastante mal. E tem pé chato. E é chato. E vaidoso.
PS: se não ouvirem de mim nos próximos dias, não chamem a polícia. Provavelmente foram eles.
José Sócrates, na sua deriva salazarenta/alucinogénea, insiste em culpar os comunistas de cada ocasião em que alguém se queixa, seja de uma dor de estômago, de uma ressaca, de lhe terem fechado as únicas urgências no raio de 90 km ou de ter levado um tiro na perna. Insiste, feito betinho tótó, de que há uma grande diferença entre o direito à manifestação e o direito ao insulto.
Mas a questão é: desde quando é que é proibido insultar o primeiro-ministro? E se é proibido, por que carga de água?
Não só devia ser ilimitadamente permitido como até obrigatório. E isto independentemente do seu trabalho ou valia pessoal ou profissional. É como a masturbaçãozita diária do tarado sexual que não consegue arranjar gajas, e assim se acalma e não tem que violar a vizinha. O português gosta de se queixar. É assim, pronto, deixa-o estar, coitado. Ladra muito mas não morde. Mas é à custa de tanto ladrar, nem que seja na mesa do café, que sente ter feito o seu trabalho enquanto indivíduo e não desata a fazer bombas e a estripar fiscais da EMEL (infelizmente).
O conceito de não se insultar o primeiro-ministro, e qualquer outro governante, é absurdo. É como ir à bola, pagar bilhete e não se poder insultar o árbitro.
Correndo o risco de não voltar a contribuir para o engrandecimento deste já idoso blogue, eu dou agora o meu grito do Jacarépaguá.
Xôr Primeiro Ministro, vomecê cheira bastante mal. E tem pé chato. E é chato. E vaidoso.
PS: se não ouvirem de mim nos próximos dias, não chamem a polícia. Provavelmente foram eles.
Descubra as diferenças
Os genocídios têm destas coisas. Se se vota que eles existiram, então sim, eles existiram. Se a votação dá o desfecho contrário, pronto, então já não é um fenómeno desumano e uma gravíssima violação dos direitos humanos, enfim, é uma unhita partida no dedo mindinho do mundo.
O Congresso norte-americano está a pedir sarilhos. Votou favoravelmente uma moção para classificar como genocídio o genocídio de milhares e milhares de arménios pelos turcos, em mil novencentos e troca o passo. A Turquia ficou lixada, ameaça impedir os barquitos de petróleo de vogar livremente e George W. Bush já está no terreno. Afirma não aceitar a classificação do Congresso, essa cambada de esquerdistas, enfim de democratas, que são uma espécie de extrema esquerda dentro da extrema direita que é a política norte-americana.
Para além do ridículo de decidirmos, por decreto, se houve um não um genocídio, há outro ponto interessante.
É que aquele tipo de nome impossível de dizer e ainda mais difícil de escrever (não sei e não me apetece ir à Wikipedia), o presidente do Irão, é consecutivamente ridicularizado, e bem, por negar que o Holocausto tenha existido. Ora a questão dos arménios é tão indesmentível quanto esta. Como tal, descubra as diferenças.
Eu tenho algumas ideias.
Será porque os arménios são realmente tratados como o cotão do cu do mundo, sem ninguém que se preocupe com eles - nem têm monges vestidos de vermelho nem nada - não têm rios de dinheiro e não controlam as finanças de boa parte do império norte-americano?
Não sei. É só uma ideia.
Os genocídios têm destas coisas. Se se vota que eles existiram, então sim, eles existiram. Se a votação dá o desfecho contrário, pronto, então já não é um fenómeno desumano e uma gravíssima violação dos direitos humanos, enfim, é uma unhita partida no dedo mindinho do mundo.
O Congresso norte-americano está a pedir sarilhos. Votou favoravelmente uma moção para classificar como genocídio o genocídio de milhares e milhares de arménios pelos turcos, em mil novencentos e troca o passo. A Turquia ficou lixada, ameaça impedir os barquitos de petróleo de vogar livremente e George W. Bush já está no terreno. Afirma não aceitar a classificação do Congresso, essa cambada de esquerdistas, enfim de democratas, que são uma espécie de extrema esquerda dentro da extrema direita que é a política norte-americana.
Para além do ridículo de decidirmos, por decreto, se houve um não um genocídio, há outro ponto interessante.
É que aquele tipo de nome impossível de dizer e ainda mais difícil de escrever (não sei e não me apetece ir à Wikipedia), o presidente do Irão, é consecutivamente ridicularizado, e bem, por negar que o Holocausto tenha existido. Ora a questão dos arménios é tão indesmentível quanto esta. Como tal, descubra as diferenças.
Eu tenho algumas ideias.
Será porque os arménios são realmente tratados como o cotão do cu do mundo, sem ninguém que se preocupe com eles - nem têm monges vestidos de vermelho nem nada - não têm rios de dinheiro e não controlam as finanças de boa parte do império norte-americano?
Não sei. É só uma ideia.
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Euromilhões
A nova estação de metro do Terreiro do Paço (sim, aquela praça transformada há uma data de anos num monte de esterco e cagalhões flutuantes) vai custar, afinal, 300 milhões de euros.
300 milhões de euros.
Eu podia falar de quanto se poderia fazer com esse dinheiro, quantas urgências ou escolas não teriam de fechar, por exemplo. Também podia perguntar por que raio ninguém é responsabilizado por esta bela pouca-vergonha (expressão que anda a implorar para ser recuperada).
Mas não vale a pena. Não saberia parar de mandar vir.
300 milhões de euros.
I rest my case.
A nova estação de metro do Terreiro do Paço (sim, aquela praça transformada há uma data de anos num monte de esterco e cagalhões flutuantes) vai custar, afinal, 300 milhões de euros.
300 milhões de euros.
Eu podia falar de quanto se poderia fazer com esse dinheiro, quantas urgências ou escolas não teriam de fechar, por exemplo. Também podia perguntar por que raio ninguém é responsabilizado por esta bela pouca-vergonha (expressão que anda a implorar para ser recuperada).
Mas não vale a pena. Não saberia parar de mandar vir.
300 milhões de euros.
I rest my case.
What the fuck?!
O ministro da administração interna é apanhado, em escutas, a trocar favores com os acusados do Caso Portucale, e "fonte oficial" do PS tem, como única reacção, realçar que as escutas foram ilegalmente reproduzidas pelo jornal Sol.
José Rodrigues dos Santos, o apresentador de telejornal/Dan Brown wanabe, arrisca-se a ser despedido por ter dito, nos jornais, que os Governos interferem na gestão noticiosa da RTP.
Depois, dois bófias à paisana "visitam" a sede do Sindicato dos Professores da Região Centro para os "avisar" de que devem ter juizinho quando se manifestarem, aproveitando para levar, de antemão, o comunicado que o sindicato previa distribuir. E o Governo, lá está, continua a dizer que o PCP, esse bicho papão, é o culpado de tudo, manipula milhares e milhares de pessoas que, para além de não terem mente própria, não votam no PC (ou como diz o Jerónimo, se isso fosse tudo gente do PC, este partido tinha maioria absoluta).
E o país lá vai, impávido e sereno. Que raio se passa connosco? Estaremos todos assim tão desencantados e desiludidos e desesperançados de que esta merda mude?
É bem possível que sim, eu sei...
O ministro da administração interna é apanhado, em escutas, a trocar favores com os acusados do Caso Portucale, e "fonte oficial" do PS tem, como única reacção, realçar que as escutas foram ilegalmente reproduzidas pelo jornal Sol.
José Rodrigues dos Santos, o apresentador de telejornal/Dan Brown wanabe, arrisca-se a ser despedido por ter dito, nos jornais, que os Governos interferem na gestão noticiosa da RTP.
Depois, dois bófias à paisana "visitam" a sede do Sindicato dos Professores da Região Centro para os "avisar" de que devem ter juizinho quando se manifestarem, aproveitando para levar, de antemão, o comunicado que o sindicato previa distribuir. E o Governo, lá está, continua a dizer que o PCP, esse bicho papão, é o culpado de tudo, manipula milhares e milhares de pessoas que, para além de não terem mente própria, não votam no PC (ou como diz o Jerónimo, se isso fosse tudo gente do PC, este partido tinha maioria absoluta).
E o país lá vai, impávido e sereno. Que raio se passa connosco? Estaremos todos assim tão desencantados e desiludidos e desesperançados de que esta merda mude?
É bem possível que sim, eu sei...
Gigabytes (ou uma coisa assim mesmo muita grande)
À medida que aumentam os rumores de que Menezes vai escolher Sacana Lopes para presidente do grupo parlamentar do PSD, o Vodka Atónito decidiu antecipar-se e aproveitar a baixa do dólar.
Já reservámos espaço, na sede da NASA, para três novos servidores de suporte ao blog. O manancial de piadas promete.
À medida que aumentam os rumores de que Menezes vai escolher Sacana Lopes para presidente do grupo parlamentar do PSD, o Vodka Atónito decidiu antecipar-se e aproveitar a baixa do dólar.
Já reservámos espaço, na sede da NASA, para três novos servidores de suporte ao blog. O manancial de piadas promete.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
Dah!
EUA: Automóveis híbridos silenciosos são maus para os cegos.
Hello!! É só fazer as matrículas em braille!!!!
EUA: Automóveis híbridos silenciosos são maus para os cegos.
Hello!! É só fazer as matrículas em braille!!!!
Friends will be friends…again
O semanário Sol conseguiu, finalmente trazer uma história interessante. São as escutas de várias conversas entre Paulo Portas, Abel Pinheiro (o gajo do PP, do caso Portucale, entre outros) e Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna do governo de José Sócrates. Nessas escutas, fica a perceber-se muito bem as maquinações por trás das nomeações, muitas vezes incompreensíveis para o comum dos mortais, dos titulares de altos cargos desta briosa nação. Em primeiro lugar, Abel Pinheiro pede a Rui Pereira que ele saiba, através dos seus conhecimentos, se estava mesmo a haver uma investigação do Ministério Público sobre o CDS. Ou seja, o segredo de justiça é para manter, já que aos senhores poderosos lhes basta um telefonema à pessoa certa. Rui Pereira, diligente, diz que vai saber do que se passa. Depois, sabe-se que José Sócrates queria correr com Souto Moura do lugar de Procurador Geral da República (PGR) e lá colocar o seu amigalhaço Rui Pereira. Para tal, tinha de convencer Jorge Sampaio a demitir Souto Moura e, sabendo que o Jorgecas é tipo de consensos alargados, pediu a Paulo Portas (leram bem) que falasse com o presidente a dizer que também o seu partido apoiava Rui Pereira. Este sabe disto pela voz de Abel Pinheiro e fica naturalmente, contentinho: “Eh pá, olha, já sabes que fico...reconhecido, como é óbvio, não é?!”, é a frase de Rui Pereira. Há ainda a referência de Celeste Cardona a passar informações sobre a investigação e Paulo Portas a terminar uma conversa com Abel Pinheiro dizendo que não podiam conversar por aquela via, o telefone.
Mais duas coisas: em primeiro lugar, por tudo isto, já se percebeu que o caso Portucale não dará em nada; em segundo, o Dr. Rui Pereira, apanhado nas escutas a traficar favores, é agora ministro. Falhada a tentativa de o meter enquanto PGR, passa para o tribunal constitucional e, quando António Costa vai para a CML, o Xôtor pira-se para o Governo, para o seu lugar.
De facto, a amizade é uma coisa muito linda. E é refrescante ver que pessoas no poder, que muita gente pensa serem máquinas de governar sem sentimentos elevados, continuam a cultivar o hábito de ajudar os amigos.
Para terminar, uma brilhante frase de Abel Pinheiro para Paulo Portas: “Como vês, vale a pena cultivar os nossos amigos, hein?”.
Hein, indeed.
O semanário Sol conseguiu, finalmente trazer uma história interessante. São as escutas de várias conversas entre Paulo Portas, Abel Pinheiro (o gajo do PP, do caso Portucale, entre outros) e Rui Pereira, actual ministro da Administração Interna do governo de José Sócrates. Nessas escutas, fica a perceber-se muito bem as maquinações por trás das nomeações, muitas vezes incompreensíveis para o comum dos mortais, dos titulares de altos cargos desta briosa nação. Em primeiro lugar, Abel Pinheiro pede a Rui Pereira que ele saiba, através dos seus conhecimentos, se estava mesmo a haver uma investigação do Ministério Público sobre o CDS. Ou seja, o segredo de justiça é para manter, já que aos senhores poderosos lhes basta um telefonema à pessoa certa. Rui Pereira, diligente, diz que vai saber do que se passa. Depois, sabe-se que José Sócrates queria correr com Souto Moura do lugar de Procurador Geral da República (PGR) e lá colocar o seu amigalhaço Rui Pereira. Para tal, tinha de convencer Jorge Sampaio a demitir Souto Moura e, sabendo que o Jorgecas é tipo de consensos alargados, pediu a Paulo Portas (leram bem) que falasse com o presidente a dizer que também o seu partido apoiava Rui Pereira. Este sabe disto pela voz de Abel Pinheiro e fica naturalmente, contentinho: “Eh pá, olha, já sabes que fico...reconhecido, como é óbvio, não é?!”, é a frase de Rui Pereira. Há ainda a referência de Celeste Cardona a passar informações sobre a investigação e Paulo Portas a terminar uma conversa com Abel Pinheiro dizendo que não podiam conversar por aquela via, o telefone.
Mais duas coisas: em primeiro lugar, por tudo isto, já se percebeu que o caso Portucale não dará em nada; em segundo, o Dr. Rui Pereira, apanhado nas escutas a traficar favores, é agora ministro. Falhada a tentativa de o meter enquanto PGR, passa para o tribunal constitucional e, quando António Costa vai para a CML, o Xôtor pira-se para o Governo, para o seu lugar.
De facto, a amizade é uma coisa muito linda. E é refrescante ver que pessoas no poder, que muita gente pensa serem máquinas de governar sem sentimentos elevados, continuam a cultivar o hábito de ajudar os amigos.
Para terminar, uma brilhante frase de Abel Pinheiro para Paulo Portas: “Como vês, vale a pena cultivar os nossos amigos, hein?”.
Hein, indeed.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Tortuosos são os caminhos da fé
Segundo o Daily Mail, no Myanmar "os corpo de centenas de monges executados foram largados na floresta".
Penso que este gesto das autoridades só releva carinho e compreensão pela fé que os monges abraçam, afinal uma das directivas do Budismo é a comunhão com a natureza.
Segundo o Daily Mail, no Myanmar "os corpo de centenas de monges executados foram largados na floresta".
Penso que este gesto das autoridades só releva carinho e compreensão pela fé que os monges abraçam, afinal uma das directivas do Budismo é a comunhão com a natureza.
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Crónica de uma morte anunciada
Na Birmânia o recreio acabou, as autoridades começaram a servir bastonadas aos meninos mal comportados, mesmo aos carequinhas e de pé descalço.
Entretanto a comunidade internacional pouco, ou nada, faz. É o que dá ser um país sem grande interesse económico. Se não fosse o petróleo ainda os timorenses estavam a levar nas orelhas dos Indonésios e o Xanana não tinha tomado banho e feito a barba.
Na Birmânia o recreio acabou, as autoridades começaram a servir bastonadas aos meninos mal comportados, mesmo aos carequinhas e de pé descalço.
Entretanto a comunidade internacional pouco, ou nada, faz. É o que dá ser um país sem grande interesse económico. Se não fosse o petróleo ainda os timorenses estavam a levar nas orelhas dos Indonésios e o Xanana não tinha tomado banho e feito a barba.
WORK IN PROGRESS!!
O estaminé está a ser remodelado, falta pregar uns pladurs e dar mais uma de mão.
Prometemos demorar menos que o túnel do Marquês, com a garantia que não vamos ter radares instalados.
Pela inconveniência avisamos os frequentadores que as bebidas são por conta da casa.
Bem hajam e voltem sempre.
O estaminé está a ser remodelado, falta pregar uns pladurs e dar mais uma de mão.
Prometemos demorar menos que o túnel do Marquês, com a garantia que não vamos ter radares instalados.
Pela inconveniência avisamos os frequentadores que as bebidas são por conta da casa.
Bem hajam e voltem sempre.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Também há com sabores
A mais proeminente figura da Igreja Católica de Moçambique indignou os activistas anti-Sida esta quinta-feira, ao afirmar que preservativos produzidas na Europa são deliberadamente infectados com o vírus HIV «para acabar com o povo africano».
É verdade e convém esclarecer o Arcebispo que são exportadas três variedades:
- os que são infectados com o vírus do HIV, malária, fome, miséria para a populaça em geral;
- os que são infectados com o vírus da corrupção, ganância, totalitarismo para os políticos e empresários;
- os que são infectados com o vírus da estupidez, da irresponsabilidade, da imoralidade para os membros da igreja católica.
A mais proeminente figura da Igreja Católica de Moçambique indignou os activistas anti-Sida esta quinta-feira, ao afirmar que preservativos produzidas na Europa são deliberadamente infectados com o vírus HIV «para acabar com o povo africano».
É verdade e convém esclarecer o Arcebispo que são exportadas três variedades:
- os que são infectados com o vírus do HIV, malária, fome, miséria para a populaça em geral;
- os que são infectados com o vírus da corrupção, ganância, totalitarismo para os políticos e empresários;
- os que são infectados com o vírus da estupidez, da irresponsabilidade, da imoralidade para os membros da igreja católica.
O Pedrinho amarrou o burro
Pedro Santana Lopes abandonou, ontem, uma entrevista em directo na SIC Notícias depois de ter sido interrompido por «um directo» da chegada a Lisboa do treinador José Mourinho.
Nunca ninguém ligou um cú ao que o Santana disse, tem para dizer ou pensou alguma vez em dizer, ainda por cima quando o assunto é a crise do PSD, que é capaz de ser o assunto mais soporífero dos últimos tempos.
Desta vez estou do lado da SIC, Ricardo Costa disse que a decisão «foi tomada em cima dos acontecimentos, durante uma Edição da SIC-Notícias, canal que pela sua natureza trabalha com alinhamentos em aberto», portanto está mais que visto que a entrevista não estava a ter interesse nenhum e tiveram que arranjar uma saída de emergência. Calhou o Mourinho estar a chegar ao aeroporto naquele momento, porque senão era outro directo que tivesse mais à mão e aí Santana Lopes poderia ter dito «A mim não me interrompem com a feira de enchidos da Murtosa.»
O problema do Santana não foi o facto de ser um treinador de futebol, mas sim o Mourinho, afinal este tem mais estilo, um ego muito maior que o dele, percebe mais de futebol, política ou qualquer outro assunto e é melhor presidente do Sporting sem nunca o ter sido. Coisa feia a inveja!
Pedro Santana Lopes abandonou, ontem, uma entrevista em directo na SIC Notícias depois de ter sido interrompido por «um directo» da chegada a Lisboa do treinador José Mourinho.
Nunca ninguém ligou um cú ao que o Santana disse, tem para dizer ou pensou alguma vez em dizer, ainda por cima quando o assunto é a crise do PSD, que é capaz de ser o assunto mais soporífero dos últimos tempos.
Desta vez estou do lado da SIC, Ricardo Costa disse que a decisão «foi tomada em cima dos acontecimentos, durante uma Edição da SIC-Notícias, canal que pela sua natureza trabalha com alinhamentos em aberto», portanto está mais que visto que a entrevista não estava a ter interesse nenhum e tiveram que arranjar uma saída de emergência. Calhou o Mourinho estar a chegar ao aeroporto naquele momento, porque senão era outro directo que tivesse mais à mão e aí Santana Lopes poderia ter dito «A mim não me interrompem com a feira de enchidos da Murtosa.»
O problema do Santana não foi o facto de ser um treinador de futebol, mas sim o Mourinho, afinal este tem mais estilo, um ego muito maior que o dele, percebe mais de futebol, política ou qualquer outro assunto e é melhor presidente do Sporting sem nunca o ter sido. Coisa feia a inveja!
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Ali Costa e os 40 ladrões
António Costa herdou uma herança pesada, coitado. Uma câmara à beira da falência e aquele cheiro característico a Carmona no gabinete, que não deve ser fácil de suportar. Mas o senhor Costa é um espertalhaço. Como resolver os problemas das contas da CML? Nada mais fácil. Ir ao manual de instruções de Sócrates e Teixeira dos Santos e, voilá, começar a esmifrar os cidadãos de cada tusto que tenham.
Ah, bendito socialismo...
Depois de colocar um radar em cada rotunda, túnel ou mictório da cidade, com limites de velocidade propositadamente ridículos e incumpríveis, para sacar mais guita, agora surge a notícia do aumento do IMI, esse fantástico imposto, que deverá subir 94% - ouviram bem, 94% - nos próximos cinco anos. Isto vindo de um presidente que se fartou, durante a campanha, de falar do problema da desertificação da cidade de Lisboa. Boa, Costa, para trazer mais gente nada melhor do que aumentar os impostos sobre os munícipes!
Logo agora que a comunidade indiana em Lisboa dava sinais de estar completamente integrada...
Depois queixem-se do PNR.
António Costa herdou uma herança pesada, coitado. Uma câmara à beira da falência e aquele cheiro característico a Carmona no gabinete, que não deve ser fácil de suportar. Mas o senhor Costa é um espertalhaço. Como resolver os problemas das contas da CML? Nada mais fácil. Ir ao manual de instruções de Sócrates e Teixeira dos Santos e, voilá, começar a esmifrar os cidadãos de cada tusto que tenham.
Ah, bendito socialismo...
Depois de colocar um radar em cada rotunda, túnel ou mictório da cidade, com limites de velocidade propositadamente ridículos e incumpríveis, para sacar mais guita, agora surge a notícia do aumento do IMI, esse fantástico imposto, que deverá subir 94% - ouviram bem, 94% - nos próximos cinco anos. Isto vindo de um presidente que se fartou, durante a campanha, de falar do problema da desertificação da cidade de Lisboa. Boa, Costa, para trazer mais gente nada melhor do que aumentar os impostos sobre os munícipes!
Logo agora que a comunidade indiana em Lisboa dava sinais de estar completamente integrada...
Depois queixem-se do PNR.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
A bola é redonda mas...
A SIC é um canal cada vez mais irritante, para não dizer merdoso. Esta idiotice pegada à volta do futsal como se tivessem descoberto a oitava maravilha do mundo é o exemplo mais recente da parvoíce que vai para os lados de Carnaxide desde que o Penim pegou no leme. Devia ter ficado pela Sic Radical, onde fazia melhor trabalho e abria poucas vezes a boca, evitando dizer anormalidades como: "Claramente, haverá um futsal antes da Sic e um futsal depois da Sic!"
O futsal é uma ganda treta, um jogo do campeonato é tão interessante como qualquer jogo de um grupo de amigos que se junta à sexta-feira e aluga um pavilhão para chutar umas bolas. Para mim o futsal está para o futebol como o Desaparecido em Combate está para o Full Metal Jacket, pode haver mais golos mas o enredo é péssimo.
A SIC é um canal cada vez mais irritante, para não dizer merdoso. Esta idiotice pegada à volta do futsal como se tivessem descoberto a oitava maravilha do mundo é o exemplo mais recente da parvoíce que vai para os lados de Carnaxide desde que o Penim pegou no leme. Devia ter ficado pela Sic Radical, onde fazia melhor trabalho e abria poucas vezes a boca, evitando dizer anormalidades como: "Claramente, haverá um futsal antes da Sic e um futsal depois da Sic!"
O futsal é uma ganda treta, um jogo do campeonato é tão interessante como qualquer jogo de um grupo de amigos que se junta à sexta-feira e aluga um pavilhão para chutar umas bolas. Para mim o futsal está para o futebol como o Desaparecido em Combate está para o Full Metal Jacket, pode haver mais golos mas o enredo é péssimo.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
A dualidade de critérios, esse monstro
Scolari é um mestre da vitimização. Aquela conferência de imprensa em que ele aparece como o coitadinho, a dizer que a penalização de 4 jogos sem se sentar no banco é "excessiva" devia ser estudada nas escolas de psicologia, na parte da matéria dedicada ao "Virar o Bico ao Prego".
E para mostrar que futebol não é só pontapé na bola (também se pode jogar de cabeça e com os joelhos, mas não com os punhos), façamos um exercício de memória.
Lembram-se do Sá Pinto, que ganhou o amor de todos os benfiquistas quando foi às fuças ao Artur Jorge? Nem sequer foi em nenhum jogo, mas levou uma suspensão que o levou a deixar o país.
Lembram-se do Abel Xavier, o Chewbacca do LA Galaxy, que fez o famoso penalti contra a França (e foi mesmo penalty, acho que já o podemos admitir) e se fartou de mandar vir com o árbitro? Levou seis meses sem tocar na chincha.
Lembram-se do João Pinto, o ex-menino de ouro, aquele que, pela esposa que tem, se dedica agora a jogar à mama? Deu um murro fantasma a um árbitro, nunca mais voltou à Selecção. Mais, foi a própria Federação que, antes sequer de haver um inquérito formal, pediu um castigo exemplar para um dos mais internacionais jogadores portugueses.
E, finalmente, o célebre Zequinha, cujas imagens correram mundo quando decidiu roubar um cartão vermelho das mãos de um árbitro. Um miúdo de 19 anos, que nem sequer bateu em ninguém, foi suspenso, pela própria Federação, por um ano.
E vem agora o senhor Scolari queixar-se do castigo que lhe foi aplicado. Quatro jogos a olhar para ontem, enfim, não é muito diferente do que ele fez nos quatro jogos anteriores.
Mas o que é chocante é a posição da Federação. Quanto toca aos jogadores, que são gente naturalmente sem formação e que precisa de disciplina, pulso de ferro. Quando é um treinador, escolha pessoal do presidente da Federação, sopinhas e falinhas mansas.
Scolari deve sair. Não pelo que fez, afinal, um homem é um homem, e às vezes passa-se. Deve sair porque, depois do que fez pela Selecção, já mostrou não ser capaz de a levar mais longe, e torná-la naquilo que ela pode ser.
Mas se pensarmos em mudanças, é na própria Federação que elas são necessárias. Já há muitos anos, aliás.
Scolari é um mestre da vitimização. Aquela conferência de imprensa em que ele aparece como o coitadinho, a dizer que a penalização de 4 jogos sem se sentar no banco é "excessiva" devia ser estudada nas escolas de psicologia, na parte da matéria dedicada ao "Virar o Bico ao Prego".
E para mostrar que futebol não é só pontapé na bola (também se pode jogar de cabeça e com os joelhos, mas não com os punhos), façamos um exercício de memória.
Lembram-se do Sá Pinto, que ganhou o amor de todos os benfiquistas quando foi às fuças ao Artur Jorge? Nem sequer foi em nenhum jogo, mas levou uma suspensão que o levou a deixar o país.
Lembram-se do Abel Xavier, o Chewbacca do LA Galaxy, que fez o famoso penalti contra a França (e foi mesmo penalty, acho que já o podemos admitir) e se fartou de mandar vir com o árbitro? Levou seis meses sem tocar na chincha.
Lembram-se do João Pinto, o ex-menino de ouro, aquele que, pela esposa que tem, se dedica agora a jogar à mama? Deu um murro fantasma a um árbitro, nunca mais voltou à Selecção. Mais, foi a própria Federação que, antes sequer de haver um inquérito formal, pediu um castigo exemplar para um dos mais internacionais jogadores portugueses.
E, finalmente, o célebre Zequinha, cujas imagens correram mundo quando decidiu roubar um cartão vermelho das mãos de um árbitro. Um miúdo de 19 anos, que nem sequer bateu em ninguém, foi suspenso, pela própria Federação, por um ano.
E vem agora o senhor Scolari queixar-se do castigo que lhe foi aplicado. Quatro jogos a olhar para ontem, enfim, não é muito diferente do que ele fez nos quatro jogos anteriores.
Mas o que é chocante é a posição da Federação. Quanto toca aos jogadores, que são gente naturalmente sem formação e que precisa de disciplina, pulso de ferro. Quando é um treinador, escolha pessoal do presidente da Federação, sopinhas e falinhas mansas.
Scolari deve sair. Não pelo que fez, afinal, um homem é um homem, e às vezes passa-se. Deve sair porque, depois do que fez pela Selecção, já mostrou não ser capaz de a levar mais longe, e torná-la naquilo que ela pode ser.
Mas se pensarmos em mudanças, é na própria Federação que elas são necessárias. Já há muitos anos, aliás.
A Rentrée
Pois é, cá estamos.
É a chamada rentrée, que o dicionário nos diz ser a reentrada, o regresso. A reentrada em quê? Não sabemos. Mas cheira um bocado mal.
Há uns anos estava na moda os partidos fazerem os comícios da rentrée. Grandes festarolas, com bifanas e vinho barato, com um comício pelo meio. Também há "as festas da rentrée", como as revistas do coração nos fazem questão de recordar.
Mas há aqui umas coisas que me fazem alguma confusão. Rentrée é, dada a altura do ano, o momento do regresso ao trabalho. Do adeus às férias, ao Verão, à saudável e ternurenta e inacreditavelmente deliciosa lanzeira da praia, dos petiscos, dos copos sem horas para acordar, da discussão sobre os 50 mil reforços do Glorioso, do dolce fare niente.
De facto, só quem não faz nenhum, como os políticos e os pseudo-vips, podem fazer uma festa em honra da rentrée.
Rentrée devia ser choro, tristeza, um espernear ininterrupto contra a injustiça da vida de adulto. Devia ser luto, vómito, negação e visitas ao psiquiatra.
No máximo, uma festa da rentrée deveria ser a maior bebedeira do ano, e que a ressaca durasse até ao Verão seguinte.
Está ainda calor, neste país tropical de pladur.
Já tenho saudades do Verão.
Pois é, cá estamos.
É a chamada rentrée, que o dicionário nos diz ser a reentrada, o regresso. A reentrada em quê? Não sabemos. Mas cheira um bocado mal.
Há uns anos estava na moda os partidos fazerem os comícios da rentrée. Grandes festarolas, com bifanas e vinho barato, com um comício pelo meio. Também há "as festas da rentrée", como as revistas do coração nos fazem questão de recordar.
Mas há aqui umas coisas que me fazem alguma confusão. Rentrée é, dada a altura do ano, o momento do regresso ao trabalho. Do adeus às férias, ao Verão, à saudável e ternurenta e inacreditavelmente deliciosa lanzeira da praia, dos petiscos, dos copos sem horas para acordar, da discussão sobre os 50 mil reforços do Glorioso, do dolce fare niente.
De facto, só quem não faz nenhum, como os políticos e os pseudo-vips, podem fazer uma festa em honra da rentrée.
Rentrée devia ser choro, tristeza, um espernear ininterrupto contra a injustiça da vida de adulto. Devia ser luto, vómito, negação e visitas ao psiquiatra.
No máximo, uma festa da rentrée deveria ser a maior bebedeira do ano, e que a ressaca durasse até ao Verão seguinte.
Está ainda calor, neste país tropical de pladur.
Já tenho saudades do Verão.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Career change
Depois de a selecção portuguesa ter conseguido a proeza de empatar três jogos consecutivos, o que é explicado pelo estado da relva, pelo discurso ambicioso do seleccionador e pela voz aguda do Ricardo, Scolari deu, no final do último jogo, uma ainda mais paupérrima exibição dos dotes do conjunto luso-brasileiro.
Se está à procura de uma nova carreira, e devia estar, parece que o pugilismo está fora de questão.
Depois de a selecção portuguesa ter conseguido a proeza de empatar três jogos consecutivos, o que é explicado pelo estado da relva, pelo discurso ambicioso do seleccionador e pela voz aguda do Ricardo, Scolari deu, no final do último jogo, uma ainda mais paupérrima exibição dos dotes do conjunto luso-brasileiro.
Se está à procura de uma nova carreira, e devia estar, parece que o pugilismo está fora de questão.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Grémio Lisbonense
O futuro do Grémio Lisbonense, mítica agremiação socio-cultural lisboeta, fundada em 1842, localizada no Rossio ao lado do não menos mítico "Peep Show" tem hoje, quiçá o seu dia mais decisivo. Ou vive ou morre.
Este escriba que é "sóice qué sóice", tal como outros atónitos espera e deseja que a situação do Grémio se resolva p'lo melhor e que o futuro traga novas auspiciosas.
Um bem-haja muito especial às "sóiças" e ao "sóice", por lutarem contra o reumatismo vigente.
Hasta La Vitória!!! E que a etilização no Grémio continue...
O futuro do Grémio Lisbonense, mítica agremiação socio-cultural lisboeta, fundada em 1842, localizada no Rossio ao lado do não menos mítico "Peep Show" tem hoje, quiçá o seu dia mais decisivo. Ou vive ou morre.
Este escriba que é "sóice qué sóice", tal como outros atónitos espera e deseja que a situação do Grémio se resolva p'lo melhor e que o futuro traga novas auspiciosas.
Um bem-haja muito especial às "sóiças" e ao "sóice", por lutarem contra o reumatismo vigente.
Hasta La Vitória!!! E que a etilização no Grémio continue...
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
sábado, 18 de agosto de 2007
Mais uma das razões pela qual o Glorioso vai voltar a não tocar na chincha
O meu clube, que já é uma das piadas mais engraçadas do nosso país, lá vai conseguindo fazer pior. A última foi a fabulosa exibição face ao Copenhaga, esse colosso do pontapé na bola. Curiosamente, esse importante jogo deu-se um dia depois de um titular indiscutível da equipa, um tal de Manuel Fernandes, ter pura e simplesmente desertado, recusando-se a ir para estágio com o resto da equipa. Simplesmente cagou, porque queria ir-se embora. E o que fez o Benfica? Deixou-o sair.
Ponto.
Alguém me explica por que razão isto não acontece nos outros clubes?! (ok, não me expliquem, é um bocado óbvio)....
Na Luz, basta fazer birra para sair. Foi o Tiago, o Miguel, agora o Anderson e o Manuel Fernandes. Não há disciplina, não há mística, não há quem saiba fazer os negócios bem feitos. Há uma cambada de amadores armados em baby-sitters de meninos mimados. É só amuar, e o Benfica, com quem os jogadores assinaram voluntariamente contratos de vários anos, faz-lhes a vontadinha.
Assim é complicado.
Já sei que toda a gente vai crucificar o Engenheiro pela merda de época que vamos fazer, e eu também. Mas começo a achar que a culpa é maioritariamente de outros, e não do treinador.
Saudações benfiquistas e muita força, que isto vai ser ano de muito sofrimento.
PS: E o Benfica deu metade do passe do Manuel Fernandes pelos passes do Kariaka e do Diego Souza. Ganda negócio.
O meu clube, que já é uma das piadas mais engraçadas do nosso país, lá vai conseguindo fazer pior. A última foi a fabulosa exibição face ao Copenhaga, esse colosso do pontapé na bola. Curiosamente, esse importante jogo deu-se um dia depois de um titular indiscutível da equipa, um tal de Manuel Fernandes, ter pura e simplesmente desertado, recusando-se a ir para estágio com o resto da equipa. Simplesmente cagou, porque queria ir-se embora. E o que fez o Benfica? Deixou-o sair.
Ponto.
Alguém me explica por que razão isto não acontece nos outros clubes?! (ok, não me expliquem, é um bocado óbvio)....
Na Luz, basta fazer birra para sair. Foi o Tiago, o Miguel, agora o Anderson e o Manuel Fernandes. Não há disciplina, não há mística, não há quem saiba fazer os negócios bem feitos. Há uma cambada de amadores armados em baby-sitters de meninos mimados. É só amuar, e o Benfica, com quem os jogadores assinaram voluntariamente contratos de vários anos, faz-lhes a vontadinha.
Assim é complicado.
Já sei que toda a gente vai crucificar o Engenheiro pela merda de época que vamos fazer, e eu também. Mas começo a achar que a culpa é maioritariamente de outros, e não do treinador.
Saudações benfiquistas e muita força, que isto vai ser ano de muito sofrimento.
PS: E o Benfica deu metade do passe do Manuel Fernandes pelos passes do Kariaka e do Diego Souza. Ganda negócio.
Polícias ou ladrões?
Na última semana apanhei duas multas. Eu, que com 10 anos de carta só tinha uma multa, fui caçado duas vezes. Na primeira, estacionei inadvertidamente num lugar de cargas e descargas e houve um cabrão (da panificadora do Chiado, Rua do Sacramento, filho da puta), que chamou a bófia. Resultado: 70 euros.
Depois, recebi uma cartita da polícia municipal, com uma multa por excesso de velocidade. Eu, um verdadeiro facínora, fui apanhado na recta gigante em frente ao LUX. Ia à estonteante velocidade de 65 quilómetros por hora.
Resultado: 60 euros.
É impressão minha ou ando a trabalhar para alimentar a polícia? Eu sou a favor da segurança, tudo bem, mas alguém me explica o limite de 50 km/hora em rectas sem trânsito?
A estrada está completamente cheia de manobras perigosas, mas isso dá mais trabalho, enquanto os radares é só estender a rede e apanhar o peixe.
Só um pedido. Multem o que quiserem mas sejam rigorosos, e tirem os maníacos da estrada. Isso seria um serviço bem mais importante do que andar a roubar quem anda a 65...
Na última semana apanhei duas multas. Eu, que com 10 anos de carta só tinha uma multa, fui caçado duas vezes. Na primeira, estacionei inadvertidamente num lugar de cargas e descargas e houve um cabrão (da panificadora do Chiado, Rua do Sacramento, filho da puta), que chamou a bófia. Resultado: 70 euros.
Depois, recebi uma cartita da polícia municipal, com uma multa por excesso de velocidade. Eu, um verdadeiro facínora, fui apanhado na recta gigante em frente ao LUX. Ia à estonteante velocidade de 65 quilómetros por hora.
Resultado: 60 euros.
É impressão minha ou ando a trabalhar para alimentar a polícia? Eu sou a favor da segurança, tudo bem, mas alguém me explica o limite de 50 km/hora em rectas sem trânsito?
A estrada está completamente cheia de manobras perigosas, mas isso dá mais trabalho, enquanto os radares é só estender a rede e apanhar o peixe.
Só um pedido. Multem o que quiserem mas sejam rigorosos, e tirem os maníacos da estrada. Isso seria um serviço bem mais importante do que andar a roubar quem anda a 65...
Tuga on the road
Segundo o DN, que caminha a passos largos para rivalizar com o 24 Horas, um cidadão português foi detido no centro histórico da Corunha por...estar a assar sardinhas na via pública.
O homem, de 47 anos, estava entretido a preparar a janta quando foi interpelado por dois polícias, que o informaram de que tal é proibido. O sujeito pegou nas coisinhas, andou 10 metros, e lá voltou à sardinha na brasa. Foi de novo abordado e não esteve com meias medidas: mandou o assador a um polícia e agrediu o outro a pontapé.
Ah, Viriato!!!
Segundo o DN, que caminha a passos largos para rivalizar com o 24 Horas, um cidadão português foi detido no centro histórico da Corunha por...estar a assar sardinhas na via pública.
O homem, de 47 anos, estava entretido a preparar a janta quando foi interpelado por dois polícias, que o informaram de que tal é proibido. O sujeito pegou nas coisinhas, andou 10 metros, e lá voltou à sardinha na brasa. Foi de novo abordado e não esteve com meias medidas: mandou o assador a um polícia e agrediu o outro a pontapé.
Ah, Viriato!!!
terça-feira, 14 de agosto de 2007
Diário de um Condutor de Riquexó, Fluente em Suomi em Shangai
Shangai acordou fria e chuvosa. o riquexó brilha.
"Estou absolutamente convicto de que o mundo seria um lugar melhor, se o Jesus Cristo tivesse nascido num prostíbulo em Tijuana, em vez de uma qualquer manjedoura em Belém.
Pelo menos mais animado e divertido seria certamente. O Jesus não seria apenas o Jesus, seria o Ré-Zús, entoado aos berros e em espanhol amexicanado.
Nada de missas soturnas em latim. Bebedeiras de tequilla e mariachis nas Cantinas.
Nada de parvoices de Reis Magos atrás de uma misteriosa estrela. Os Três Reis Magros de Tijuana atrás da lagarta do mezcal. Nada de incenso, ouro e mirra. Tequilla, cocaína e marijuana.
O mundo seria um lugar melhor. Não tenho quaisquer dúvidas."
Shangai que amanhece, faz-me lembrar sempre aquela música do Sérgio Godinho.
Shangai acordou fria e chuvosa. o riquexó brilha.
"Estou absolutamente convicto de que o mundo seria um lugar melhor, se o Jesus Cristo tivesse nascido num prostíbulo em Tijuana, em vez de uma qualquer manjedoura em Belém.
Pelo menos mais animado e divertido seria certamente. O Jesus não seria apenas o Jesus, seria o Ré-Zús, entoado aos berros e em espanhol amexicanado.
Nada de missas soturnas em latim. Bebedeiras de tequilla e mariachis nas Cantinas.
Nada de parvoices de Reis Magos atrás de uma misteriosa estrela. Os Três Reis Magros de Tijuana atrás da lagarta do mezcal. Nada de incenso, ouro e mirra. Tequilla, cocaína e marijuana.
O mundo seria um lugar melhor. Não tenho quaisquer dúvidas."
Shangai que amanhece, faz-me lembrar sempre aquela música do Sérgio Godinho.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Timor Leste e o Torneio do Guadiana
Diálogo MSN entre duas almas sensíveis:
Papousse: Lê-me isto: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=49155 Odeio o Xanana e o Ramos-Horta.
Virgem Ofendida: Mas um deles tem lá em casa um óscar…ou um prémio Nobel…ou lá o que é isso...
Papousse: Acho que aqueles senhores que já foram louros deviam exercer direito de reversão sobre o troféu. Manifestamente o Ramos perdeu direito àquele prémio. Pelo que vi ontem, ficava melhor entregue ao Petit ou ao Liedson.
Virgem Ofendida: E isso existe???...n me parece...
Papousse: Foda-se, se o código das expropriações o prevê, por que raio aquela malta iluminada da academia não há-de ter pensado tb nisso? Por quaisquer 30 mil euros faço o projecto. Traduzes tu para Inglês que eu dou-te metade da massa.
Virgem Ofendida: Eu traduzo para sueco.
Diálogo MSN entre duas almas sensíveis:
Papousse: Lê-me isto: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=49155 Odeio o Xanana e o Ramos-Horta.
Virgem Ofendida: Mas um deles tem lá em casa um óscar…ou um prémio Nobel…ou lá o que é isso...
Papousse: Acho que aqueles senhores que já foram louros deviam exercer direito de reversão sobre o troféu. Manifestamente o Ramos perdeu direito àquele prémio. Pelo que vi ontem, ficava melhor entregue ao Petit ou ao Liedson.
Virgem Ofendida: E isso existe???...n me parece...
Papousse: Foda-se, se o código das expropriações o prevê, por que raio aquela malta iluminada da academia não há-de ter pensado tb nisso? Por quaisquer 30 mil euros faço o projecto. Traduzes tu para Inglês que eu dou-te metade da massa.
Virgem Ofendida: Eu traduzo para sueco.
terça-feira, 31 de julho de 2007
sábado, 28 de julho de 2007
O futuro não é brilhante
Sei que as eleições já lá vão, ainda por cima umas mini-autárquicas, ainda por cima intercalares, ainda por cima com 53 candidatos. Mas estive ausente e só agora posso escrever um pouco sobre o assunto, até porque, de facto, acho que há muitas lições a tirar dos últimos meses, no que toca à política nacional.
A primeira é que, no fundo, o tuga gosta de levar no focinho. Só assim se entende o resultado de António Costa que, naturalmente longe da maioria absoluta, foi um candidato que necessariamente representava, e representa, a face do Governo.
No que toca aos resultados, a única supresa, para mim, foi a votação de Carmona Rodrigues. E se, para tudo o resto, consigo encontrar algum sentido ou, pelo menos, alguma explicação, para isto não consigo. A minha teoria é que ele prometeu mundos e fundos a todos os trabalhadores da CML, que são para aí 15% da população da autarquia. Não sei.
Tirando isso, factos significativos apenas no facto de o PP finalmente ter desaparecido de vez do mapa e de o PNR ter ficado à frente do partido unipessoal de Manuel Monteiro.
Helena Roseta, que fez uma campanha digna, ficou um pouco aquém do esperado.
Depois de tudo isto, e reiterando a opinião de que há muitos pontos de contacto com a política nacional mais geral, alguns pontos há a salientar, até porque as ondas de choque sobre a direita (who the fuck is Negrão?!) ainda vão dar que falar.
A questão é: para onde vão os partidos nos próximos anos, e que representatividade vão conseguir ter nas próximas eleições. Olhemos então para esta especulativa bola de cristal.
O PS, lamento profundamente dizê-lo, terá nova maioria absoluta nas próximas legislativas. Dou isto por certo. O tuga gosta muito do centrão mas, pior ainda, dentro do tuga vive um fascistazinho muito mal disfarçado. Ou seja, centrão com tiques de pseudo-seriedade (arrogância basta) e prepotência, e o tuga está nas suas sete quintas.
Mais relevante ainda que este ADN nacional é a questão da ideologia, do campo ideológico. É com certas bandeiras que se faz o combate político, e é com esse combate (basicamente o que aparece nos jornais e, sobretudo, na televisão), que se convence o povo. O actual Governo é, só, o executivo mais liberal desde o 25 de Abril, o que inclui os tempos de Cavaco, Durão e Santana. Nunca se viu tamanho ataque ao Estado Social, aos serviços públicos e, até, à liberdade de imprensa, já para não falar do regresso do famigerado delito de opinião. Sendo assim, a principal vítima é, claramente, o PSD. Sendo um partido de centro-direita, está completamente sem espaço para atacar o Governo. Aliás, quando o faz, assiste-se à coisa fantástica de o atacar pela esquerda, com argumentos que o PS, ele próprio, utilizava, antes de se ter transformado nesta cambada de boys tecnocratas thirty-something. Creio que os críticos estão errados ao identificar Marques Mendes como o grande problema do PSD. O grande problema do PSD é o PS, o facto de, na prática, o seu campo de actuação ideológica ter sido completamente invadido, e até excedido, por este Governo. Qualquer outro líder teria o mesmo resultado. Seria menos ridículo, talvez, mas em termos de votos pouca diferença haveria. A dificuldade para o PSD está na forma de fazer o tal combate político. Como defende exactamente aquilo que o PS está a fazer (embora nunca tivesse a coragem de o fazer e seria trucidado se tentasse) não há argumentos. O ataque pela esquerda faz sentido teórico, mas não rende votos. Alguém que defenda uma política de esquerda para o Governo não vai, obviamente, votar PSD. Assim, perante este cenário, o PSD terá de procurar algum outro nicho, que no caso deste partido não poderá ser nunca tão nicho quanto isso, já que é um partido de massas que só existe para ganhar eleições e estar no poder (nunca soube fazer oposição, basta lembrar o que foi o agora aclamado Durão Borroso). Como tal, é de esperar, a seu tempo, alguma deriva para a direita, mas será sempre soft. O PSD não tem uma ideologia coerente (ou sequer incoerente), pelo que nunca se pode afastar do centrão.
Mais interessante, e apetitoso, é o destino do PP. Portas fez mal, muito mal, em voltar quando o fez e como fez. Sofre do mesmo síndroma que Santana Lopes, vive tão obcecado com a sua própria imagem e com o seu suposto brilhantismo intelectual, que se ilude a pensar que Portugal, desespera, sempre, de o ver voltar à ribalta. Se o PSD não tem espaço ideológico, com o PP já não é bem assim. Portas é inteligente, e neste momento precisa de um plano. Um dos problemas é que não há, a curto prazo, nenhuma bandeira ideológica que lhe possa servir para marcar uma posição: depois do aborto resta a constituição europeia e, mais tarde, a regionalização, mas não são temas sexy para o eleitorado. Assim, tenho poucas dúvidas de que Portas tentará uma manobra arrojada: chegar-se mais à direita e, encorajado pelo acolhimento dos radicais do PNR, começará a bater na tecla da segurança e da imigração. É apenas uma questão de tempo. É claro que não faz sentido falar em qualquer aproximação entre os dois partidos, isso seria o fim do PP. Mas a ideologia será aproveitada. De maneira mais suave, com todos os asteriscos de preocupação democrática e tolerância acima de tudo, mas irá acontecer. É uma jogada de risco, mas Portas começa a perceber que talvez não seja tão relevante como sempre se achou, e não terá paciência para ficar dez anos a fazer oposição num partido que só consegue definhar cada vez mais. Vai tentar esta estratégia, vai falhar, vai sair, e depois vai chegar-se ao PSD como independente. Levará anos, mas estou seguro de que será este o caminho.
À esquerda, o horizonte é animador. É claro que nunca chegarão ao poder e nada poderão fazer para travar as políticas ultraliberais do PS, mas têm a sua base militante completamente protegida. Ainda há muita gente de esquerda em Portugal, entre o quais eu me incluo. Com o PS como está, a eventual e ligeira fuga de votos não se dará para a direita, mas sim para a esquerda. Em termos de combate ideológico, há muito que o campo não era tão fértil para PC e BE, já que no poder está um executivo que faz tudo ao contrário do que estes partidos defendem.
É apenas um exercício, mas deixo aqui as apostas. PS mantém maioria absoluta, PC e BE ficam mais ou menos na mesma ou sobem um pouco, o PSD ficar-se-á pelos 20 e poucos por cento e o PP desaparece mais um pouco.
No que toca ao nosso país, o futuro não é brilhante.
PS: Mais uma palavra acerca de Helena Roseta. A história de ser independente é gira, mas talvez a sua saída do partido fizesse sentido há mais tempo, e não apenas quando foi rejeitada como cabeça de lista do PS para a CML. Depois, esta socialista que era do PSD, uma espécie de Zita Seabra ao contrário, apareceu esta semana num programa abjecto de seu nome "As tardes da Júlia". O que eu considero algo muito pouco "Maio de 68", mas enfim...
Sei que as eleições já lá vão, ainda por cima umas mini-autárquicas, ainda por cima intercalares, ainda por cima com 53 candidatos. Mas estive ausente e só agora posso escrever um pouco sobre o assunto, até porque, de facto, acho que há muitas lições a tirar dos últimos meses, no que toca à política nacional.
A primeira é que, no fundo, o tuga gosta de levar no focinho. Só assim se entende o resultado de António Costa que, naturalmente longe da maioria absoluta, foi um candidato que necessariamente representava, e representa, a face do Governo.
No que toca aos resultados, a única supresa, para mim, foi a votação de Carmona Rodrigues. E se, para tudo o resto, consigo encontrar algum sentido ou, pelo menos, alguma explicação, para isto não consigo. A minha teoria é que ele prometeu mundos e fundos a todos os trabalhadores da CML, que são para aí 15% da população da autarquia. Não sei.
Tirando isso, factos significativos apenas no facto de o PP finalmente ter desaparecido de vez do mapa e de o PNR ter ficado à frente do partido unipessoal de Manuel Monteiro.
Helena Roseta, que fez uma campanha digna, ficou um pouco aquém do esperado.
Depois de tudo isto, e reiterando a opinião de que há muitos pontos de contacto com a política nacional mais geral, alguns pontos há a salientar, até porque as ondas de choque sobre a direita (who the fuck is Negrão?!) ainda vão dar que falar.
A questão é: para onde vão os partidos nos próximos anos, e que representatividade vão conseguir ter nas próximas eleições. Olhemos então para esta especulativa bola de cristal.
O PS, lamento profundamente dizê-lo, terá nova maioria absoluta nas próximas legislativas. Dou isto por certo. O tuga gosta muito do centrão mas, pior ainda, dentro do tuga vive um fascistazinho muito mal disfarçado. Ou seja, centrão com tiques de pseudo-seriedade (arrogância basta) e prepotência, e o tuga está nas suas sete quintas.
Mais relevante ainda que este ADN nacional é a questão da ideologia, do campo ideológico. É com certas bandeiras que se faz o combate político, e é com esse combate (basicamente o que aparece nos jornais e, sobretudo, na televisão), que se convence o povo. O actual Governo é, só, o executivo mais liberal desde o 25 de Abril, o que inclui os tempos de Cavaco, Durão e Santana. Nunca se viu tamanho ataque ao Estado Social, aos serviços públicos e, até, à liberdade de imprensa, já para não falar do regresso do famigerado delito de opinião. Sendo assim, a principal vítima é, claramente, o PSD. Sendo um partido de centro-direita, está completamente sem espaço para atacar o Governo. Aliás, quando o faz, assiste-se à coisa fantástica de o atacar pela esquerda, com argumentos que o PS, ele próprio, utilizava, antes de se ter transformado nesta cambada de boys tecnocratas thirty-something. Creio que os críticos estão errados ao identificar Marques Mendes como o grande problema do PSD. O grande problema do PSD é o PS, o facto de, na prática, o seu campo de actuação ideológica ter sido completamente invadido, e até excedido, por este Governo. Qualquer outro líder teria o mesmo resultado. Seria menos ridículo, talvez, mas em termos de votos pouca diferença haveria. A dificuldade para o PSD está na forma de fazer o tal combate político. Como defende exactamente aquilo que o PS está a fazer (embora nunca tivesse a coragem de o fazer e seria trucidado se tentasse) não há argumentos. O ataque pela esquerda faz sentido teórico, mas não rende votos. Alguém que defenda uma política de esquerda para o Governo não vai, obviamente, votar PSD. Assim, perante este cenário, o PSD terá de procurar algum outro nicho, que no caso deste partido não poderá ser nunca tão nicho quanto isso, já que é um partido de massas que só existe para ganhar eleições e estar no poder (nunca soube fazer oposição, basta lembrar o que foi o agora aclamado Durão Borroso). Como tal, é de esperar, a seu tempo, alguma deriva para a direita, mas será sempre soft. O PSD não tem uma ideologia coerente (ou sequer incoerente), pelo que nunca se pode afastar do centrão.
Mais interessante, e apetitoso, é o destino do PP. Portas fez mal, muito mal, em voltar quando o fez e como fez. Sofre do mesmo síndroma que Santana Lopes, vive tão obcecado com a sua própria imagem e com o seu suposto brilhantismo intelectual, que se ilude a pensar que Portugal, desespera, sempre, de o ver voltar à ribalta. Se o PSD não tem espaço ideológico, com o PP já não é bem assim. Portas é inteligente, e neste momento precisa de um plano. Um dos problemas é que não há, a curto prazo, nenhuma bandeira ideológica que lhe possa servir para marcar uma posição: depois do aborto resta a constituição europeia e, mais tarde, a regionalização, mas não são temas sexy para o eleitorado. Assim, tenho poucas dúvidas de que Portas tentará uma manobra arrojada: chegar-se mais à direita e, encorajado pelo acolhimento dos radicais do PNR, começará a bater na tecla da segurança e da imigração. É apenas uma questão de tempo. É claro que não faz sentido falar em qualquer aproximação entre os dois partidos, isso seria o fim do PP. Mas a ideologia será aproveitada. De maneira mais suave, com todos os asteriscos de preocupação democrática e tolerância acima de tudo, mas irá acontecer. É uma jogada de risco, mas Portas começa a perceber que talvez não seja tão relevante como sempre se achou, e não terá paciência para ficar dez anos a fazer oposição num partido que só consegue definhar cada vez mais. Vai tentar esta estratégia, vai falhar, vai sair, e depois vai chegar-se ao PSD como independente. Levará anos, mas estou seguro de que será este o caminho.
À esquerda, o horizonte é animador. É claro que nunca chegarão ao poder e nada poderão fazer para travar as políticas ultraliberais do PS, mas têm a sua base militante completamente protegida. Ainda há muita gente de esquerda em Portugal, entre o quais eu me incluo. Com o PS como está, a eventual e ligeira fuga de votos não se dará para a direita, mas sim para a esquerda. Em termos de combate ideológico, há muito que o campo não era tão fértil para PC e BE, já que no poder está um executivo que faz tudo ao contrário do que estes partidos defendem.
É apenas um exercício, mas deixo aqui as apostas. PS mantém maioria absoluta, PC e BE ficam mais ou menos na mesma ou sobem um pouco, o PSD ficar-se-á pelos 20 e poucos por cento e o PP desaparece mais um pouco.
No que toca ao nosso país, o futuro não é brilhante.
PS: Mais uma palavra acerca de Helena Roseta. A história de ser independente é gira, mas talvez a sua saída do partido fizesse sentido há mais tempo, e não apenas quando foi rejeitada como cabeça de lista do PS para a CML. Depois, esta socialista que era do PSD, uma espécie de Zita Seabra ao contrário, apareceu esta semana num programa abjecto de seu nome "As tardes da Júlia". O que eu considero algo muito pouco "Maio de 68", mas enfim...
Espelho meu
Ainda na sequência de "Livro Directo", a história do Mantorras, a polémica não pára. Apareceu agora um desconhecido gémeo de Pedro Mantorras, que se diferencia dele apenas por conseguir ser ainda mais feio e não conseguir engatar ninguém em bares de alterne. Segundo este parente, a história de Mantorras é mentira. Ele não tem 40 anos, é branco, e aquilo do joelho é tudo fita porque o tipo é preguiçoso.
Maria José Morgado, onde estás tu quando é preciso repor a verdade?!
Ainda na sequência de "Livro Directo", a história do Mantorras, a polémica não pára. Apareceu agora um desconhecido gémeo de Pedro Mantorras, que se diferencia dele apenas por conseguir ser ainda mais feio e não conseguir engatar ninguém em bares de alterne. Segundo este parente, a história de Mantorras é mentira. Ele não tem 40 anos, é branco, e aquilo do joelho é tudo fita porque o tipo é preguiçoso.
Maria José Morgado, onde estás tu quando é preciso repor a verdade?!
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Diário de um Adepto Benfiquista
Este ano é que era!
Ps: para atenuar ligeiramente a dor, valha-nos este excelente post sobre o Tello.
Este ano é que era!
Ps: para atenuar ligeiramente a dor, valha-nos este excelente post sobre o Tello.
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Ufaaaaaaa!!!...
Por instantes assustei-me:"Incêndio numa fábrica têxtil em Rio Tinto"
Afinal é Rio Tinto, não é Vinho Tinto, isso sim é que era preocupante.
Safa!!!
Por instantes assustei-me:"Incêndio numa fábrica têxtil em Rio Tinto"
Afinal é Rio Tinto, não é Vinho Tinto, isso sim é que era preocupante.
Safa!!!
Al-Lixbûnâ
1288 anos depois Lisboa volta a ser conquistada por um mouro.
Aproveitando que mais de metade do povo lisboeta estava a coçar a micose, deixando as ameias a descoberto, Rajid Costa tomou conta da cidade mais depressa do que Mendes Bota consegue dizer Allgarve.
O derramamento de sangue foi pouco, mas a azia é grande, Paulo Portas, Telmo Correia e Marques Mendes esgotaram o stock de Pepsamar das farmácias da cidade.
1288 anos depois Lisboa volta a ser conquistada por um mouro.
Aproveitando que mais de metade do povo lisboeta estava a coçar a micose, deixando as ameias a descoberto, Rajid Costa tomou conta da cidade mais depressa do que Mendes Bota consegue dizer Allgarve.
O derramamento de sangue foi pouco, mas a azia é grande, Paulo Portas, Telmo Correia e Marques Mendes esgotaram o stock de Pepsamar das farmácias da cidade.
Lx Tandoori
Lisboa, após as intercalares de ontém é de facto uma cidade verdadeiramente de calibre universal. A digna de metrópole d'O Império eternamente adiado, mas que ainda o haveremos de ser.
Inderjit Costa o primeiro Maior (do inglês Mayor) de Lisboa indiano, vai levar as fragâncias do caríl e do tandoori do Centro Comercial da Mouraria até ao topo das 7 colinas e quiçá Benfica.
Duas notas mui aprazivéis destas intercalares, a confirmação de Marques Mendes como o José Couceiro da política e o grau de Zero Absoluto que o CDS/PP é.
O Telminho para presidente? 'dasse... é que nem os betos acreditavam nisso... ou naquilo.
Viva Portugal! Viva o Império!
Lisboa, após as intercalares de ontém é de facto uma cidade verdadeiramente de calibre universal. A digna de metrópole d'O Império eternamente adiado, mas que ainda o haveremos de ser.
Inderjit Costa o primeiro Maior (do inglês Mayor) de Lisboa indiano, vai levar as fragâncias do caríl e do tandoori do Centro Comercial da Mouraria até ao topo das 7 colinas e quiçá Benfica.
Duas notas mui aprazivéis destas intercalares, a confirmação de Marques Mendes como o José Couceiro da política e o grau de Zero Absoluto que o CDS/PP é.
O Telminho para presidente? 'dasse... é que nem os betos acreditavam nisso... ou naquilo.
Viva Portugal! Viva o Império!
domingo, 15 de julho de 2007
Tanto espinho....
...tem esta rosa.
O PS dantes tinha um punho, lembram-se? Depois veio o Guterres, o Blair, a terceira via, o marketing milionário, o socialismo na gaveta (agora sim, de forma definitiva), e, voilá, apareceu a rosinha linda. Inócua, parola, bibelástica, amorfa. Sim, porque de luta já não se faz a política, agora que o poder tanto clama pelos autoproclamados pais da democracia portuguesa.
Nos últimos tempos, a rosa definha a olhos vistos. E se as pétalas, apesar de todo o marketing, começam a perder a cor, os espinhos, esses, estão à vista de todos e picam, a sério, o povo, noutros tempos apelidado de "o mexilhão".
Vejamos alguns casos engraçados.
Primeiro foi a história da DREN, de censura pura e simples, de delito de opinião. A controleira em causa, a senhora dona chefe da DREN, veio depois para os jornais dizer algo parecido com a célebre frase de Jorge Coelho: "Quem se meter com o PS, leva!". Isto na altura deu polémica, mas enfim, Coelho é o tipo do PS, é essa a sua vida. Mas esta senhora, que supostamente ocupará o seu cargo devido a algum tipo de competência técnica, mostra que, mais importante que o saber, são os aninhos de percurso, que curiosamente começou na JS, como tantos líderes de pacotilha deste nosso país.
Depois mais casos, na Saúde, também por delito de opinião contra o Governo. Já nem falarei das mortes causadas pelo nosso ministo das contas de merceeiro, que faz contas às poupanças em euros o custo das mortes de gente.
Na AR, perante o combate cerrado da oposição a esta inacreditável censura da máquina do PS que tudo ocupou, o líder parlamentar socialista ouviu mais de uma hora de críticas. Quando respondeu, nem uma palavra acerca de qualquer caso concreto. Nem uma explicação. Apenas um slogan: "o PS não aceita lições de democracia seja de quem for".
Fantástico.
Depois, num caso mais recente, o digníssimo José Miguel Júdice, homem do PSD, é convidado por José Sócrates para liderar a revitalização da zona ribeirinha de Lisboa, pouco tempo depois de surgir, de forma surpreendente, como mandatário na campanha autárquica de António Costa. Para além desta estranha coincidência, resta uma pergunta: que raio de conhecimentos expecionais terá o advogado para lidar com a zona ribeirinha de Lisboa? É pescador de domingo? Talvez tenha um barco?... What?!
Felizmente Júdice veio esclarecer-nos, lembrando que a sua actuação não se reduz à de simples advogado e que as suas competências e interesses em muito o ultrapassam. Sim, de facto. E talvez os grandes clientes do seu escritório de advogados, com interesses na construção e noutras áreas da zona ribeirinha lhe possam dar uma ajudinha....
E, no entanto, aqui estamos. Sócrates é vaiado na Luz, honrando uma tradição que vem dos tempos de Durão Barroso, mas António Costa será o novo presidente da CML, felizmente sem a tão propalada maioria (a perversidade deste governo deriva sobretudo da prepotência megalómana que a maioria absoluta lhes garantiu). Parece que a malta gosta.
E já agora, alguém duvida do que este comportamento e estas medidas provocariam, se no poder estivesse um partido de direita?
Factos são factos, independentemente de quem os pratica.
Há muitos anos que não via um Governo tão cavaquista como este.
...tem esta rosa.
O PS dantes tinha um punho, lembram-se? Depois veio o Guterres, o Blair, a terceira via, o marketing milionário, o socialismo na gaveta (agora sim, de forma definitiva), e, voilá, apareceu a rosinha linda. Inócua, parola, bibelástica, amorfa. Sim, porque de luta já não se faz a política, agora que o poder tanto clama pelos autoproclamados pais da democracia portuguesa.
Nos últimos tempos, a rosa definha a olhos vistos. E se as pétalas, apesar de todo o marketing, começam a perder a cor, os espinhos, esses, estão à vista de todos e picam, a sério, o povo, noutros tempos apelidado de "o mexilhão".
Vejamos alguns casos engraçados.
Primeiro foi a história da DREN, de censura pura e simples, de delito de opinião. A controleira em causa, a senhora dona chefe da DREN, veio depois para os jornais dizer algo parecido com a célebre frase de Jorge Coelho: "Quem se meter com o PS, leva!". Isto na altura deu polémica, mas enfim, Coelho é o tipo do PS, é essa a sua vida. Mas esta senhora, que supostamente ocupará o seu cargo devido a algum tipo de competência técnica, mostra que, mais importante que o saber, são os aninhos de percurso, que curiosamente começou na JS, como tantos líderes de pacotilha deste nosso país.
Depois mais casos, na Saúde, também por delito de opinião contra o Governo. Já nem falarei das mortes causadas pelo nosso ministo das contas de merceeiro, que faz contas às poupanças em euros o custo das mortes de gente.
Na AR, perante o combate cerrado da oposição a esta inacreditável censura da máquina do PS que tudo ocupou, o líder parlamentar socialista ouviu mais de uma hora de críticas. Quando respondeu, nem uma palavra acerca de qualquer caso concreto. Nem uma explicação. Apenas um slogan: "o PS não aceita lições de democracia seja de quem for".
Fantástico.
Depois, num caso mais recente, o digníssimo José Miguel Júdice, homem do PSD, é convidado por José Sócrates para liderar a revitalização da zona ribeirinha de Lisboa, pouco tempo depois de surgir, de forma surpreendente, como mandatário na campanha autárquica de António Costa. Para além desta estranha coincidência, resta uma pergunta: que raio de conhecimentos expecionais terá o advogado para lidar com a zona ribeirinha de Lisboa? É pescador de domingo? Talvez tenha um barco?... What?!
Felizmente Júdice veio esclarecer-nos, lembrando que a sua actuação não se reduz à de simples advogado e que as suas competências e interesses em muito o ultrapassam. Sim, de facto. E talvez os grandes clientes do seu escritório de advogados, com interesses na construção e noutras áreas da zona ribeirinha lhe possam dar uma ajudinha....
E, no entanto, aqui estamos. Sócrates é vaiado na Luz, honrando uma tradição que vem dos tempos de Durão Barroso, mas António Costa será o novo presidente da CML, felizmente sem a tão propalada maioria (a perversidade deste governo deriva sobretudo da prepotência megalómana que a maioria absoluta lhes garantiu). Parece que a malta gosta.
E já agora, alguém duvida do que este comportamento e estas medidas provocariam, se no poder estivesse um partido de direita?
Factos são factos, independentemente de quem os pratica.
Há muitos anos que não via um Governo tão cavaquista como este.
domingo, 8 de julho de 2007
You lose
De acordo com o Los Angeles Times, os EUA já têm no Iraque mais agentes privados contratados do que soldados. Com o país sem sinais de pacificação, e com a "libertação" ainda longe, Bush e sus muchachos cada vez tem maiores dificuldades em seduzir jovens para lutarem pela pátria, derrotando os infiéis.
Era só o resto do mundo. Agora nem a América acredita....
De acordo com o Los Angeles Times, os EUA já têm no Iraque mais agentes privados contratados do que soldados. Com o país sem sinais de pacificação, e com a "libertação" ainda longe, Bush e sus muchachos cada vez tem maiores dificuldades em seduzir jovens para lutarem pela pátria, derrotando os infiéis.
Era só o resto do mundo. Agora nem a América acredita....
sábado, 30 de junho de 2007
VOTA APU!
Está em curso a campanha eleitoral para a CML, muito morna, como seria de esperar.
Fernando Negrão tem sido o grande animador da contenda, não pelo seu inexistente carisma ou pela ausência de qualquer ideia, mas sim porque está a especializar-se em ser uma espécie de metralhadora de gaffes.
Entretanto, António Costa lá vai dizendo que sim mas talvez, ou seja, nada. Vamos ter mais um vencedor de umas eleições que aposta no não dizer nada, deixar correr o tempo e esperar que a vantagem natural seja suficiente para ganhar. De cada vez que fala, é para beijar o rabo ao Governo. Se calhar mais vale que não fale, de todo.
Mas o mais engraçado de tudo, para mim, tem sido a campanha do Bloco de Esquerda. Gosto sobretudo daquela do "O Zé faz falta!".
Mas qual Zé? Quem é que estes tipos pensam que são? Eu conheço vários Zés, alguns fazem falta mas outros não. De que raio estão eles a falar?
E, depois, adoro o facto de esta frase, da campanha de um partido intelectual de esquerda, venha suportada pela autoria de pensadores tão ilustres como Virgílio Castelo, Rita Blanco ou Alexandra Lencastre.
Mal posso esperar pelas próximas legislativas, em que o Bloco vai meter o elenco dos "Morangos com Açúcar" a dizer-me em quem devo votar...
Está em curso a campanha eleitoral para a CML, muito morna, como seria de esperar.
Fernando Negrão tem sido o grande animador da contenda, não pelo seu inexistente carisma ou pela ausência de qualquer ideia, mas sim porque está a especializar-se em ser uma espécie de metralhadora de gaffes.
Entretanto, António Costa lá vai dizendo que sim mas talvez, ou seja, nada. Vamos ter mais um vencedor de umas eleições que aposta no não dizer nada, deixar correr o tempo e esperar que a vantagem natural seja suficiente para ganhar. De cada vez que fala, é para beijar o rabo ao Governo. Se calhar mais vale que não fale, de todo.
Mas o mais engraçado de tudo, para mim, tem sido a campanha do Bloco de Esquerda. Gosto sobretudo daquela do "O Zé faz falta!".
Mas qual Zé? Quem é que estes tipos pensam que são? Eu conheço vários Zés, alguns fazem falta mas outros não. De que raio estão eles a falar?
E, depois, adoro o facto de esta frase, da campanha de um partido intelectual de esquerda, venha suportada pela autoria de pensadores tão ilustres como Virgílio Castelo, Rita Blanco ou Alexandra Lencastre.
Mal posso esperar pelas próximas legislativas, em que o Bloco vai meter o elenco dos "Morangos com Açúcar" a dizer-me em quem devo votar...
quarta-feira, 20 de junho de 2007
LAURO ATÓNITO APRESENTA.....
..."Lady Chatterley", de Pascale Ferran.
Ora bem, por onde começar?
A história é sobejamente conhecida: uma tipa inglesa da classe alta, cujo marido andou na guerra e agora anda de cadeira de rodas, fica embeiçada pelo caseiro da sua grande propriedade, e entretém-se a comê-lo alarvemente. Ah, e tudo isto no meio da natureza. E às vezes na cabana do caseiro.
E prontos.
Depois, a história é inglesa (DH Lawrence), passa-se em Inglaterra, as personagens são inglesas, mas o filme é francês e as personagens falam todas em francês. É um bocado tipo o Alô Alô mas ao contrário, ou paralelo, ou qualquer coisa parecida.
Depois ainda, são quase três horas de filme. Três horas em que a senhora vai ter com o caseiro (que é um tipo abrutalhado que faz merdas em madeira e caça) e depois eles fodem, vestidos, como convém. Depois despem-se um bocado mais para o fim do filme, mas este não ganha muito com isso. E depois aquilo acontece outra vez. E depois outra vez. E depois outra. E, curiosamente, sempre da mesma maneira, o que me deixou a pensar qual seria o objectivo da realizadora em filmar umas cinco vezes uma cena praticamente igual. E depois de a realizadora perder uma boa hora nestas brincadeiras, e a filmar a natureza (provavelmente a única parte do filme que até escapa), a película começa a bater as duas horas e tal e toca de despachar tudo com uma narradora que a gente não sabe quem é e que aparece do meio do nada.
Enfim, é um filme chato como só os franceses conseguem fazer (e atenção, eu até gosto do semi-chatismo dos franciús, mas custa-me um bocado engolir o chatismo total e absoluto que é este filme, e pelo qual paguei a módica quantia de cinco euros e meio).
E é um filme de gaja (ah, o acordar para a sexualidade adormecida! ah, o acordar para o desejo de maternidade!) como só uma tipa francesa poderia fazer.
A Premiere disse "É enquanto abordagem da descoberta da sensualidade e do erotismo por Lady Chatterley que a obra se impõe. Ferran fixa detalhes que vão adensando a personagem principal e criam um crescendo na fixação do despertar dos seus sentidos".
Já o Público salienta que "Por alguns momentos, o espírito da anarquia sentimental e vitalista do Renoir de "Partie de Campagne" ou do "Le Déjeuner sur l''Herbe" parece reviver. Não é pequena proeza".
Já o Vodka Atónito complementa com "GAAAAAAAAAAAAANNNNDAAAAAAAAAAAAA SEEEEEEEEEEECCCCCCCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!".
ps - para os tarados que frequentam este tasco que ficaram curiosos com a coisa da sensualidade e do erotismo, caguem nisso. É barrete. Cinco euros no animatógrafo ainda dá para qualquer coisinha.
..."Lady Chatterley", de Pascale Ferran.
Ora bem, por onde começar?
A história é sobejamente conhecida: uma tipa inglesa da classe alta, cujo marido andou na guerra e agora anda de cadeira de rodas, fica embeiçada pelo caseiro da sua grande propriedade, e entretém-se a comê-lo alarvemente. Ah, e tudo isto no meio da natureza. E às vezes na cabana do caseiro.
E prontos.
Depois, a história é inglesa (DH Lawrence), passa-se em Inglaterra, as personagens são inglesas, mas o filme é francês e as personagens falam todas em francês. É um bocado tipo o Alô Alô mas ao contrário, ou paralelo, ou qualquer coisa parecida.
Depois ainda, são quase três horas de filme. Três horas em que a senhora vai ter com o caseiro (que é um tipo abrutalhado que faz merdas em madeira e caça) e depois eles fodem, vestidos, como convém. Depois despem-se um bocado mais para o fim do filme, mas este não ganha muito com isso. E depois aquilo acontece outra vez. E depois outra vez. E depois outra. E, curiosamente, sempre da mesma maneira, o que me deixou a pensar qual seria o objectivo da realizadora em filmar umas cinco vezes uma cena praticamente igual. E depois de a realizadora perder uma boa hora nestas brincadeiras, e a filmar a natureza (provavelmente a única parte do filme que até escapa), a película começa a bater as duas horas e tal e toca de despachar tudo com uma narradora que a gente não sabe quem é e que aparece do meio do nada.
Enfim, é um filme chato como só os franceses conseguem fazer (e atenção, eu até gosto do semi-chatismo dos franciús, mas custa-me um bocado engolir o chatismo total e absoluto que é este filme, e pelo qual paguei a módica quantia de cinco euros e meio).
E é um filme de gaja (ah, o acordar para a sexualidade adormecida! ah, o acordar para o desejo de maternidade!) como só uma tipa francesa poderia fazer.
A Premiere disse "É enquanto abordagem da descoberta da sensualidade e do erotismo por Lady Chatterley que a obra se impõe. Ferran fixa detalhes que vão adensando a personagem principal e criam um crescendo na fixação do despertar dos seus sentidos".
Já o Público salienta que "Por alguns momentos, o espírito da anarquia sentimental e vitalista do Renoir de "Partie de Campagne" ou do "Le Déjeuner sur l''Herbe" parece reviver. Não é pequena proeza".
Já o Vodka Atónito complementa com "GAAAAAAAAAAAAANNNNDAAAAAAAAAAAAA SEEEEEEEEEEECCCCCCCCCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!".
ps - para os tarados que frequentam este tasco que ficaram curiosos com a coisa da sensualidade e do erotismo, caguem nisso. É barrete. Cinco euros no animatógrafo ainda dá para qualquer coisinha.
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Amor de Mãe
Os tugas lá entraram de novo para o Guinness. Claro que, exceptuando o facto de o Glorioso ser o maior clube do mundo, todos os recordes portugueses são estúpidos, mas enfim.
Desta feita, a iniciativa era "Barrigas de Amor". Umas centenas de grávidas reuniram-se num jardim em Oeiras para, sei lá, entrar para o Guinness. Que a iniciativa é estúpida parece-me bastante claro. A maternidade é algo de pessoal e sempre me fez alguma confusão a histeria colectiva da procriação. Sobretudo em público, e sobretudo em Oeiras.
Mas irrita-me sobretudo esta febre da natalidade. Estou a chegar a uma idade tramada, em que é suposto eu já estar a pensar em ser pai mas, pior que isso, amigos e conhecidos estão numa corrida desenfreada para gerar descendentes. Não há nada de criticável nisto, como é óbvio. Cada um faz o que quer e o que o corpo manda. Mas tenho de admitir que me irrita solenemente o militantismo da paternidade. Os pais que, de um momento para o outro, deixam de ser indivíduos e perdem o interesse em falar do Benfica, concentrando-se num mantra estranho de "o joãozinho fez isto e depois fez aquilo, e cagou aqui e fez-me chichi em cima, é tão giro".
Chamem-me bruto.
Não, chamem-me mesmo, que eu mereço.
Mas caguei.
A senhora pare (isto escreve-se mesmo assim?) e pronto. A vida passa a girar à volta de um ser minúsculo que, suspeito eu, se está a cagar para tudo o que se passa à volta. Os recém-papás ganham aquele brilho abestalhado de quem tá cheio de drogas, só que não estão. O que é mais barato, mas menos fixe.
As pessoas, que até há meses atrás, não viam nada de errado em passar uma tarde a mamar caracóis e a enfiar imperiais numa tasca a ver a bola, agora vão a espectáculos do Ruca On Ice, ou qualquer merda assim. Cometem todos os mesmos erros idiotas em termos de educação, simplesmente porque, ao contrário do que acontecia com a geração dos nossos pais, todos os recursos e toda a atenção vão para os putos. Estão a produzir pequenos tiranos. Isto acontece porque, ao contrário dos nossos pais, os pais de hoje vêem muitas vezes os filhos como uma espécie qualquer de statement, uma prova de que estão a crescer e já são adultos, à falta de um emprego decente ou qualquer progressão pessoal mais relevante.
Os filhos funcionam como os plasmas, ou a máquina fotográfica digital, só que dão mais trabalho e mais despesa.
É claro que há excepções (entre os que me estão próximos tenho alguns bons exemplos). Mas isso não muda o facto de que é um fenómeno extremamente irritante. Só de ver o ar de superioridade moral com que olham para os desgraçados que, imagine-se!, podem fazer o que lhes der na real gana, dá-me vontade de esterilizar toda a população portuguesa.
E depois, "Barrigas de Amor"?!
Please.
E que tal "Barrigas do látex roto"? Ou barrigas do "esqueci-me da pílula e agora vamos casar"?
Why not?
Daqui a uns anos (muitos, espero) também eu lá irei parar, à paternidade. Aí olharei para este post com desdém, é bem possível.
Mas é agora que tenho razão.
Os tugas lá entraram de novo para o Guinness. Claro que, exceptuando o facto de o Glorioso ser o maior clube do mundo, todos os recordes portugueses são estúpidos, mas enfim.
Desta feita, a iniciativa era "Barrigas de Amor". Umas centenas de grávidas reuniram-se num jardim em Oeiras para, sei lá, entrar para o Guinness. Que a iniciativa é estúpida parece-me bastante claro. A maternidade é algo de pessoal e sempre me fez alguma confusão a histeria colectiva da procriação. Sobretudo em público, e sobretudo em Oeiras.
Mas irrita-me sobretudo esta febre da natalidade. Estou a chegar a uma idade tramada, em que é suposto eu já estar a pensar em ser pai mas, pior que isso, amigos e conhecidos estão numa corrida desenfreada para gerar descendentes. Não há nada de criticável nisto, como é óbvio. Cada um faz o que quer e o que o corpo manda. Mas tenho de admitir que me irrita solenemente o militantismo da paternidade. Os pais que, de um momento para o outro, deixam de ser indivíduos e perdem o interesse em falar do Benfica, concentrando-se num mantra estranho de "o joãozinho fez isto e depois fez aquilo, e cagou aqui e fez-me chichi em cima, é tão giro".
Chamem-me bruto.
Não, chamem-me mesmo, que eu mereço.
Mas caguei.
A senhora pare (isto escreve-se mesmo assim?) e pronto. A vida passa a girar à volta de um ser minúsculo que, suspeito eu, se está a cagar para tudo o que se passa à volta. Os recém-papás ganham aquele brilho abestalhado de quem tá cheio de drogas, só que não estão. O que é mais barato, mas menos fixe.
As pessoas, que até há meses atrás, não viam nada de errado em passar uma tarde a mamar caracóis e a enfiar imperiais numa tasca a ver a bola, agora vão a espectáculos do Ruca On Ice, ou qualquer merda assim. Cometem todos os mesmos erros idiotas em termos de educação, simplesmente porque, ao contrário do que acontecia com a geração dos nossos pais, todos os recursos e toda a atenção vão para os putos. Estão a produzir pequenos tiranos. Isto acontece porque, ao contrário dos nossos pais, os pais de hoje vêem muitas vezes os filhos como uma espécie qualquer de statement, uma prova de que estão a crescer e já são adultos, à falta de um emprego decente ou qualquer progressão pessoal mais relevante.
Os filhos funcionam como os plasmas, ou a máquina fotográfica digital, só que dão mais trabalho e mais despesa.
É claro que há excepções (entre os que me estão próximos tenho alguns bons exemplos). Mas isso não muda o facto de que é um fenómeno extremamente irritante. Só de ver o ar de superioridade moral com que olham para os desgraçados que, imagine-se!, podem fazer o que lhes der na real gana, dá-me vontade de esterilizar toda a população portuguesa.
E depois, "Barrigas de Amor"?!
Please.
E que tal "Barrigas do látex roto"? Ou barrigas do "esqueci-me da pílula e agora vamos casar"?
Why not?
Daqui a uns anos (muitos, espero) também eu lá irei parar, à paternidade. Aí olharei para este post com desdém, é bem possível.
Mas é agora que tenho razão.
sábado, 16 de junho de 2007
A razão pela qual adoro ser gajo
Há uns tempos, no concerto dos Bloc Party, o balcão da Superbock chamou-me a atenção ainda mais do que o habitual. Em cima dele, uma jovenzita de uns abençoados 18 anos (menos que isso era crime, né?), dançava esvoaçante de boa, devidamente arejada. Os pés colavam-se a algo estranho, que depois percebi não ser vómito mas a baba dos sabujos, como eu, que por ali decidiram abancar.
No último fim de semana, o tal do festival Alive, no meio do nada, parece que em Oeiras, ou algés, ou lá o que é. No cimo da torre da Optimus, oito - oito, meus amigos! - meninas abanavam-se ao som do que estivesse a tocar (mesmo quando não havia música).
É por isto que eu adoro ser gajo. Os publicitários, quanto tentam captar a atenção das mulheres e vender-lhes produtos, têm de puxar pela cabeça: cachorrinhos, compras, gajos tipo metrossexual, mini-vans e famílias.
Connosco, tudo é bem mais fácil. Gajas boas. É simples, right? Right.
Caros publicitários, eu sei que vocês gostam de nós e nos estão gratos por, na nossa básica maneira de ser, não vos fazermos trabalhar muito.
Não têm nada que agradecer. Continuem a mandar as gajas.
Há uns tempos, no concerto dos Bloc Party, o balcão da Superbock chamou-me a atenção ainda mais do que o habitual. Em cima dele, uma jovenzita de uns abençoados 18 anos (menos que isso era crime, né?), dançava esvoaçante de boa, devidamente arejada. Os pés colavam-se a algo estranho, que depois percebi não ser vómito mas a baba dos sabujos, como eu, que por ali decidiram abancar.
No último fim de semana, o tal do festival Alive, no meio do nada, parece que em Oeiras, ou algés, ou lá o que é. No cimo da torre da Optimus, oito - oito, meus amigos! - meninas abanavam-se ao som do que estivesse a tocar (mesmo quando não havia música).
É por isto que eu adoro ser gajo. Os publicitários, quanto tentam captar a atenção das mulheres e vender-lhes produtos, têm de puxar pela cabeça: cachorrinhos, compras, gajos tipo metrossexual, mini-vans e famílias.
Connosco, tudo é bem mais fácil. Gajas boas. É simples, right? Right.
Caros publicitários, eu sei que vocês gostam de nós e nos estão gratos por, na nossa básica maneira de ser, não vos fazermos trabalhar muito.
Não têm nada que agradecer. Continuem a mandar as gajas.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
sexta-feira, 25 de maio de 2007
Justiça
O Conselho de Veteranos da Associação Académica de Coimbra aplicou sanções a oito alunos por terem agredido fisicamente um outro estudante durante um ritual de praxe.
Há coisas que me fazem confusão. Não a praxe, isso é só idiota. Faz-me confusão mesmo a morcegada, a malta que anda vestida de preto na universidade mesmo no Verão. Há apenas uma coisa que os une, beber até cair para o lado. Concordo inteiramente, mas será que para isso é preciso um uniforme? É como aqueles jantares de estudantes (que de vez em quando têm umas pitas jeitosas) em que os tipos cantam muitas músicas acerca de beber. E que tal, apenas, beber?! O tempo que perdem a cantar dava para beber bem mais, digo eu. E, digo-o por experiência, se eles estivessem tão bêbados como apregoam, como raio conseguem cantar?!
Bem, adiante.
Dizia eu que os tótós praxeiros de Coimbra aplicaram sanções por causa de abusos na praxe. Estas sanções, dignas de um tribunal do Texas, oscilam entre a proibição de praxar durante dois períodos lectivos e o regresso à condição de caloiro por parte de alguns finalistas.
Um idiota-mor chamado João Luis Jesus diz que se tratam de penas "muito duras para quem vive intensamente a vida académica coimbrã".
Concordo, muito duras. Talvez não tão duras como o rompimento do escroto do coitado que foi a vossa vítima, mas prontos, duras, ainda assim...
O Conselho de Veteranos da Associação Académica de Coimbra aplicou sanções a oito alunos por terem agredido fisicamente um outro estudante durante um ritual de praxe.
Há coisas que me fazem confusão. Não a praxe, isso é só idiota. Faz-me confusão mesmo a morcegada, a malta que anda vestida de preto na universidade mesmo no Verão. Há apenas uma coisa que os une, beber até cair para o lado. Concordo inteiramente, mas será que para isso é preciso um uniforme? É como aqueles jantares de estudantes (que de vez em quando têm umas pitas jeitosas) em que os tipos cantam muitas músicas acerca de beber. E que tal, apenas, beber?! O tempo que perdem a cantar dava para beber bem mais, digo eu. E, digo-o por experiência, se eles estivessem tão bêbados como apregoam, como raio conseguem cantar?!
Bem, adiante.
Dizia eu que os tótós praxeiros de Coimbra aplicaram sanções por causa de abusos na praxe. Estas sanções, dignas de um tribunal do Texas, oscilam entre a proibição de praxar durante dois períodos lectivos e o regresso à condição de caloiro por parte de alguns finalistas.
Um idiota-mor chamado João Luis Jesus diz que se tratam de penas "muito duras para quem vive intensamente a vida académica coimbrã".
Concordo, muito duras. Talvez não tão duras como o rompimento do escroto do coitado que foi a vossa vítima, mas prontos, duras, ainda assim...
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Turnoff
O Jogo é o pior jornal desportivo do mundo. Porque é chato mas sobretudo porque é do Porto. Os jornalistas fazem bóbós ao Porto, os comentadores também, os directores nem se fala. Mas O Jogo tem uma coisa, uma única coisa boa. É a gaja nua da penúltima página.
No entanto, hoje, pegando naquele pedaço de esterco para o "ler"*, dirijo-me naturalmente à penúltima página e.....nada.
Em lugar das páginas de fora do jornal, um poster foleiro do Porto cãompioum.
De facto só mesmo O Jogo para trocar uma gaja boa por uma foto do Raul Meireles mascarado à Kenny Rogers.
* Disclaimer: "Leio" O Jogo apenas porque onde trabalho a entidade patronal oferece cópias todos os dias.
O Jogo é o pior jornal desportivo do mundo. Porque é chato mas sobretudo porque é do Porto. Os jornalistas fazem bóbós ao Porto, os comentadores também, os directores nem se fala. Mas O Jogo tem uma coisa, uma única coisa boa. É a gaja nua da penúltima página.
No entanto, hoje, pegando naquele pedaço de esterco para o "ler"*, dirijo-me naturalmente à penúltima página e.....nada.
Em lugar das páginas de fora do jornal, um poster foleiro do Porto cãompioum.
De facto só mesmo O Jogo para trocar uma gaja boa por uma foto do Raul Meireles mascarado à Kenny Rogers.
* Disclaimer: "Leio" O Jogo apenas porque onde trabalho a entidade patronal oferece cópias todos os dias.
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